1.ª Região Militar – Wikipédia, a enciclopédia livre

1.ª Região Militar

Brasão
País  Brasil
Corporação Exército Brasileiro
Subordinação Comando Militar do Leste
Sigla 1.ª RM
Criação 1891
Comando
Comandante Gen Div Luiz Fernando Estorilho Baganha[1]
Comandantes
notáveis
Sede
Sede Rio de Janeiro -  Rio de Janeiro
Página oficial Página oficial

A 1.ª Região Militar (1.ª RM) é uma das doze regiões militares do Exército Brasileiro, sediada na cidade do Rio de Janeiro e subordinada ao Comando Militar do Leste, com jurisdição sobre os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Ela é também conhecida como Região Marechal Hermes da Fonseca, homenagem ao Presidente Hermes Rodrigues da Fonseca, que foi comandante dessa Região entre 1904 e 1906.[2]

História[editar | editar código-fonte]

A origem histórica da 1.ª RM remonta à criação do 4.º Distrito Militar, em 1891, quando o território brasileiro foi dividido em sete Distritos Militares, ficando as Forças Terrestres existentes na Capital Federal e nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo diretamente subordinadas ao Ajudante-Geral do Exército.[2] Nas diversas reorganizações da ordem de batalha nesse período, as forças sediadas no Distrito Federal passaram à 9.ª Região de inspeção permanente, em 1908,[3] 5.ª Região Militar, em 1919,[4] e à denominação atual de 1.ª Região Militar em 1919.[2]

Na época, seu comando era unificado ao da 1.ª Divisão de Infantaria,[5] e portanto, à liderança operacional no Rio de Janeiro, uma das regiões de maior concentração militar do país. Politicamente importante, o comando era entregue a oficiais bem relacionados e confiáveis. Um de seus comandantes, o general Hermes da Fonseca, realizou em 1905 as primeiras grandes manobras em campo do Exército desde o início da República, atraindo grande atenção da imprensa e revelando deficiências operacionais que seriam abordadas nas reformas militares do período.[6]

Organização[editar | editar código-fonte]

A 1.ª RM está sediada no município do Rio de Janeiro e possui jurisdição sobre os estados de Rio de Janeiro e Espírito Santo.[7]. Ela tem funções administrativas e de apoio logístico, com pouca ou nenhuma responsabilidade operacional. Ela trata da alimentação, gestão de materiais, parte do processo do serviço militar obrigatório, saúde, gestão de inativos e pensionistas e fiscalização de produtos controlados na sua jurisdição, além de comandar 17 Tiros de Guerra no Rio de Janeiro e Espírito Santo.[8] Seu efetivo de inativos, pensionistas e anistiados políticos é o maior do país, 65.700 pessoas de um total nacional de 205.571 em 2012. Muitos dos beneficiários das pensões nem mesmo residem no Rio de Janeiro ou Espírito Santo.[9] O Hospital Central do Exército, subordinado à 1.ª RM, é a maior organização de saúde do Exército.[10]

Organizações subordinadas à 1.ª Região Militar[11]

1.ª Região Militar

Referências

  1. «INFORMEX Nr 25, de 25 de junho de 2021». Visitado em 6 de agosto de 2021 
  2. a b c «Histórico da 1ª Região Militar». Consultado em 9 de abril de 2017 
  3. BRASIL, Lei nº 1.860, de 1908. Regula o alistamento e sorteio militar e reorganiza o Exercito.
  4. BRASIL, Decreto 11.497, de 23 de fevereiro de 1915. Faz a remodelação do Exercito Nacional.
  5. «Histórico da 1ª DE». 1ª Divisão de Exército. 10 de novembro de 2020. Consultado em 15 de novembro de 2023 
  6. McCann, Frank (2009). Soldados da Pátria: história do Exército Brasileiro, 1889–1937. Traduzido por Motta, Laura Pereira. Rio de Janeiro e São Paulo: Biblioteca do Exército e Companhia das Letras . p. 139, 224, 264.
  7. «Área geográfica da 1ª Região Militar». Consultado em 9 de abril de 2017 
  8. Lins, Dimitrius França (2019). Destinação de sucatas militares para a indústria siderúrgica, por meio de mini-mills (PDF) (Dissertação). Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro . p. 49-50.
  9. Coelho, Cláudio Domingues. Implantação do Sistema de Gestão de Atendimentos na Seção do Serviço de Inativos e Pensionistas no âmbito do Exército Brasileiro (PDF) (Bacharelado em Administração Pública) . p. 2.
  10. Moreira, Pedro Henrique Della Garza Oiticica; et al. (2022). «How did the Brazilian military used to get sick before Covid-19? An analysis of the hospitalization profile of the active-duty personnel in the Brazilian Army Central Hospital from 1998 to 2018». Research, Society and Development. 11 (14) . p. 3.
  11. «OM subordinadas». 1ª Região Militar. 6 de janeiro de 2023. Consultado em 15 de novembro de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]