Adam Gottlob Moltke – Wikipédia, a enciclopédia livre

Adam Gottlob von Moltke
Adam Gottlob Moltke
Adam Gottlob Moltke por Carl Gustaf Pilo. Museu de História Nacional da Dinamarca, Hillerød
Nascimento 10 de novembro de 1710
Walkendorf
Morte 25 de setembro de 1792 (81 anos)
Bregentved, Haslev
Sepultamento Igreja Karise
Cidadania Dinamarca, Alemanha
Progenitores
  • Joachim von Moltke
Cônjuge Christine Frederike von Brüggemann, Sophie Hedevig Raben
Filho(a)(s) Joachim Godske Moltke, Otto Joachim Moltke, Christian Frederik Moltke, Caspar Moltke, Christian Magnus Frederik Moltke, Adam Gottlob Ferdinand Moltke, Gebhard Moltke, Carl Emil Moltke, Ulrikke Augusta Vilhelmine Moltke, Catharine Sophie Wilhelmine Moltke, Juliane Maria Friderica Moltke, Friedrich Ludwig von Moltke, Sophie Magdalene Knuth
Irmão(ã)(s) Johan Georg Moltke, Joachim Christoph Moltke
Ocupação diplomata, juiz, colecionador de arte, político, mecena, servidor público
Prêmios
Título Lensgreve

Adam Gottlob von Moltke (Gut Walkendorf, Mecklemburgo, 10 de novembro de 1710 — Haslev, 25 de setembro de 1792), foi um cortesão, estadista, diplomata dinamarquês, e favorito de Frederico V da Dinamarca.[1]

Juventude[editar | editar código-fonte]

Adam era filho de Joachim von Moltke e Magdalene Sophia von Cothmann. Apesar da origem alemã, muitos integrantes da família Moltke estiveram à serviço da Dinamarca, que era considerada na época, um dos campos de trabalho mais importantes e promissores para os jovens nobres do norte da Alemanha, ao contrário de qualquer um dos principados nativos.[1]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Em 1722, por intermédio de um de seus tios, o jovem Moltke tornou-se pajem na corte dinamarquesa, e em decorrência de sua dedicação na função conquistou a amizade do príncipe Frederico, mais tarde, rei Frederico V.[1]

Reinado de Frederico V[editar | editar código-fonte]

A mansão Bregentved

Em 1730, imediatamente após a sua acessão ao trono dinamarquês, Frederico deu a Moltke o título de Lorde Chamberlain (Marechal da Corte), e cobriu-o de condecorações: fez-lhe conselheiro particular, concedeu-lhe a mansão Bregentved, e outras propriedades, em 1747 e em 1750 fez dele um conde.[1]

Ordem da União Perfeita

Com a companhia do rei, a influência de Moltke cresceu a ponto de diplomatas estrangeiros declararem que ele poderia nomear e demitir ministros à vontade. Especialmente notável era a atitude de Moltke para com dois estadistas ilustres, que ocupavam altos postos no governo durante o reinado de Frederico, Johan Sigismund Schulin e Bernstorff, o Velho. Por Schulin tinha uma espécie de veneração. Bernstorff irritava-o por seus grandes ares de consciente superioridade. Mas, apesar de uma intriga prussiana criada para que Bernstorff fosse demitido por Moltke, ele convenceu-se de que Bernstorff era o homem certo no lugar certo, e o apoiou com inabalável lealdade.[1]

Moltke foi menos liberal em seus pontos de vista, que muitos dos seus contemporâneos. Desconfiou de todos os projetos para a emancipação dos servos, mas, como um dos maiores latifundiários da Dinamarca, serviu à agricultura através da redução dos encargos dos camponeses e introduziu melhorias técnicas e científicas, que também aumentaram a produção. Seu maior mérito, no entanto, foi o excelente serviço de proteção proporcionado ao rei.[1]

Com a morte da rainha Luísa (19 de dezembro de 1751), o rei teria casado com uma das filhas de Moltke não tivesse ele peremptoriamente recusado a perigosa honra. Moltke então providenciou um novo casamento para o rei, que aconteceu no Palácio de Frederiksborg em 8 de julho de 1752 com Juliana Maria de Brunsvique-Volfembutel cunhada de Frederico II da Prússia e filha de Fernando Alberto II, Duque de Brunsvique-Volfembutel.[1]

Reinado de Cristiano VII[editar | editar código-fonte]

Com a morte de Frederico, que morreu em seus braços (14 de janeiro de 1766), o domínio de Moltke chegou ao fim. O novo rei, Cristiano VII não suportava-o, e exclamou, com referência à sua figura magricela: "Ele é uma cegonha na parte de baixo e na de cima uma raposa". Nesse período Moltke era também impopular, uma vez que era, indevidamente, suspeito de enriquecer à custa do povo. Em julho de 1766 foi demitido de todos os seus cargos e retirou-se para a sua propriedade de Bregentved.[1]

Em 8 de fevereiro de 1768, através da participação da Rússia, a quem ele sempre foi favorável, recuperou o seu assento no Conselho, mas sua influência foi pouca e de curta duração. Foi novamente demitido, sem uma aposentadoria, em 10 de dezembro de 1770, por recusar-se a admitir que teria algum envolvimento com Johann Friedrich Struensee. Viveu recluso em sua mansão até sua morte em 25 de setembro de 1792.[1]

Suas memórias, escritas em alemão e publicadas em 1870, têm importância histórica.[1]

Notas

  1. a b c d e f g h i j Bain, Robert Nisbet. «Moltke, Adam Gottlob, Count». Encyclopædia Britannica (em inglês). 18 1911 ed. Cambridge: Cambridge University Press. p. 677 

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]