Adelaide de Hohenlohe-Langemburgo – Wikipédia, a enciclopédia livre

Adelaide
Princesa de Hohenlohe-Langemburgo
Adelaide de Hohenlohe-Langemburgo
Retrato por Franz Xaver Winterhalter, 1853
Duquesa Consorte de Eslésvico-Holsácia
Reinado 11 de março de 1869
a 14 de janeiro de 1880
Predecessora Luísa Sofia de Danneskiold-Samsøe
Sucessora Doroteia de Saxe-Coburgo-Koháry
 
Nascimento 20 de julho de 1835
  Langemburgo, Württemberg, Confederação Germânica
Morte 25 de janeiro de 1900 (64 anos)
  Dresden, Saxônia, Império Alemão
Sepultado em Cripta Ducal, Schloss Primkenau, Eslésvico-Holsácia
Nome completo  
Adelaide Vitória Amália Luísa Maria Constança
Marido Frederico VIII, Duque de Eslésvico-Holsácia
Descendência Frederico de Eslésvico-Holsácia
Augusta Vitória de Eslésvico-Holsácia
Carolina Matilde de Eslésvico-Holsácia
Geraldo de Eslésvico-Holsácia
Ernesto Gunter de Eslésvico-Holsácia
Luísa Sofia de Eslésvico-Holsácia
Teodora Adelaide de Eslésvico-Holsácia
Casa Hohenlohe-Langemburgo
(por nascimento)
Eslésvico-Holsácia-Sonderburgo-Augustemburgo (por casamento)
Pai Ernesto I, Príncipe de Hohenlohe-Langemburgo
Mãe Teodora de Leiningen

Adelaide Vitória Amália Luísa Maria Constança de Hohenlohe-Langemburgo (20 de julho de 1835 - 25 de janeiro de 1900) foi uma sobrinha da rainha Vitória do Reino Unido.

Família[editar | editar código-fonte]

Adelaide (direita) com a sua mãe Teodora em 1840, por Sir George Hayter. Na Royal Collection.

Adelaide era a quinta filha do príncipe Ernesto I, Príncipe de Hohenlohe-Langemburgo e da princesa Teodora de Leiningen. Os seus avós paternos eram o príncipe Carlos Luís I, Príncipe de Hohenlohe-Langemburgo e a condessa Amália de Solms-Baruth. Os seus avós maternos eram Emich Carlos, 2° Príncipe de Leiningen e a princesa Vitória de Saxe-Coburgo-Saalfeld. Após a morte do seu avô materno, a sua avó voltou a casar-se, desta vez com o príncipe Eduardo, Duque de Kent, filho do rei Jorge III do Reino Unido. Desta união nasceu a futura rainha Vitória do Reino Unido, sua tia, visto ser meia-irmã da sua mãe, o que a tornava muito próxima em parentesco da família real britânica.[1]

Proposta de casamento de Napoleão III[editar | editar código-fonte]

Em 1852, pouco depois de Napoleão III se tornar imperador de França, este fez uma proposta de casamento aos pais de Adelaide. Apesar de o imperador francês nunca a ter conhecido, as vantagens políticas de tal união eram óbvias. Iria dar importância dinástica à linha Bonaparte e facilitar uma boa aliança política com a Grã-Bretanha, visto que Adelaide era sobrinha da rainha Vitória, além do facto de não ser um membro oficial da família real britânica, o que facilitaria a aceitação do pedido. Adelaide apenas se teria de converter ao catolicismo.

No entanto, a proposta horrorizou a rainha Vitória e enfureceu o príncipe Alberto que preferia não conferir tanta legitimidade e de forma tão rápida ao mais recente regime "revolucionário" francês - cuja durabilidade parecia duvidosa - e muito menos oferecer uma parente sua tão jovem para esse propósito. A corte britânica manteve-se em silêncio para com o Hohenlohe durante as negociações de casamento, pelo que estes não sabiam se a rainha estava entusiasmada ou sentia repulsa pela ideia de ter Napoleão como marido da sua sobrinha.

No final os pais de Adelaide acabaram por interpretar o silêncio britânico como um sinal de que não gostavam da proposta dos franceses para tristeza da sua filha de dezasseis anos. A pausa nas negociações pode ter sido apenas uma manobra para que os Hohenlohe conseguissem outras ofertas de França para que pudessem assegurar um futuro desafogado para a filha, mas antes de os seus ministros conseguirem fazer mais propostas, Napoleão acabou por desistir da proposta. Em vez disso o imperador casou-se com Eugénia de Montijo a quem já tinha pedido para ser sua amante, mas que o tinha recusado.[2]

Adelaide fotografada em 1860 por Camille Silvy.

Casamento e descendência[editar | editar código-fonte]

No dia 11 de setembro de 1856 Adelaide casou-se com o duque Frederico VIII de Eslésvico-Holsácia. Tiveram sete filhos:

Referências

  1. Marlene A. Eilers, Queen Victoria's Descendants (Baltimore, Maryland: Genealogical Publishing Co., 1987), page 149
  2. Diesbach, Ghislain de (1967). Secrets of the Gotha. translated from the French by Margaret Crosland. London: Chapman & Hall. pp. 134–136.
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