Adriano Mandarino Hypólito – Wikipédia, a enciclopédia livre

Adriano Mandarino Hypólito
Bispo da Igreja Católica
Bispo-emérito de Nova Iguaçu
Info/Prelado da Igreja Católica
Atividade eclesiástica
Ordem Ordem dos Frades Menores
Diocese Diocese de Nova Iguaçu
Nomeação 29 de agosto de 1966
Entrada solene 6 de novembro de 1966
Predecessor Honorato Piazera, S.C.J.
Sucessor Werner Franz Siebenbrock, S.V.D.
Mandato 1966 - 1994
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral 18 de outubro de 1942
Salvador, Bahia
Nomeação episcopal 22 de novembro de 1962
Ordenação episcopal 17 de fevereiro de 1963
por Anselmo Pietrulla, O.F.M.
Lema episcopal MITTE DOMINE OPERARIOS
Enviai, Senhor, operários
Dados pessoais
Nascimento Aracaju
18 de janeiro de 1918
Morte Nova Iguaçu
10 de agosto de 1996 (78 anos)
Nacionalidade brasileiro
Funções exercidas -Bispo auxiliar de Salvador (1962-1966)
Títulos anteriores -Bispo-titular de Dióspolis da Trácia (1962-1966)
dados em catholic-hierarchy.org
Bispos
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Dom Frei Adriano Mandarino Hypólito O.F.M. (Aracaju, 18 de janeiro de 191810 de agosto de 1996) foi um frade franciscano e bispo católico brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Dom Adriano entrou para o convento franciscano aos quatorze anos. Foi ordenado padre no dia 18 de outubro de 1942, em Salvador. No ano seguinte foi nomeado professor do Seminário Franciscano de Ipuarana, Paraíba, onde permanece até julho de 1948. Parte para Europa, para estudar a história dos franciscanos no Brasil. Em abril de 1951 volta para o Seminário de Ipuarana, atuando como diretor de estudos e professor até 1961, quando foi transferido para o Convento Franciscano de Salvador, onde assume a função de visitador da província franciscana e presidente do Capitulo Provincial.[1]

Em 22 de novembro de 1962 foi nomeado pelo Papa João XXIII como Bispo auxiliar de Salvador, com a sé titular de Diospolis na Trácia. Recebeu a ordenação episcopal no dia 17 de fevereiro de 1963, em Salvador, das mãos de Dom Anselmo Pietrulla, bispo de Tubarão, Dom Epaminondas José de Araújo, bispo de Ruy Barbosa e Dom Walfrido Teixeira Vieira, Bispo auxiliar de Salvador.[2]

Opositor da ditadura militar brasileira, Dom Adriano dirigiu uma intensa campanha contra o Esquadrão da Morte, particularmente ativo na diocese. Por isso, foi sequestrado em 22 de setembro de 1976 pelo Grupo Secreto, grupo de militares de extrema-direita, no primeiro caso de violência direta e preconcebida contra a pessoa de um bispo. Dom Adriano foi espancado e depois abandonado numa estrada, nu e pintado de vermelho. Seu carro foi explodido na frente da CNBB.[3][4] Apesar da denúncia, ninguém foi processado.[1]

Apesar da perseguição e oposição, Dom Adriano conseguiu criar, em 12 de fevereiro de 1978, a Comissão de Justiça e Paz na Baixada Fluminense. Em março de 1978, Dom Adriano foi seguido secretamente em suas visitas dentro da Diocese e nas visitas a outros bispos. Foi vigiado até mesmo de helicóptero, durante uma conferência para o clero de Volta Redonda. Em abril de 1978, recebeu ameaças de novo sequestro e castigo exemplar. Em novembro de 1979, três igrejas foram pichadas com injúrias contra Dom Adriano. No dia 20 de dezembro de 1979, uma bomba explodiu no altar da Catedral, e uma carta deixada na igreja acusa Dom Adriano de proteger comunistas. Em 1993, Dom Adriano inaugurou o Centro de Direitos Humanos, para continuar o trabalho da Comissão de Justiça e Paz. Após sua renúncia, Dom Adriano assumiu a Sociedade de Defesa dos Direitos Humanos e da Cidadania (SODIHC) e eventual colaboração na Pastoral Diocesana.[1]

Atividades durante o episcopado[editar | editar código-fonte]

Renunciou ao munus episcopal no dia 9 de novembro de 1994.[2]

Ordenações episcopais[editar | editar código-fonte]

Dom Adriano Mandarino Hypólito foi concelebrante da ordenação episcopal de:[2]

Referências

  1. a b c «Vida». Dom Adriano Hypolito - Diocese de Nova Iguaçu. Consultado em 23 de agosto de 2020. Cópia arquivada em 2 de novembro de 2010 
  2. a b c d e f «Bishop Adriano Mandarino Hypólito, OFM †» (em inglês). Catholic-Hierarchy. Consultado em 23 de agosto de 2020 
  3. Márcio Moreira Alves (1979). A Igreja e a Política no Brasil. São Paulo: Brasiliense. p. 172, 213 
  4. violações de direitos humanos nas igrejas cristãs, acesso em 14/02/2021.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


Precedido por
Honorato Piazera, S.C.J.
Brasão episcopal
Bispo de Nova Iguaçu

1966 - 1994
Sucedido por
Werner Franz Siebenbrock, S.V.D.
Precedido por
Marian Jankowski
Brasão episcopal
Bispo Titular de Dióspolis da Trácia

1962 - 1966
Sucedido por
vacante