Afonso II das Astúrias – Wikipédia, a enciclopédia livre

Afonso II das Astúrias
Afonso II das Astúrias
El rei al Libro de los testamentos, ca. 1109 (Catedral de Oviedo)
Nascimento 759
Oviedo
Morte 20 de março de 842
Oviedo
Sepultamento Pantheon of Asturian Kings
Cidadania Reino das Astúrias
Progenitores
Ocupação governante
Obras destacadas Will of Alfonso II
Título King of Asturias

Afonso II das Astúrias, o Casto (Oviedo, 759/760 — Oviedo, 20 de março de 842) foi Rei das Astúrias de 791 a 842.[1][2] Era filho de Fruela I e Munia, neto de Afonso.

Após a morte de seu pai, ficou aos encargos da sua tia Adosinda (esposa de Silo das Astúrias), embora exista uma lenda que indique que ele tenha sido levado para o mosteiro de Samos, na Galiza. Após a morte de Silo, que lhe confiara o governo do Palácio, é escolhido para rei devido ao apoio da tia e da corte. Porém, o seu tio Mauregato organizando uma forte oposição, consegue depor Afonso, que se refugia em Álava com os seus parentes maternos.

Quando Bermudo I renuncia ao trono devido à derrota na Batalha de Burbia, Afonso regressa às Astúrias e é proclamado rei a 14 de Setembro de 791.

Sabe-se que mantinha contactos com o imperador Carlos Magno; existem registos de que três delegações asturianas viajaram até à corte dos Francos nos anos de 796, 797 e 798, embora se desconheçam a agenda. Entre as hipóteses para os reais motivos destas deslocações encontram-se a intenção de manter a integridade do seu reino frente aos ataques muçulmanos na fronteira oriental das Astúrias e possivelmente para discutir os efeitos do Adopcionismo, contra o qual Carlos Magno lutava activamente.

Tomou Lisboa em 798 e venceu os muçulmanos nas batalhas de Lutos, a do rio Nalón e em Anceo (825). Graças às vitórias sobre os muçulmanos, afirma a sua presença na Galiza, Leão e Castela, repovoando-os.

Fixou a corte em Oviedo, onde construiu várias igrejas e um palácio.[2] Actualmente apenas restam ruínas da Igreja de Santo Tirso. Nas imediações de Oviedo erigiu a igreja de Santullano.

A crónica Sebastianense diz dele que morreu em 842 «após conduzir, por 52 anos, de forma casta, sóbria, imaculada, piedosa e gloriosamente o governo do reino».

Diz a lenda que foi durante o seu reinado que foi descoberto o túmulo do apóstolo São Tiago, por um ermita de Compostela no ano 814, convertendo assim a cidade num centro de peregrinação para toda a cristandade.[2] Segundo a lenda, Afonso teria sido o primeiro peregrino da história.

Com sua morte, foi eleito Nepociano das Astúrias mas Ramiro I das Astúrias, parente de Afonso II, na Batalha da Ponte de Cornellana o vence, tornando-se rei.

Ver também[editar | editar código-fonte]

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Referências

  1. Flesler, Daniela (2008). The Return of the Moor: Spanish Responses to Contemporary Moroccan Immigration (em inglês). West Lafayette: Purdue University Press. p. 201 
  2. a b c Gómez, María del Carmen García; Romay, Javier Ordaz (2005). Materiales para la Historia de España (em espanhol). Madrid: Ediciones AKAL. p. 10 

Precedido por
Bermudo I
Rei das Astúrias
791 — 842
Sucedido por
Ramiro I
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