Alívio cômico – Wikipédia, a enciclopédia livre

Em narratologia e nos estudos de literatura e roteiro, o alívio cômico é a inclusão de um diálogo, cena ou personagem humorístico, para quebrar situações de drama ou suspense. O termo foi popularizado nos anos 1990 a partir do memorando de Vogler e da disseminação mundial dos seriados norte-americanos, que expuseram paradigmas narrativos repetitivos (clichês).

O alívio cômico muitas vezes toma forma de um companheiro (amigo ou ajudante de um herói). Neste uso, o personagem geralmente comenta sobre o absurdo da situação vivida pelo herói e faz outras observações que seriam inapropriadas para um personagem que deve ser levado a sério.

Muitos autores utilizam crianças como personagens de alívio cômico.

Exemplos[editar | editar código-fonte]

Em certos casos, a propriedade de um alívio cômico é discutível, já que determinados leitores (ou quem for o público) podem reagir negativamente em vez de serem humoristicamente provocados. Um exemplo notável foi a má recepção generalizada recebida pelo personagem Jar Jar Binks no filme Star Wars: Episódio I - A Ameaça Fantasma.

William Shakespeare utilizava com profusão este recurso em suas tragédias: o personagem recorrente Falstaff e o porteiro de Macbeth[1] são alguns exemplos. Às vezes, a inclusão de piadas e trocadilhos feitas por ele em cenas supostamente sérias podem parecer de mau gosto para públicos atuais.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Tromly, Frederic B. (primavera de 1975). «Macbeth and His Porter». Folger Shakespeare Library. Shakespeare Quarterly. 26 (2): 151–156. JSTOR 2869244. doi:10.2307/2869244 
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