Alejandro Agustín Lanusse – Wikipédia, a enciclopédia livre

Alejandro Agustín Lanusse Gelly
Alejandro Agustín Lanusse
Alejandro Agustín Lanusse Gelly
34.º Presidente da Argentina
Período 22 de março de 1971
a 25 de maio de 1973
Antecessor(a) Roberto Marcelo Levingston
Sucessor(a) Héctor José Cámpora
Comandante em Chefe do Exército Argentino
Período 26 de agosto de 1968
a 25 de abril de 1973
Antecessor(a) Julio Rodolfo Alsogaray
Sucessor(a) Jorge Carcagno
Embaixador da Argentina na Santa Sé
Período 1956-1958
Antecessor(a) Carlos María Oliva Vélez
Sucessor(a) Santiago Alberto de Estrada
Dados pessoais
Nascimento 28 de agosto de 1918
Buenos Aires, Argentina
Morte 26 de agosto de 1996 (77 anos)
Buenos Aires, Argentina
Profissão Militar (general)
Selo brasileiro de 1972 em comemoração á visita de Lanusse quando este era presidente

Alejandro Agustín Lanusse Gelly (Buenos Aires, 28 de agosto 1918Buenos Aires, 26 de agosto 1996) foi um militar argentino que ocupou de facto a presidência do país entre 22 de março de 1971 e 25 de maio de 1973.[1][2]

Carreira militar[editar | editar código-fonte]

Lanusse se incorporou à Cavalaria do Exército Argentino em 1938, depois de haver cursado estudos num liceu militar. Fez parte do aristocrático Regimiento de Granaderos a Caballo, o qual comandou até ser condenado a prisão perpétua por sua participação no golpe de estado orquestrado por Benjamín Menéndez contra Juan Domingo Perón em 1951 depois da reeleição deste. Foi libertado em 1955, depois da derrubada de Perón pelo levante dirigido por José Domingo Molina Gómez.

No ano seguinte foi enviado como embaixador ao Vaticano, de onde regressou em 1960 ao ser nomeado subdiretor da Escuela Superior del Ejército (Escola Superior do Exército argentino). Decidido antiperonista, esteve implicado no levante de José María Guido contra Arturo Frondizi e o de Juan Carlos Onganía contra Arturo Umberto Illia. Em 1962 passou a comandar a primeira divisão encouraçada, e em 1968 foi nomeado comandante em chefe do exército.

Acesso à Presidência[editar | editar código-fonte]

As divergências com a política participacionista de Onganía o levaram a exigir a renúncia deste e, após sua negativa, a derrubá-lo, substituindo-o na Presidência em 1971.[1] Durante seu mandato mostrou traços de agudo pragmatismo, restabelecendo as relações diplomáticas com a China, repatriando o cadáver de Eva Perón e convidando Perón a regressar do exílio em 1972.[1][2] Lanusse se comprometeu a convocar eleições em 1973 com a condição de que Perón não participasse nelas.[1][2] A fórmula vitoriosa consagrou Héctor José Cámpora como presidente.[1][2] Depois da posse deste, Lanusse se retirou da vida pública.

Atividades públicas posteriores[editar | editar código-fonte]

Lanusse foi um crítico ativo da atuação das juntas militares durante o Proceso de Reorganización Nacional', e declarou isto nos julgamentos celebrados após o retorno da democracia em 1985. Antiperonista até o final da vida, foi preso em 1994 após criticar Carlos Menem em uma entrevista. Faleceu em 26 de agosto de 1996.[1]

Referências

  1. a b c d e f Diuguid, Lewis H. (28 de agosto de 1996). «Alejandro Lanusse dies at 78». The Washington Post. Consultado em 10 de julho de 2021 
  2. a b c d «Há 50 anos: Militares derrubam governo e tomam o poder na Argentina». Acervo Folha. 28 de junho de 2016. Consultado em 10 de julho de 2021 
Precedido por
Roberto Marcelo Levingston
de facto
Presidente da Argentina
1971 - 1973
Sucedido por
Héctor José Cámpora

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