Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para a câmara dos deputados baiana, veja Assembleia Legislativa da Bahia. Para outros significados para a sigla ALBA, veja Alba.

Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos
Alianza Bolivariana para los Pueblos de Nuestra América – Tratado de Comercio de los Pueblos

Localização da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América
Localização da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América

Membros da ALBA-TCP.
Cidade mais populosa Caracas
Língua oficial Espanhol, Inglês, Quíchua, Aimará e Guarani.
Governo Organização internacional
Fundação  
• Acordo Cubano-Venezuelano[1] 14 de dezembro de 2004[1] 
• Tratado de Comércio dos Povos 29 de abril de 2006 
Área  
  • Total 2 625 829 km² 
População  
  73 453 238 hab. 
 • Densidade 27,97 hab./km² 
PIB (base PPC) Estimativa de 2008
 • Total US$ 669,206 bilhão (21.º)
 • Per capita US$ 9 110,64 (82.º)
Moeda SUCRE[2]
Fuso horário -4 a -6
Cód. Internet
Website governamental www.portalalba.org

A Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América — Tratado de Comércio dos Povos (em castelhano: Alianza Bolivariana para los Pueblos de Nuestra América — Tratado de Comercio de los Pueblos), ou simplesmente ALBA e anteriormente Alternativa Bolivariana para as Américas,[3] é uma plataforma de cooperação internacional baseada na ideia da integração social, política e econômica entre os países da América Latina e do Caribe.

Fortemente baseada na cooperação latino-americana em que visa a redução de desigualdades sociais, e ao contrário de acordos de comércio livre como a Área de Livre Comércio das Américas (ou ALCA, uma proposta de mercado comum para as Américas que foi defendida pelos Estados Unidos durante a década de 1990), a ALBA-TCP representa uma tentativa de integração econômica regional que não se baseia essencialmente na liberalização comercial, mas em uma visão de bem-estar social e de mútuo auxílio econômico. Os países membros da ALBA-TCP discutem a introdução de uma nova moeda regional, o SUCRE.[2] Em 24 de junho de 2009, o bloco foi rebatizado para Aliança Bolivariana para as Américas, em substituição ao Alternativa original.[3]

História[editar | editar código-fonte]

Foi constituída na cidade de Havana, capital de Cuba, em 14 de dezembro de 2004, como um acordo entre Venezuela e Cuba, tendo as assinaturas dos presidentes de ambos países na época, Hugo Chávez e Fidel Castro.[1] Este início deu-se pela colaboração de Cuba ao enviar médicos para ajudar no território venezuelano e pela colaboração da Venezuela ao abastecer Cuba com seu petróleo.

Em 29 de abril de 2006, a Bolívia (tendo Evo Morales como seu presidente) somou-se ao grupo a partir do Tratado de Comércio dos Povos, termo que foi acrescentado ao nome oficial do bloco, que resultou na sigla ALBA-TCP. Em 2019, após um golpe de estado forçar a renúncia de Evo Morales, a ministra interina das Relações Exteriores da Bolívia, Karen Longaric, confirmou, junto com a Ministra Interina das Comunicações, Roxana Lizárraga, que a Bolívia saiu da ALBA.[4][5][6] Bolívia retornou em 2020 para a aliança, depois de uma transição de governos.[7]

O Equador aderiu ao bloco em junho de 2009, então sob a presidência de Rafael Correa. Venezuela e Equador fizeram o primeiro acordo comercial bilateral usando o Sucre, em vez do dólar americano, em 6 de julho de 2010.[8] O Suriname foi admitido na ALBA como país convidado em uma cúpula de fevereiro de 2012.[9]

Em 23 de agosto de 2018, o chanceler José Valencia, informou que o Equador se retirou oficialmente da ALBA, justificando esta situação com uma posição bastante crítica contra o manejo da situação humanitária e a aparente indiferença que o governo da Venezuela tem mostrado perante o êxodo histórico dos venezuelanos para Colômbia, Equador, Perú, Chile e Brasil.[10] [11] [12]

Atualmente a ALBA-TCP é composta por sete países, dos quais alguns possuem governos de cunho socialista. Além de Venezuela e Cuba, permanecem no bloco: Nicarágua, Bolívia, Dominica, Antigua e Barbuda e São Vicente e Granadinas.[3][13]

Membros[editar | editar código-fonte]

Ban BrA Nome comum Nome oficial Data de adesão
Antígua e Barbuda
Antígua e Barbuda Antígua e Barbuda 24 de junho de 2009
Cuba
Cuba República de Cuba 14 de dezembro de 2004
Dominica Dominica Comunidade da Dominica 20 de janeiro de 2008
Nicarágua
Nicarágua República da Nicarágua 23 de fevereiro de 2007
São Vicente e Granadinas São Vicente e Granadinas São Vicente e Granadinas 24 de junho de 2009
Bolívia
Bolívia Estado Plurinacional da Bolívia 29 de abril de 2006
Venezuela
Venezuela República Bolivariana da Venezuela 14 de dezembro de 2004
ALBA-TCP Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América –
Tratado de Comércio dos Povos
14 de dezembro de 2004

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c Alba: caminho real para a integração Arquivado em 31 de outubro de 2009, no Wayback Machine. - Agência IPI, 27 de Dezembro de 2004
  2. a b Comisión del ALBA aprobó el Sucre como moneda común Arquivado em 17 de abril de 2009, no Wayback Machine. - TeleSURtv.net, 15 de abril de 2009
  3. a b c ALBA pasa a ser Alianza Bolivariana de los Pueblos de América[ligação inativa] - Venezoelana de Televisión, 24 de junho de 2009
  4. https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2019/11/15/bolivia-anuncia-saida-da-alba-e-estuda-abandonar-a-unasul.htm
  5. https://www.dw.com/es/bolivia-rompe-relaciones-con-venezuela-y-se-retira-de-la-alianza-bolivariana-alba/a-51271927
  6. http://www.xinhuanet.com/english/2019-11/16/c_138559166.htm
  7. «Bolivia retorna a la ALBA-TCP, un año después de haber salido por decisión del anterior gobierno | MINISTERIO DE RELACIONES EXTERIORES». cancilleria.gob.bo. Consultado em 23 de dezembro de 2021 
  8. «Venezuela Pays for First ALBA Trade with Ecuador in New Regional Currency». Venezuelanalysis.com (em inglês). 7 de julho de 2010. Consultado em 19 de julho de 2022 
  9. Limited, Alamy. «Suriname's President Desi Bouterse attends the plenary session of the ALBA (Boliviarian Alternative for the Americas) summit in Caracas February 5, 2012. REUTERS/Carlos Garcia Rawlins (VENEZUELA - Tags: POLITICS Stock Photo - Alamy». www.alamy.com (em inglês). Consultado em 19 de julho de 2022 
  10. «Ecuador to Officially Join the ALBA Agreement» 
  11. «Ecuador se retira de la ALBA definitivamente.» 
  12. «Ecuador no continuará en la ALBA, a la que alega frustración por la ineptitud del gobierno venezolano de manejar la crisis.» 
  13. DECLARACIÓN DE LA VI CUMBRE EXTRAORDINARIA DEL ALBA – TCP Arquivado em 20 de novembro de 2009, no Wayback Machine. - Site Oficial da ALBA-TCP, 24 de junho de 2009

Ligações externas[editar | editar código-fonte]