Alta Comissão Árabe – Wikipédia, a enciclopédia livre

A Alta Comissão Árabe era o órgão político central da comunidade árabe do Mandato da Palestina. Foi criada em 25 de abril de 1936 por iniciativa do Hajj Amin al-Husayni, o mufti de Jerusalém, e era composta por líderes de clãs árabes palestinos sob a presidência do Mufti. A Comissão foi formada após o início da Revolta árabe de 1936-1939.

Em 15 de Maio de 1936, a Comissão convocou uma greve geral de trabalhadores e empresas árabes contra o pagamento de tributos e contra a imigração judaica. A Comissão foi proibida pela administração do Mandato, em setembro de 1937.

Em 23 de setembro de 1948, a Comissão se reuniu em Gaza e proclamou a formação do Governo Árabe de Toda a Palestina, considerado como a primeira tentativa de estabelecer um estado palestino independente. Dias depois, uma Assembléia constituinte elegeu como presidente o mufti Amin al-Husayni. A assembléia adotou o nome de Conselho Nacional Palestino e votou também uma constituição provisória.

Durante a sondagem das Nações Unidas que resultou no Plano de partição da Palestina, a Comissão se recusou a cooperar, considerando que « os direitos naturais dos árabes da Palestina são evidentes e não podem continuar a ser objeto de sondagem [1] », o que muitos autores consideram ter sido um erro tático.

A Comissão tornou-se politicamente irrelevante após a Guerra israelo-árabe de 1948 e foi expulsa da Cisjordânia ocupada pela Jordânia.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Alain Gresh et Dominique Vidal, Palestine 47, un partage avorté, Éditions Complexe, 1994, P. 21.
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