Altino Gomes da Silva – Wikipédia, a enciclopédia livre

Altino Gomes da Silva
Nome completo Altino Gomes da Silva
Nascimento 04 de agosto de 1904
Coruripe
 Alagoas
Morte 23 de março de 1996 (91 anos)
Ilha de Paquetá
 Rio de Janeiro
Nacionalidade Brasil Brasileiro
Ocupação Policial militar, professor, escritor e poeta
Magnum opus Natalina
Escola/tradição Romantismo, realismo
Assinatura

Altino Gomes da Silva (Coruripe - Alagoas, 4 de agosto de 1904 - Ilha de Paquetá - Rio de Janeiro,  23 de março de 1996). Militar reformado como tenente da Polícia Militar fluminense, à época em que a cidade do Rio de Janeiro era Distrito Federal. Quando soldado, foi um dos sobreviventes da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana[1][2] Historiador, poeta, jornalista, conferencista e cultor da língua Tupi. Ficou mais conhecido como professor de Filosofia, História Geral e Geografia. Como jornalista na capital de São Paulo, escreveu para vários jornais e revistas da época, divulgando a língua e tradições da cultura Tupi, sob o pseudônimo de “Caaetê”. Recebeu várias condecorações como professor emérito entre elas o título de Comendador.

Vida[editar | editar código-fonte]

Alagoano da cidade de Coruripe descendente de índios Caetés por parte de mãe e de negros Bantos por parte de pai, ficou órfão muito cedo deixando Alagoas para tentar a sorte no sul do pais. Este trajeto foi percorrido a pé durante toda sua juventude, período onde passou por toda sorte de dificuldades, estabelecendo-se no Rio de Janeiro. Em 1921, trabalhava de auxiliar de padeiro, quando alistou-se no Exército Brasileiro por conta de uma atrativa campanha de voluntários feita pelas forças armadas para preencher os quadros de efetivos desfalcados pelo grande número de mortes causadas pela epidemia de Gripe Espanhola que assolou o pais anos antes. Como jovem soldado, serviu no "15º Regimento de Cavalaria Independente da Vila Militar" onde, em 1922, foi ferido a bala em combate no episódio histórico conhecido como a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana [1][3][4].

Por volta de 1926 serviu na antiga “Escola XV de Novembro” em Quintino Bocaiuva no subúrbio carioca, onde exerceu as funções de professor de ginástica e esgrima de baioneta durante quatro anos, na gestão do Dr. Lemos de Brito. Passou para a Polícia Militar do Distrito Federal, no Rio de Janeiro, até aposentar-se como 1º Tenente[5], transferindo-se depois para São Paulo. Lá fundou o diretório zonal do partido político UDN no bairro de Santa Cecília[3].

Dedicando-se depois à cultura, foi professor de Filosofia, História Geral e Geografia diplomado pelo MEC, seção de São Paulo (equivale ao mestrado hoje). Ministrou aulas no antigo Instituto de Educação Maria José.[6] Foi também escritor, poeta, jornalista, conferencista e cultor da Língua Tupi. Colaborou durante dois anos na extinta revista paulista “Indicador Bandeirante”, divulgando a língua e tradições da cultura Tupi, sob o pseudônimo de “Caaetê”. Como poeta, publicou sonetos em semanários como o jornal "A Gazeta da Zona Norte" de propriedade de seu amigo jornalista Ary Silva.

Por traduzir 48 nomes de rios e bairros do Município de São Paulo, do tupi para o português, recebeu do Instituto Genealógico Brasileiro a mais alta condecoração da entidade, o colar “Grã-Cruz de João Ramalho”. Foi diretor da Casa do Poeta Lampião de Gás e conselheiro da Sociedade Geográfica Brasileira[3][7][8] Foi membro da Associação dos Nobres Cavaleiros de São Paulo[9] e fundador do Clube dos Estados. Aos 80 anos mudou-se para a tranquila Ilha de Paquetá, dedicando-se a escrever seus poemas e romances históricos.

Condecorações[editar | editar código-fonte]

Obras[editar | editar código-fonte]

Como historiador possui 2 livros de Romances históricos e paradidáticos.

  • Natalina (1990), Romance histórico, Editora Portinho Cavalcanti - RJ.
  • Respingos Históricos de uma Década Contos históricos (1992) Editora Portinho Cavalcanti - RJ.

Homenagens[editar | editar código-fonte]

Foi professor homenageado pelos formandos do Magistério sendo Patrono da Turma de 1969 do Instituto de Educação Maria José.

Referências

  1. a b «Revolta dos 18 do Forte de Copacabana - Forças Terrestres». Blog Militar - Forças Terrestres. 5 de julho de 2012. Consultado em 11 de julho de 2018 
  2. Revolta dos 18 do Forte
  3. a b c «Pela primeira vez um legalista participa das comemorações com revolucionários de 22». Hemeroteca Digital Brasileira. Jornal do Brasil. 6 de julho de 1980. p. 34 2° Cliche. Consultado em 11 de julho de 2018 
  4. «18 do Forte - Homenagem aos sobreviventes». Hemeroteca Digital Brasileira. O Fluminense. 6 de julho de 1980. p. 10. Consultado em 11 de julho de 2018 
  5. «Noticias da Policia Militar RJ - Apresentação de Oficiais». Hemeroteca Digital Brasileira. Diário de Notícias. 12 de maio de 1955. p. 05. Consultado em 11 de julho de 2018 
  6. «Homenagem ao Instituto de Educação Maria José». Blog São Paulo Antiga. 9 de março de 2012. Consultado em 10 de julho de 2018 
  7. «Homenagem da Sociedade Geográfica Brasileira ao General Osvaldo Ferraro de Carvalho». Hemeroteca Digital Brasileira. Luta Democrática. 19 de maio de 1972. p. 07. Consultado em 12 de julho de 2018 
  8. «Polícia Militar - Medalha da Sociedade Geográfica Brasileira ao General Ferraro». Hemeroteca Digital Brasileira. Correio da Manhã. 19 de maio de 1972. p. 08. Consultado em 11 de julho de 2018 
  9. «Investidura dos Novos Cavaleiros de São Paulo». Folha de S. Paulo. Ilustrada - Tavares de Miranda. 15 de fevereiro de 1974. p. 28. Consultado em 10 de julho de 2018 

Ver também[editar | editar código-fonte]