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André da Silva Gomes
André da Silva Gomes
Catedral de São Paulo em 1847, por Miguel Arcanjo Benício de Assunção Dutra - Miguelzinho Dutra (1812-1875)
Informação geral
Nome completo André da Silva Gomes
Também conhecido(a) como André da Silva
Nascimento 30 de novembro de 1752
Local de nascimento Lisboa
Portugal
País Portugal, Brasil
Morte 16 de junho de 1844 (91 anos)
Local de morte São Paulo (cidade)
Nacionalidade português
Gênero(s) música sacra
Ocupação(ões) mestre de capela, organista, compositor
Progenitores Mãe: Inácia Rosa
Pai: Francisco da Silva Gomes
Alma mater Catedral de São Paulo
Instrumento(s) órgão
Período em atividade 1774-1823
Outras ocupações mestre de gramática latina, político (representante da instrução pública)

André da Silva Gomes (Lisboa, 30 de novembro de 1752São Paulo, 16 de junho de 1844) foi um organista e compositor sacro luso-brasileiro, radicado desde 1774 na cidade de São Paulo, onde atuou como organista e mestre de capela da catedral, compositor, mestre régio de latim e político (representante da instrução pública). Foi o músico mais influente em São Paulo durante o período de sua atividade como mestre de capela na catedral (1774-1823)[1] e o mais antigo compositor ativo nessa cidade cujas obras foram preservadas (ainda que parcialmente).

Trajetória[editar | editar código-fonte]

Sé Patriarcal de Lisboa.

André da Silva Gomes, conforme pesquisa de Régis Duprat, foi batizado em casa, em 15 de dezembro de 1752, por correr risco de vida, sendo o registro de batismo efetuado somente em 1º de dezembro de 1753.[2][3][4] De acordo com pesquisas de Paulo Castagna, no entanto, André da Silva Gomes nasceu duas semanas antes do batismo, mais precisamente em 30 de novembro de 1752, recebendo seu primeiro nome por ser esse o dia de Santo André.[5][6]

Estudou no curso de música da Sé Patriarcal de Lisboa, ao redor de 1770, nessa época dirigido pelo compositor José Joaquim dos Santos e, de acordo com uma notícia de 1866, "fizera-se organista da igreja dos Franciscanos",[7] quando foi convidado pelo bispo eleito de São Paulo, o franciscano Dom Frei Manuel da Ressurreição, a assumir o posto de mestre de capela da Catedral de São Paulo.

Embarcando com o bispo no final do ano de 1773, na qualidade de membro de sua família, iniciou as atividades de mestre de capela em 19 de março de 1774, quando da entrada solene de Dom Manuel da Ressurreição na cidade e na Catedral de São Paulo.[5]

André da Silva Gomes teve como encargo reorganizar o coro e o repertório da catedral, para evitar o hibridismo entre a música sacra e a música operística, prática da qual o governador da capitania de São Paulo, Luís Antônio Botelho de Sousa Mourão (Morgado de Mateus), havia acusado o mestre de capela anterior, Antônio Manso da Mota.[4][5][8][9] Além da tendência de expurgo de sonoridades profanas da música sacra (principalmente originárias da ópera ou música teatral), estimulado pelo governador da Capitania de São Paulo, mas provavelmente decorrente da Encíclica Annus qui hunc (1749) do Papa Bento XIV,[10] André da Silva Gomes deparou-se, em São Paulo, com um ambiente urbano e uma catedral desprovida de recursos, contando inicialmente, nessa igreja, quase somente com o organista Inácio Xavier de Carvalho.

Entrada Leste da cidade de São Paulo, e as torres do Convento do Carmo (esquerda), Recolhimento de Santa Teresa (centro) e Catedral (direita), no Panorama de São Paulo (1821) de Arnaud Julien Pallière (1784-1862).

Mesmo elevada a cidade em 1711, São Paulo apresentou restrito desenvolvimento econômico durante todo o século XVIII e primeira metade do século XIX. Para garantir sua subsistência, André da Silva Gomes acumulou alguns cargos ao longo de sua carreira, principalmente o de mestre régio de gramática latina, a partir de 1797. Tendo ingressado na carreira militar em 1789, André da Silva Gomes também dirigiu a corporação musical do quartel e alcançou a patente de tenente-coronel.

Catedral de São Paulo em 1817, por Thomas Ender (1793-1875). Akademie der Bildenden Künste Wien.

Não teve filhos do seu casamento, em 1775, com a viúva Maria Garcia de Jesus, mas criou uma enteada e adotou dezesseis crianças, dando-lhes apelido (sobrenome) de família e ensinando-lhes não só as primeiras letras mas também a música. Entre esses filhos adotivos destacaram-se, na área de música, Joaquim José da Silva e Antônio Garcia da Silva Gomes, o segundo dos quais, além de músico, tomou as ordens religiosas e tornando-se capelão da Sé, porém faleceu aos 19 anos de idade.[5]

Com a chegada de D. Pedro a São Paulo, em 25 de agosto de 1822, regeu, na catedral, o Te Deum de sua autoria nos dias que precederam a declaração de Independência, que pode ter sido a composição que deixou manuscrita em 1820, para cantochão, quatro vozes polifônicas e órgão. De acordo com um texto de Eugênio Egas publicado em 1909, André da Silva Gomes teria adaptado às pressas, para um conjunto orquestral, o Hino da Independência de Pedro I, cantado durante as solenidades Casa da Ópera na noite do próprio dia 7 de setembro, porém o escritor não apresentou as fontes de tais informações e nunca foram encontrados manuscritos musicais que comprovassem esse fato.[5]

Catedral de São Paulo por Militão Augusto de Azevedo em 1862.
O Bispo de São Paulo, Dom Frei Manuel da Ressurreição, que levou André da Silva Gomes ao Brasil em 1773.

André da Silva Gomes desligou-se do cargo de mestre de capela da catedral provavelmente em 1823 (já havia apresentado pedido de demissão em 1801, não aceito pelo bispo) ou, no máximo, antes de 1827, quando o mestre de capela já era Francisco de Paula Leite.[5] Aposentou-se da função de mestre de latim do Curso Jurídico em 1828, concorrendo ainda a cargos públicos até 1831, quando encerrou definitivamente suas atividades profissionais. Faleceu com 91 anos e meio de idade, na cidade de São Paulo, tendo sido, com o hábito de São Francisco, sepultado na catedral, mas em fins da década de 1850 ou inícios de 1860, seus restos mortais foram transferidos para a Igreja dos Remédios (demolida em 1943) no antigo Largo de São Gonçalo (hoje Praça João Mendes).

Cargos Públicos[editar | editar código-fonte]

Além da função de mestre de capela, da qual demitiu-se provavelmente em 1823, André da Silva Gomes ocupou o cargo de mestre régio de gramática latina, de forma interina a partir de 1797 e provisionado a partir de 1801. Com essa função, ministrou aulas em sua própria casa, até aposentar-se, em 1828. Em seu último ano de atuação como mestre de latim, essa aula foi incorporada como disciplina preparatório do Curso Jurídico, criado em 1827.[1][2][3][4][5]

Palácio do Governo de São Paulo em 1827 (antigo Colégio dos Jesuítas), por Jean-Baptiste Debret (1768-1848).

Por conta de sua função como mestre régio de gramática latina, foi aclamado deputado do Governo Provisório da Província de São Paulo em 1821, na qualidade de representante da instrução pública, tendo participado da quase totalidade das mais de 100 sessões, e assinado atas que tiveram papel fundamental no processo de Independência do Brasil. Em função das revoltas de 1822 iniciadas pelos absolutistas de São Paulo, que culminaram na "Bernarda de Francisco Inácio", André da Silva Gomes foi preso e condenado à deportação para Cotia, porém perdoado um mês depois, provavelmente antes de efetivar-se a deportação.[5]

De acordo com pesquisa de Paulo Castagna,[5] partir de 1827 André da Silva Gomes candidatou-se a novos cargos públicos, porém sem os assumir: obteve o terceiro lugar na eleição para Juiz de Fato em 1827, foi eleito suplente do Conselho Geral de São Paulo em 1829 (desistindo desse cargo antes da posse) e não obteve votos para o cargo de Juiz de Fato em 1831, encerrando nesse ano (aos 79 anos de idade) todas as formas conhecidas de participação ou candidatura a funções públicas.[5]

Os testemunhos do século XIX[editar | editar código-fonte]

Vários autores do século XIX publicaram notícias sobre André da Silva Gomes em jornais da época (em alguns casos durante o seu período de vida), a maioria deles reunidos e estabelecidos por Paulo Castagna.[5] Os mais expressivos desses textos foram a Necrologia[11] de 1844 (possivelmente escrita pelo bispo Dom Manuel Joaquim Gonçalves de Andrade), As músicas de André da Silva na Semana Santa da Catedral,[7] de 1866 (provavelmente escrito pelo organista Hermenegildo José de Jesus e Silva, pelo mestre de capela Antônio José de Almeida ou por ambos), e o texto André da Silva,[12] de 1898, escrito pelo mestre de capela João Pedro Gomes Cardim.

Igreja dos Remédios de São Paulo em 1862, por Benedito Calixto de Jesus, templo no qual, por volta de 1860, foram depositados os restos mortais de André da Silva Gomes (anteriormente sepultado na catedral). Museu Paulista.

O autor da Necrologia apresenta os detalhes biográficos que mais circularam nesse período, porém é o único que apresentou a data de nascimento de André da Silva Gomes (30 de novembro de 1752). O(s) autor(es) do texto As músicas de André da Silva na Semana Santa da Catedral apresenta(m) várias informações exclusivas e desconhecidas nas publicações do século XX sobre André da Silva Gomes, entre elas seu estudo ao redor de 1770 sob a supervisão de José Joaquim dos Santos, o fato de que, em Lisboa, "fizera-se organista da igreja dos Franciscanos", uma breve relação de suas obras literárias e musicais e uma apreciação de várias de suas composições. O texto de João Pedro Gomes Cardim, por sua vez, também apresenta as informações biográficas básicas, porém informa que "O Recolhimento de Santa Teresa em São Paulo também possui, como preciosa relíquia, composições do célebre maestro, que são aí constantemente executadas".[5]

Ressalta em alguns textos oitocentistas sobre o músico a forte impressão deixada pela sua atividade. Em 1855 um autor anônimo, auto-identificado como "O Minorista", recordou "a felicidade" dos tempos em que o culto na Sé paulista, ao som dos cânticos sagrados, "habilmente acompanhados pelo devoto André da Silva, enchia o coração dos fieis de santo e verdadeiro entusiasmo pelas coisas celestes, fazia‐os esquecer deste mundo de decepções e de misérias". Em 1864, cerca de 40 anos após ter deixado o posto de mestre de capela, um artigo não assinado no Correio Paulistano lamentava a falta que fazia na vida musical da Sé do "inspirado organista, fundador da música da capela de nossa Sé catedral, contrapontista insigne, maestro fecundo das músicas sagradas, ungido por uma piedade de sentimento que goteja dulcificado de cada uma de suas notas, como essas flores que gotejam sempre de seu seio um pingo de mel". Em 1877 um artigo relatando impressões sobre a Semana Santa o chamava de "imortal". Contudo, no fim do século, segundo Paulo Castagna, a memória sobre o músico estava restrita principalmente aos círculos ligados à Sé e à província de São Paulo, e estava em declínio acentuado, sendo ultrapassada por novos gostos e uma nova estética. Mesmo assim, diversas obras suas continuariam sendo executadas até o início do século XX.[5]

Difusão de suas obras e recuperação do seu legado[editar | editar código-fonte]

Te Deum laudamus de André da Silva Gomes (manuscrito autógrafo de 1820 do Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo), que pode ter sido o que o mestre de capela regeu, na catedral, por ocasião da chegada de D. Pedro a São Paulo em 25 de agosto de 1822.

Desde 1774, a música produzida por André da Silva Gomes foi interpretada em cerimônias religiosas nas igrejas paulistanas, com destaque para a catedral, difundindo-se também para igrejas do interior da Província e Estado de São Paulo. Suas obras remanescentes chegaram ao presente parte em autógrafos (todos no Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo - ACMSP), em cópias de Antônio José de Almeida (no ACMSP), de Manuel José Gomes (no Arquivo Manuel José Gomes, do Museu Carlos Gomes - Centro de Ciências, Letras e Artes de Campinas) e de João Pedro Gomes Cardim (antiga Biblioteca do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, hoje no Centro de Documentação e Memória da Fundação Theatro Municipal de São Paulo).[5]

As últimas notícias sobre a execução de suas obras em fase corrente, na Catedral e no Recolhimento de Santa Teresa de São Paulo foram publicadas em 1909 e, depois desse ano, sua música foi abandonada, em função das mudanças no culto acarretadas pelo Motu Proprio Tra le sollecitudine (1903) do Papa Pio X.[5] Mesmo assim, sua figura não foi inteiramente esquecida, e os artigos de Eugênio Egas, publicados entre 1908 e 1911, segundo Castagna,

"Marcaram o início do processo de construção da história André da Silva Gomes, em uma fase na qual os escritores não provinham ou não eram mais diretamente relacionados à Catedral de São Paulo. Paralelamente, tais autores passaram a produzir seus trabalhos a partir da pesquisa de fontes (embora nem sempre as referindo), porém com a utilização de linguagem e métodos mais literários que científicos, procedimento ainda comum nas narrativas históricas desse período".[5]

Também foi relevante a publicação do livro São Paulo antigo (1911‐1912) de Antônio Egídio Martins, onde o autor recuperou notícias já conhecidas sobre ele e trouxe informações sobre a prática musical na Sé e sobre vários dos músicos que ali atuaram naquela época. Na década de 1920 diversos outros artigos e livros lhe faziam referência, ajudando a recompor sua memória. Em 1922 uma rua foi batizada com seu nome no bairro paulistano do Pari.[5] Em 1930, o então mestre de capela da Catedral de São Paulo, Furio Franceschini, realizou uma apresentação na Igreja de Santa Ifigênia, no qual incluiu o Hino Ave maris stella de André da Silva Gomes,[13] evento que marcou a primeira interpretação de uma de suas obra em forma de concerto.[14]

Recolhimento de Santa Teresa de São Paulo, por Benedito Calixto de Jesus (1853-1927). Museu de Arte Sacra de São Paulo.

A partir desta década seu nome começou a aparecer com mais frequência em artigos, livros e na imprensa, com destaque para o artigo "O regente do coro da Sé" de Nuto Santana, publicado em 1939, que estimulou outros estudiosos a produzirem pesquisas. Em 1942 pela primeira vez foi citado em um livro de história geral da música no Brasil, escrito por Renato Almeida, embora mencionando-o apenas de passagem. Ainda não fora incorporado ao cânone, não aparecendo em outras publicações do gênero. Aproximando-se as comemorações dos 400 anos de fundação de São Paulo, o interesse por Gomes recebeu novo impulso, destacando-se o material incluído por Paulo Florêncio da Silveira Camargo em seu livro A Igreja na história de São Paulo, em sete volumes (1952‐1953), onde apresentou importante documentação e novas informações sobre sua chegada em São Paulo e sua atividade como mestre de capela e mestre de gramática latina. Outra publicação onde ele foi estudado, que merece nota, é História e tradições da cidade de São Paulo (1953) de Ernani Silva Bruno.[5]

Em 1946 surgira a primeira monografia a seu respeito, André da Silva Gomes (1752‐1844): o mestre de capela da Sé de São Paulo, de Clóvis de Oliveira, premiada com indicação para publicação na Revista do Arquivo Histórico Municipal de São Paulo. A indicação não foi cumprida, e o texto só veio à luz em 1954 sob forma de livro, editado às expensas do autor. Reunindo o conhecimento acumulado, recolhendo documentação inédita e tratando o material cientificamente, esse livro representou uma virada em sua fortuna crítica. Mesmo estando centrado na reconstrução da sua biografia e não na sua produção musical, a obra recebeu resenhas positivas e, nas palavras de Castagna, representou "o ponto de partida na pesquisa sistemática de sua atividade e produção". Entrando em contato com Oliveira, Francisco Curt Lange interessou-se pelo assunto e incentivou Régis Duprat a pesquisar no Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo, onde supunha que haveria várias obras à espera de redescoberta. A pesquisa produziu frutos importantes, e na sua tese de doutorado de 1965, Duprat incluiu um catálogo de 76 obras, cuja existência era ignorada até pelos técnicos do acervo.[5]

Na década de 1960 iniciou-se o processo de restauração de sua música, a partir dos trabalhos de Régis Duprat: em 30 de março de 1965, a Orquestra de Câmara de São Paulo (dirigida por Olivier Toni) realizou a primeira audição em concerto da Missa a 8 vozes e instrumentos e de mais duas peças corais. No ano seguinte, Duprat publicou a Missa a 8 vozes e instrumentos,[15] cantada na inauguração do Museu de Arte Sacra de São Paulo (no Mosteiro da Luz), em 28 de junho de 1970. Da década de 1970 em diante várias outras pesquisas, gravações, concertos, publicações e restaurações de partituras foram realizadas, e em 1995 Duprat publicou um catálogo geral, contribuindo para trazer sua música de volta para o presente, embora muito ainda esteja por fazer para sua plena recuperação.[5]

Arquivos[editar | editar código-fonte]

Largo da Sé de São Paulo por Benedito Calixto de Jesus (1853-1927). Museu de Arte Sacra de São Paulo.

Assim como ocorreu com a quase totalidade dos músicos que atuaram no Brasil nos séculos XVIII e XIX, o arquivo pessoal de André da Silva Gomes não foi preservado. São conhecidos apenas três documentos oficiais (batismo, passaporte, provisões) em arquivos institucionais portugueses e brasileiros, além de fontes musicais em acervos brasileiros, com destaque para o Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo,[14][4] o Arquivo Manuel José Gomes, do Centro de Ciências, Letras e Artes de Campinas, a Coleção Curt Lange do Museu da Inconfidência de Ouro Preto, o Arquivo Musical do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo (ainda não aberto ao público) e o Arquivo Veríssimo Glória, sob a custódia de Régis Duprat.[4]

Produção musical[editar | editar código-fonte]

Maquete de São Paulo em 1841 por Henrique Bakkenist, tendo, à esquerda, o Largo de São Gonçalo, onde residiu André da Silva Gomes.

Da produção musical de André da Silva Gomes, chegaram-nos cerca de 130 composições, de acordo com o catálogo de Régis Duprat,[4] além de uma obra didática: o Tratado de Contraponto.[16][17] As fontes conhecidas de suas obras, quase todas ou provavelmente todas elaboradas em São Paulo a partir de 1774, constam de antífonas, cânticos, hinos, ladainhas, missas, matinas, ofertórios, matinas fúnebres, ofícios da Semana Santa e salmos.[4]

Entre as obras de grande porte estão a Missa a Cinco Vozes (final do século XVIII), dividida em dez segmentos (três para o Kyrie e sete para o Gloria), os Noturnos de Natal (nome alternativo das Matinas do Natal), com oito Responsórios, tripartidos em allegro, fugato e andante, a Missa em Dó (gravada em álbum com outras de suas composições, pelo Brasilessentia Grupo Vocal)[18] e a Missa Concertada para a Noite de Natal (para a Matriz de Cotia, 1823), sua última composição conhecida, gravada no Festival de Juiz de Fora, sob a direção de Luís Otávio Santos.[19]

André da Silva Gomes também produziu unidades funcionais avulsas de Matinas, Vésperas e Missas, dentre elas os 14 Ofertórios para vozes e órgão[18][20][21] e o Hino Ave maris stella, a primeira composição desse autor apresentada em forma de concerto (em 1930) e a primeira partitura de suas obras disponibilizada para download.[13][22]

Mapa
Rua Coronel Silva Gomes (CEP 03029-020), entre as Ruas Rio Bonito, Coronel Morais, Pacheco e Silva e Dr. Ornelas, no bairro Canindé de São Paulo

O índice das obras de André da Silva Gomes, com incipit latino e função cerimonial (ver abaixo) foi adaptado a partir do catálogo temático das obras desse compositor, por Régis Duprat (1995).[4]

Homenagens[editar | editar código-fonte]

Índice de obras[editar | editar código-fonte]

Obras de André da Silva Gomes, de acordo com o catálogo de Régis Duprat (1995)
Código Incipit latino Função cerimonial
A - Antífonas
001 Pueri hebræorum Primeira Antífona da Distribuição dos Ramos de Domingo de Ramos
002 Regina Cæli lætare Antífona de Nossa Senhora do Tempo Pascal
B - Hinos
003 Ave Virgo gloriosa Hino de Santa Bárbara
004 [Ave maris stella] Dei Mater Alma Hino das Vésperas de Nossa Senhora (ver 092f e 093f)
005 In tua patientia Hino de Santa Luzia
006 [Salutis humanæ Sator,] Jesu voluptas cordium Hino das Vésperas da Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo
007 [Veni Creator Spiritus] mentes tuorum Hino para as Vésperas de Pentecostes
008 Pange lingua Hino da Procissão de Transladação ou Reposição do Santíssimo Sacramento de Quinta-feira Santa
009 Pange lingua Hino da Procissão de Transladação ou Reposição do Santíssimo Sacramento de Quinta-feira Santa
010 Crudelis Herodes... Regem Venire quid Hino das Vésperas da Epifania
011 Tantum ergo Hino da Exposição do Santíssimo Sacramento
012 Vexilla Regis prodeunt Hino à Santa Cruz da Procissão ao Santíssimo Sacramento de Sexta-feira Santa
C - Ladainha
013 Kyrie, eleison Ladainha de Nossa Senhora
D - Matinas
014 Venite adoremus Regem Invitatório e Responsórios das Matinas da Assunção de Nossa Senhor
015 Summum Regem gloriæ Invitatório e Responsórios das Matinas do Bom Jesus
016 Cujus non sum dignus Invitatório e Responsórios das Matinas da Circuncisão
017 Laudemus Deum nostrum Invitatório e Responsórios das Matinas da Conversão de São Paulo
018 Alleluia spiritus Domini Invitatório e Responsórios das Matinas de Pentecostes
019 Christus natus est nobis Invitatório e Responsórios das Matinas do Natal
020 Hodie nobis cælorum Rex Responsórios das Matinas do Natal
021 Christus natus est nobis Invitatório e Responsórios das Matinas do Natal
022 Laudemus Deum nostrum Invitatório e Responsórios das Matinas da Conversão de São Paulo
023 Regem Apostolorum Invitatório e Responsórios das Matinas de São Pedro
E - Missas
024 Kyrie, eleison Missa em Dó, para o Advento e a Quaresma (ver n.103)
025 Kyrie, eleison Missa em Dó
026 Kyrie, eleison Missa em Dó
027 Kyrie, eleison Missa em Dó de capela
028 Kyrie, eleison Missa em Dó de capela
029 Exaudi nos, Domine Bênção das Cinzas e Missa de Quarta-feira de Cinzas (ver Ofertório em n.056)
030 Kyrie, eleison Missa em Ré menor dos cônegos
031 Kyrie, eleison Missa em Mi bemol a oito vozes
032 [Requiem æternam] Dona eis, Domine Missa dos Funerais em Fá
033 Kyrie, eleison Missa em Sol
034 Kyrie, eleison Missa em Sol
035 Kyrie, eleison Missa em Sol, do Natal
036 Kyrie, eleison Missa em Sol, de Santo André
037 Requiem æternam Missa dos Funerais em Sol menor
038 Kyrie, eleison Missa em Lá
039 Kyrie, eleison Missa em Si bemol
040 Kyrie, eleison Missa em Si bemol
F - Motetos
041 Hæc est voluntas Dei Moteto para os Sermões do Jubileu de 1810 e para os Sermões das tardes da Quaresma
042 Beatissimæ Virginis Moteto para a festa da Imaculada Conceição
043 O vos omnes Moteto para o depósito da Imagem do Senhor dos Passos
044 Popule meus Impropérios da Adoração da Cruz de Sexta-feira Santa
045 Te ergo Moteto
046a Veri adoratores adorabunt Patrem Moteto para o Primeiro Domingo da Quaresma
046b Beati mortui qui in Domino moriuntur Moteto para o Segundo Domingo da Quaresma
046c Dum tempus habemus Moteto para o Terceiro Domingo da Quaresma
046d Beatus qui intelligit Moteto para o Quarto Domingo da Quaresma
046e Qui invidet nihil est Moteto para o Quinto Domingo da Quaresma
047a Ecce panis angelorum Primeiro Moteto para a Comunhão de Quinta-feira Santa
047b Ecce panis angelorum Segundo Moteto para a Comunhão de Quinta-feira Santa
047c Dies enim solemnis Terceiro Moteto para a Comunhão de Quinta-feira Santa
047d Quod in cœna Christus Quarto Moteto para a Comunhão de Quinta-feira Santa
047e Bonæ pastor Quinto Moteto para a Comunhão de Quinta-feira Santa
048a Quæretis me Primeiro Moteto para os Sermões dos Domingos da Quaresma
048b Vigilate omni tempore Segundo Moteto para os Sermões dos Domingos da Quaresma
048c Facite fructus Terceiro Moteto para os Sermões dos Domingos da Quaresma
048d Si confiteamur Quarto Moteto para os Sermões dos Domingos da Quaresma
048e Qui manducat Quinto Moteto para os Sermões dos Domingos da Quaresma
G - Ofertórios
049 Ad te Levavi Ofertorio da Missa do Primeiro Domingo do Advento
050 Ascendit Deus Ofertório da Missa da Ascensão do Senhor
051 Benedixisti, Domine Ofertório da Missa do Terceiro Domingo do Advento
052 Confitebor Tibi, Domine... retribue servo tuo Ofertório da Missa do Quinto Domingo da Quaresma (Primeiro Domingo da Paixão)
053 Confortamini et nolite timere Ofertório da Missa do Quarto Domingo do Advento
054 Deus Tu convertens Ofertório da Missa do Segundo Domingo do Advento
055 Domine Jesu Christe Ofertório da Missa dos Funerais
056 Exaltabo Te, Domine Ofertório da Missa de Quarta-feira de Cinzas (ver n.029)
057 Justitiæ Domini Ofertório da Missa do Terceiro Domingo da Quaresma
058 Lætentur cœli Ofertório da Missa de Natal
059 Laudate Dominum Ofertório da Missa do Quarto Domingo da Quaresma
060 Meditabor in mandatis Ofertório da Missa do Segundo Domingo da Quaresma
061 Mihi autem nimis Ofertório da Missa da Conversão de São Paulo
062 Scapulis suis Ofertório da Missa do Primeiro Domingo da Quaresma
H - Salmos
063 Beati Omnes qui timet Dominum Salmo 127
064 Beatus vir qui timet Salmo 111, para as Vésperas de Nossa Senhora (ver n.093c)
065 Beatus vir qui timet Salmo 111, para as Vésperas de Nossa Senhora
066 Confitebor Tibi Domine... in consilio Salmo 110
067 Confitebor Tibi Domine... in consilio Salmo 110
068 Confitebor Tibi Domine... in consilio Salmo 110 (ver n.093b)
069 Confitebor Tibi Domine... in consilio Salmo 110
070 Confitebor Tibi, Domine... quoniam audisti Salmo 137
071 Credidi propter quod Salmo 115
072 Declaratio sermonum Salmo 118
073 De Profundis Salmo 129
074 Dixit Dominus Salmo 109
075 Dixit Dominus Salmo 109 (ver n.093a)
076 Dixit Dominus Salmo 109
077 Dixit Dominus Salmo 109
078 Domine probasti me Salmo 138
079 Exaltabo Te, Deus Salmo 144
080 In convertendo Salmo 125, para as Vésperas de Terça-feira
081 Lauda Jerusalem Salmo 147
082 Laudate Dominum omnes gentes Salmo 116 (ver n.093e)
083 Laudate Dominum omnes gentes Salmo 116
084a Laudate Dominum omnes gentes Salmo 116
084b Magnificat Cântico de Nossa Senhora (ver n.090e e 092f)
085 Laudate pueri Salmo 112 (ver n.093d)
086 Laudate pueri Salmo 112
087 Laudate pueri Salmo 112
088 Memento Domine David Salmo 131
089 Miserere mei, Deus Salmo 50, das Laudes de Quinta-feira Santa
090a Lætatus sum Salmo 121, das Vésperas de Terça-feira (ver n.092c)
090b Ad te levavi Salmo 122, das Vésperas de Terça-feira
090c Nisi quia Dominus Salmo 123, das Vésperas de Terça-feira
090d Qui confidunt in Domino Salmo 124, das Vésperas de Terça-feira
090e In convertendo Salmo 125, das Vésperas de Terça-feira (ver n.080)
090f Magnificat Cântico de Nossa Senhora (ver n.084 e 092f)
091a Laudate pueri Salmo 112, das Vésperas de Nossa Senhora
091b Lætatus sum Salmo 121, das Vésperas de Nossa Senhora
091c Nisi Dominus Salmo 126, das Vésperas de Nossa Senhora
092a Dixit Dominus Salmo 109, das Vésperas de Nossa Senhora
092b Laudate pueri Salmo 112, das Vésperas de Nossa Senhora
092c Lætatus sum Salmo 121, das Vésperas de Nossa Senhora (ver n.090a)
092d Nisi Dominus Salmo 126, das Vésperas de Nossa Senhora
092e Lauda Jerusalem Salmo 147, das Vésperas de Nossa Senhora
092f [Ave maris stella] Dei Mater Alma Hino das Vésperas de Nossa Senhora (ver n.004 e 093f)
092g Magnificat Cântico de Nossa Senhora (ver n.084b e 090f)
093a Dixit Dominus Salmo 109, de Vésperas de Nossa Senhora (ver n.075)
093b Confitebor Tibi Domine... in consilio Salmo 110, de Vésperas de Nossa Senhora (ver n.068)
093c Beatus vir qui timet Salmo 111, de Vésperas de Nossa Senhora (ver n.064)
093d Laudate pueri Salmo 112, de Vésperas de Nossa Senhora (ver n.085)
093e Laudate Dominum omnes gentes Salmo 116, de Vésperas de Nossa Senhora (ver n.082)
093f [Ave maris stella] Dei Mater Alma Hino das Vésperas de Nossa Senhora (ver n.004 e 092f)
093g Magnificat Cântico de Nossa Senhora (ver n.122)
I - Semana Santa
094 Popule meus Impropérios da Adoração da Cruz de Sexta-feira Santa
095 Domine, tu mihi lavas pedes? Quinta Antífona do Lava-pés de Quinta-feira Santa
096 [Benedictus Dominus, Deus Israel] Quia visitavit Cântico de Zacarias, das Laudes do Tríduo Pascal
097 [Benedictus Dominus, Deus Israel] Quia visitavit Cântico de Zacarias, das Laudes do Tríduo Pascal
098 Christus factus est Seqüência da Missa de Quinta-Feira Santa
099 De Lamentatione Jeremiæ Prophetæ Primeira Lição das Matinas de Sexta-Feira Santa
100 Ex tractatu sancti Augustini Quarta lição das Matinas de Sexta-feira Santa
101 De Epistola Beati Pauli Apostoli Sétima Lição das Matinas de Sexta-Feira Santa
102 De Lamentatione Jeremiæ Prophetæ Primeira Lição das Matinas do Sábado Santo
103 Cum audisset populus Bênção, Procissão e Missa de Domingo de Ramos (Missa corresponde ao n.024)
104 Hosanna filio David Bênção, Procissão e Missa de Domingo de Ramos
105 In Monte Oliveti Responsórios das Matinas de Quinta-feira Santa
106 In monte Oliveti Responsórios das Matinas de Quinta-feira Santa
107 Sicut ovis Responsórios das Matinas de Sexta-Feira Santa
108 Astiterunt reges terræ / Omnes amici mei Antífona e Responsórios das Matinas de Sexta-feira Santa
109 Omnes amici mei Responsórios das Matinas de Sexta-feira Santa
110 Miserere mei et exaudi Completas de Sábado Santo
111 Passio... Joannem / Jesum Nazarenum Paixão e Bradados de Sexta-feira Santa
112 Passio... Matthæum / In illo tempore Paixão de Domingo de Ramos
113 O redemptor, sume carmen Procissão dos Santos Óleos
114 Heu! Heu! Domine! Procissão do Enterro de Sexta-feira Santa
J - Sequências
115 Dies iræ Seqüência da Missa dos Funerais
116 Stabat Mater Seqüência da Missa de Senhora das Dores
117 Veni sancte spiritus Seqüência da Missa de Pentecostes
118 Victimæ paschali laudes Seqüência da Missa do Domingo da Ressurreição
L - Te Deum
119 [Te Deum Laudamus] Te Dominum confitemur Hino de Ação de Graças
120 [Te Deum Laudamus] Te Dominum confitemur Hino de Ação de Graças
121 [Te Deum Laudamus] Te Dominum confitemur Hino de Ação de Graças
M - Diversos
122 Magnificat Cântico de Nossa Senhora
123 Magnificat Cântico de Nossa Senhora
124 Clara lux Moteto ao Pregador
125 Credo in unum Deum Do Ordinário da Missa
126 Ó Virgem Formosa Jaculatórias de Nossa Senhora do Monte Serrate
127 Laudamus te Do Ordinário da Missa
128 O salutaris hostia Noa para a Festa da Ascensão de Cristo
129 Christum Mariæ Filium venite Novena de Nossa Senhora do Rosário
130 Regem cui omnia vivunt Matinas de Finados


Referências

  1. a b OLIVEIRA, Clóvis de. André da Silva Gomes (1752-1844) “O mestre de Capela da Sé de São Paulo”: Obra premiada no Concurso de História promovido pelo Departamento Municipal de Cultura, de São Paulo: em 1946. São Paulo: [ed. do autor], 1954. 58p.
  2. a b DUPRAT, Régis. Música na matriz e sé de São Paulo colonial. Yearbook, University of Texas, Austin, n.11, p.8-68, [1975], 1977.
  3. a b «DUPRAT, Régis. Músico de São Paulo no século XVIII. O Estado de S. Paulo: Suplemento Literário, São Paulo, ano 14, n.685 (OESP, ano 91, n.29.262), p.5, 29 ago. 1970.». cultura.estadao.com.br 
  4. a b c d e f g h DUPRAT, Régis. Música na Sé de São Paulo colonial. São Paulo: Paulus, 1995. 231p.
  5. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t CASTAGNA, Paulo. André da Silva Gomes (1752-1844): memória, esquecimento e restauração. Revista Digital de Música Sacra Brasileira, São Paulo, n.2, p.7-159, fev./abr. 2018.
  6. CASTAGNA, Paulo (2020). Santo do dia: um recurso antroponímico para a formulação de hipóteses referentes à data de nascimento de músicos em comunidades católicas. XXX CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA, Manaus, 7-11 dez. 2020. Anais... Manaus: Universidade Federal de Manaus e Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música. pp. 1–14 
  7. a b AS MUSICAS de André da Silva na Semana Santa da Cathedral. Diario de S. Paulo, São Paulo, ano 1, n.208, p.2, coluna “Publicações pedidas”, 18 abr. 1866; n.212, p.2, coluna “Publicações pedidas”, 22 abr. 1866; n.214, p.2, coluna “Publicações pedidas”, 22 abr. 1866.
  8. POLASTRE, Claudia Aparecida. A música na Cidade de São Paulo, 1765-1822. São Paulo:  Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, 2008. Tese (Doutorado em Ciências). 255p.
  9. SANTOS, Antônio Carlos dos. Músicas e conflitos no bispado de São Paulo (séculos XVIII e XIX). Marília: Universidade Estadual Paulista, 2017. Tese (Doutorado em Ciências Sociais). 169f.
  10. CASTAGNA, Paulo. O estabelecimento de um modelo para o acompanhamento instrumental da música sacra na Encíclica Annus qui hunc (1749) do Papa Bento XIV. Revista do Conservatório de Música da UFPel, Pelotas, n.4, p.1-31, 2011.
  11. NECROLOGIA. Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, ano 19, n.177, p.3, coluna “Communicados”, 8 jul. 1844.
  12. GOMES CARDIM, João Pedro. André da Silva. A musica para todos: gazeta litteraria musical ilustrada, São Paulo, ano 2, n.54, p.458-459, seção “Cathedral de S. Paulo: contribuições para a historia da musica no Brasil”, 1º nov. 1898.
  13. a b GOMES, André da Silva. Ave maris stella (Hino das Vésperas de Nossa Senhora); edição de Paulo Castagna. In: CASTAGNA, Paulo. André da Silva Gomes (1752-1844): memória, esquecimento e restauração. Revista Digital de Música Sacra Brasileira, São Paulo, n.2, p.7-159, fev./abr. 2018.
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  16. GOMES, André da Silva. Arte explicada de contraponto: [transcrição] Régis Duprat, Edilson Vicente de Lima, Márcio Spartaco Landi, Paulo Augusto Soares. São Paulo: Arte & Ciência, 1998. 192p
  17. LANDI, Márcio Spártaco. Lições de contraponto segundo a arte explicada de André da Silva Gomes. São Paulo: ed. do autor, 2006. 282p.
  18. a b DUPRAT, Régis. Música Sacra Paulista. São Paulo: Arte Ciência, 1999. 308p.
  19. GOMES, André da Silva. Missa Concertada para a Noite de Natal [Edição de Fernando Pereira Binder e Paulo Castagna]. In: XIII FESTIVAL Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora; Orquestra Barroca; regência de Luis Otávio Santos. Juiz de Fora: Centro Cultural Pró-Música, [2002], CD. Faixas 18-23.
  20. «SOARES, Paulo Augusto; LIMA, Edilson Vicente de. Ofertórios: um microcosmo estilístico de André da Silva Gomes (1752-1844). Revista Brasileira de Música, Rio de Janeiro, v. 25, n. 2, p. 335-342, jul./dez. 2012.» (PDF). rbm.musica.ufrj.br. Consultado em 24 de março de 2018. Arquivado do original (PDF) em 24 de março de 2018 
  21. «SOARES, Eliel Almeida. A utilização de elementos e figuras de retórica nos ofertórios de André da Silva Gomes. Dissertação (Mestrado em Música) – Universidade de São Paulo. São Paulo, 2012. 461p.». www.teses.usp.br 
  22. GOMES, André da Silva. Ave maris stella (Hino das Vésperas de Nossa Senhora); edição de Paulo Castagna. In: CASTAGNA, Paulo. André da Silva Gomes (1752-1844): memória, esquecimento e restauração. Revista Digital de Música Sacra Brasileira, São Paulo, n.2, p.7-159, fev./abr. 2018.

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