Antônio Pereira de Sousa Calheiros – Wikipédia, a enciclopédia livre
Antônio Pereira de Sousa Calheiros foi um arquiteto português ativo no Brasil.
Praticamente nada se sabe de sua vida. Em documentos que apresentou alegava ser natural de Braga e ter-se licenciado em cânones na Universidade de Coimbra, mas não foram encontrados rastros dele em Braga. Entre 1732 e 1733 apareceu na cidade do Rio de Janeiro, e em 1736 é assinalado em Tiradentes, Minas Gerais. Depois é encontrado em São João del-Rei, onde participou das atividades da Câmara como enviado a Portugal para negociar petições.[1]
Embora mal conhecido, a ele se atribui a autoria do risco (projeto) de duas igrejas que estão entre as mais notáveis expressões do Barroco mineiro, a Igreja de São Pedro dos Clérigos, em Mariana, e sobretudo a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Ouro Preto, com plantas que se desviam dos padrões coloniais e se distinguem pelo seu dinamismo. Também foi autor do risco do retábulo da Matriz de Antônio Dias, em Ouro Preto, e segundo Eduardo de Oliveira pode ter riscado a Igreja de Nossa Senhora das Mercês em São João del-Rei e a Capela de Santo Ovídio de Caldelas.[1][2] Na apreciação do IPHAN, "a Igreja de Nossa Senhora do Rosário é considerada pelos especialistas como a expressão máxima do Barroco colonial mineiro".[3]
Referências
- ↑ a b Oliveira, Eduardo Pires de. "Entre Douro e Minho e Minas Gerais no século XVIII: relações artísticas". In: Martins, Neide Marcondes & Bellotto, Manoel Lelo (orgs.). Labirintos e nós: imagem ibérica em terras da América. UNESP, 1999, pp. 160-162
- ↑ Bury, John B. The "borrominesque" churches of colonial Brazil. The Art Bulletin, 1955; 37 (1)
- ↑ IPHAN. "Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Ouro Preto, MG)". Livro das Belas Artes. Arquivo Noronha Santos