Antiarabismo – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Não confundir com Islamofobia.

O Antiarabismo ou a arabofobia é um sentimento que inclui oposição, aversão, medo ou ódio ao povo árabe.

Historicamente, o preconceito antiárabe tem sido um problema em eventos como a reconquista da Península Ibérica, a condenação dos árabes na Espanha pela Inquisição Espanhola, a Revolução de Zanzibar em 1964 e os distúrbios de Cronulla em 2005 na Austrália. Na era moderna, o antiarabismo é aparente em muitas nações da Europa, Ásia e das Américas.

Definição de "árabe"[editar | editar código-fonte]

Árabes são pessoas cuja língua nativa é o árabe. Pessoas de origem árabe, em particular falantes nativos de inglês e francês de ascendência árabe na Europa e nas Américas, muitas vezes se identificam como árabes. Devido à prática generalizada do Islã entre as populações árabes, o antiarabismo é comumente confundido com a islamofobia.[1]

Existem proeminentes minorias árabes não-muçulmanas no mundo árabe. Essas minorias incluem os cristãos árabes no Líbano, Síria, Palestina, Jordânia, Egito, Iraque, Kuwait e Bahrein, entre outros países árabes.[2] Há também minorias consideráveis de judeus árabes, drusos, bahá'ís e não religiosos.[3][4]

Antiarabismo histórico[editar | editar código-fonte]

O preconceito anti-árabe é sugerido por muitos eventos na história. Na Península Ibérica, quando a reconquista dos nativos cristãos aos colonos mouros se completou com a queda de Granada, todos os não católicos foram expulsos. Em 1492, árabes convertidos ao cristianismo, chamados mouriscos, foram expulsos da Espanha para o norte da África após serem condenados pela Inquisição Espanhola. A palavra espanhola "moro", que significa mouro, hoje carrega um significado negativo.[5]

Após a anexação do estado muçulmano de Hiderabade pela Índia em 1948, cerca de 7.000 árabes foram internados e deportados.[6]

A Revolução de Zanzibar de 12 de janeiro de 1964 pôs fim à dinastia árabe local. Cerca de 17.000 árabes foram exterminados por revolucionários africanos, segundo relatos, e milhares de outros fugiram do país.[7][8][9]

No final do século XIX e no início do século XX, quando palestinos e sírios migraram para a América Latina, a arabofobia era comum nesses países.[10]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Bodi, Faisal (12 de janeiro de 2004). «Islamophobia should be as unacceptable as racism». The Guardian. Londres. Cópia arquivada em 6 de fevereiro de 2008 
  2. *Phares, Walid (2001). «Arab Christians: An Introduction». Arabic Bible Outreach Ministry 
  3. Ori Stendel (1996). The Arabs in Israel. [S.l.]: Sussex Academic Press. p. 45. ISBN 978-1898723240 
  4. Mohammad Hassan Khalil (31 de janeiro de 2013). Between Heaven and Hell: Islam, Salvation, and the Fate of Others. [S.l.]: Oxford University Press. p. 297. ISBN 9780199945412 
  5. Echebarria-Echabe, Agustín; Emilia Fernández Guede (maio de 2007). «A New Measure of Anti-Arab Prejudice: Reliability and Validity Evidence». Journal of Applied Social Psychology. 37 (5). pp. 1077–1091. doi:10.1111/j.1559-1816.2007.00200.x 
  6. Freitag, Ulrike (dezembro de 1999). «Hadhrami migration in the 19th and 20th centuries». British-Yemeni Society. Cópia arquivada em 12 de julho de 2000 
  7. «Country Histories: Independence for Zanzibar». Empire's Children. Channel 4. 2007. Cópia arquivada em 18 de março de 2008 
  8. Heartman, Adam (26 de setembro de 2006). «A Homemade Genocide». Adam Heartman. Cópia arquivada em 3 de fevereiro de 2009 
  9. Zuljan, Ralph (16 de dezembro de 2000). «Revolution in Zanzibar 1964». Armed Conflict Events Data. OnWar.com. Cópia arquivada em 15 de fevereiro de 2001 
  10. La "Turcofobia". Discriminación anti-Árabe en Chile.
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