Arturo Umberto Illia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Arturo Umberto Illia Francesconi
Arturo Umberto Illia
Arturo Umberto Illia Francesconi
31º Presidente da Argentina
Período 12 de outubro de 1963|
a 28 de junho de 1966
Vice-presidente Carlos Humberto Perette
Antecessor(a) José María Guido
Sucessor(a) Juan Carlos Onganía
Deputado Federal por Córdova
Período 20 de abril de 1948
a 30 de abril de 1952
Vice-governador de Córdova
Período 17 de maio de 1940
a 16 de junho de 1943
Governador Santiago del Castillo
Antecessor(a) Alejandro Gallardo
Sucessor(a) Ramón Asís
Senador de Córdova por Cruz del Eje
Período 1 de maio de 1936
a 24 de abril de 1940
Antecessor(a) Fidel Torres
Sucessor(a) Nicolás Pedernera
Dados pessoais
Nascimento 4 de agosto de 1900
Pergamino, Província de Buenos Aires
Morte 18 de janeiro de 1983 (82 anos)
Córdoba, Córdoba
Primeira-dama Silvia Elvira Martorell (m. 1966)
Partido União Cívica Radical
Profissão Médico, político

Arturo Umberto Illia Francesconi (Pergamino, 4 de agosto de 1900Córdoba, 18 de janeiro de 1983), médico e político, foi presidente da Argentina de 12 de outubro de 1963 até ser deposto no golpe de estado de 28 de junho de 1966.[1]

Dados biográficos[editar | editar código-fonte]

Arturo Umberto Illia Francesconi nasceu em 4 de agosto de 1900, às 16 horas, em Pergamino, 220 quilômetros ao norte da cidade de Buenos Aires, na província de Buenos Aires. Seus pais eram imigrantes italianos: Martín Illia era oriundo de San Pietro de Samolaco, Val Chiavenna, Lombardia, e sua mãe, Emma Francesconi, de Gratacazolo, província de Bréscia, Lombardia.[2][3][4]

Em 1918, Arturo começou seus estudos de Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos Aires. Nesse mesmo ano, iniciou-se em Córdoba o movimento estudantil conhecido como Reforma Universitária, que estabeleceu os princípios da universidade gratuita, livre e coadministrada, modificando profundamente a concepção e a administração da educação superior na Argentina e em grande parte da América Latina. [4]

Arturo Illia.
Arturo Umberto Illia assume a presidência da Argentina em 12 de outubro de 1963. À sua direita, acompanha-o Juan Carlos Onganía, o general que o derrubaria três anos depois, encabeçando o que se chamaria de Revolução Argentina.

Como parte de seus estudos de Medicina, em 1923, Illia ingressou como médico-residente no Hospital San Juan de Dios, da cidade de La Plata, graduando-se em 1927.

Em 1928, teve uma entrevista (a única em toda sua vida) com o então presidente, Dr. Hipólito Yrigoyen, a quem ofereceu seus serviços como médico. Yrigoyen propôs-lhe trabalhar como médico ferroviário em diferentes localidades, e Arturo Illia decidiu fixar-se em Cruz del Eje, na província de Córdoba. Desempenhou sua atividade como médico nessa localidade de 1929 até 1963, período interrompido apenas pelos três anos (1940-1943) em que foi vice-governador de Córdoba. Chamavam-no de "Apóstolo dos Pobres", por sua dedicação aos doentes sem recursos, viajando a cavalo, ou mesmo a pé, para levar medicamentos que ele mesmo comprava.[4][5]

Em 15 de fevereiro de 1939, casou-se com Silvia Elvira Martorell, com quem teria três filhos: Emma, Martín Arturo e Leandro Hipólito.[6]

De 1963 a 1966, exerceu a presidência da Argentina, sendo deposto pelo golpe militar de 28 de junho de 1966, conhecido como Revolução Argentina. Depois, mudou-se para Martínez, na Província de Buenos Aires, onde residiu, alternando com viagens a Córdoba. Continuou uma intensa atividade política no seio da União Cívica Radical, até sua morte, em 18 de janeiro de 1983.[7][8]

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Referências

  1. Museo de Casa Rosada. «Arturo Umberto Illia». Casa Rosada-Presidencia de la Nación. Consultado em 25 de maio de 2019 
  2. PETRIELLA, Dionisio (1976). Diccionario Biográfico Italo-Argentino. [S.l.]: Asociación Dante Alighieri. p. 672 
  3. PETRIELLA, Dionisio (1976). «ILLIA, Martín» (PDF). Diccionario Biográfico Italo-Argentino, página 672. Consultado em 25 de maio de 2019 
  4. a b c Agence France-Presse (29 de junho de 1966). «Repercurte em todo o mundo o golpe militar contra Illía». Diário de Pernambuco (Brasil), Ano 141, edição 148, 6ª Coluna-página 2/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 25 de maio de 2019 
  5. José Hernández (16 de agosto de 2012). «Cruz del Eje: el radicalismo recuerda a Arturo Illia». La Voz (Argentina). Consultado em 25 de maio de 2019 
  6. PANDOLFI, Rodolfo e GIBAJA, Emilio (2008). La democracia derrotada. Arturo Illia y su época. [S.l.]: Buenos Aires: Lumiere. p. 57. ISBN 9789876030526 
  7. «Llamamento a la unidad de Argentinos hizo Illía». El Tiempo (Colômbia), Ano 53, edição 18062, páginas 1 e 11. 13 de outubro de 1963. Consultado em 25 de maio de 2019 
  8. «Morte de Illía enluta Argentina». Correio Braziliense, edição 7267, página 6/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 20 de janeiro de 1983. Consultado em 25 de maio de 2019 

Precedido por
José María Guido
Presidente da Argentina
1963 - 1966
Sucedido por
Juan Carlos Onganía


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