Ataxia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Ataxia (do grego ατάξις, sem coordenação), ou distaxia, é um transtorno neurológico caracterizado pela falta de coordenação de movimentos musculares voluntários e de equilíbrio. É normalmente associada a uma degeneração ou bloqueio de áreas específicas do cérebro e cerebelo.

Classificação[editar | editar código-fonte]

  • Ataxia cerebelar: Causada por danos às vias cerebelares, resultam na perda de coordenação motora e planejamento dos movimentos. Os sintomas dependem da área do cerebelo afetada.
  • Ataxia vestibular: Causada por danos à via vestíbulo-ponto-cerebelar, resultam da perda de equilíbrio, gerando vertigem e náusea.
  • Ataxia sensorial: Causada por danos às vias aferentes e posteriores, resultam da perda de propriocepção (percepção de si mesmo no espaço).

Causas[editar | editar código-fonte]

Existem inúmeras causas para ataxias, podendo ocorrer de forma isolada ou simultânea, de forma aguda ou crônica.[1]

Sinais e sintomas[editar | editar código-fonte]

O cerebelo é responsável por uma série de comandos centrais tendo papel de destaque na elaboração, aprendizagem e execução da motricidade. Os possíveis sintomas incluem:

  • Disdiadococinesia: Dificuldade de realizar movimentos alternados.
  • Tremor: Manifesta-se durante um movimento voluntário
  • Dismetria: Erro na medida de movimentos
  • Distasia: Dificuldade de manter-se em pé
  • Disbasia: Dificuldade na marcha, marcha ebriosa
  • Disartria: Dificuldade na fala, fala pastosa
  • Nistagmo: Incoordenação do músculo do globo ocular.

Tratamento[editar | editar código-fonte]

Depende da causa, mas frequentemente é apenas para reduzir os sintomas sem cura permanente. Terapia ocupacional e fisioterapia podem melhorar o funcionamento cotidiano e social.[3] Diversos medicamentos podem reduzir os tremores em ataxias neurodegenerativas entre eles: idebenona, amantadina, fisostigmina, L-carnitina ou seus derivados, trimetoprim-sulfametoxazol, vigabatrina, fosfatidilcolina, acetazolamida, 4-aminopiridina, buspirona, e uma combinação de coenzima Q10 e vitamina E.[4]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1.  Victor M, Ropper AH, Adams RD, Samuels M (2009). Adams and Victor's Principles of Neurology (Ninth ed.). McGraw-Hill Medical. pp. 78–88. ISBN 0-07-149992-X.
  2. http://www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtml/mm5834a2.htm?s_cid=mm5834a2
  3.  Victor M, Ropper AH, Adams RD, Samuels M (2009). Adams and Victor's Principles of Neurology (Ninth ed.). McGraw-Hill Medical. pp. 78–88. ISBN: 0-07-149992-X.
  4. Trujillo-Martín MM, Serrano-Aguilar P, Monton-Alvarez F, Carrillo-Fumero R (18 de junho de 2009). «Effectiveness and safety of treatments for degenerative ataxias: a systematic review». Mov. Disord. 24 (8): 1111–24. PMID 19412936. doi:10.1002/mds.22564 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]