Administração Interina Afegã – Wikipédia, a enciclopédia livre


Governo Interino ou Administração Interina Afegã, também conhecido como Autoridade Interina Afegã, foi o governo provisório estabelecido por seis meses no Afeganistão após a queda do regime talibã e na sequência do Acordo de Bona. Composto por representantes das quatro facções diferentes e liderado por Hamid Karzai, foi instituído para estabelecer uma Loya Jirga, reunião para nomear um governo de transição cuja função pretendida seria elaborar uma nova Constituição. A sua criação foi efetivada em 22 de dezembro de 2001 e permaneceu em vigor até 13 de julho de 2002, quando foi substituído pelo governo de transição.[1][2] O governo foi auxiliado pela Força Internacional de Assistência à Segurança.[1]

Contexto[editar | editar código-fonte]

Embora o Emirado Islâmico do Afeganistão que controlava de facto o país fosse dissolvido após a queda do regime talibã em novembro de 2001, as várias facções opostas ao Talibã entrariam em conflito e reivindicariam a liderança: os partidários do antigo rei Zahir Shah, o "Grupo de Chipre" representante dos notáveis no exílio, o Grupo de Peshawar, representantes dos refugiados pashtuns no Paquistão e a Aliança do Norte,[1] que tinha em suas fileiras Burhanuddin Rabbani, presidente do governo oficial do Estado Islâmico do Afeganistão, e retornou ao poder entre novembro e dezembro de 2011.

Após as difíceis negociações em Bonn, concordam com a composição do governo interino.[2]

Referências

  1. a b c Ludwig W. Adamec (7 abril 2010). The A to Z of Afghan Wars, Revolutions and Insurgencies (em inglês). [S.l.]: Scarecrow Press. pp. 169 ; 82 ; Annexe 6. ISBN 978-0-8108-7624-8 
  2. a b Bonn : accord sur un gouvernement intérimaire L'Obs, 5 de dezembro de 2001

Precedido por
Emirado Islâmico do Afeganistão
Administração Interina Afegã
22 de dezembro de 2001 – 13 de julho de 2002
Sucedido por
Administração Transitória Afegã