Barreto Pinto – Wikipédia, a enciclopédia livre

Barreto Pinto
Barreto Pinto
Em 1956.
Deputado federal pelo Distrito Federal
Período 1 de maio de 1935 a 10 de novembro de 1937,
1 de fevereiro de 1946 a 27 de maio de 1949
Fevereiro a Abril de 1952
e setembro de 1954 a janeiro de 1955
Dados pessoais
Nome completo Edmundo Barreto Pinto
Nascimento 15 de abril de 1900
Vassouras, RJ
Morte 30 de março de 1972 (71 anos)
Alma mater Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Partido PTB
Profissão advogado, jornalista, político e escritor teatral

Edmundo Barreto Pinto (Vassouras, 15 de abril de 1900 — 30 de março de 1972) foi um político brasileiro. Exerceu o mandato de deputado federal constituinte pelo Distrito Federal em 1946.[1]

Após a promulgação da Constituição de 1934, foi eleito representante dos funcionários públicos, tornando-se deputado Federal classista. Assumiu sua cadeira na Câmara em maio de 1935 e, no ano seguinte, formou-se pela Faculdade de Direito da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro. Permaneceu na Câmara até o dia 10 de novembro de 1937, quando, com o advento do Estado Novo, os órgãos legislativos do país foram suprimidos.[2]

Foi um dos fundadores do PTB, nas eleições de dezembro de 1945, foi eleito suplente de deputado à Assembleia Nacional Constituinte pelo DF na legenda do PTB. Beneficiado pelo mecanismo das sobras garantido pelo princípio proporcional do voto, assumiu em fevereiro de 1946 uma cadeira no lugar de Getúlio Vargas, eleito deputado Federal. Com a promulgação da nova Carta, em 1946, passou a exercer o mandato ordinário. Foi neste ano que posou para as fatídicas fotos que, anos depois, levariam à cassação de seu mandato.[2]

Em 27 de maio de 1949, tornou-se o primeiro deputado cassado por quebra de decoro parlamentar após deixar ser fotografado vestido de smoking e cuecas para a revista O Cruzeiro, em 1946. As fotos faziam parte de um ensaio intitulado "Barreto Pinto Sem Máscara", e o político alegou ter sido enganado pelo jornalista David Nasser, com quem fez o acordo para a realização de uma reportagem sobre a presença dele na alta sociedade no Rio de Janeiro, pensando que seria fotografado apenas com a parte superior do corpo.[2][3]

Sobre seu pai[editar | editar código-fonte]

Edmundo Barreto Pinto era filho do engenheiro civil Adél Barreto Pinto (1859-1927), que foi engenheiro da Estrada de Ferro Central do Brasil desde 1894, onde ficou até sua morte. Também foi inventor, várias criações patenteadas entre o fim do século XIX e no início do século XX. Seu maior invento, que recebeu o grande prêmio da Exposição Nacional de 1908, foi o cunjunto de equipamentos ferroviário denominado “Sistema de Bloqueio Adél” ou “Block System Adél”, com patente em diversos países da América, Europa e no Brasil; tratando-se de um sistema formado por uma combinação de aparelhos (semáforos, cabines de aviso, relé) Feitos para tornar mais segura o fluxo de composições ferroviárias em geral.[4]

Referências

  1. «Edmundo Barreto Pinto - CPDOC». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 26 de outubro de 2017 
  2. a b c «Deputado tem mandato cassado após conceder entrevista de cueca». Migalhas. 18 de junho de 2018. Consultado em 23 de julho de 2019 
  3. «O primeiro deputado federal do país cassado por quebra de decoro, após foto de cuecas». O Globo. 24 de fevereiro de 2021. Consultado em 6 de março de 2021 
  4. LOPES, José Paulo Braida. «Um Homenageado Pouco Conhecido - Engenheiro Adél Pinto» (PDF). Biblioteca Filatélica, do site Filatelia. Consultado em 23 de janeiro de 2024 
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