Basílica de Santa Maria Maior (Pontevedra) – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para a basílica de Roma, veja Basílica de Santa Maria Maior.
Basílica de Santa Maria Maior
Santa María a Maior
Basílica de Santa Maria Maior (Pontevedra)
Estilo dominante Gótico isabelino, plateresco
Início da construção Século XVI
Ano de consagração Igreja Católica
Geografia
País Espanha
Coordenadas 42° 26' 02" N 8° 38' 51" O

A Basílica de Santa Maria Maior (em galego: Santa María a Maior) de Pontevedra, é uma igreja católica, datada no século XVI,[1] foi consagrada como basílica em 10 de janeiro de 1962, pelo decreto do Papa João XXIII. Actualmente, é considerada um BIC (Bem de Interesse Cultural, com o número de identificação RI-51-0000828[2][3][4]). Foi declarada um monumento histórico-artístico pertencente ao Tesouro Artístico Nacional mediante decreto de 3 de junho de 1931.[5] · [6]

História[editar | editar código-fonte]

Pontevedra não é a sede do bispado porque não há nela uma catedral, talvez por esta razão a igreja, hoje basílica de Santa Maria é considerada como a igreja principal de Pontevedra. Está situada no centro histórico de Pontevedra, na praça Alonso de Fonseca; justo no mesmo lugar onde antigamente se erguia una pequena igreja românica, que foi demolida ao chegar o século XV.[2] Sua construção se deve ao encargo realizado pelo Grémio de Mercantes, a entidade civil mais antiga de Pontevedra e o grémio de mar mais antigo de toda Espanha. Foi construído seguindo os planos de Juan de los Cuetos e Diego Gil, entre outros (Cornielis de Holanda, Mateo López, Sebastián Barros, Domingo Fernándes e Juan Noble).[2][3][7][1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Trata-se dum edifício de estilo gótico, com influências do estilo manuelino português.[2] Externamente se destacam suas fachadas. A principal, orientada a oeste, apresenta uma ampla escadaria para o acesso dela. Tem a estrutura em forma de retábulo, com três corpos abundantemente decorados (seguindo o estilo plateresco), obra do mestre Cornielles de Holanda e Juan Noble, e datada em 1541.[4][1] A porta situa-se no corpo central e apresenta um arco de meio ponto emoldurado pelas esculturas de São Pedro e São Paulo. Na parte superior da porta se pode contemplar um relevo da Dormição de Maria; e acima da decoração em base aos medalhões em forma de conchas de vieiras, assim como esculturas de santos, personagens bíblicos e até mesmo históricos;[1] e, ainda maior, uma rosácea (responsável pela iluminação do espaço interior), simbolismo do céu. A fachada é coroada por um Calvário e por último a ameia típica de estilo manuelino português.[2] Como os dados anedóticos comentam que entre as figuras dos santos que aparecem na decoração desta fachada, se podem distinguir os bustos de Cristóvão Colombo e Hernán Cortés que estão situados aos lados da rosácea.[7]

Também apresenta uma fachada no lado sul do edifício, com um arco de meio ponto com jamba pedregosa decorada barrocamente e nela destaca o cruzeiro de dimensões consideráveis.[4] Também apresenta ameia manuelina coroando os muros e o abside do templo, o qual apresenta uma grande janela decorada seguindo o estilo manuelino.[2]

Em relação ao interior, a igreja apresenta planta basilical com três naves (a central com predomínio de estilo renascentista, enquanto que as outras duas, como as capelas, estão influídas pelo estilo tardo gótico)[7] e capelas laterais.[2][3][4][1]

A cobertura das naves, assim como das capelas laterais se executa através das abóbadas de cruzaria, entre as quais há que destacar a que foi levada a cabo por parte de Diego Gil no ano de 1522.[2][1]

Na conhecida como Capela Maior se pode contemplar um retábulo de madeira de castanha e nogueira, da fábrica moderna, já que se pode datar entre finais do século XIX e princípios do século XX, obra do escultor galego criador duma escola de talha em Santiago de Compostela, Máximo Magariños,[3] que realizou também o púlpito, assim como catorze quadros com baixos-relevos que formam as catorze estações da Via Crúcis da igreja.[2]

Outras capelas dignas de menção são:

  • Capela de Cristo, conhecida também como Capela do Bom Jesus e incluso da Angústia. Nela se pode contemplar um altar de estilo barroco, datado no século XVIII e obra de José Ferreiro. Esta capela tem uma inscrição na que se indica que a fundação da mesma se deve à família Barbeito Padrón em 1525, razão pela qual nela estão enterrados para além dos fundadores (o matrimónio formado por Juan de Barbeito e Teresa Álvarez Figueroa), outros membros desta família.[2]
  • Capela das Angústias, onde há uma imagem da Virgem das Angústias, um escudo dos Fonseca e onde repousam os restos de Bartolomé Sarmiento.[2]
  • Capela da Puríssima, com seu retábulo de madeira (em que se venera a imagem da Virgem da Esperança, conhecida como a Virgem do Ó, que é a santa padroeira da cidade de Pontevedra) com cinco esculturas datadas em 1500 e obra do escultor português Atayde.[2]
  • Capela da Trindade, com um altar semelhante ao da capela de Cristo, mas com simbolismos e esculturas referentes ao Padre, Filho e Espírito Santo (Santíssima Trindade). Ademais, nele podemos ver uma escultura de Nossa Senhora com a Criança, de escassas dimensões, que fica sentada sobre a Arca de Noé, a qual se utiliza de Santuário. Ademais, lateralmente apresenta as imagens em madeira policromada dos apóstolos Pedro e Paulo.[2]
  • Altar da Virgem Dolorosa, em que há um retábulo barroco cuja parte inferior e dentro duma urna envidraçada se pode ver um Cristo Jacente.[2]

Galeria[editar | editar código-fonte]

Notas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f Basílica de Santa María la Mayor (em castelhano) Guiarte.com
  2. a b c d e f g h i j k l m n «Basílica de Santa María la Mayor (Pontevedra)» (em espanhol). Arte Viaje. 18 de junho de 2012 
  3. a b c d Basílica de Santa María la Mayor (em castelhano) Instituto de Turismo de Espanha, Sociedade Estatal para a Gestão da Inovação e das Tecnologias Turísticas
  4. a b c d Basílica de Santa María la Mayor (em castelhano) España es cultura
  5. Decreto do Ministério da Instrução Pública e Belas Artes publicado na Gazeta de Madrid n.º 155 de 4 de junho de 1931, disponível online na seguinte: Página (em castelhano) Agência Estatal Boletim Oficial do Estado.
  6. «La provincia de Pontevedra destaca por sus BICs». Diario de Pontevedra (em espanhol). 9 de agosto de 2021 
  7. a b c Basílica de Santa María la Mayor (em castelhano) Clubrural

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Basílica de Santa Maria Maior de Pontevedra
  • Santa María a maior de Pontevedra. Juan Juega Puig. Concelho de Pontevedra, 2010.
  • Iglesias gallegas de la Edad Media, colección de artículos publicados por José Villa-amil y Castro. Impressa de São Francisco de Sales. Madrid. 2005. ISBN 84-934081-5-8.