Batalha de Bangui (2021) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Batalha de Bangui (2021)
Guerra Civil na República Centro-Africana (2012–presente)
Data 13 de janeiro de 2021
Local Bangui, República Centro-Africana
Desfecho Vitória do governo
Beligerantes
 República Centro-Africana
Nações Unidas MINUSCA  Russia
República Centro-Africana Coalizão de Patriotas pela Mudança
Comandantes
República Centro-Africana Faustin-Archange Touadéra República Centro-Africana François Bozizé
Unidades
Rússia Grupo Wagner * Anti-balaka
Forças
  200 rebeldes
Baixas
Ruanda Um morto e um ferido
República Centro-Africana Vários feridos[1]
30 mortos, cinco capturados[2]
Vários civis feridos[1]

Batalha de Bangui ocorreu em 13 de janeiro de 2021 quando cerca de 200 rebeldes da Coalizão de Patriotas pela Mudança atacaram Bangui, a capital da República Centro-Africana, em uma tentativa fracassada de derrubar o governo.

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Em dezembro de 2020, os principais grupos rebeldes na República Centro-Africana criaram a Coalizão dos Patriotas para a Mudança. Esta organização era liderada pelo ex-presidente François Bozizé e tentou impedir a realização das eleições gerais. [3]

De acordo com testemunhos de membros de grupos armados, François Bozize esteve diretamente envolvido na preparação e coordenação do ataque a Bangui.[3] Karim Meckassoua, ex-presidente da Assembleia Nacional, também esteve envolvido nos preparativos em coordenação com Bozize, Noureddine Adam, Ali Darassa e vários generais do Movimento Patriótico para a República Centro-Africana (MPC). Segundo testemunhos, ele esperava que, caso o golpe de Estado tivesse êxito, seria o chefe do governo de transição. No entanto, Bozize estava convencido de que Meckassoua estava tentando traí-lo, o que levou à recusa dos combatentes anti-balaka baseados em Bangui de se juntarem ao ataque. Os golpistas deveriam criar o caos em Bangui, o que permitiria que outros combatentes entrassem na capital. Meckassoua, entretanto, negou todas as acusações.[3]

Batalha[editar | editar código-fonte]

Por volta das 5h45, cerca de dez rebeldes armados com lança-foguetes e rifles Kalashnikov foram vistos nos bairros PK 11, Damala, PK 12 e Pindao, em Bangui.[4] Cerca de 200 rebeldes [5] atacaram quartéis militares a 9 km e 12 km da capital. Também atacaram o bairro de Bimbo. Moradores relataram tiroteios em diferentes partes da cidade.[6] As ruas estavam repletas de cartuchos de munição. [5] O ataque foi repelido e a partir das 8h a situação na cidade estava calma. Um soldado ruandês foi morto e outro ficou ferido.[7] De acordo com o primeiro-ministro Firmin Ngrébada, trinta rebeldes foram mortos e cinco foram capturados.[2]

Um dos rebeldes capturados foi mostrado ao vivo na televisão. O ministro do Interior, Henri Wanzet Linguissara, afirmou que ele era cidadão chadiano. O governo do Chade negou a acusação.[8][9]

Referências