Blair Imani – Wikipédia, a enciclopédia livre

Blair Imani
Blair Imani
Nascimento Blair Elizabeth Brown
31 de outubro de 1993
Cidadania Estados Unidos
Alma mater
Ocupação escritor, ativista
Religião Islamismo
Página oficial
http://blairimani.com/about

Blair Imani (nascida Blair Elizabeth Brown, 31 de outubro de 1993)[1] é uma autora e historiadora muçulmana afro-americana queer. Ela foi diretora executiva da "Equality for HER", uma organização feminista já extinta.[2] Ela é membro do movimento Black Lives Matter e é conhecida por seu ativismo no Twitter e Instagram, assim como por protestar contra a morte de Alton Sterling e a Ordem Executiva 13769.[3] Imani teve seus textos publicados pelo HuffPost e pela VICE.[4][5]

Imani ganhou reconhecimento por ter sido presa durante os protestos após a morte de Alton Sterling em Baton Rouge, Louisiana, e seu ativismo focado na interseccionalidade das identidades negra e muçulmana.[6]

Educação e carreira[editar | editar código-fonte]

Imani se formou na Universidade do Estado da Luisiana em 2015.[7]

Em 2016, ela trabalhou como assessora de imprensa da Federação de Paternidade Planejada da América.[8] Atualmente ela é Líder de Ação e Campanha Cívica na DoSomething.org, a maior empresa de tecnologia focada exclusivamente em jovens e mudanças sociais.[9][10]

Imani é a autora de Modern HERstory: Stories of Women and Nonbinary People Rewriting History, livro publicado pela Ten Speed Press em 16 de outubro de 2018. O livro é ilustrado por Monique Le e "dá destaque para 70 pessoas de cor, queer, trans, deficiente e mais, que são ignoradas mas de grande importância, e que estão mudando o mundo neste exato momento."[11][12][13][14][15][16]

Ativismo em Baton Rouge[editar | editar código-fonte]

Blair Imani em um comício em Baton Rouge, protestando contra o a morte de Alton Sterling

No dia 10 de julho de 2016, após a morte de Alton Sterling, Imani participou de um protesto em Baton Rouge, Louisiana. Enquanto protestava, ela foi presa com seu companheiro, Akeem Muhammad.[17] Em uma entrevista ao Intercept, Imani contou sobre seu encontro com os oficiais da SWAT de Baton Rouge. Ela alegou ter sido pisoteada e ameaçada verbalmente. Ela foi fotografada gritando ao ser levada por oficiais da força especial.[7]

Enquanto estava sendo detida, um oficial ordenou: "vai com tudo", e outro oficial removeu seu hijab.[18]

Menos de uma semana após sua prisão, Imani ajudou a organizar uma vigília junto à Associação de Estudantes da Universidade do Estado de Louisiana em resposta e em homenagem aos três policiais de Baton Rouge que haviam sido assassinados. Em um artigo no Advocate, ela disse que "[t]oda violência está errada" e que ela é contra todo tipo de brutalidade, incluindo a violência contra policiais.[19]

Identidade negra e muçulmana[editar | editar código-fonte]

Imani se converteu ao Islã em 2015, após sentir desconforto nas igrejas cristãs e encontrar consolo no Islã.[20]

Descrevendo sua decisão de mudar de nome, ela explicou que escolheu o nome Imani "pois Imani significa 'minha fé' e é também um dos dias do Kwanzaa, além de ser uma palavra suaíli assim como uma palavra árabe, e eu senti que ela encapsulava minha jornada em direção ao Islã ".[21]

Durante o período que antecedeu a eleição presidencial em 2016, Imani falou sobre a interseccionalidade entre as identidades negra e muçulmana.[22]

Imani esperou um ano após a conversão para começar a usar o hijab[23] e parou de usá-lo por um curto período após as eleições de 2016.[24]

Ela apareceu no The Point da MSNBC, apresentado por Ari Melber no dia 2 de abril de 2017.[25] No mesmo ano, junto do ativista Kwame Rose, ela participou da Conferência de Política Negra da Universidade Harvard, na Escola John F. Kennedy,[26] durante a qual falou sobre interseções de identidade negra e muçulmana.[27]

Em junho de 2017, Imani apareceu no Tucker Carlson Tonight, onde defendeu a existência de espaços seguros nos campi universitários para muçulmanos, pessoas LGBT e outras minorias, espaços "onde você pode ser você mesmo, sem medo de estar sendo vigiado, ser agredido ou assediado."[28]

Em março de 2019, Blair apareceu em um projeto musical da SHAVONE intitulado "4C", com temas centrados na elevação de mulheres negras, beleza na diversidade e no movimento dos cabelos naturais.[29][30]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Imani se declarou abertamente queer em junho de 2017.[31] Depois disto, ela disse ter recebido apoio "de muçulmanos queer e de jovens de todo o mundo" e que encontrou consolo na representação de muçulmanos LGBT na série The Bold Type.[32]

Referências

  1. @BlairImani (28 de outubro de 2018). «My birthday is on October 31, Halloween. I will be 25 this year.» (Tweet). Consultado em 29 de outubro de 2018 – via Twitter 
  2. Corkins, Matthew (19 de fevereiro de 2017). «In Trump Era, Islam's Tolerance Helps Restless Activist Survive». Observer (em inglês) 
  3. Florio, Gina M. «Muslim Women You Should Be Following On Twitter, Because We Need Their Voices Now More Than Ever». Bustle (em inglês) 
  4. Imani, Blair. «Why activist Blair Imani will no longer wear hijab post-Trump». i-D (em inglês). Vice Media 
  5. Imani, Blair. «One Month Ago In Baton Rouge». HuffPost (em inglês) 
  6. Dierra. «Discussing the Resistance with Blair Imani». The 405 
  7. a b Mackey, Robert. «Baton Rouge Police Sued Over Arrest of Peaceful Protesters». The Intercept 
  8. «Donald Trump Bragged About Sexual Assault — But We Won't Let Him Normalize It». www.plannedparenthoodaction.org (em inglês) 
  9. «Our Team | DoSomething.org | Volunteer for Social Change». dosomething.org (em inglês) 
  10. «How to be an activist (no experience required)». NBC News (em inglês) 
  11. Imani, Blair. «Modern HERstory: Stories of Women and Nonbinary People Rewriting History». Ten Speed Press 
  12. «Blair Imani's "Modern HERstory" changes the narrative of social justice to include women and nonbinary notables». GLAAD (em inglês) 
  13. Winter, Kevin. «Modern HERstory: Stories of Women and Nonbinary People Rewriting History». San Francisco Book Review (em inglês) 
  14. Williams, Austin. «'Modern HERstory' Amplifies the Voices of Unsung Activists». Complex (em inglês) 
  15. Schreiber, Hope. «Author's parents go all out to celebrate the release of her 'Modern HERstory' book, and it's the sweetest thing Twitter has seen». Yahoo Lifestyle (em inglês) 
  16. Schembri, Pamela. «Modern HERstory: Stories of Women and Nonbinary People Rewriting History». School Library Journal 
  17. «Baton Rouge Protester On Arrest: 'I Didn't Know If I Was Going To Survive'». NPR.org 
  18. «"One Month Ago in Baton Rouge"». Louisiana Anthology 
  19. «Woman arrested in Alton Sterling protests is key organizer of fallen officers vigil». The Advocate (em inglês) 
  20. «"60. Blair Imani - They Took My Hijab Away"». Made of Human Podcast 
  21. «"Life as a Queer Muslim in 2019 with Blair Imani"». Youtube 
  22. «Times Square». This American Life 
  23. «"60. Blair Imani - They Took My Hijab Away"». Made of Human Podcast 
  24. «In Trump Era, Islam's Tolerance Helps Restless Activist Survive». Observer 
  25. «Growing Up Trump: The next generation speaks out». MSNBC 
  26. «2017 Black Policy Conference Workshop: Black and Muslim: Organizing at the Intersection». blackpolicyconference.com. Harvard Kennedy School. Cópia arquivada em 8 de abril de 2017 
  27. «Blair Imani». blackpolicyconference.com. Harvard Kennedy School. Cópia arquivada em 19 de abril de 2017 
  28. «Tucker Takes on Activist Who Supports Taxpayer-Funded Muslim 'Safe Spaces'». Fox News 
  29. «Shavone Celebrates Black Girl Magic in New "4C" Video». yahoo.com. Yahoo! Entertainment 
  30. «"4C" Is the Black Girl Magic Video You Didn't Know You Needed». naturallycurly.com. Naturally Curly 
  31. «Blair Imani gets real about queer Muslim representation, shares exclusive "The Bold Type" clip». GLAAD 
  32. «Blair Imani Opens Up About Being Queer, Black and Muslim». Teen Vogue 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]