Bocejo – Wikipédia, a enciclopédia livre

Joseph Ducreux pandiculando (bocejando e se espreguiçando); auto-retrato c. 1783

Um bocejo é um reflexo que consiste na inalação simultânea de ar e no estiramento dos tímpanos, seguido por uma exalação de ar. Muitas espécies animais, incluindo pássaros e peixes, bocejam.[1][2][3]

O bocejo (oscitação) ocorre com mais frequência em adultos imediatamente antes e depois do sono, durante atividades tediosas e também como resultado de sua qualidade contagiosa.[4] É comumente associado a cansaço, estresse, sonolência, tédio ou até mesmo fome. Em humanos, o bocejo costuma ser desencadeado pela percepção de que outras pessoas estão bocejando (por exemplo, ver uma pessoa bocejando ou falar com alguém que está bocejando ao telefone). Este é um exemplo típico de feedback positivo.[5] Este bocejo "contagioso" também foi observado em chimpanzés, cães, gatos, pássaros e répteis e pode ocorrer entre membros de espécies diferentes.[6][7] Aproximadamente vinte razões psicológicas para o bocejo foram propostas por estudiosos, mas há pouco acordo sobre a primazia de qualquer uma delas.[4]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Seuntjens, Wolter (2010), Walusinski, O., ed., «The Hidden Sexuality of the Yawn and the Future of Chasmology», ISBN 978-3-8055-9404-2, Basel: KARGER, Frontiers of Neurology and Neuroscience (em inglês), 28, pp. 55–62, PMID 20357463, doi:10.1159/000307081, consultado em 6 de dezembro de 2021 
  2. Mikami, Akichika (2 de outubro de 2010). «Olivier Walusinski (Ed.): The Mystery of Yawning in Physiology and Disease». Primates. 52 (1): 97–99. ISSN 0032-8332. doi:10.1007/s10329-010-0222-6 
  3. Teive, Hélio A. G.; Munhoz, Renato P.; Camargo, Carlos Henrique F.; Walusinski, Olivier (Julho de 2018). «Yawning in neurology: a review». Arquivos de Neuro-Psiquiatria (em inglês). 76 (7): 473–480. ISSN 1678-4227. doi:10.1590/0004-282x20180057 
  4. a b Anderson, James R.; Meno, Pauline (2003). «Psychological Influences on Yawning in Children». Current Psychology Letters. 2 (11). Consultado em 15 de maio de 2012. Cópia arquivada em 29 de maio de 2013 
  5. Camazine, Deneubourg, Franks, Sneyd, Theraulaz, Bonabeau, Self-Organization in Biological Systems, Princeton University Press, 2003. ISBN 0-691-11624-5, ISBN 0-691-01211-3 (pbk.) p. 18.
  6. Shepherd, Alex J.; Senju, Atsushi; Joly-Mascheroni, Ramiro M. (2008). «Dogs catch human yawns». Biology Letters. 4 (5): 446–8. PMC 2610100Acessível livremente. PMID 18682357. doi:10.1098/rsbl.2008.0333. Resumo divulgativoBBC News (5 de agosto de 2008) 
  7. Madsen, Elanie E.; Persson, Tomas; Sayehli, Susan; Lenninger, Sara; Sonesson, Göran (2013). «Chimpanzees Show a Developmental Increase in Susceptibility to Contagious Yawning: A Test of the Effect of Ontogeny and Emotional Closeness on Yawn Contagion». PLOS ONE. 8 (10): e76266. Bibcode:2013PLoSO...876266M. PMC 3797813Acessível livremente. PMID 24146848. doi:10.1371/journal.pone.0076266. Resumo divulgativoLA Times (16 de outubro de 2013) 

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