Borreliose humana brasileira – Wikipédia, a enciclopédia livre

Borreliose humana brasileira
Borreliose humana brasileira
Carrapatos da espécie Amblyomma cajennense, carrapato estrela, o vetor da borreliose na América do Sul.
Classificação e recursos externos
CID-10 A69.2
CID-9 088.81
DiseasesDB 1531
MedlinePlus 001319
eMedicine article/330178
article/965922
article/786767
MeSH D008193
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A borreliose humana brasileira, Síndrome (de) Baggio-Yoshinari ou doença de Lyme símile brasileira é uma zoonose causada pela bactéria Borrelia burgdorferi adaptada ao ambiente sul-americano e transmitida pelos carrapatos Amblyomma e Rhipicephalus, e que causa sintomas similares à doença de Lyme em mamíferos, porém com mais casos de retorno dos sintomas (73.6%) e de complicações neurológicas (20%) ou auto-imunes, exigindo tratamento mais amplo com doxiciclina.[1][2]

Causa[editar | editar código-fonte]

A doença é causada pela Borrelia burgdorferi, uma bactéria espiralada Gram negativa, microaerófila, com capacidade de penetração intracelular, multiflagelada, de crescimento lento em cultivo, provida de protoplasma e que apresenta uma membrana externa rica em lipoproteínas.[3]

Sinais e sintomas[editar | editar código-fonte]

Os sintomas iniciais são os mesmos da doença de Lyme, e incluem[4]:

Podem durar um mês sem tratamento. A fadiga e a fraqueza costumam persistir mesmo com tratamento (síndrome posterior). Sintomas menos comuns incluem náusea e vômito, dor de garganta, dor nas costas e aumento do baço (esplenomegalia).

Depois de algumas semanas, se não tratada corretamente, pode causar problemas[3]:

Diagnóstico[editar | editar código-fonte]

Em exames de PCR com fragmentos marcadores do gene da flagelina (flgA e flaB) ou proteína da membrana externa A (OspA) dão negativos. Exames de ELISA e Western Blot tem 65% de diagnóstico correto e 16% de falso positivo, sendo portanto essencial considerar os sintomas clínicos (como o eritema crônico migratório, que identifica picada de carrapato e dura cerca de um mês) para confirmar o diagnóstico.[3]

Tratamento[editar | editar código-fonte]

No primeiro mês pode ser tratada como a doença de Lyme, com ceftriaxone ou penicilina por trinta dias, mas, pelo maior risco de complicações, é prudente continuar com 200 mg de doxiciclina por mais sessenta dias.[3][5]

Referências