Cais do Sodré – Wikipédia, a enciclopédia livre

Cais do Sodré
Mapa

O Cais do Sodré (Portugal) é uma secção da frente portuária de Lisboa, entre o Cais da Marinha e o Cais do Gás (tendo recentemente a designação englobado este último, tal como já englobara o Cais das Pombas). Por este nome designa-se habitualmente também um conjunto de arruamentos e logradouros contíguos na Lisboa ribeirinha central, do Largo do Corpo Santo até à Praça de São Paulo, e para sul até ao rio, nomeadamente: [1][2]

História[editar | editar código-fonte]

Gare original do Cais Sodré, finais do século XIX.[7]
Estação do Metro do Cais Sodré, dos arquitectos Pedro Botelho e Nuno Teotónio Pereira.[8]

A parte mais antiga do atual Cais do Sodré, a norte, era conhecida no início do século XIX, como Bairro dos Remolares.[9]

A partir de 1855, são feitas várias obras que tornam este local, até então insalubre, numa referência da cidade de Lisboa da época.[10] Foram construídos armazéns para albergar os produtos vindos de pequenas embarcações. Os marinheiros e outros homens ligados à pesca começaram a residir no bairro, em conjunto com empresários ligados à industria da importação e da exportação de produtos, que beneficiavam da proximidade do porto e ligações comerciais internacionais.[10]

Com a vinda destes grupos, o Cais do Sodré era já no final do século XIX “uma referência social da época”. Era palco para intelectuais, burgueses, dândis, artistas e indivíduos da classe alta, em especial no Hotel Central, descrito por Eça de Queirós na sua obra Os Maias.[10]

Em Maio de 1968, o assassino do activista norte-americano Martin Luther King passeava-se pela Rua Nova do Carvalho, apaixonando-se por uma trabalhadora a quem posteriormente escreveu uma carta.[11]

Em 2024 é um bairro histórico e vibrante, tornando-se um dos lugares mais animados e movimentados da cidade de Lisboa. É famoso pela vida noturna, especialmente na Rua Cor de Rosa (Rua Nova do Carvalho), existindo várias opções de entretenimento, desde bares, restaurantes e casas noturnas.[10]

Equipamentos[editar | editar código-fonte]

Este topónimo também se aplica a equipamentos de transporte aqui situados, tais como:

Obras epónimas[editar | editar código-fonte]

Este local serviu também de inspiração para obras epónimas:

Referências

  1. Norberto de Araújo: Peregrinações em Lisboa VIII: 103-108
  2. «A pombalina Rua Nova do Carvalho ao Cais do Sodré». Toponímia de Lisboa. 14 de novembro de 2013. Consultado em 18 de setembro de 2023 
  3. «Diretório da Cidade - Praça Duque da Terceira». informacoeseservicos.lisboa.pt. Consultado em 18 de setembro de 2023 
  4. «European Maritime Safety Agency, Praca Europa No.4, Cais do Sodre 1249-206, Lisboa, Portugal». ERTICO Newsroom (em inglês). 19 de setembro de 2023. Consultado em 18 de setembro de 2023 
  5. Paiva, Ana Sofia (31 de janeiro de 2019). «As várias vidas do Cais do Sodré». FCSH+Lisboa. Consultado em 18 de setembro de 2023 
  6. Seixas, Francisco. «Memórias de Lisboa». www.memoriasdelisboa.pt. Consultado em 29 de novembro de 2023 
  7. «Cais-do-Sodr-1900.jpg (image)». lh3.ggpht.com. Consultado em 18 de setembro de 2023 
  8. «Estação do Cais do Sodré | IP Patrimonio | Infraestruturas de Portugal». www.ippatrimonio.pt. Consultado em 18 de setembro de 2023 
  9. «Rua dos Remolares na zona da Ribeira Velha - Lisboa - Centro Português de Fotografia - DigitArq». digitarq.cpf.arquivos.pt. Consultado em 18 de setembro de 2023 
  10. a b c d Paiva, Ana Sofia (31 de janeiro de 2019). «As várias vidas do Cais do Sodré». FCSH+Lisboa. Consultado em 18 de setembro de 2023 
  11. Reis, Bárbara (1 de abril de 2018). «Por que é que o assassino de Luther King fugiu para Portugal?». PÚBLICO. Consultado em 25 de janeiro de 2024 
  12. Portugal, Comboios de. «Estação de Cais do Sodré | CP - Comboios de Portugal». CP.PT | Comboios de Portugal (em inglês). Consultado em 18 de setembro de 2023 
  13. «Cais do Sodré». Metropolitano de Lisboa, E.P.E. Consultado em 18 de setembro de 2023 
  14. «Diretório da Cidade do Município de Lisboa: Estação Fluvial do Cais do Sodré». informacoeseservicos.lisboa.pt. Consultado em 18 de setembro de 2023 
  15. «Transtejo Soflusa | Espaço Cliente Terminal Fluvial Cais do Sodré». Consultado em 18 de setembro de 2023 
  16. «O cais do Sodré, letra e música». Projecto Natura da Universidade do Minho. Consultado em 18 de setembro de 2023 
  17. Maria Taborda da Silva, Elisa Maria Taborda da Silva (2010). «Cais do Sodré té Salamansa: o cabo-verdiano em exílio». Cadernos CESPUC de pesquisa. Série Ensaios (19) 
  18. «Biblioteca Nacional de Portugal - Cais-do-Sodré té Salamansa, de Orlanda Amarilis». catalogo.bnportugal.gov.pt. Consultado em 18 de setembro de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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