Castelo de Conwy – Wikipédia, a enciclopédia livre

Castelo de Conwy
Apresentação
Tipo
Parte de
Conwy Castle and Town Walls (d)
Fundação
Arquiteto
Material
Patrocinador
James of Saint George
John de Bonvillars (en)
Altura
30 m
Proprietário
Estatuto patrimonial
Monumento marcado
Edifício listado como Grau I (d)Visualizar e editar dados no Wikidata
Website
Localização
Localização
Altitude
22 m ou 23 m
Coordenadas
Mapa

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Vista geral do Castelo de Conwy

O Castelo de Conwy (em inglês: Conway Castle; Castell Conwy em galês) é um castelo localizado em Conwy, na costa norte do País de Gales, Reino Unido. Está classificado como Património Mundial da Humanidade, integrado no sítio Castelos e Muralhas do Rei Eduardo em Venedócia. Encontra-se classificado como um listed building com o Grau I desde 23 de setembro de 1950.[1]

Construção[editar | editar código-fonte]

O castelo foi construído entre 1283 e 1289,[2] durante a segunda campanha do rei Eduardo I de Inglaterra no Norte de Gales. O desenho e obras foram supervisionados pelo mestre pedreiro James of St. George, usando 1,500 trabalhadores e pedreiros. Na construção do castelo e das defesas da cidade, estima-se que tenham sido gastas 15.000 libras (correspondentes a 162 milhões em 2009[3]), a maior soma numa só estrutura gasta por Eduardo I, em qualquer dos seus castelos galeses, entre 1277 e 1304.

Conwy assemelha-se superficialmente a um castelo concêntrico, mas é mais precisamente descrito como uma fortificação linear porque, tal como o Castelo de Caernarfon, foi construído num promontório rochoso. Isto destinava-se a prevenir uma minagem subterrânea e também a guardar a entrada para o Rio Conwy. O promontório, com cerca de 15 metros (49 pés) de altura, estava originalmente rodeado pelo rio em dois lados. Com o advento da linha de caminho de ferro da Costa Norte de Gales, no século XIX, a recuperação de terras em volta do castelo isolaram-no do rio.

Desenho[editar | editar código-fonte]

Pátio exterior do Castelo de Conway

A fortaleza está dividida num pátio exterior e num pátio interior. Estes, estão separados por uma muralha de 4,6 metros (15 pés) de espessura e uma funda vala na rocha. Cada pátio está protegido por quatro torres com mais de 21 metros (70 pés) de altura, 9,1 metros (30 pés) de diâmetros e consistindo em vários andares. As torres do pátio interior também possuem a defesa adicional de torretas.

O acesso ao castelo era feito, originalmente, por uma rampa com degraus - da qual sobrevive uma pequena parte - através duma ponte levadiça, por uma portaria com grade e pela barbacã. Então, quem entrava virava à esquerda, através da portaria principal, para o pátio interior. Este continha os principais aposentos habitacionais para a guarnição e a torre prisão. Uma muralha e portaria com uma enfiada de seteiras defendia o pátio interior. Esta parte continha o aquecido Apartamento Real e o Grande Hall. Na parte de trás do castelo existia uma outra barbacã quardando o lado do rio.

No século XIII, foi construída uma torre de vigia no lugar do actual Bodysgallen Hall. O seu propósito era actuar como local de vigilância em direcção à região norte, não facilmente observável a partir do próprio castelo. Alguma da pedra usada na construção do Castelo de Conwy tem sido associada a uma pedreira em Bodysgallen.[4]

História[editar | editar código-fonte]

O Castelo de Conwy numa ilustração do início do século XX na Cassell's History of England

O Castelo de Conwy foi concluido em 1289. Seis anos mais tarde, Eduardo I foi sitiado aqui durante a rebelião de Madog ap Llywelyn. O cerco durou vários meses e os mantimentos começaram a escassear. No entanto, o castelo e a cidade não foram capturados. No século XIV, foram empreendidas alterações por ordem de Eduardo, o Príncipe Negro.

Em 1403, forças galesas lideradas por Rhys e Gwilym, filhos de Tudur ap Gronw, e os primos de Owain Glyndwr, capturaram o castelo e a guarnição inglesa. A fortaleza e os soldados foram, mais tarde, resgatados pelo rei Henrique IV de Inglaterra. Tudur ap Gronw foi um antepassado do rei Henrique Tudor. Em 1461, durante a Guerra das Rosas, Conwy foi tomada por William Herbert, 1º Conde de Pembroke (1423-1469), sob ordens do rei Eduardo IV de Inglaterra.

No início do século XVII, o, em tempos, grande Castelo Real estava degradado e, em grande medida, sem uso. No entanto, com a deflagração da Guerra Civil Inglesa, Conwy recebeu novamente guarnição pelo Rei (Carlos I de Inglaterra). Foi capturado, em 1646, depois dum cerco de três meses, pelo exército Parlamentarista. Foi destruído deliberadamente e deixado como uma concha vazia.

Mais tarde, depois da restauração da monarquia, Carlos II concedeu o Castelo de Conwy a Edward Conway, 3º Visconde Conway. Em 1665, a madeira, ferro e chumbo restantes foram removidos do castelo por William Milward, em nome do par, e vendidos.[5]

Actualmente, o castelo é um Scheduled Ancient Monument (Monumento Antigo Classificado), administrado pelo Cadw. Também faz parte do Património Mundial da Humanidade da UNESCO como parte do sítio Castelos e Muralhas do Rei Eduardo em Venedócia.

Galeria de imagens[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Conwy Castle, Conwy». britishlistedbuildings.co.uk (em inglês). Consultado em 22 de fevereiro de 2012 
  2. «Cadw» 
  3. «Valor histórico da libra esterlina desde 1264» 
  4. C.M. Hogan, History of Bodysgallen Hall, Julho de 2004, Arquivos da Biblioteca Municipal de Aberdeen, Aberdeen, Escócia
  5. Taylor, Arnold (1985). Studies in Castles and Castle-Building. [S.l.]: Hambledon Press. ISBN 0907628516 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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