Cedúcto – Wikipédia, a enciclopédia livre

Cedúcto (em grego: Κηδούκτος; romaniz.:Kedoúktos) ou Cedócto (em grego: Κηδόκτος; romaniz.:Kedóktos), também conhecida como Acedúcto (em grego: Ἀκεδοῦκτον; romaniz.:Akedoukton) e de Cidúcto (em grego: τὰ Κιδόκτου; romaniz.:ta Kidóktou), foi uma planície do Império Bizantino situada na Trácia. Sua localização não foi identificada com precisão, mas situava-se próximo do rio Halmiro (moderno Kalivri Dere) e entre as cidades de Dânio (moderna Kınalıköprü) e Heracleia Perinto (moderna Marmara Ereğlisi).[1] O nome é evidentemente uma helenização do latim aquaductus e refere-se ao aqueduto local; apesar de sua vizinhança, provavelmente não fez parte do grande sistema que supriu a capital bizantina de Constantinopla.[2]

O sítio é mencionado pela primeira vez em 813 como Acedúcto ou de Cidúcto, quando o imperador Miguel I Rangabe (r. 811–813) fez campanha contra os búlgaros e foi escoltado por sua esposa Procópia. A presença dela foi indesejada para as tropas, que revoltaram-se. Em outubro ou novembro de 822, a planície foi o sítio da decisiva batalha na rebelião de Tomás, o Eslavo, entre as forças rebeldes e os búlgaros sob Omortague (r. 815–831), que era aliado do imperador Miguel II, o Amoriano (r. 820–829). A batalha foi custosa para ambos os lados e resultou em nenhuma vitória certa, mas enfraqueceu Tomás, levando ao colapso de sua rebelião na primavera de 823.[2][3]

O sítio aparece novamente durante a rebelião de Nicéforo Briênio, o Velho contra Nicéforo III Botaniates em 1078. Logo após a batalha de Calávrita, quando Briênio foi derrotado pelo general de Botaniates, Aleixo Comneno, o exército rebelde acampou em Cedúcto. Num práctico (praktikon) de 1104, é listada entre as posses do Mosteiro de Iviron no Monte Atos. Na virada do século XIII formou um episcépse imperial, e foi registrada no Partitio Romaniae como uma das área loteadas para cavaleiros cruzados individuais.[2]

Referências

  1. Külzer 2008, p. 389–390, 421–422, 446.
  2. a b c Külzer 2008, p. 446.
  3. Treadgold 1988, p. 240–241.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Külzer, Andreas (2008). Tabula Imperii Byzantini: Band 12, Ostthrakien (Eurōpē) (em alemão). Viena: Österreichische Akademie der Wissenschaften. ISBN 978-3-7001-3945-4