Cereja – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para outros significados, veja Cereja (desambiguação).
Prunus avium, cereja doce, também chamada de cereja selvagem
Prunus cerasus

Uma cereja é o fruto de muitas plantas do gênero Prunus. As cerejas do comércio geralmente são obtidas de cultivos de um número limitado de espécies, como a cerejeira-brava (Prunus avium) e a cereja-ácida (Prunus cerasus, ou Ginja). A Ginja, de polpa bem mais firme, é usada na fabricação de conservas, compotas e bebidas licorosas, como o kirsch, ginjinha e o marasquino. As cerejas contém proteínas, cálcio, ferro e vitaminas A, B, e C. Quando consumida ao natural, tem propriedades refrescantes, diuréticas e laxativas. A cereja tem altas concentrações de antocianina, e é considerada um anti-inflamatório natural, prevenindo inflamações e acalmando dores no corpo. As sementes encontradas no interior da fruta têm propriedades vermífugas e diuréticas.[1]

As cerejas são frutos pequenos e arredondados que podem apresentar várias cores, sendo o vermelho a mais comum entre as variedades comestíveis. A cereja-doce, de polpa macia e suculenta, é servida ao natural, como sobremesa. Como a cereja é muito rica em tanino, consumida em excesso pode provocar problemas estomacais, não sendo aconselhável consumir mais de 200 ou 300 gramas da fruta por dia.

Botânica[editar | editar código-fonte]

Muitas cerejas são membros do subgênero Cerasus, que é distinguido por ter as flores em pequenos corimbos (não isoladamente, nem em racemos), e por ter frutos lisos com apenas um sulco fraco ao longo de um lado, ou nenhum sulco. O subgênero é nativo das regiões temperadas do Hemisfério Norte, com duas espécies na América, três na Europa e o restante na Ásia. Outras frutas de cereja são encontradas em racemos e são chamadas de bird cherries ("cerejas de pássaros").

Cultivo[editar | editar código-fonte]

Época de cultivo[editar | editar código-fonte]

Como a maioria das árvores de latitude moderada, as sementes de cereja requerem exposição ao frio para germinar (uma adaptação que evita a germinação durante o outono, o que resultaria na morte da muda pelas temperaturas de inverno). São plantadas no outono (após serem refrigeradas) e as mudas emergem na primavera.[2] Uma cerejeira levará de três a quatro anos no campo para produzir sua primeira safra de frutas e sete anos para atingir a maturidade plena.[2] Por causa da exigência de tempo frio, nenhum membro do gênero Prunus pode crescer em climas tropicais.

No hemisfério sul, as cerejas geralmente estão no auge no final de dezembro e são amplamente associadas ao Natal. [3]

Produção[editar | editar código-fonte]

Países que mais produziram cereja (doce) em 2014 (em toneladas)
Rank Country Production
1 Turquia 445,556
2 Estados Unidos 329,852
3 Irã 172,000
4 Espanha 118,220
5 Itália 110,766
6 Chile 83,903
7 Romênia 82,808
8 Uzebequistão 80,000
9 Rússia 77,000
10 Grécia 73,380
Mundo 2,245,826
Source: UN Food & Agriculture Organization[4]

Em 2014, a produção mundial de cerejas doces foi de 2,25 milhões de toneladas, com a Turquia produzindo 20% desse total. Outros grandes produtores de cerejas eram os Estados Unidos e o Irã.

Referências

  1. «Cereja» 
  2. a b «Cherry». Fruit and Nut Information Center 
  3. «Varieties». Cherish the moment 
  4. «Crops/Regions/Production of Cherries by Countries (from pick lists)». UN Food & Agriculture Organization, FAOSTAT, Statistics Division. 2014. Consultado em 12 de setembro de 2017. Cópia arquivada em 11 de maio de 2017