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 Nota: Para a franquia, veja Cine Gibi (franquia).
Turma da Mônica em Cine Gibi: O Filme
Cine Gibi
Pôster promocional
 Brasil
2004 •  cor •  71 min 
Género animação, infantil
Direção José Márcio Nicolosi
Produção Nilza Faustino
Fernando de Moraes Schier
Produção executiva José Amancio
Roteiro Airton Barreto
Emerson Bernado De Abreu
Flavio Teixeira de Jesus
José Márcio Nicolosi
Marcelo Verde
Márcio Araujo
Baseado em Turma da Mônica
de Mauricio de Sousa
Elenco Marli Bortoletto
Angélica Santos
Paulo Cavalcante
Elza Gonçalves
Sibele Toledo
Marcio Araujo
Marcelo Souza
Luciano Huck
Wanessa Camargo
Fernanda Lima
Pedro & Thiago
Mauricio de Sousa
Música Márcio Araújo
Companhia(s) produtora(s) Mauricio de Sousa Produções
TeleImage
Distribuição Paramount Pictures
Lançamento 9 de julho de 2004
Idioma português
Orçamento R$ 5 milhões
Cronologia
Cine Gibi 2 (2005)

Turma da Mônica em Cine Gibi: O Filme[a] é um filme brasileiro de 2004 dirigido por José Márcio Nicolosi e produzido pela Mauricio de Sousa Produções. É a sétima produção para os cinemas baseada nos quadrinhos de Turma da Mônica, de autoria de Mauricio de Sousa, que supervisionou o filme, e o primeiro filme da franquia de mesmo nome. O enredo gira em torno de uma invenção do personagem Franjinha que converte histórias em quadrinhos em filmes. No total, seis dessas histórias são apresentadas, com referências a filmes famosos e com a participação de celebridades reais, como Luciano Huck e Wanessa Camargo.

O filme foi produzido anos depois do último filme de Turma da Mônica, devido à "valorização da produção nacional" após um período de inflação. Lançado nos cinemas brasileiros em 9 de julho de 2004, com investimento da United International Pictures e orçamento de 5 milhões de reais, Cine Gibi teve recepção média da crítica e foi assistido por 31 658 espectadores em seu fim de semana de estreia. Mais tarde, foi lançado em DVD, exibido no SBT e inserido no catálogo da Netflix. O filme ganhou diversas sequências, começando com Cine Gibi 2 (2005).

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Luciano Huck interage com a Turma da Mônica em Cine Gibi

Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali vão em uma caixa de papelão até um cinema do bairro para assistirem um filme a qual será projetado através de uma nova invenção de Franjinha: um projetor de gibis em forma de liquidificador que converte as historinhas das revistas em filmes animados. No caminho, eles encontram Luciano Huck que decidem os acompanhar até o cinema.

Chegando lá, a turma passa a assistir vários curtas que contam as aventuras deles,[1] intercalados com aparições em carne e osso de várias celebridades como Fernanda Lima, Wanessa Camargo, a dupla Pedro & Thiago, além do próprio Maurício de Sousa.[2]

As histórias presentes nos curtas do filme são:

  • Em Busca do Nariz de Isabelle: Mônica está montando um quebra-cabeça, mas fica fula da vida quando falta a última peça: o nariz de Isabelle. Ela então procura o Sr. Ding Ling, o vendedor, e descobre que a última peça do quebra-cabeça do retrato de Isabelle está escondida no subsolo do Bairro do Limoeiro, e com a ajuda de Cebolinha ela vai em busca desse último fragmento.
  • Concurso de Beleza: Cebolinha e Cascão explicam para a Mônica que terá um concurso de beleza no Bairro do Limoeiro, todas as meninas iriam participar e todos os meninos iriam votar. Mas eles queriam fazer uma "marmelada" para não levarem coelhadas.
  • Um Amor Dentuço: Cebolinha e Cascão zombam a Mônica e começam a fugir dela, ela corre atrás deles, mas cansa rapidamente e desiste, de repente surge um vampiro chamado Ivan Piro II (Vampolfo nas histórias em quadrinhos) que quer transformar Mônica em uma vampira para ser sua amada, então ele a morde sem que ela perceba e ela lentamente vai se transformando em uma vampira. Adaptada de história publicada em Mônica nº 54 (Globo, junho de 1991).
  • O Caça-Sansão: O Sansão é vítima da invenção de um cientista maluco, e se torna um enorme monstro. Cabe ao Cebolinha capturá-lo e devolvê-lo para a Mônica em sua antiga forma.
  • Um Cenário para os Meus Bonequinhos: Cascão e Cebolinha dão asas à imaginação em encantadoras brincadeiras infantis. Até o momento em que chegam Mônica e Magali, que resolvem dar um toque feminino à diversão.
  • Irmão Cascão: Cebolinha resolve nomear seu melhor amigo como irmão. Ele só não contava com jeito folgado de Cascão, que vai ocupando todos os espaços de sua casa.

No final da sessão de cinema, os personagens brincam durante os créditos finais antes de irem embora, com Jotalhão e o Louco aparecendo logo em seguida para assistir ao filme, embora este já tenha terminado.

Elenco[editar | editar código-fonte]

Dubladores[editar | editar código-fonte]

Atores[editar | editar código-fonte]

Antecedentes e lançamento[editar | editar código-fonte]

Cine Gibi foi dirigido por José Márcio Nicolosi e produzido por Nilza Faustino e Fernando de Moraes Schier, além de ter sido produzido executivamente por José Amancio. A empresa produtora foi a Mauricio de Sousa Produções, de Mauricio de Sousa, criador de Turma da Mônica e o supervisionador geral do filme. A empresa TeleImage também é creditada. A música principal do filme, "Toque de Mágica", é de autoria de Zé Henrique, Sérgio Knust e "Marcelão", lançada sob o selo BMG Brasil.

Mauricio não criava filmes há anos;[b] segundo o Estadão, "Havia inflação, falta de controle nas bilheterias, todo tipo de dificuldade tecnológica", e Mauricio comentou: "Se continuasse a fazer cinema iria à falência". Cine Gibi foi produzido e lançado devido à "valorização da produção nacional".[1] Celebridades reais aparecem no filme: Luciano Huck, Wanessa Camargo, Fernanda Lima, Pedro e Thiago e Mauricio de Sousa; segundo o último, o filme foi feito para que essas participações especiais fossem trocadas para celebridades locais, em lançamentos internacionais.[6] O filme foi feito "às pressas", para o lançamento coincidir com o período de férias escolares.[3] A United International Pictures investiu 700 mil reais no filme,[7] e o orçamento foi de 5 milhões.[3]

Uma das primeiras publicações anunciando o lançamento do filme foi feita em 23 de março de 2004; o Tribuna da Imprensa publicou que o filme estava previsto para julho.[5] Um trailer foi publicado no dia 5 de julho de 2004,[8] com o filme sendo lançado quatro dias depois.[1] No fim de semana de 9 a 11 de julho, o filme atraiu 31 658 espectadores.[9] Em outubro, o filme foi lançado em DVD,[7] sendo o primeiro do Brasil com a opção de língua de sinais.[2][10] Segundo a Rede Blockbuster, o DVD foi o terceiro mais vendido na semana de 3 a 10 de janeiro de 2005.[11] O filme foi exibido em 9 de julho de 2008 no SBT.[12] Em uma data desconhecida, foi colocado no catálogo da Netflix, e removido no dia 8 de agosto de 2017,[13] voltando no dia 9 de maio de 2021.[14]

Recepção crítica[editar | editar código-fonte]

Críticas profissionais
Avaliações da crítica
Fonte Avaliação
CineClick (positiva)[3]
Cineplayers 3/10[15]
Correio Braziliense 3 de 5 estrelas.[16]
Omelete 2 de 5 estrelas.[6]
UOL Cinema 3 de 5 estrelas.[2]

Em geral, o filme recebeu críticas mistas. Sobre as histórias, Roberto Guerra, ao CineClick, as chamou de "divertidas",[3] enquanto Rodrigo Cunha, ao Cineplayers, disse que são "sem diversão alguma".[15] Ele criticou duramente a presença das celebridades reais no filme, classificando como "sem graça, sem carisma e sem vergonha na cara", com exceção a Luciano Huck, que "não faz uma participação ruim".[15] Marcelo Forlani notou ao Omelete que "[a] presença dos artistas não acrescenta nada à narrativa",[6] e Tiago Faria do Correio Braziliense disse que a participação deles não era necessária.[16] Marcelo acusou ainda Mauricio de Sousa de "[utilizar] celebridades para esconder roteiros fracos".[6] Roberto (CineClick) discordou, dizendo que o filme tem um "argumento bem construído".[3]

Marcelo (Omelete) classificou a animação como "bastante simples", mas "bem feita", utilizando "uma técnica que facilita a produção rápida de diversos minutos de filme".[6] Roberto (CineClick) disse que o filme tem "boa qualidade técnica".[3] Contrariamente, Rubens Ewald Filho, ao UOL Cinema disse: "Como pode este filme da Turma da Mônica, de 2004, ser tecnicamente inferior aos desenhos dos anos 80? [...] a animação é truncada".[2] Tiago (Correio Braziliense) elogiou que o filme é voltado para as crianças, sem piadas de duplo sentido; "um filme infantil como não se faz mais".[16] De maneira similar, Roberto (CineClick) disse que "deve cativar a criançada",[3] e Marcelo (Omelete) disse: "o foco está nos pequenos".[6] Rodrigo (Cineplayers) disse: "As piadas não possuem a inocência que fizeram sucesso no gibi e partem para apelos totalmente visuais [...] Pelo menos não partiram para um apelo sexual para fazer as crianças rir [...]"[15]

Notas

  1. Diversas fontes utilizam várias grafias diferentes para o nome do filme, notavelmente "Cinegibi".
  2. Existem diversas fontes contraditórias sobre qual foi o filme anterior. O CineClick afirma que foi Chico Bento, Oia a Onça! (1990),[3] o Correio Braziliense e o Tribuna da Imprensa dizem que foi Turma da Mônica e a Estrelinha Mágica (1988),[4][5] e o Estadão declara que foi Turma da Mônica em: O Bicho-Papão (1987).[1]

Referências

  1. a b c d «Turma da Mônica está em "Cine Gibi - O Filme"». Estadão. 9 de julho de 2004. Consultado em 25 de maio de 2021 
  2. a b c d Filho, Rubens Ewald (2004). «Cinegibi: O Filme - Turma da Mônica - Resenhas». UOL Cinema. Consultado em 25 de maio de 2021 
  3. a b c d e f g h Guerra, Roberto (22 de maio de 2009). «Cine Gibi - O Filme, com a Turma da Mônica». CineClick. Consultado em 25 de maio de 2021 
  4. «No escurinho do cinema». Correio Braziliense: 4 (Super). 16 de junho de 2004. Consultado em 25 de maio de 2021 
  5. a b «Mil novidades para a Turma da Mônica em 2004». Tribuna da Imprensa: 16. 23 de março de 2004. Consultado em 25 de maio de 2021 
  6. a b c d e f Forlani, Marcelo (8 de julho de 2004). «Cinegibi, O Filme - Turma da Mônica | Crítica». Omelete. Consultado em 25 de maio de 2021 
  7. a b «Um plano infalível». Correio Braziliense: 1 (Caderno C). 7 de julho de 2004. Consultado em 25 de maio de 2021 
  8. Cine Gibi - O Filme - trailer. UOL TAB. 5 de julho de 2004. Consultado em 25 de maio de 2021 
  9. «Bilheteria de Cinegibi, o Filme - Turma da Mônica». AdoroCinema. Consultado em 25 de maio de 2021 
  10. «Mônica Bergamo». Folha de S.Paulo. 17 de setembro de 2004. Consultado em 14 de julho de 2021. O filme de animação 'Cine Gibi' terá o primeiro DVD nacional com opção de tradução para a língua de sinais [...] 
  11. «Mais vendidos». Jornal do Brasil: 76. 14 de janeiro de 2005. Consultado em 25 de maio de 2021 
  12. «Filmes». Folha de S.Paulo. 9 de julho de 2008. Consultado em 25 de maio de 2021 
  13. «Tudo que sai da Netflix nesta semana». Olhar Digital. 7 de agosto de 2017. Consultado em 25 de maio de 2021 
  14. Vaccari, Beatriz (14 de maio de 2021). «Lançamentos da Netflix na semana (14/05/2021)». Canaltech. Consultado em 25 de maio de 2021 
  15. a b c d Cunha, Rodrigo (26 de julho de 2004). «Cinegibi - O Filme - Turma da Mônica (2004): Crítica Cineplayers». Cineplayers. Consultado em 25 de maio de 2021 
  16. a b c Faria, Tiago (9 de julho de 2004). «Crítica / Cine gibi, o filme». Biblioteca Nacional. Correio Braziliense: 29 (Fim de Semana). Consultado em 25 de maio de 2021 

Leitura adicional[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]