Colégio Batista Brasileiro – Wikipédia, a enciclopédia livre

Colégio Batista Brasileiro
Colégio Batista Brasileiro
Tipo empresa
Geografia
Coordenadas 23° 32' 11.42" S 46° 40' 11.59" O
Mapa
Localização São Paulo - Brasil
Patrimônio bem tombado pelo Conpresp

O Colégio Batista Brasileiro é uma instituição centenária de ensino infantil, fundamental e médio batista localizada no bairro nobre de Perdizes, na cidade de São Paulo.[1]

O colégio foi fundado em 1902 por missionários americanos.[2] Em 1923, foi inaugurado o prédio em Perdizes, ocorrendo a adoção do nome atual Colégio Batista Brasileiro.

Em 2006, uma forte movimentação civil contra a demolição do edifício principal, envolvido na venda de parte do imóvel do colégio para uma construtora[3], motivou a abertura de um processo de tombamento[4], naquele mesmo ano, garantindo a preservação da construção[5]. Em 2013, o processo foi definitivamente aprovado, conforme resolução do CONPRESP. [6][7]

História[editar | editar código-fonte]

O Colégio Batista Brasileiro teve início com a chegada do casal de missionários batistas William Buck Bagby e Anne Luther Bagby à capital paulista, após uma estada de dois anos na Bahia e dezoito anos no Rio de Janeiro[8].

A partir da pequena escola particular comprada por três mil dólares de Mary McIntyre, uma senhora presbiteriana, foi fundado o colégio, com o nome Colégio Progresso Brasileiro, na então Alameda dos Bambus, atual Avenida Rio Branco. Contava então com 32 alunos. Mais tarde o colégio seria transferido para o Largo dos Guaianazes, atual Praça Princesa Isabel[8].

Em 1922, a organização missionária americana, Junta de Richmond, transferiu para os brasileiros da Convenção Batista Brasileira toda a administração do colégio, bem como a responsabilidade pela conclusão das obras do novo edifício, iniciado com recursos obtidos junto a batistas do Texas[8].

Em 1923, o prédio foi finalmente inaugurado no bairro de Perdizes, permitindo a transferência definitiva para estas instalações.

Legado[editar | editar código-fonte]

Ao lado de outras instituições de ensino criadas por americanos e ingleses na cidade, notadamente os protestantes, o colégio foi responsável, no início do século, por algumas mudanças de paradigma no ensino, como a eliminação das punições corporais e métodos de ensino silencioso, que a escola americana Mackenzie já havia sido pioneira em instituir[9][1].

Desde 2013, o prédio principal do colégio em Perdizes faz parte do patrimônio histórico tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo[10].

Dentre seus alunos ao longo de mais de um século, figuram personalidades conhecidas, como o administrador de empresas Stephen Kanitz[11], o arquiteto Roberto Loeb[12], o jogador Kaká[13][14], a atriz Tânia Khallil[15], o sociólogo Sérgio Buarque de Holanda,[16] entre outros. Anita Malfatti lecionou na instituição.[16]

Hino - Alma Mater[editar | editar código-fonte]

Ao estudo o dever nos conclama, paladinos do Livro e da Cruz. Vamos, pois, com os peitos em chama à conquista do Reino da Luz.

(Refrão) O nosso Colégio Batista tem no seio feraz glórias mil e há de certo levá-las um dia, aos recantos de todo o Brasil.

Em nossa alma, levamos acesa uma estrela do céu, um farol, cujo brilho de suma grandeza é mais belo do que o brilho do sol.

(Refrão) O nosso Colégio Batista tem no seio feraz glórias mil e há de certo levá-las um dia, aos recantos de todo o Brasil.

É a ciência, é a fé, é a glória nossos alvos de luta sem fim, té que um dia nos chegue a vitória, ao soar do celeste clarim.

(Refrão) O nosso Colégio Batista tem no seio feraz glórias mil e há de certo levá-las um dia, aos recantos de todo o Brasil.

Companheiros da Santa Jornada, trabalhemos com vivo fervor, para ver afinal alcançada a recompensa do nosso labor.

Letra: Raphael Gioia Martins

Música: Carlos A. Purgallis

Referências

  1. a b Câmara dos Deputados (10 de junho de 2002). «Jornal da Câmara». Consultado em 23 de setembro de 2016 
  2. São Paulo: Dos jesuítas aos urbanitas, metrópole "da fé". Rita Amaral, Núcleo de Antropologia Urbana da Universidade de São Paulo
  3. Colégio Batista é vendido[ligação inativa]
  4. Resolução de tombamento[ligação inativa] Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo – CONPRESP
  5. Medida proíbe demolição do Colégio Batista
  6. COMPRESP. «Resolução Nº 03/2013» (PDF) 
  7. «Infopatrimonio». Consultado em 5 de dezembro de 2017 
  8. a b c Convenção Batista Brasileira - Institucional
  9. «Cronologia da Escola Americana - Mackenzie College». Consultado em 28 de setembro de 2009. Arquivado do original em 28 de dezembro de 2011 
  10. Portal Vitruvius
  11. ALESP. «Homenagem aos 110 anos do Colégio Batista Brasileiro». 18/06/2012. Consultado em 23 de setembro de 2016 
  12. «Revista Monolito». Consultado em 22 de abril de 2015 
  13. Veja São Paulo - Perfil: Kaká (14 de agosto de 2002)
  14. Kaká nega clichê e mostra que craque pode ter "berço de ouro"
  15. «Em casa com Tania Khalill». Consultado em 28 de setembro de 2009. Arquivado do original em 20 de junho de 2009 
  16. a b «IBGE | Biblioteca | Detalhes | Collegio Baptista Brasileiro : São Paulo, SP». biblioteca.ibge.gov.br. Consultado em 16 de dezembro de 2021 

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]