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Copa Renault Clio
Informações gerais
Categoria Turismo
País ou região Brasil Brasil
Temporada inaugural 2002[1]
Temporada final 2009
Fornecedor(es) dos motores França Renault
Fornecedor(es) dos pneus França Michelin
Itália Pirelli
Último piloto campeão Brasil José C.Vitte
Última equipe campeã Brasil W Racing

A Copa Renault Clio, ou simplesmente Copa Clio foi uma categoria de automobilismo do Brasil com carros da categoria turismo baseados no modelo de produção "Clio RN", que ficou conhecido como: Clio II e mais adiante Clio II (reestilizado), usando o motor K4M.

História[editar | editar código-fonte]

Grid da Copa Clio em Curitiba, 2006.

As origens da Copa Renault Clio remontam há várias décadas quando a fábrica francesa criou o conceito que alterou a própria história das competições de veículos do tipo "Turismo". Em 1966, a empresa lançou a primeira competição monomarca do mundo, com o modelo Gordini R8.[2] A Copa Clio brasileira foi descendente direta daquela iniciativa, proporcionando disputas acirradíssimas e grids lotados, sendo uma atração muito popular no automobilismo brasileiro durante vários anos.[1]

A Copa Clio surgiu no Brasil em 2002 junto com a Fórmula Renault, constituindo o Renault Speed Show.[1] A ideia foi bancada pelo Grupo Caoa, que detinha a representação da marca no Brasil. A categoria foi uma das maiores do país, chegando a ter grids de 30 carros, porém, em 2006, o Renault Speed Show terminou, e categoria quase faliu. Sem o apoio oficial da marca, a categoria continuou resistindo até 2009 por intermédio de uma associação entre os pilotos e preparadores. Em 2008, a categoria passou a usar motores 2.0 específicos para corridas, em lugar do 1.6 de produção usado até 2007. Em 2009 a Renault do Brasil divulgou sua intensão de voltar a apoiar a categoria,[3] mas naquela época, refletindo a conjuntura de crise internacional, o apoio não se concretizou, a Copa Clio entrou em decomposição e acabou falindo, sendo a temporada de 2009 a sua última.

Em outubro de 2008, a Paioli Racing, na época a maior e mais bem estruturada do campeonato, sofreu uma enorme perda: na madrugada da segunda-feira (13/10/2008), a carreta que fazia o transporte de grande parte do material de competição da equipe foi totalmente consumida por um incêndio ocorrido por volta da uma da manhã na rodovia RS-118, na região de Gravataí (RS). "Felizmente não houve nenhum ferido, mas perdemos praticamente tudo", disse na época o piloto e chefe da equipe: Marcos Paioli.[4]

Já fazendo parte de um evento denominado "Itaipava GT Brasil" a última prova da Copa Clio foi realizada em 29/11/2009.[5]

Os veículos remanescentes, continuam sendo usados em competições regionais até os dias de hoje.[6]

Carro[editar | editar código-fonte]

O carro era o mesmo para todos os pilotos. Na versão original da competição, um Renault Clio RN, com motor Renault K4M-HIFLEX 1.6 de 16 válvulas, lacrado, fornecido pela organização da prova. Usava o cambio original do Clio, suspensão de competição e pneus Michelin slick (Pirelli a partir de 2005).

Ficha técnica[editar | editar código-fonte]

Esta é a ficha técnica da categoria original:

  • Motor - 4 cilindros em linha, 1.6 tecnologia Hi-Flex (bicombustível), 16 válvulas, com aproximadamente 140 CV.
  • Câmbio - JB3, Renault de 5 marchas sincronizadas à frente + ré.
  • Embreagem - original Renault.
  • Suspensão dianteira - original do Clio, com recursos extras de regulagens, amortecedores e molas especiais de competição.
  • Suspensão traseira - original do Clio, com amortecedores e molas especiais de competição.
  • Freios - a disco nas 4 rodas.
  • Rodas - 15 x 7, de liga leve.
  • Pneus - Pirelli 19/53 x 15 a partir de 2005. (Michelin entre 2002 e 2004)[7]
  • Painel de instrumentos - Conta-giros, manômetro de óleo e termômetro do motor especiais de competição.
  • Segurança - “santantônio” de aço carbono com 40 mm de diâmetro e oito pontos de apoio na carroceria; banco tipo “concha” com proteção lateral para cabeça; cinto de segurança de três polegadas de largura e cinco pontos de fixação; sistema elétrico com chave geral com acionamento externo e interno (pelo piloto), e sistema de extintores com acionamento remoto.

Regras básicas[editar | editar código-fonte]

Eram 10 etapas com dois campeonatos: Os de pilotos e de equipes. Os treinos podiam ser feitos de duas formas: na primeira, os carros tinham direito a quatro voltas no circuito (uma de aquecimento, duas cronometradas e uma de desaceleração), sendo que a ordem de entrada no circuito vai do pior para o melhor colocado na tabela; a segunda opção era a seção de treinos para todos os carros na pista, por 30 minutos, o piloto que tirou o melhor tempo, faz a pole position

Pontuação[editar | editar código-fonte]

Renault Clio da equipe W Racing na Copa Clio de 2006.

Os cinco primeiros colocados recebiam pontos (5 pontos para o 1º, 4 para o 2º e assim vai até 5º). No fim da prova, a pontuação é feita segundo a tabela abaixo. O pole e o dono da volta mais rápida ganham 1 ponto.

Sistema de pontuação do Campeonato de Pilotos
10º
20 15 12 10 8 6 4 3 2 1
Pontuação para 1/3 da prova
5 4 3 2 1
Pontuação do Campeonato de Equipes
10º
30 24 20 16 12 10 8 6 4 2

Campeões[editar | editar código-fonte]

Ano Campeão Equipe Campeã
2002 Brasil Luis Carreira Jr. Brasil Carreira Racing
2003 Brasil Elias Júnior Brasil Hot Car Competições
2004 Brasil Renê Bauer Brasil Officer Motorsports
2005 Brasil José Cordova Brasil W Racing
2006 Brasil Cláudio Gontijo Brasil Officer Motorsports
2007 Brasil José Cordova Brasil W Racing
2008 Brasil José Cordova Brasil W Racing
2009 Brasil José C. Vitte Brasil W Racing

Ver Também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c «Copa Renault Clio: uma revolução na história do Turismo». renault.com.br. 16 de outubro de 2006. Consultado em 1 de maio de 2015 
  2. Guy PAWLAK (16 de agosto de 2008). «Founding of the Renault 8 Gordini National Cup» (em inglês). r8gordini.com. Consultado em 2 de maio de 2015 
  3. «Renault do Brasil renova apoio à Copa Renault Clio». renault.com.br. 6 de abril de 2009. Consultado em 1 de maio de 2015 
  4. Rafael Durante (13 de outubro de 2008). «Fogo destrói quatro carros e todo o acervo de peças da maior equipe da categoria». apka.org. Consultado em 1 de maio de 2015 
  5. «Interlagos recebe última Etapa da GT3». O GLOBO. 24 de novembro de 2009. Consultado em 1 de maio de 2015 
  6. FAUGO (10 de fevereiro de 2015). «REGULAMENTO TECNICO 2015» (PDF). marcasepilotosgo.com.br. Consultado em 2 de maio de 2015 
  7. Rafael Durante (29 de março de 2006). «Copa Clio: Pneus nacionais são a novidade da temporada». faspnet.com.br. Consultado em 1 de maio de 2015 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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