Darío Castrillón Hoyos – Wikipédia, a enciclopédia livre

Darío Castrillón Hoyos
Cardeal da Santa Igreja Romana
Prefeito Emérito da Congregação para o Clero
Info/Prelado da Igreja Católica
Atividade eclesiástica
Diocese Diocese de Roma
Nomeação 23 de fevereiro de 1998
Predecessor Dom José Tomás Cardeal Sánchez
Sucessor Dom Frei Cláudio Cardeal Hummes, O.F.M.
Mandato 1998 - 2006
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral 26 de outubro de 1952
por Dom Alfonso Carinci
Nomeação episcopal 2 de junho de 1971
Ordenação episcopal 18 de julho de 1971
por Dom Angelo Palmas
Nomeado arcebispo 16 de dezembro de 1992
Cardinalato
Criação 21 de fevereiro de 1998
por Papa João Paulo II
Ordem Cardeal-diácono (1998-2008)
cardeal-presbítero (2008-2018)
Título Santíssimo Nome de Maria no Foro Traiano
Brasão
Lema CHRISTUS IN VOBIS SPES GLORIAE
Dados pessoais
Nascimento Medellín
4 de julho de 1929
Morte Roma
18 de maio de 2018 (88 anos)
Nacionalidade colombiano
Assinatura {{{assinatura_alt}}}
dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Darío Castrillón Hoyos (Medellín, 4 de julho de 1929 - Roma, 18 de maio de 2018) foi um cardeal colombiano, foi o presidente emérito da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei e prefeito emérito da Congregação para o Clero.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu em Medellín, Colômbia. Estudou no Seminário de Antioquia; depois no Seminário de Santa Rosa de Osos; posteriormente na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, onde obteve doutorado em Direito Canônico e especialização em sociologia religiosa e economia política e étnica; e, finalmente, na Universidade Católica de Lovaina, Bélgica.[1]

Recebeu a ordenação sacerdotal em 26 de outubro de 1952, na Basílica dos Santos Doze Apóstolos, em Roma, por imposição das mãos de Dom Alfonso Carinci, arcebispo titular de Selêucia de Isáuria e secretário da Sagrada Congregação dos Ritos, para a Diocese de Santa Rosa de Osos.[1]

De volta à Colômbia, serviu como pároco em duas paróquias rurais, diretor do Movimento de Cursilho e delegado para a Ação Católica. Também lecionou Direito Canônico na Universidade Livre e foi secretário-geral da Conferência Episcopal da Colômbia.[2]

Em 2 de junho de 1971, foi nomeado bispo titular de Vila Real e coadjutor, com direito a sucessão, da Diocese de Pereira. Recebeu a sagração episcopal em 18 de julho seguinte, das mãos de Dom Angelo Palma, arcebispo titular de Vibiana e núncio apostólico na Colômbia, assistido por Dom Aníbal Muñoz Duque, então arcebispo titular de Cariana e coadjutor de Bogotá, e Dom Baltasar Álvarez Restrepo, ordinário de Pereira. Quando este renunciou por atingir o limite etário, em 1 de julho de 1976, Dom Darío o sucedeu como bispo de Pereira. Seu lema episcopal era: Christus in vobis spes gloriae.[1]

Como delegado da Conferência Episcopal da Colômbia, participou das Conferências Gerais do Episcopado Latino-Americano em Medellín (1968) e em Puebla (1979). De 1983 a 1987, foi secretário-geral do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) e presidente do mesmo de 1987 a 1991. Sobreviveu a uma tentativa de assassinato em 1984, quando o presidente Belisario Betancur pediu-lhe que liderasse uma comissão de paz para obter um acordo com grupos de guerrilha.[1] Também participou da Quarta Conferência do CELAM em Santo Domingo em outubro de 1992.[2]

Nomeado arcebispo de Bucaramanga em 16 de dezembro de 1992, foi chamado pelo Sumo Pontífice para dirigir a Congregação para o Clero, em 15 de junho de 1996, como pró-prefeito.

Em 15 de novembro de 1996, fez a apresentação do livro Dono e Mistero de João Paulo II. Também, como pró-prefeito da Congregação, organizou pessoalmente a celebração do jubileu de 50 anos de sacerdócio do Papa.[2]

Em 18 de setembro de 1997, apresentou o Diretório Geral para Catequese e, em 17 de outubro seguinte, na conclusão do Congresso Internacional Catequético, apresentou ao Papa, o primeiro catequista da Igreja, os frutos desses dias intensos de trabalho. Durante a Assembleia Especial para a América no Sínodo dos Bispos de 16 de novembro a 12 de dezembro de 1997, serviu como delegado presidente.[2]

Dom Darío foi criado e proclamado cardeal pelo Papa João Paulo II, no consistório de 21 de fevereiro de 1998, da diaconia do Santíssimo Nome de Maria no Foro Traiano. Dois dias depois, foi elevado a prefeito da Congregação para o Clero. Em 26 de outubro, assistiu à assinatura do Acordo Global e Definitivo entre Peru e Equador que aclarava sua disputa de fronteira em Brasília. Em 13 de abril de 2000, foi nomeado presidente da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei.[1]

Participou do conclave de abril de 2005 que elegeu o Papa Bento XVI. Dom Darío, nessa época, já estava com 75 anos e, segundo o Direito Canônico, deveria pedir para renunciar aos seus cargos. O novo pontífice, no entanto, manteve-o tanto à frente da Congregação para o Clero quanto da Ecclesia Dei até encontrar substitutos adequados. Em 31 de outubro do ano seguinte, foi substituído como prefeito da Congregação para o Clero por Dom Frei Cláudio Hummes, OFM.

O Papa Bento XVI confirmou-o como protodiácono do Colégio dos Cardeais em 2 de janeiro de 2007 e, novamente, no consistório de 23 de fevereiro. Ocupou o posto até 1 de março de 2008, quando optou pela ordem dos cardeais-presbíteros e sua diaconia elevada pro hila vice a título. Em maio, participou da Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano sediado em Aparecida, Brasil.[1]

Perdeu o direito de participar de conclaves ao completar 80 anos de idade em 4 de julho de 2009. Quatro dias depois, terminou seu serviço como presidente da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, sendo substituído por Dom William Joseph Levada.

Morreu no dia 18 de maio de 2018, em Roma, de doença hepática.[3] Seus restos mortais foram sepultados, segundo seu desejo, na cripta da Catedral de Medellín.[1]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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Precedido por
Sergio Guerri
Cardeal-Presbítero de Ss. Nome de Maria no Foro Traiano
título pro hac vice

19982018
(como cardeal-diácono:1998-2008)
Sucedido por
Mauro Maria Gambetti, OFMConv
Precedido por
Jorge Arturo Medina Estévez
Protodiácono do Colégio dos Cardeais
20072008
Sucedido por
Agostino Cacciavillan
Precedido por
Angelo Felici
Presidente da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei
20002009
Sucedido por
William Joseph Levada
Precedido por
José Tomás Sánchez
Prefeito da Congregação para o Clero
19962006
(como pró-prefeito:1996-1998)
Sucedido por
Cláudio Hummes, OFM
Precedido por
Héctor Rueda Hernández
Arcebispo Metropolita de Bucaramanga
19921996
Sucedido por
Víctor Manuel López Forero
Precedido por:
Antonio Quarracino
Presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano
19871991
Sucedido por:
Nicolás de Jesús López Rodríguez
Secretário-Geral do Conselho Episcopal Latino-Americano
19831987
Sucedido por:
Óscar Andrés Rodríguez Maradiaga, SDB
Precedido por
Baltasar Álvarez Restrepo
Bispo de Pereira
19761992
Sucedido por
Fabio Suescún Mutis
Precedido por
Saturnino Rubio y Montiél
Bispo Titular de Villa Regis
19711976
Sucedido por
Franz Xaver Eder

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d e f g «CASTRILLÓN HOYOS, Darío (1929-2018)» (em inglês). The Cardinals of the Holy Roman Church. Consultado em 19 de janeiro de 2022 
  2. a b c d «CASTRILLÓN HOYOS Card. Darío» (em inglês). Santa Sé. Consultado em 19 de janeiro de 2022 
  3. «Faleceu em Roma o Cardeal Darío Castrillón Hoyos». Vatica News. 18 de maio de 2018. Consultado em 18 de maio de 2018 
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