Portugal, incluindo os Arquipélagos dos Açores e Madeira tem uma população estimada em 10 344 802 pessoas (Censo de 2021[3]), representando uma densidade populacional de 112,13 pessoas por quilómetro quadrado.
O idioma oficial, utilizado pela quase totalidade da população, é o português. O mirandês é reconhecido oficialmente e ensinado nas escolas do concelho de Miranda do Douro. O seu uso, no entanto, é bastante restrito, estando em curso acções de revitalização.
Atualmente a população portuguesa tem vindo a aumentar, mas com um crescimento natural (natalidade menos a mortalidade) cada vez menor, levando a que o país se encontre envelhecido e não exista renovação de gerações. Por outro lado, a esperança média de vida tem vindo a aumentar, tanto nos homens como nas mulheres, o que tem sido crucial para este envelhecimento populacional. O maior crescimento da população tem-se verificado nos distritos costeiros principalmente Setúbal, Porto, Aveiro e Braga, mas continua a diminuir nos distritos do interior.
Nos últimos tempos a imigração tem vindo a aumentar em consequência da entrada de africanos provenientes dos PALOP, europeus de Leste e sul americanos, principalmente brasileiros, estabelecendo-se principalmente nas grandes cidades portuguesas. A emigração permanente tem-se mantido a níveis baixos, desde a revolução do 25 de Abril de 1974 e com a entrada na União Europeia. Internamente, a migração é dominada pela atracção exercida pelas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto em relação ao resto do País.
Deve-se a D. João III o primeiro numeramento geral do Reino, isto é, a primeira tentativa para apurar o número global da população portuguesa. É um esboço do censo atual, feito em 1527. A população rondava então os cerca de 1,1 milhão de habitantes.
O primeiro censo da população foi realizado em 1864 e o segundo em 1878. A partir do terceiro, que teve lugar em 1890, eles passam a ser efectuados de dez em dez anos até 1970 (com a excepção de 1911). O censo seguinte só teve lugar em 1981 e partir desse ano a periodicidade manteve-se decenal, no ano 1 de cada nova década.[7]
O crescimento populacional das sete regiõesportuguesas varia. Devido à crise financeira de 2010, com exepcão dos Açores, todas as regiões portuguesas registaram um declínio populacional nos anos seguintes. A região de Lisboa foi a primeira a registar uma recuperação, através de um crescimento populacional desde 2014, a seguir das regiões Norte e Centro, registando um crescimento populacional desde 2019 e as regiões do Alentejo e do Algarve desde 2021. Já as regiões dos Açores e da Madeira registam um declínio populacional. A região Centro foi a única região portuguesa continental a registar no ano de 2021 uma redução populacional, enquanto todas as outras quatro regiões registaram um crescimento populacional.
A população das sete regiões portuguesas desde 2011 com a variação anual[17]
O população dos 18 distritosportugueses varia. Os distritos de Lisboa e do Porto são os maiores distritos em termos de população, com perto de 2,3 e 1,8 milhões de habitantes respectivamente, a seguir de Setúbal e de Braga com mais de 800 mil habitantes cada um, o distrito de Aveiro com 700 mil habitantes, o distrito de Faro com perto de meio milhão de habitantes e os distritos de Leiria, Santarém e Coimbra com mais de 400 mil habitantes. Já os distritos de Portalegre, Bragança, Guarda, Beja, Castelo Branco e Vila Real não chegam a ter 200 mil habitantes cada um.
A população dos 18 distritos e das duas regiões autónomas portugueses desde 2009[13]
A densidade veio a aumentar através do crescimento populacional registado a partir de 2019, subindo de 111,6 habitantes por km2 para 112,2 habitantes por km2, enquanto em 2008 ainda se registavam 114,7 habitantes por km2.[18]
A densidade populacional varia entre todas as sete regiões portuguesas. Enquanto a Região de Lisboa regista uma densidade populacional de mais de 956 habitantes por km2, sendo a região mais densa populada, a Região do Alentejo regista apenas 22 habitantes por km2, sendo a região menos densa populada do país.
A densidade populacional das sete regiões portuguesas com a variação anual[17]
A população com nacionalidade portuguesa aumentou de 2020 para 2021, passando de 9 636 645 para 9 644 530 pessoas, aumentando em cerca de oito mil, sendo a primeira vez que se registou um aumento desde 2015 quando até este ano se registava uma diminuição anual da população com nacionalidade portuguesa.
A Região do Norte é a região com o maior número de população com nacionalidade portuguesa, totalizando perto de 3,5 milhões, a seguir da Região de Lisboa com mais de 2,5 milhões, o Centro com mais de 2,1 milhões, o Alentejo com mais de 650 mil, o Algarve com mais de 360 mil, a Madeira com 240 mil e os Açores com mais de 230 mil. As regiões, aonde se registou um aumento da população com nacionalidade portuguesa foi, em 2020, o Centro, e em 2021 as regiões Norte, Alentejo e Algarve.
População com nacionalidade portuguesa de cada região desde 2014 com a variação anual[17]
Os Açores, com mais de 98 % da população com nacionalidade portuguesa, continua ser a região com menos estrangeiros, seguida do Norte com 97 % da população com nacionalidade portuguesa, a Madeira e o Centro com 95 %, o Alentejo com 94 %, Lisboa com 88 % e o Algarve com 77 % da população com nacionalidade portuguesa.
Percentagem da população com nacionalidade portuguesa de cada região desde 2014 com a variação anual[17]
A Região de Lisboa é a região com o maior número de estrangeiros, totalizando mais de 340 mil, seguida do Algarve com 105 mil, o Norte com 100 mil, o Centro com 94 mil , o Alentejo com 40 mil, a Madeira com 10 mil e os Açores com mais de 4 mil. O número de estrangeiros tem vindo a crescer desde 2014 em todas as regiões, tendo a Região de Lisboa o maior crescimento total, recebendo mais de 140 mil estrangeiros em sete anos.
População estrangeira de cada região portuguesa desde 2014 com a variação anual[17]
A Região do Algarve é a região com a maior percentagem de estrangeiros, com mais de 22 % da população algarvia estrangeira, seguida da Região de Lisboa com 12 % da população, o Alentejo com mais de 5 %, o Centro e a Madeira com ambos 4 %, o Norte com 3 % e os Açores com 2 %.
Percentagem da população estrangeira de cada região portuguesa desde 2014 com a variação anual
O número de nascimentos reduziu de mais de 100 mil bébes nascidos em 2010 caíndo para menos de 80 mil em 2021, sendo o menor número de nascimentos desde que há registos. Em 2022 houve uma recuperação, passando outra vez para mais de 83 mil nascimentos.[20]