Deserto da Núbia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Tempestade de areia sobre o Deserto da Núbia e o mar Vermelho, imagem de satélite da NASA, 23 de junho de 2003.

O Deserto da Núbia (em árabe: صحراء النوبة, translit. Şaḩrā’ an Nūbyah) situa-se na região oriental do Deserto do Saara, abrangendo aproximadamente 400.000 km² do nordeste do Sudão, sudeste do Egito e norte da Eritreia. É limitado pelo rio Nilo a oeste e o mar Vermelho a leste. A região árida é formada por um planalto de arenito e contém algumas dunas, também contém muitos uádis que morrem antes de chegar ao Nilo. A precipitação média anual no Deserto da Núbia é inferior a 130 milímetros.[1]

Os habitantes nativos da região são os núbios. O Deserto da Núbia afetou a civilização no Antigo Egito de várias maneiras. Comerciantes e mercadores do Antigo Egito viajavam pelo deserto para comprar ouro, tecido, pedra, comida e muito mais da antiga civilização da Núbia.[2] A maior cidade do Deserto da Núbia é Porto Sudão, localizada no extremo leste do deserto, no Mar Vermelho. Outras cidades importantes do deserto são Atbara, no rio de mesmo nome, e Massaua, no Mar Vermelho. A cidade de Abidiya está localizada no rio Nilo.[1]

O mais antigo megalítico arqueoastronômico conhecido foi erguido em Nabta Plaia no Deserto da Núbia ao sul do Egito.[3][4] O deserto é o único habitat para a palmeira criticamente ameaçada de extinção Medemia argun, que raramente aparece em alguns oásis.[5]

Em 7 de outubro de 2008, o meteoroide 2008 TC3 explodiu acima do Deserto da Núbia. O céu ficou tão brilhante que pessoas a centenas de quilômetros de distância relataram ter visto o clarão.[6]

Referências

  1. a b «Nubian Desert». Encyclopedia Britannica (em inglês). 2 de novembro de 2016. Consultado em 27 de outubro de 2020 
  2. Betz, Eric (14 de janeiro de 2021). «The Nile Was a Lifeline in the Desert for Ancient Nubia and Egypt». Discover (em inglês). Consultado em 20 de outubro de 2022 
  3. Wendorf, Fred; Schild, Romuald (1 de junho de 1998). «Nabta Playa and Its Role in Northeastern African Prehistory» (PDF). Elsevier. Journal of Anthropological Archaeology. 17 (2): 97–123. ISSN 0278-4165. Consultado em 25 de outubro de 2022 
  4. «Oldest Astronomical Megalith Alignment Discovered In Southern Egypt By Science Team». CU Boulder Today (em inglês). Universidade do Colorado em Boulder. 30 de março de 1998. Consultado em 25 de outubro de 2022 
  5. Cosiaux, Ariane; Ibrahim, Haitham; Baker, William (2020). «Medemia argun». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN (em inglês). Consultado em 20 de outubro de 2022 
  6. Chang, Kenneth (26 de março de 2009). «Recovered Pieces of Asteroid Hold Clues to Early History». The New York Times (em inglês). Consultado em 20 de outubro de 2022 
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