Didier Deschamps – Wikipédia, a enciclopédia livre

Didier Deschamps
Didier Deschamps
Deschamps pela Seleção Francesa em 2018
Informações pessoais
Nome completo Didier Claude Deschamps
Data de nasc. 15 de outubro de 1968 (55 anos)
Local de nasc. Baiona, França
Nacionalidade francês
Altura 1,74 m
destro
Informações profissionais
Clube atual França
Posição ex-volante
Função treinador
Clubes de juventude
1976–1983
1983–1985
Aviron Bayonnais
Nantes
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos (golos)
1985–1989
1989–1994
1990–1991
1994–1999
1999–2000
2000–2001
Nantes
Olympique de Marseille
Bordeaux (emp.)
Juventus
Chelsea
Valencia
0123 0000(4)
0162 0000(9)
0035 0000(3)
0180 0000(4)
0048 0000(1)
0021 0000(0)
Seleção nacional
1988–1989
1989–2000
França Sub-21
França
0018 0000(0)
0103 0000(4)
Times/clubes que treinou
2001–2005
2006–2007
2009–2012
2012–
Monaco
Juventus
Olympique de Marseille
França
0208
0043
0163
0139
Medalhas
Competidor da França
Copa do Mundo FIFA
Ouro França 1998 Jogador
Ouro Rússia 2018 Treinador
Prata Catar 2022 Treinador
Eurocopa
Ouro Bélgica-Países Baixos 2000 Jogador
Prata França 2016 Treinador
Liga das Nações da UEFA
Ouro Itália 2021 Treinador
Última atualização: 12 de julho de 2023

Didier Claude Deschamps (Baiona, 15 de outubro de 1968) é um treinador e ex-futebolista francês que atuava como volante. Atualmente comanda a Seleção Francesa.

Com a conquista da Copa do Mundo FIFA de 2018, juntou-se a Zagallo e Franz Beckenbauer como os únicos a vencerem a Copa do Mundo como jogador e como técnico.[1]

Carreira como jogador[editar | editar código-fonte]

Profissionalizou-se no Nantes, em 1985, permanecendo até 1989, não conquistando títulos mas se destacando e se transferindo para o Olympique de Marseille, onde ficou por uma temporada e conquistou o Campeonato Francês.

Em 1991, foi para o Bordeaux. Mais uma vez sendo destaque, retornou ao Marseille no ano seguinte, para ser decisivo em mais dois títulos (um retirado devido a denúncias de fraude contra o time francês) do Campeonato Francês e o da Liga dos Campeões da UEFA, título de maior expressão da história do clube.

Foi contratado pela Juventus em 1994, onde conquistou diversos títulos, sagrando-se bicampeão da Supercopa da Itália, tricampeão italiano, campeão europeu, mundial e da Supercopa da UEFA. Por conta das boas atuações e troféus levantados, tornou-se ídolo da Juve.[2]

Depois do sucesso na Itália, Didier foi para a Inglaterra para defender o Chelsea, onde foi campeão da Copa da Inglaterra. O jogador encerrou sua carreira em 2001, no espanhol Valencia.[2]

Seleção Nacional[editar | editar código-fonte]

Em 1989, foi convocado pela primeira vez. Foi campeão da Copa do Mundo FIFA de 1998, sendo o capitão da equipe, e ainda campeão da Euro 2000. Disputou 103 partidas e marcou quatro gols pela Seleção.

Carreira como treinador[editar | editar código-fonte]

Monaco[editar | editar código-fonte]

Iniciou sua carreira de treinador logo após se aposentar, em 2001, ao assumir o Monaco, da França. Na temporada 2002–03, conduziu o clube ao vice-campeonato da Ligue 1, perdendo apenas por um ponto para o Lyon. Apesar disso, a temporada não passaria em branco: o Monaco seria campeão da Copa da Liga Francesa de 2002–03, ao vencer o Sochaux na final por 4 a 1, e que é até hoje, o único título do clube na competição.[3] Na temporada de 2003–04, levou o clube a final da Liga dos Campeões da UEFA, eliminando as fortes equipes do Chelsea e o então favorito Real Madrid.[4] Porém, acabariam sendo derrotados na final, perdendo de 3 a 0 para o Porto de José Mourinho.[5] Deixou o clube em 2005.

Juventus[editar | editar código-fonte]

Em 2006, assumiu o comando da Juventus após a renúncia de Fabio Capello por conta do rebaixamento da equipe de Turim. Mesmo com a Velha Senhora iniciando o campeonato com nove pontos a menos devido a punições do Escândalo do Calciopoli, Deschamps levou o clube ao título italiano da Serie B de 2006–07 e garantiu o retorno da Juve a Serie A.[6] No entanto, deixou o cargo logo após a conquista.

Olympique de Marseille[editar | editar código-fonte]

Deschamps no Marseille em 2011

Em 2009, assumiu o comando da equipe que tinha o lançado para o mundo, o Olympique de Marseille, que vivia um jejum de dezoito anos sem títulos nacionais. Com contratações de jogadores como os argentinos Lucho González e Gabriel Heinze, o experiente Fernando Morientes, e ainda nomes como Souleymane Diawara, Fabrice Abriel, Stéphane Mbia, Édouard Cissé, entre outros, Deschamps conseguiu ser campeão da Copa da Liga Francesa e do Campeonato Francês em sua primeira temporada, cravando seu nome na história do clube, dessa vez como treinador. Em junho de 2012, porém, deixou o comando da equipe após uma temporada irregular.

Seleção Francesa[editar | editar código-fonte]

No dia 8 de julho 2012, a FFF anunciou que Didier Deschamps seria o novo técnico da Seleção Francesa, substituindo assim Laurent Blanc.[7]

Em 2016, perdeu a final da Eurocopa em casa para Portugal pelo placar de 1 a 0.[8]

Já em 2018, conquistou a Copa do Mundo FIFA realizada na Rússia, superando a Croácia numa eletrizante final vencida por 4 a 2. Com o título, Deschamps igualou-se a Zagallo e Franz Beckenbauer como os únicos campeões tanto como jogador e como técnico.[9] Além disso, é o único francês bicampeão do mundo.

Estatísticas[editar | editar código-fonte]

Clube Jogos Vitórias Empates Derrotas
Monaco 208 98 59 51
Juventus 43 30 11 2
Marseille 163 82 40 41
França 145 94 28 23

Títulos como jogador[editar | editar código-fonte]

Olympique de Marseille
Juventus
Chelsea
Seleção Francesa

Prêmios individuais[editar | editar código-fonte]

Títulos como treinador[editar | editar código-fonte]

Monaco
Juventus
Olympique de Marseille
Seleção Francesa

Prêmios individuais[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Deschamps é o único campeão mundial como jogador e técnico vivo após mortes de Zagallo e Beckenbauer». Estadão. 8 de janeiro de 2024 
  2. a b Francisco De Laurentiis (10 de julho de 2016). «Quem é Didier Deschamps, o 'Dunga francês' que se reinventou durante a Eurocopa». ESPN Brasil. Consultado em 16 de janeiro de 2024 
  3. «2003. Coupe de la Ligue» (em francês). asmonaco.com. 8 de março de 2023. Consultado em 12 de julho de 2023 
  4. «Monaco elimina o favorito Real Madrid da Liga dos Campeões». UOL. 6 de abril de 2004. Consultado em 12 de julho de 2023 
  5. «Gols brasileiros dão ao Porto o bicampeonato da Liga dos Campeões». UOL. 26 de maio de 2004. Consultado em 12 de julho de 2023 
  6. «Juve vence e conquista título da Série B do Campeonato Italiano». UOL. 26 de maio de 2007. Consultado em 12 de julho de 2023 
  7. «Didier Deschamps é o novo técnico da seleção francesa». Trivela. 8 de julho de 2012. Consultado em 16 de janeiro de 2024 
  8. «Mesmo com lesão de Cristiano Ronaldo, Portugal vence a França e conquista a Eurocopa». GZH. 10 de julho de 2016. Consultado em 16 de janeiro de 2024 
  9. Amanda Kestelman (15 de julho de 2018). «Deschamps iguala Beckenbauer e Zagallo e é campeão como técnico e jogador; ele segue na seleção». ge. Consultado em 16 de janeiro de 2024 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]