Emmanuel Nunes – Wikipédia, a enciclopédia livre

Emmanuel Nunes
Informação geral
Nascimento 31 de agosto de 1941
Local de nascimento Lisboa
Portugal
Morte 2 de setembro de 2012 (71 anos)
Local de morte Paris
Nacionalidade Portugal Português
Prêmios Prémio Pessoa (2000)

Emmanuel Nunes ComSE (Lisboa, 31 de agosto de 1941 - Paris, 2 de setembro de 2012) foi um compositor português radicado em Paris. Foi galardoado com o Prémio Pessoa em 2000.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Começou os seus estudos musicais na Academia de Amadores de Música de Lisboa mas, sem perspectivas de progressão e por ser opositor do regime ditatorial, prosseguiu os estudos musicais na Alemanha e na França (mestres: Francine Benoît e Fernando Lopes Graça em Portugal, nos Darmstädter Ferienkurse com Pierre Boulez, e na Hochschule für Musik Köln com Henri Pousseur, Jaap Spek, Georg Heike e Karlheinz Stockhausen). Defendeu na Sorbonne uma tese de musicologia sobre Anton Webern. Utilizava nas suas composições as mais variadas técnicas, mantendo-se próximo da linguagem atonal. Foi professor de composição e de música de câmara em Paris no Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris entre 1992 e 2006, tendo antes ocupado um lugar de professor de composição no Institut für Neue Musik da Hochschule für Musik Freiburg (1986-1992), dando também cursos na Fundação Calouste Gulbenkian, na Universidade de Harvard, e em Darmstadt.

Obteve vários prémios, dos quais se destaca o 1.º prémio de Estética Musical (classe de Marcel Beaufils) do Conservatório Nacional Superior de Música de Paris, em 1971, e o Prémio do International Music Council (UNESCO) para compositores, em 1999.[1]

Morreu num hospital em Paris à idade de 71 anos.

Condecorações[2][editar | editar código-fonte]

Obras[editar | editar código-fonte]

Lista incompleta.

Música dramática[editar | editar código-fonte]

Estreou a 25 de Janeiro de 2007 no Teatro Nacional de São Carlos, Lisboa, e foi transmitida em directo para 14 teatros portugueses através de ecrãs gigantes.

A peça, é inspirada numa novela do escritor russo do Século XIX Fiódor Dostoiévski, A Submissa.

Música orquestral[editar | editar código-fonte]

  • Fermata, orquestra e banda magnética (1973)
  • Ruf, orquestra e banda magnética (1977)
  • Chessed I, 4 grupos instrumentais(1979)
  • Chessed II, 6 instrumentos solistas e orquestra (1979)
  • Sequencias, clarinete, 2 vibrafones, violino e orquestra (1982/1983–88)
  • Quodlibet, 28 instrumentos, 6 percussionistas e orquestra (2 maestros) (1990–91)
  • Chessed IV, quarteto de arcos e orquestra (1992)

Música de Câmara[editar | editar código-fonte]

  • Wandlungen, ensemble e live electronics (1986)
  • Clivages I e II, 6 percussionistas (1987 e 1988)
  • Lichtung I, clarinete, trompa, trombone, tuba, 4 percussionistas e violoncelo (1988/91)
  • Chessed III, quarteto de arcos (1990–91)

Instrumento solista[editar | editar código-fonte]

  • Litanies du feu et de la mer I, piano (1969)
  • Litanies du feu et de la mer II, piano (1971)
  • Einspielung III, for solo viola (1981)
  • Ludi concertati no. 1, flauta baixo(1985)
  • Aura, flauta (1983–89)

Música vocal[editar | editar código-fonte]

  • Machina Mundi, 4 instrumentos solistas, coro, orquestra e banda magnética (1991–92)

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Assis, Paulo de (ed.), (2011), Emmanuel Nunes: Escritos e Entrevistas, Casa da Música e CESEM.
  • Faust, Wolfgang Max (1986), "Auf ein komplexes rhythmisches Urprinzip bezogen: Emmanuel Nunes im Gespräch (1979)". MusikTexte 15:5–8.
  • Rafael, João (1997), "The Fertile Development: An Analysis of Wandlungen of Emmanuel Nunes". Academiae Analecta: Mededelingen van de Kon. Academie voor Wetenschappen, Letteren en Schone Kunsten van België. 3: Klasse der Schone Kunsten 8, nr. 2: 33–55.
  • Stoianova, Ivanka (2002), "Offenheit als Raumwerden der Zeit: Der portugiesische Komponist Emmanuel Nunes". MusikTexte: Zeitschrift für Neue Musik no. 93:11–14.
  • Szendy, Peter (1993), "Réécrire: Quodlibet d'Emmanuel Nunes". Genesis: Revue internationale de critique génétique 4 (Ecritures musicales d'aujourd'hui): 111–33.
  • Szendy, Peter (ed.), (1998), Emmanuel Nunes: Textes réunis par Peter Szendy. Compositeurs d'aujourd'hui. Paris: L'Harmattan. ISBN 2858509700; ISBN 2738462502
  • Szendy, Peter (1999), "Glossaire: En marge de deux textes d'Emmanuel Nunes (l'un présent, l'autre absent)". La loi musicale: Ce que la lecture de l'histoire nous (dés)apprend. Musique et musicologie: Les dialogues, edited by Danielle Cohen-Lévinas, pp.  137–143. Paris and Montréal: L'Harmattan. ISBN 2738486266
  • Szendy, Peter, and Brigitte Massin (1989), "Entretien avec Emmanuel Nunes". In Musiques en création: Textes et entretiens, edited by Philippe Albèra, Vincent Barras, Jean-Marie Bergère, Joseph G. Cecconi, and Carlo Russi, 103–12. Geneva: Contrechamps. [Reprinted 1997]. ISBN 2940068100.
  • Zenck, Martin (1997), "Emmanuel Nunes' Quodlibet: Gehört mit den Ohren Nonos". Nähe und Distanz: Nachgedachte Musik der Gegenwart II, edited by Wolfgang Gratzer, 154–171. Hofheim: Wolke. ISBN 3923997671.

Referências

  1. «Prémios do IMC». www.imc-cim.org 
  2. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Emanuel Nunes". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 14 de fevereiro de 2015 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]