Expedito Camargo Freire – Wikipédia, a enciclopédia livre

Expedito Camargo Freire
Nascimento 9 de junho de 1908
Campinas
Morte 13 de maio de 1991 (82 anos)
Campos do Jordão
Nacionalidade Brasil Brasil
Ocupação pintor e professor

Expedito Camargo Freire (Campinas, 9 de junho de 1908 --- Campos do Jordão, 13 de maio de 1991) foi um pintor, desenhista e professor brasileiro.

Vida[editar | editar código-fonte]

Sentindo vocação para as artes, em 1936 abandona Campinas e dirige-se à capital da República levando uma carta de apresentação do pintor campineiro Salvador Caruso para Ado Malagoli com solicitação de ajuda ao jovem Expedito. Assim, estudou, a princípio, no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro e, em seguida, participou em companhia de José Pancetti, Bustamante Sá, Silvio Pinto, do próprio Ado Malagoli e outros artistas do "Núcleo Bernardelli".

Em Campos do Jordão[editar | editar código-fonte]

Em fevereiro de 1941, vítima da tuberculose, foi enviado por seu médico para Campos do Jordão a fim de tratar de sua precária saúde. Aos poucos foi se recuperando e com essa melhora surge a disposição para o trabalho. Fazia caminhadas pelas ruas e estradas da cidade o que lhe ajudava a sentir-se melhor. Numa dessas caminhadas, chegou a um lugar denominado Toriba, onde pouco depois seria construído um confortável hotel para turistas. Entusiasmou-se pela beleza da paisagem e colocou-a na tela. Terminada a obra, enviou-a para o Salão Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. O quadro foi aceito e Camargo Freire pela primeira vez premiado. Recebeu a medalha de bronze. Isso aconteceu no final do mesmo ano em que chegara em péssimas condições físicas às montanhas de Campos do Jordão. Voltou outras vezes a expor no Salão Nacional, sempre com sucesso, pois, depois da medalha de bronze já citada, medalhas de prata, ouro e os prêmios de viagem ao país (1948) e ao estrangeiro (1956). Em goso dessa última premiação, dirigiu-se a Paris onde completou seus estudos na Académie de la Grande Chaumière[1]

Como muitos outros, acabou se apaixonando pela beleza da cidade e nela se fixando pelo resto de sua existência. Foi professor de desenho em escolas locais, públicas e particulares. Foi membro da Academia de Letras de Campos do Jordão.

Acervo[editar | editar código-fonte]

Expedito Camargo Freire tem pinturas que estão expostas em importantes instituiçõ̃es, como no Museu Nacional de Belas Artes onde se pode encontrar a obra intitulada Alto do Lageado, exuberante paisagem sobre as montanhas e vales de Campos do Jordão, cidade que o adotou e que nela viveu até o último dia de sua vida. Igualmente no acervo do MASP existe uma obra (Vale do Bau) do nosso pintor.[2] No Palacio Boa Vista, sede de verão do Governo do Estado, existe um acervo de arte escolhido com esmero e bom gosto por Luís Arrobas Martins. Nessa coleção encontramos o quadro intitulado Namorados que está reproduzido no livro de Pedro Paulo Filho.[3] Este foi o trabalho que deu a Camargo Freire o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro em 1957.[4]


Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • COSTA, Lygia Martins (apr.). Um século da pintura brasileira. Ministério da Educação e Saúde/Museu Nacional de Belas Artes: Rio de Janeiro, 1950.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
  • MORAIS, Frederico. Núcleo Bernardelli; arte brasileira nos anos 30 e 40. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1982.
  • PAULO FILHO, Pedro. Camargo Freire. O pintor da paisagem de Campos do Jordão. São Paulo: Edit. Noovha America, 2012.

Referências

  1. Frederico Moraes, ob. cit., p. 84
  2. Pedro Paulo Filho, ob. cit. p.136
  3. ob.cit. p.96
  4. Pedro Paulo Filho, ob. cit. p.87

Ligações externas[editar | editar código-fonte]