Fátima Carneiro – Wikipédia, a enciclopédia livre

Fátima Carneiro
Nascimento 1954 (70 anos)
Lubango
Cidadania Portugal
Alma mater
Ocupação investigadora, patologista, médica, professora
Prêmios
  • Mulheres na Ciência (2016)

Fátima Carneiro (Lubango, Angola, 1954) é uma patologista portuguesa. Em setembro de 2018 foi eleita pela revista britânica The Pathologist a patologista mais influente do mundo.[1] É diretora do serviço de Anatomia Patológica do Hospital de São João, no Porto.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu em Lubango, filha de professores, tendo um irmão.

Fátima Carneiro estudou medicina em Luanda, onde teve como docente Nuno Grande. Em 1975, devido à guerra colonial, instalou-se no Porto com os pais. [2] Concluiu a licenciatura em Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto em 1978.[1]

É autora de mais de duzentos e cinquenta artigos científicos, tendo contribuído para o desenvolvimento de vários capítulos de livros de especialidade. Na carreira de investigação destaca-se o seu percurso enquanto investigadora do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup), agora integrado no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (I3S).[1]

Dirigiu vários projetos internacionais, tendo sido presidente da Sociedade Europeia de Patologia entre 2011 e 2013. Em Portugal coordenou a Rede Nacional de Bancos de Tumores em 2008, presidindo atualmente à Academia Nacional de Medicina Portuguesa.[1]

Fátima Carneiro atualmente dirige o serviço de anatomia patológica do Centro Hospitalar São João (Porto), sendo também professora catedrática na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP).[1]

Distinção[editar | editar código-fonte]

Em setembro de 2018 Fátima Carneiro foi eleita pela revista britânica The Pathologist a patologista mais influente do mundo, ficando no primeiro lugar na lista de cem posições elaborada pela revista. A revista conduziu inquéritos durante dois meses a patologistas do mundo inteiro sobre quem consideravam ser merecedor do título. Fátima foi destacada pelas suas capacidades enquanto patologista e professora universitária, como perita na sua área de especialidade e pelas suas capacidades de liderança.[1][3]

Esta foi a segunda vez que a maior distinção da área da patologia foi atribuída a um português.[4] Em 2015 este título havia sido atribuído ao médico português Manuel Sobrinho Simões, também docente da FMUP, fundador do Ipatimup e patologista no Centro Hospitalar de São João (Porto), e que integra igualmente a lista da edição de 2018 edição da revista científica The Pathologist.[1]

Ainda em 2018 é reconhecida com o Prémio ACTIVA Mulheres Inspiradoras, na categoria Ciência.[5]

Em 2021 é-lhe atribuído o Prémio Femina, na categoria Mérito nas Ciências.[6]

Referências

  1. a b c d e f g PÚBLICO, Lusa e. «Fátima Carneiro eleita a patologista mais influente do mundo». PÚBLICO 
  2. Revista Sábado (31 de Janeiro de 2019). O impacto que os retornados tiveram no País.
  3. «Fátima Carneiro eleita a patologista mais influente do mundo». Notícias U.Porto. 20 de setembro de 2018. Consultado em 31 de agosto de 2021 
  4. RTP, RTP, Rádio e Televisão de Portugal -. «Patologista mais influente do mundo é portuguesa» 
  5. «Activa | Prémios ACTIVA reconhecem mérito de cinco mulheres inspiradoras». Activa. 30 de janeiro de 2019. Consultado em 30 de outubro de 2023 
  6. «Prémio Femina 2021 :: Premio-Femina». premio-femina8.webnode.pt. 18 de março de 2023. Consultado em 29 de outubro de 2023 
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