Falsa consciência – Wikipédia, a enciclopédia livre

Em filosofia, particularmente no âmbito da teoria crítica e de outros movimentos e escolas marxistas, falsa consciência se refere aos meios pelos quais processos ideológicos, materiais e institucionais induzem ao erro membros do proletariado e de outras classes sociais dentro das sociedades capitalistas, escondendo a exploração do trabalho intrínseca às relações entre as classes. Apesar de ser um termo fortemente ligado ao marxismo, nunca foi usado pelo próprio Karl Marx.[1] O termo foi usado em uma carta de Friedrich Engels a Franz Mehring, datada de 1893, na qual aborda um cenário em que classes subordinadas incorporam conscientemente a ideologia da classe dominante.[2][3]

Usos contemporâneos[editar | editar código-fonte]

Para Paulo Freire, a falsa consciência ocorre quando o oprimido internaliza a ideologia do opressor.[4]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «False consciousness». Enciclopédia Britannica. Consultado em 12 de Março de 2021 
  2. Engels, Friedrich (1949). «Letter to F. Mehring». Karl Marx and Friedrich Engels: Selected Works in Two Volumes, Volume II. Moscow: Foreign Languages Publishing House. p. 451. A ideologia é um processo desenvolvido pelo pseudo-pensador, de fato, mas tal produção se dá a partir de uma falsa consciência. As verdadeiras forças que motivam seu agir continuam desconhecidas para ele; de outra forma, simplesmente não se trataria de um processo ideológico. 
  3. Lukács, Georg (1967). History & Class Consciousness. London: Merlin Press. ISBN 978-0850361971 
  4. «Paulo Freire». Internet Encyclopedia of Philosophy. Consultado em 12 de Março de 2021 


Ícone de esboço Este artigo sobre filosofia/um(a) filósofo(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.