Família Mozzi – Wikipédia, a enciclopédia livre

Brasão da família Mozzi
O Palácio Mozzi

Mozzi, Mozzo, de' Mozzi ou dei Mozzi foi uma família nobre italiana, oriunda de Florença.

Suas origens eram populares. O mais antigo membro conhecido é Mozzo, que viveu em meados do século XII,[1] ao que parece um pequeno comerciante.[2] No fim do século XII iniciaram uma rápida ascensão social e econômica através das atividades financeiras e do comércio de lã, tecidos e roupas.[3] Participaram do processo de transição entre o sistema feudal e comunal, quando os antigos nobres feudais passaram a perder poder e riqueza na competição com novos-ricos de extração popular, que se reuniam em patriciados urbanos e assumiam o governo de comunas cada vez mais bem estruturadas e poderosas.[4] Tomaram o partido dos guelfos, e seriam em pouco tempo conhecidos como uma das principais famílias guelfas da cidade.[3]

Cambio, filho de Mozzo, fez fortuna com um banco.[5] Seu filho Spigliato di Cambio estabeleceu fortes laços com a dinastia angevina e o papado.[6] Os seus primeiros registros datam de 1229, quando está vivendo em Londres, associado numa importante empreitada comercial com seu irmão Rocco mais Amieri Cosa e Mainetto Spini, comprando lã crua em grande quantidade para tecê-la em Florença e vendê-la como tecidos e roupas prontas. Também tinham um braço bancário, fazendo diversos empréstimos para a Coroa inglesa entre 1245 e 1254. Em 1255 foi dado um grande empréstimo para o príncipe Eduardo (mais tarde Eduardo I), a fim de que ele pudesse reunir tropas. Em 1256 foi estabelecida outra substancial sociedade na Inglaterra para financiar a campanha na Sicília. Em 1257 Cavalcante, filho de Jacobo della Scala, reuniu-se à companhia de forma permanente, formando-se a Companhia Scala.[7]

Os empréstimos para a Coroa inglesa continuaram até 1259, e em 1261 a companhia, que havia crescido vertiginosamente e incorporado um grande número de outros sócios menores, entrou para o serviço papal, tornando-se administradores do Tesouro Pontifício. A ligação com o papado e com as casas reais da Inglaterra e França os tornou riquíssimos.[7][8][9] Além de comerciante e banqueiro, Spigliato era um destacado membro da Guilda dos Tecelãos e influente político. Fora conselheiro em 1234, tornando-se patrício, e em 1253 ocupava a presidência do Senado, organizando a assinatura de um tratado de paz com as cidades de Lucca, Pistoia e Prato. Seu irmão Rocco permaneceu ativo na Inglaterra entre 1253 e 1263. Outro irmão, Tommaso, também teve parte nos negócios.[10][11]

Na década de 1250-60 outros membros da família se tornaram senadores, entre eles messere Jacopo, filho de Cambio,[6][12] e a firma se tornou uma das principais financiadoras da campanha italiana de Carlos I de Anjou, que o levou à conquista da Sicília e ascensão ao trono. Em 1274 deixaram a Companhia Scala, abrindo uma casa bancária própria, que permaneceu associada ao papado e aos reis e abriu uma filial em Nimes.[8][7][6][10] O sobrenome Mozzi só se fixa nesta época.[7]

Com as contínuas disputas entre guelfos e gibelinos, em torno de 1260-70 foram expulsos de Florença e tiveram suas casas e torres destruídas, mas retornaram poucos anos depois e as substituíram por um grande palácio. Antes da construção dos grandes palácios renascentistas, o Palácio Mozzi foi o mais importante de Florença, recebendo como hóspedes a maioria dos grandes dignitários em visita à cidade. Ao longo dos séculos foi adornado com uma extraordinária coleção de arte, hoje dispersa em várias coleções particulares e museus.[13][14] Em 1273 ali se hospedou o papa Gregório X, chegado à cidade na tentativa de pacificar as lutas entre os partidos.[6] Foi, com efeito, concluído um tratado de paz, e para comemorá-lo os Mozzi acrescentaram o moto PAX em seu brasão,[15] e decidiram construir uma igreja, não por acaso dedicada a São Gregório, o que segundo as crônicas deixou o papa felicíssimo, benzendo a pedra fundamental na mesma ocasião. Essa paz durou pouco. Em 1279 hospedaram por mais de seis meses o cardeal Latino Malebranca, enviado pelo papa Nicolau III para mais uma tentativa de conciliar os ânimos, que levou a um outro tratado de paz em 1280.[6][12] Nesta época são recebidos na classe dos cavaleiros.[8]

A Basílica de Santa Cruz
Palácio de verão construído pelo bispo Andrea

Em 1286 o cônego Andrea, filho de Spigliato, foi eleito bispo de Florença, dando um novo relevo à família. Foi íntimo amigo de Carlos I de Anjou, atuou ativamente na recomposição das depauperadas finanças da diocese e promoveu a fundação de várias igrejas, entre elas a Igreja de Santa Maria no Prato e a imponente Basílica de Santa Cruz; restaurou outras, e apoiou a fundação do Hospital de Santa Maria Nova.[6] Também mandou levantar um palácio de verão para seu uso pessoal em San Miniato, mas não chegou a vê-lo terminado.[16] Em 1293 foram oficialmente reconhecidos como magnatas (a alta nobreza).[6]

Tommaso de Mozzi, outro filho de Spigliato, foi conselheiro da Guilda dos Arqueiros em 1260 e o chefe da família em sua geração. Levou a empresa da família a um patamar ainda mais alto, passando a ser considerada um dos maiores estabelecimentos mercantis da Europa.[6] Em torno de 1275-80 fez uma sociedade bancária com Ugo di Spina, antigo parceiro na Companhia Scala, que em pouco tempo adquiriu imensa importância. A sociedade tirava seus principais rendimentos das taxas administrativas cobradas para a coleta de dízimos para a Igreja. Também abriram uma filial comercial e financeira em Londres, financiavam os reis ingleses e faziam importantes negócios com os mosteiros locais, fornecedores de lã. Os sócios minoritários, entre eles Francesco de Mozzi, filho de Vanni, e Dritta de Mozzi, filho de Cambio, eram quase todos nomes associados à Tesouraria Apostólica. A sociedade Mozzi-Spina foi dissolvida em 1292, dando origem a dois bancos independentes. Dritta também abriu sua própria firma, junto com seus três filhos, embora mantendo laços de interesses com eles. Em 1298 o banco de Tommaso foi contratado pelo papa para administrar, junto com os bancos Chiarenti e Spina, todas as despesas da corte papal e o funcionamento de toda a estrutura financeira do papado.[8][11][17][18] Lorenzo Tanzini chamou a família de "os banqueiros mais importantes da Cristandade".[19] Pelos seus serviços ao papa Tommaso foi condecorado com a Ordem da Espora de Ouro.[15]

Na década de 1290 os Mozzi também aparecem como um dos maiores comerciantes de grãos de Florença,[20] e já tinham filiais em Nápoles e várias outras cidades do sul da Itália.[21] Em 1295 messere Vanni de Mozzi, filho de Jacopo, foi um dos embaixadores junto ao papa Bonifácio VIII para tratar da questão do exílio de Giacomo della Bella, recebeu a Ordem da Espora de Ouro e no mesmo ano participou da repressão de uma revolta popular. Crônicas da época o mostram como um dos mais sábios e reputados florentinos de sua geração,[22][12] mas poucos anos depois envolveu-se em uma rebelião e foi banido com toda a sua casa.[21] Em 1306 já estava de volta, sendo citado como em posse de muitos bens e como senhor do Castelo de Moriano.[23] Seu filho Ruggiero foi pároco de S. Pedro em Cascia e era cônego da Catedral em 1300.[24]

Enquanto isso, o ramo comercial da família começava a ter dificuldades. Na década de 1290 os interesses italianos na Inglaterra e na França foram arruinados pela guerra entre os dois países, e as finanças da família sofreram um baque neste processo.[5] Em 1302 os Mozzi foram removidos da gestão do tesouro papal, que era uma das suas grandes fontes de renda e a principal base do seu prestígio político; em 1303 a falência de Dritta de Mozzi lhes deu grandes prejuízos, e em 1308 Tommaso e Rocco também faliram. Segundo Victor Magos, em virtude do alcance dos seus negócios e da quantidade de sócios que tinham, a bancarrota causou grande impacto em Florença e no comércio do resto da Europa. Rocco suicidou-se, mas de acordo com Carlo Ciucciovino, Tommaso, que estava à frente dos negócios familiares há 45 anos, enfrentou a situação com muita honestidade. Vendeu a maior parte dos seus muitos bens e entregou aos credores o patronato da Igreja de São Gregório, o que cobriu mais de 70% do prejuízo, e conseguiu um prorrogamento da dívida restante para saldo em 15 anos.[8][21] A recuperação foi rápida, auxiliada pela cobrança de vultosos empréstimos que haviam feito à Arquidiocese de Trani e aos reis ingleses,[8][11] e em 1311 Tommaso já era capaz de fundar um mosteiro feminino em Bagno a Ripoli, na diocese de Fiesole, onde os Mozzi ainda possuíam muitos bens, dotando-o com um expressivo patrimônio de casas e terrenos e assumindo o patronato da instituição.[25][26]

O exílio papal em Avinhão (1309-1377) causou confusão na administração dos donativos à Igreja, e imensas somas foram perdidas ou desviadas, mas esse contexto reverteu beneficamente para os comerciantes e banqueiros florentinos. Os Mozzi fundaram uma filial do banco em Avinhão, e segundo Edgcumbe Staley abriu-se para eles um novo período de grande prosperidade.[17] Ao mesmo tempo, o palácio da família em Florença tornou-se frequente ponto de hospedagem para altos dignitários da Igreja. Em 1314 hospedaram Piero, irmão de Carlos de Anjou e seu vigário na Toscana,[27] e em 1326 hospedaram Gualtério de Brienne, duque de Atenas.[14] Em 1324 abriram uma base em Chipre, um dos principais polos comerciais do leste do Mediterrâneo, onde receberam privilégios.[10]

Marco Antonio de Mozzi
A Piazza dei Mozzi, vendo-se ao fundo parte do Palácio Mozzi e à esquerda o Museu Bardini, antiga Igreja de São Gregório

Vários outros membros desempenharam cargos públicos relevantes. Luigi filho do dominus Andrea (filho de Tommaso) foi prior em 1327, 1334 e 1337, um dos síndicos da Liga com os venezianos em 1337, gonfaloneiro em 1327, 1330, 1335 e 1341, e conselheiro da Signoria em 1329 e 1339; em 1328 Iacobus Mozzi Corsini é gonfaloneiro, Corsinus Mozzi Corsini foi gonfaloneiro em 1335 e 1339 e prior em 1342; outro Luigi foi gonfaloneiro em 1341, ano em que foi um dos vinte deputados que organizaram a compra da cidade de Lucca por Florença, conselheiro da Signoria em 1342, síndico da aliança com Siena e Peruggia em 1346, e em 1355 um dos embaixadores que prestaram homenagem ao imperador em Pisa.[28][12] A família produziu ainda um podestà,[29] e cavaleiros das ordens de Malta e Santo Estêvão.[30] Andrea, primo do bispo homônimo, franciscano, pregador e missionário junto aos sarracenos, foi declarado beato.[31][32]

Em 1377, todo um ramo foi proscrito por conspiração.[33] Na passagem do século XIV ao XV novas dificuldades financeiras provocaram a venda do palácio.[14] No século XV Giacomo foi tesoureiro da cidade de Florença e administrou o Banco Pazzi em Roma.[34] Começam a se fazer presentes em Gavelli, onde adquiriram vários bens, entre eles um grande vinhedo e seis senhorios, e assumiram pouco depois o patronato da Igreja de São Rômulo.[2][35]

O palácio de Florença foi recuperado em 1551, quando sua área foi ampliada com a aquisição de um grande jardim entre as colinas e a Porta de São Jorge.[14] Em 1556 compraram a Villa Olmi, situada num parque de 400 hectares. Giulio, senador, erudito e colecionador de arte, em 1781 ampliou e reformou a villa, acrescentando uma suntuosa decoração em afrescos mostrando paisagens e cenas alegóricas.[13] Seu filho Marco Antonio estudou Direito, Letras, Teologia e Música. Tornou-se intelectual e instrumentista notável, versado no arquialaúde, no bandolim e na tiorba, elogiado em um soneto de Salvino Salvini, onde se afirma que sua interpretação elevava os espíritos e os conduzia à contemplação do sublime. Seus dotes chamaram a atenção do duque Cosme III de Médici, que o fez preceptor de seu filho João Gastão e cônego do Magistério da Guilda dos Tecelãos, além de encomendar-lhe a composição de discursos e orações, proferidos em datas de grande solenidade. Foi ainda camerlengo do Capítulo da Catedral, examinador sinodal das dioceses de Florença e Fiesole, deputado-geral da Congregação das Conferências Teologais, escritor, poeta, professor de língua toscana na Universidade de Florença, conselheiro da Accademia Fiorentina e membro da Accademia della Crusca, da Accademia dell'Arcadia e da Accademia degli Apatisti. Deixou várias obras, entre elas panegíricos, orações fúnebres, um volume de sonetos, outro de discursos sacros, uma tradução dos Hinos de Prudêncio e uma biografia do médico Lorenzo Bellini. Sua maior obra é a História de São Crescêncio e dos seus Santíssimos Companheiros Mártires e da Igreja do Mesmo Santo em Valcava del Mugello (1707).[36] Pier Gianozzo, seu irmão, foi elevado a conde do Império e foi patrono da Igreja de Santa Maria del Bigallo.[15]

Giulio Giuseppe Mozzi del Garbo foi poeta, matemático e político, ocupou vários cargos na corte ducal, foi membro do governo provisório durante o exílio do duque Fernando III, ministro do Exterior do Reino da Etrúria, presidente da Accademia Fiorentina e membro da Accademia della Crusca. Escreveu o tratado Discurso Matemático sobre a Rotação dos Corpos (1763), onde estuda a estática e a mecânica dos corpos rígidos, formulando o teorema que leva seu nome.[37][38]

No século XVIII compraram uma villa em Fiesole que havia sido construída no século XV para Lourenço de Médici, o Magnífico, revendida em meados do século XIX.[39] No fim do século XVIII o palácio familiar entrou em reformas, que acrescentaram uma decoração interna em afresco. Outras intervenções no século XIX removeram acréscimos tardios, buscando recompor a fachada medieval. Em 1880, com a extinção da família, a princesa Vanda Carolath von Beuthen adquiriu o palácio, vendendo-o em 1913 para o colecionador e antiquário Stefano Bardini, que o transformou em loja e depósito para sua coleção.[14] Ele já havia comprado em 1880 a Igreja de São Gregório, transformando-a em um palacete, vendido à Municipalidade em 1922, que passou a usá-lo como museu cívico batizado como Museu Bardini.[40] Depois de uma longa controvérsia entre seus herdeiros, o palácio foi comprado pelo Estado em 1996, restaurado e hoje abriga um centro cultural, sendo patrimônio nacional desde 1901.[14] A praça que fica defronte foi nomeada Piazza dei Mozzi em homenagem a esta importante família.

Referências

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  2. a b Malespini, Ricordano. Istoria fiorentina. Stamperia di S.A.R., 1718
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  4. Salvemini, Gaetano. Magnati e popolani in Firenze dal 1280 al 1295. Carnesecchi, 1899, pp. 28-29
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  39. Repetti, Emanuele. Dizionario Geografico, Fisico, Storico della Toscana: Contenente la Descrizione di tutti i Luoghi del Granducato, Ducato di Lucca, Garfagnana e Lunigiana, vol. 2. Firenze, 1835
  40. Scalia, Fiorenza (ed.). Il Museo Bardini a Firenze. Cassa di Risparmio di Firenze, 1984

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