Festa nacional francesa – Wikipédia, a enciclopédia livre

Dia da Bastilha
Festa nacional francesa
Torre Eiffel nas comemorações do Dia da Bastilha, 2009.
Nome oficial La Fête Nationale
Outro(s) nome(s) Dia da Bastilha
14 de Julho
Celebrado por Cidadãos franceses
Tipo Secular
Data 14 de julho

A Festa nacional francesa (Fête nationale française), ou Dia da Bastilha, é um feriado nacional francês celebrado anualmente a 14 de Julho (le 14 juillet) em memória ao episódio histórico da Tomada da Bastilha, em 1789, quando teve início o caráter popular da Revolução Francesa. As comemorações desse feriado consistem em grandes celebrações e paradas militares por todo o país, com destaque para o desfile militar da Champs-Élysées de Paris, prestigiado pelo Presidente da República.

História[editar | editar código-fonte]

A atual Festa Nacional é um desenvolvimento da Festa da Federação (Fête de la Fédération), que já ocorreu primeiramente em 1790 em homenagem à determinação do povo francês durante os anos da Revolução. Este evento ocorreu no Campo de Marte, à época, distante do centro de Paris.[1] Aos poucos, celebrar a data tornou-se uma tradição política relacionada ao sentimento nacionalista vivido durante a chamada França moderna, a França do século XIX.

Num discurso em 14 de Julho de 1872, Léon Gambetta defendeu que sendo a Tomada da Bastilha a data mais significativa da Revolução, o povo deveria festejá-la anualmente. Porém, somente a partir de 1880 esta ideia foi levada a cabo. A Assembleia Nacional e o Senado, então, aprovaram o projeto de lei que previa o 14 de julho como Dia Nacional em detrimento do já deteriorado 4 de Agosto (antigo feriado monárquico que celebrava o fim do regime feudal). Em 6 de julho do mesmo ano a lei foi oficializada.

Festividades[editar | editar código-fonte]

O museu da Revolução Francesa decorado durante um 14 de julho.

Tradicionalmente a Festa nacional francesa é composta pelo desfile militar em Paris, as festas populares e o seu baile popular em cada localidade e o respectivo fogo de artifício.

Em 1994, soldados alemães do Eurocorps participaram do desfile na avenida Champs-Elysées, como um sinal de reconciliação.[2]

Em 2014, a comemoração foi marcada pela grande cerimônia de comemoração do Centenário da Grande Guerra, com a presença de representantes de cerca de 80 países beligerantes no desfile na Champs-Elysées. Este acontecimento é uma ocasião para lembrar o projeto único de paz que é a União Europeia, construída sobre os escombros da Segunda Guerra Mundial.[3]

Atentado de 2016[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Atentado de julho de 2016 em Nice

No dia 14 de Julho de 2016, Um caminhão atropelou diversas pessoas que estavam assistindo à queima de fogos em comemoração ao 14 de Julho, Dia da Bastilha, em Nice, no sul da França, matando dezenas.[4] O ataque aconteceu no Promenade des Anglais (Passeio dos Ingleses), uma avenida à beira-mar, por volta das 22h30 (17h30 em Brasília). O procurador de Nice, Jean-Michel Prêtre, disse que o veículo percorreu 2 km entre a multidão. O Ministério do Interior francês confirmou que o motorista foi morto. A AP, citando como fonte o ex-prefeito de Nice e atual presidente da Metrópole Nice-Cote D'Azur, Christian Estrosi, afirmou que o caminhão estava cheio de armas e granadas.[5]

Segundo o jornal local Nice-Matin, o condutor foi identificado como Mohamed Lahouaiej-Bouhlel, um indivíduo de 31 anos de idade, de nacionalidade tunisiana, residindo em França, autor de vários crimes comuns (entre eles violência doméstica) não associados a redes terroristas. A sua identificação foi encontrada no caminhão.

Em 16 de julho de 2016, o Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado, confirmando que o condutor do caminhão "era um dos soldados" instruídos a cometer atentados terroristas contra países que participem de ações bélicas contra o grupo.

Imagens[editar | editar código-fonte]

Referências

Fontes[editar | editar código-fonte]