Fluminense Football Club – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Este artigo é sobre o clube do Rio de Janeiro. Para outros significados, veja Fluminense.
Fluminense
Nome Fluminense Football Club
Alcunhas Flu
Fluzão
Tricolor
Tricolor das Laranjeiras
Nense
Tricolor Carioca
Time de Guerreiros
Pó de Arroz
Máquina Tricolor[1]
Torcedor(a)/Adepto(a) Tricolor
Mascote Cartola (1943–2015)
Guerreiro (2016–presente)
Principal rival Flamengo
Vasco da Gama
Botafogo[2][3]
Fundação 21 de julho de 1902; há 121 anos
Estádio Manoel Schwartz (Laranjeiras)
Capacidade 8.000 pessoas
Localização Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Mando de jogo em Maracanã
Capacidade (mando) 78.838 pessoas
Presidente Mário Bittencourt
Treinador(a) Fernando Diniz
Patrocinador(a) Superbet
Material (d)esportivo Umbro
Competição Campeonato Brasileiro - Série A
Campeonato Carioca - Série A
Copa do Brasil
Copa Libertadores da América
Recopa Sul-Americana
Ranking nacional Aumento 6.º lugar, 12 856 pontos[4]
Website fluminense.com.br
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
titular
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
alternativo
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
alternativo

O Fluminense Football Club, comumente referido como Fluminense, é um clube multidesportivo brasileiro sediado no bairro de Laranjeiras, localizado na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, capital do estado homônimo. Fundado em 21 de julho de 1902, tem como principal atividade o futebol, mandando suas partidas no Maracanã. Disputa o Campeonato Carioca, a principal liga estadual do Rio de Janeiro, bem como o Campeonato Brasileiro, principal liga do Brasil.

Um dos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro, primeiro entre os doze grandes do futebol brasileiro a entrar em campo e a ostentar a palavra futebol no nome, o Fluminense é o clube que mais disputou campeonatos estaduais no Brasil, presente em todas as edições do Campeonato Carioca de Futebol desde 1906, vencendo em trinta e três ocasiões.[5][6] Em competições nacionais é um dos times mais bem-sucedidos, com quatro títulos do Campeonato Brasileiro de Futebol, no qual o Fluminense é também o clube do Rio de Janeiro com mais presenças entre os quatro primeiros, e uma Copa do Brasil, tendo participado de três finais. Em competições internacionais, além da conquista da Copa Rio de 1952, o Fluminense ostenta o título da Copa Libertadores da América de 2023 (competição onde foi também vice-campeão em 2008), o título da Recopa Sul-Americana de 2024 e um vice-campeonato da Copa Sul-Americana de 2009.[7][5][6][8][9]

Ostenta também títulos nacionais e internacionais de relevo em suas categorias de base e em esportes olímpicos e amadores, tendo como a maior conquista de outros esportes, a Taça Olímpica de 1949, destacando-se entre os seus títulos sul-americanos em esportes olímpicos coletivos, um inédito hexacampeonato sul-americano no vôlei feminino.[10][11][12][13]

O clube joga desde 1904 no Estádio Manoel Schwartz, mais conhecido como Estádio de Laranjeiras, com a construção em si, erguida em 1919, sendo o primeiro estádio de cimento da América Latina,[14][15] um dos muitos pioneirismos do Fluminense.[16][17] O sucesso da equipe inspirou pelo menos outros 72 clubes que utilizam o seu nome na América, Europa e África, sem considerar clubes que o homenagearam no uniforme ou no escudo.[18]

História

Patriotismo e destaques

Aspecto noturno da sede do Fluminense
Estádio Manoel Schwartz visto da Tribuna de Honra
Ambiente de entrada da Sala de Troféus, com a Taça Gardano em destaque
Afrânio Costa com Harvey Vellela, Adhaury Rocha e Salvador Trindade, atiradores olímpicos
Waldo, o maior artilheiro

O Fluminense deu muitas demonstrações de civismo em sua História, salientando-se que durante a Primeira Guerra Mundial o clube criou um batalhão que recrutou 83 reservistas apenas no primeiro momento, movimento de civismo que acabou seguido por outras entidades esportivas posteriormente.[19]

Além de sediar e patrocinar o Campeonato Sul-Americano de Futebol em 1919 e 1922, o Fluminense igualmente o fez na realização dos Jogos Olímpicos Latino-Americanos de 1922, competição precursora dos Jogos Pan-Americanos, sendo esses dois últimos os maiores eventos comemorativos do Centenário da Independência do Brasil, listados entre aqueles esforços patrióticos que chamam mais a atenção em seus primeiros 20 anos de atuação.[20][21]

Nos Jogos Olímpicos de 1920, o atleta tricolor Afrânio Antônio da Costa conquistou a primeira medalha olímpica da história para o Brasil, ao receber a medalha de prata na competição de tiro, e também neste dia, Afrânio e o também atleta tricolor, Guilherme Paraense, fizeram parte da equipe brasileira que conquistou a medalha de bronze por equipes na modalidade tiro-livre-pistola ou revólver, tendo ainda nesta Olimpíada Guilherme Paraense conquistado a primeira medalha de ouro para o Brasil.[22][23]

Já em outubro de 1937 o Fluminense formou uma Escola de Instrução Militar que durante os anos de 1940 e 1941 conquistou o primeiro lugar em eficiência e disciplina de todo o então Distrito Federal, tendo preparado um curso de enfermagem em 1942 para auxiliar os pracinhas da Força Expedicionária Brasileira que mais tarde desempenhariam um importante papel na Itália, formando 85 enfermeiras nesse período, além de doar um avião para a Força Aérea Brasileira, batizado de Coelho Netto.[24]

O seu estádio abrigou os grandes jogos do futebol carioca e da Seleção Brasileira em seus primórdios,[15] tendo sido apontado em 1949 pelo presidente da FIFA, Jules Rimet, como a organização esportiva mais perfeita do mundo,[25][26] com a FIFA reconhecendo o seu gigantismo e pioneirismo, essa última uma característica marcante do clube, ao parabenizar o Fluminense por ocasião de seu aniversário de 112 anos.[16][17]

Ao competir pela sexta vez consecutiva nos Jogos Pan-Americanos de 2019, a atleta tricolor de saltos ornamentais Juliana Veloso tornou-se a atleta brasileira com mais participações nos Jogos Pan-Americanos, ela que conquistou medalha de prata e medalha de bronze em Santo Domingo e bronze nos Jogos Pan-Americanos de 2007 no Rio de Janeiro e que já era a atleta com mais participações em olimpíadas, cinco no total,[27] sendo também detentora de várias medalhas de campeonatos sul-americanos.[28][29]

Por ter sido o clube que mais conquistou títulos estaduais no Rio de Janeiro no século XX, com os estaduais sendo as competições mais valorizadas pelos grandes clubes brasileiros até meados da década de 1980, e com importância maior do que atualmente até o fim da década de 1990,[30][31][32][33] o Fluminense ostenta o título honorífico de campeão carioca do Século XX.[34][35] Em 2005 o Tricolor se tornou o primeiro clube do eixo Rio-São Paulo a conquistar 30 títulos estaduais, sem levar em consideração o título carioca extra de 1941.[36]

Entre as suas maiores glórias no futebol, destacam-se a Copa Rio de 1952, o vice-campeonato continental em 2008 e o da segunda competição continental em importância em 2009, os triunfos no Torneio Rio-São Paulo em 1957 e de 1960, as 4 conquistas do Campeonato Brasileiro em 1970, 1984, 2010 e 2012,[37] a Copa do Brasil de 2007 e a Primeira Liga de 2016.[11]

Tem marcas importantes entre os seus principais jogadores, o goleiro Castilho, recordista de presenças, com 697 partidas em 18 anos de atuação entre os anos de 1947 e 1964, e que representou o clube em quatro edições da Copa do Mundo, entre 1950 e 1962,[38] e Waldo, o maior artilheiro de sua História, com 319 gols em 403 jogos,[39] a melhor média de gols por partida entre os maiores artilheiros dos grandes clubes do Rio de Janeiro.[40]

Considerando as participações como jogador e como técnico, Pinheiro foi aquele que mais defendeu as cores do Fluminense, com 722 jogos, números que não incluem a sua relevante participação como técnico das categorias de base durante 9 anos,[41] e na relação de seus maiores artilheiros, o inglês Henry Welfare apresenta 161 gols em 165 jogos entre 1913 e 1924, uma média de quase um gol por partida.[42]

A primeira partida do Campeonato Carioca foi disputada no dia 3 de maio de 1906 no Campo da rua Guanabara, no bairro de Laranjeiras, e o resultado foi Fluminense 7 a 1 Paissandu, com o primeiro gol da história sendo marcado pelo atacante tricolor Horácio da Costa.

Em 1911 o Fluminense tornou-se o primeiro clube brasileiro a contratar um técnico profissional por longo prazo, o inglês Charles Williams, anteriormente técnico da Seleção Dinamarquesa de Futebol que conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Verão de 1908.

Entre outras marcas de pioneirismo de seus jogadores, Oswaldo Gomes, recordista em conquistas do Campeonato Carioca, foi o primeiro jogador a marcar gol pela Seleção Brasileira, o multiatleta Preguinho com 55 títulos e 387 medalhas o primeiro brasileiro a marcar gol em uma Copa do Mundo,[43][44] Thiago Neves o primeiro a marcar três gols em um jogo final da Copa Libertadores da América, Didi, o primeiro a marcar gol no Maracanã, em 1950, e Fred, o primeiro a marcar gol no "Novo Maracanã", em 2013.[45][46][47][48][49]

Um gol de voleio de Fred, em um clássico Fla-Flu disputado em 30 de setembro de 2012 foi eleito o gol mais bonito da história dos clubes brasileiros, em votação finalizada em 18 de abril de 2020 que reuniu 63 039 eleitores, obtendo 10 226 votos (16,23%) entre 18 opções apresentadas de gols eleitos anteriormente como os dos grandes clubes selecionados pelo site Globoesporte.com.[50]

Primeiros passos

Busto de Oscar Cox
Homenagem aos fundadores
Uniforme utilizado pelo Fluminense no ano de 1905
Taça Colombo, a primeira oficial em disputa do Campeonato Carioca
Troféu do Campeonato Carioca de 1946

Diferentemente de outras associações esportivas da época, o Fluminense não se agrupou em torno da aristocracia agrária ou da burocracia imperial, como também não era um clube exclusivo de imigrantes europeus. Embora o seu principal fundador, Oscar Cox, tenha sido um cidadão anglo-brasileiro, o Fluminense desde o princípio agrupou industriais, literatos, historiadores e profissionais liberais. Era o representante de uma parcela da sociedade que surgia então, não baseada na posse da terra, mas empreendedora e que se apoiava no intelecto e no desenvolvimento cultural e social, e a partir da fundação do clube também esportivo, como padrão de atuação e representação na sociedade.[51]

A primeira vitória esportiva veio antes da primeira partida de futebol, quando no dia 15 de agosto de 1902, o Fluminense disputou uma competição de atletismo em homenagem à coroação do Rei Eduardo VII do Reino Unido, promovida pelo Rio Cricket, clube da colônia britânica da cidade de Niterói, vencendo a prova de 100 jardas por meio de seu atleta Víctor Etchegaray.[52]

O primeiro jogo foi disputado em 19 de outubro de 1902, contra o Rio Football Club, no campo do Payssandu, em Laranjeiras, com vitória do Fluminense por 8 a 0. Em 6 de setembro de 1903 aconteceu a estreia em jogos interestaduais, com três jogos no campo do Velódromo, em São Paulo, tendo como resultado um empate na primeira partida e posteriormente duas vitórias, nos dias 7 e 8. O empate, no dia da chegada à capital paulista, foi por 0 a 0 contra o Internacional local, seguido de vitórias sobre o Paulistano e São Paulo Athletic.[53]

Em 15 de julho de 1904, após leitura de carta de Oscar Cox e Mário Rocha, enviada da Inglaterra, na Assembleia Geral Extraordinária, o Fluminense trocou a camisa anterior, de cor cinza e branco, pela tricolor, devido à impossibilidade de conseguir tecido na cor cinza, porque ele existia em pouca quantidade no mercado. Então foram sugeridas as cores encarnado, branco e verde, a indicação foi posta em votação e aceita de imediato.[16][54]

Principais feitos no Século XX na Era Laranjeiras

Apesar dos inúmeros serviços prestados ao esporte, ao civismo e à cultura, foram as grandes conquistas nos gramados que alçaram o Fluminense à lista de um dos clubes mais populares do Brasil. Quando o futebol ainda engatinhava no país, o clube consolidou sua condição de elite esportiva com o tetracampeonato em 1906-1909 e alcançando o tri em 1917-1919, época na qual brilharam os seus atacantes, o inglês Henry Welfare, autor de 48 gols em 40 jogos na campanha do tricampeonato[55][56] e Oswaldo Gomes, jogador recordista em conquistas do Campeonato Carioca com oito títulos (1906,1907,1908,1909,1911,1917,1918 e 1919) e autor do primeiro gol da Seleção Brasileira,[57] que marcou ainda o momento no qual o futebol do eixo Rio-São Paulo começou a atrair públicos relevantes.[58]

Tendo campo de jogo desde 1904, com arquibancadas de madeira para acomodar o público, em 1919 construiu no mesmo lugar o Estádio das Laranjeiras para 18.000 pessoas, estrutura de cimento, que foi inaugurado com a realização do Campeonato Sul Americano de Seleções daquele ano.[59][60] Em 1922, ampliou o seu estádio para receber 25.000 pessoas e as suas demais instalações esportivas a fim de sediar os Jogos Olímpicos Latino-Americanos e Campeonato Sul-Americano, grandes eventos comemorativos do Centenário da Independência do Brasil, tendo recebido pedido do Governo Federal para patrocinar e organizar os eventos, com a promessa de que seriam divididas as despesas, sem que recebesse o prometido posteriormente.[20][21][61][62][63][64][65]

O Fluminense se desprendeu da condição de ser um clube apenas da elite a partir da primeira metade da década de 1920, quando o futebol brasileiro finalmente penetrou na cultura das camadas mais populares, período no qual brilhou o seu multiatleta Preguinho, que em 1930 seria autor do primeiro gol brasileiro em uma Copa do Mundo,[66] tendo conquistado a sua primeira taça internacional em 1928, a Taça Vulcain, disputada contra o Sporting Clube de Portugal, e se tornado o principal baluarte pela profissionalização do futebol brasileiro em 1933, deixando de restringir o futebol aos associados ou aos falsos amadores de alguns clubes, que praticavam o chamado "profissionalismo marrom".[67][68][69]

Antes da Era Maracanã e quando jogava preferencialmente em seu estádio quando tinha o mando de campo, o Fluminense conquistou 15 campeonatos cariocas, sendo o período de maior glória, entre 1935 e 1941, quando conquistou 5 títulos cariocas, o Torneio Aberto de 1935, o Torneio Municipal de 1938, o Torneio Extra de 1941, e os torneios início de 1940 e 1941, um total de 10 títulos oficiais em 7 anos, estando na liderança do Torneio Rio-São Paulo de 1940, quando da ocasião de sua paralisação e tendo sido representado por cinco jogadores na Copa do Mundo de 1938, quando a Seleção Brasileira terminou em terceiro lugar, em sua primeira semifinal nessa competição. No Campeonato Carioca de 1941 o Fluminense fez 106 gols em 28 jogos, média de 3,78 por partida.[70][71] O ataque na campanha de 1941 era composto por Pedro Amorim, Romeu Pellicciari, Tim, Rongo e Carreiro, tendo o argentino Rongo terminado como principal artilheiro do time ao marcar 26 gols e Romeu e Tim formado uma das duplas mais famosas do futebol brasileiro.[72][73]

Na campanha da conquista do Campeonato Carioca de 1946, Rodrigues, 28 gols, e Ademir de Menezes, 25, foram os destaques ofensivos, e o time tricolor faria 97 gols em 24 partidas, média de 4,04.[74] Ainda na Década de 1940 conquistaria o seu sexto título de campeão do Torneio Início em 1943 e o Torneio Municipal de 1948, este último com gol de bicicleta de Orlando Pingo de Ouro decidindo o título, chegando ao vice-campeonato carioca em 1943 e 1949.[75]

Entre 1902 e 1948, tendo disputado 2 180 partidas em 20 esportes coletivos, o Fluminense obteve 1 558 vitórias (71,4%), 145 empates (6,6%) e 473 derrotas (22%), segundo levantamento de seu Departamento Técnico.[76] Em 1949, o Fluminense foi agraciado pelo Comitê Olímpico Internacional com a Taça Olímpica, por sua destacada contribuição aos esportes olímpicos.[77][78]

Aqui termina o período anterior à inauguração do Estádio do Maracanã no ano de 1950, quando os clubes cariocas passariam a ter novos parâmetros de mobilização de público, de gastos e de recursos, entrando em uma nova era, e quase todos os primeiros 50 anos do Fluminense, que se complementariam com mais um título carioca e outra grande conquista, essa de relevo internacional.

Principais feitos no Século XX na Era Maracanã

Taças dos 4 campeonatos brasileiros (1970-1984-2010-2012) e da Copa do Brasil de 2007
Taça da Copa Rio de 1952
Taça do Brasileiro de 1970
Taça do Brasileiro de 1984
Taça do tricampeonato carioca dos anos 1980 (1983-84-85)

O Fluminense conquistaria o seu primeiro título no Maracanã ao se sagrar campeão carioca de 1951, a primeira taça oficial levantada por um time que conquistaria uma grande glória no ano seguinte.[79]

Em 1952, quando a população ainda lamentava a perda da Copa do Mundo de 1950, o Fluminense elevou a autoestima do povo carioca,[80][81][82] conquistando no Maracanã, de forma invicta, a Copa Rio de 1952, embrião da atual Copa do Mundo de Clubes da FIFA.[83] Com Castilho, Píndaro, Pinheiro, Bigode, Didi, Telê e Orlando Pingo de Ouro, entre outros, tendo o exponencial Zezé Moreira no comando, o Tricolor passou por Sporting, Grasshopper, Peñarol, Austria Viena e, ao vencer o Corinthians por 2-0 no primeiro jogo e segurando o empate por 2-2 ambos no Maracanã, conquistou essa importante taça para o Brasil.[84]

Em 1957 conquistaria o Torneio Rio-São Paulo, embrião do Campeonato Brasileiro, invicto, e em 1960 chegaria ao segundo título, com apenas uma derrota, quando estes eram os campeonatos mais competitivos do Brasil.[85][86][87][88] Além da inacabada edição de 1940, chegaria a última rodada precisando apenas de uma vitória para ser campeão, em 1952 e 1954, sem ter conseguido o seu intento nestas ocasiões, alcançando o pioneirismo carioca em 1957.

Além do time de 1951-1954 ter sido campeão da Copa Rio de 1952 e do Campeonato Carioca de 1951, foi vice carioca em 1952 e 1953 e do Torneio Rio-São Paulo de 1954. Merecem destaques também no time de 1956-1960, além dos dois títulos do Torneio Rio-São Paulo, a conquista do Campeonato Carioca de 1959, os vices em 1956, 1957 e 1960, tendo sido eliminado da Taça Brasil de 1960 na semifinal tomando um gol em chute de longe aos 44' do segundo tempo. Castilho, Pinheiro e Telê jogaram durante toda a década de 1950, fazendo parte da base do time nos dois momentos mais vitoriosos dessa década, com Jair Marinho, Altair, Escurinho e Waldo, o maior artilheiro da História do Fluminense, brilhando no segundo momento.[40]

Entre 1951 e 1960 o Fluminense conquistou a Copa Rio, 2 torneios Rio-São Paulo, 2 campeonatos cariocas e 2 torneios início, 7 títulos oficiais.

Após a segunda conquista do Torneio Rio-São Paulo, chegaria na terceira colocação na Taça Brasil de 1960 e no Torneio Rio-São Paulo de 1963, voltaria a ser campeão carioca em 1964, do Torneio Início de 1965 e da Taça Guanabara de 1966, na segunda edição da competição classificatória para a Taça Brasil, quando o clube terminaria em quarto lugar, antes do já técnico Telê Santana montar um dos grandes times de sua História em 1969.

Os seus times mais vitoriosos na segunda metade do Século XX foram o de 1969-1971, campeão brasileiro de 1970, campeão carioca e da Taça Guanabara, ainda competição independente, de 1969 e 1971, primeiro time a receber a alcunha de Máquina Tricolor,[89] e o de 1983-1986, campeão brasileiro de 1984 e tricampeão carioca, tendo em vista apenas os principais títulos oficiais, e um digno sexto lugar entre oitenta participantes no Campeonato Brasileiro de 1986, quando se encerrou essa grande fase da terceira Máquina Tricolor. Entre esses dois, os astros de 1975-1977, a segunda Máquina Tricolor.

A campanha de 1970

A 14.ª edição do Campeonato Brasileiro de Futebol, ou a terceira e última Taça de Prata, foi realizada em 1970 e contou com a participação de dezessete equipes de sete estados. os dezessete participantes jogaram todos contra todos, em turno único, mas divididos em dois grupos (um com oito clubes e outro com nove) para efeito de classificação. Classificaram-se os dois primeiros de cada grupo para a fase final. O Fluminense conseguiu a vaga ficando em segundo no grupo B, com a classificação jogou a fase final vencendo:

Fluminense 1 – 0 Palmeiras Maracanã, Rio de Janeiro
Mickey 1* 13 de dezembro
16 de dezembro Cruzeiro 0 – 1 Fluminense Mineirão, Belo Horizonte
Mickey  34' Público: 22 922
20 de dezembro Fluminense 1 – 1 Atlético Mineiro Maracanã, Rio de Janeiro
Mickey  37' Vaguinho  48' Público: 112 403

Liderando o quadrangular final o Fluminense foi pela primeira vez campeão Brasileiro, sem nenhuma derrota classificando-se na Copa Libertadores da América de 1971.

Os dois times mais vitoriosos dessa fase ficaram marcados pelo equilíbrio de suas linhas e pelo jogo coletivo de seus jogadores, entre os quais brilharam, no time campeão brasileiro de 1970 os seguros zagueiros Galhardo e Assis, o médio volante Denílson, o meia Samarone, o primeiro camisa 10 a ganhar a Bola de Prata da revista Placar, e os atacantes Flávio e seu substituto por contusão, Mickey, o ponta esquerda Lula, além dos tricampeões mundiais pela Seleção Brasileira, Félix e Marco Antônio.[90]

Máquina Tricolor

O período de 1975-1977 ficaria lembrado pela técnica refinada dos jogadores, bicampeões cariocas, duas vezes semifinalista do Campeonato Brasileiro e pelas conquistas de prestigiosos torneios amistosos no exterior, segundo período no qual os times também foram chamados de Máquina Tricolor, elenco que ostentava nomes como Félix, Toninho, Carlos Alberto Torres, Miguel, Edinho, Rodrigues Neto, Marinho Chagas, Carlos Alberto Pintinho, Paulo César Caju, Gil, Doval e Dirceu, exceto o argentino Doval, todos jogadores com passagens pela Seleção Brasileira, tendo como grande condutor Roberto Rivellino, craque eleito na Seleção de Futebol da América do Sul do Século XX.[91][92][93]

No campeão brasileiro de 1984 as estrelas eram o meia paraguaio Romerito, eleito o melhor jogador da América do Sul de 1985 em tradicional enquete feita anualmente com jornalistas esportivos de todo o continente, terceiro no ano seguinte,[94] a dupla ofensiva Assis e Washington e o ponta-esquerda Tato, com uma defesa segura na qual brilhavam Paulo Vítor, Ricardo Gomes e Branco, protegidos pelo implacável marcador Jandir e conduzidos pelo meia Deley, tendo como técnico o futuro campeão mundial pela Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira.[95][96]

Na sua melhor fase nessa era, entre 1969 e 1986, o Fluminense conquistou 13 títulos oficiais em 17 anos, 2 campeonatos brasileiros, 9 campeonatos cariocas e 2 taças guanabaras, lembrando, competições independentes em 1969 e 1971, além de diversos turnos de estaduais e torneios amistosos nacionais e internacionais.

Dentro dos limites do Estado do Rio de Janeiro, entre 1950 e 2000, quando na maior parte do período os campeonatos cariocas tinham mais visibilidade do que no Século XXI,[30][31][32][33] o Fluminense conquistou 13 de suas edições, assim como 1 título da Copa Rio estadual, 3 torneios início e 3 taças guanabaras, considerando suas competições à parte do campeonato local.

Principais feitos no Século XXI

Taça do Brasileiro de 2010
Taça do Brasileiro de 2012
Taça da Primeira Liga de 2016

Nessa nova fase o Maracanã foi se modernizando e diminuindo a sua capacidade gradativamente após reformas sucessivas, a Copa do Brasil se consolidou com a segunda maior competição nacional, em 2003 o Campeonato Brasileiro passaria a ser disputado com jogos de ida e volta envolvendo todos os participantes, com a classificação final definida pelos pontos corridos e além do título de campeão e dos clubes rebaixados, passou a indicar a maioria dos classificados para as competições da Conmebol.[97][98][99]

Com relação aos principais feitos do Fluminense no Século XXI, destaca-se o período entre 2007 e 2012, a partir de 2009 chamado de Time de Guerreiros, quando o clube conquistou dois campeonatos brasileiros, uma Copa do Brasil e um Campeonato Carioca, considerando-se os títulos mais importantes, chegando ainda a duas finais continentais. O meia argentino Darío Conca, Bola de Ouro da revista Placar em 2010, melhor jogador pela CBF nesse ano, craque da galera em 2009 e 2010, com o tricolor Thiago Silva tendo recebido essa premiação em 2009, e o centroavante Fred, Bola de Prata da Placar como atacante em 2011 e 2012 e como goleador em 2012, premiado também como melhor jogador e artilheiro pela CBF em 2012, foram os grandes destaques do time nas conquistas dos campeonatos brasileiros de 2010 e de 2012, respectivamente.

Brilharam também nesse período nomes como Diego Cavalieri, Mariano, Gum, Thiago Silva, Deco, Thiago Neves, Bola de Ouro da Placar em 2007, Rafael Sóbis e Washington, entre aqueles mais conhecidos, com o ano de 2012 tendo sido escolhido por votação aberta no site Globoesporte.com em abril de 2020, como o melhor do Fluminense no Século XXI, com 61,46% do votos. Na conquista da Copa do Brasil de 2007, Roger Machado, Thiago Silva, Arouca, Cícero, Carlos Alberto e Adriano Magrão foram os principais condutores, com Thiago Neves sendo lançado no time.[100][101][102]

Ainda nesse século, para além dos limites estaduais, o Fluminense conquistaria a Primeira Liga de 2016, com Diego Cavalieri, Gum e Cícero, remanescentes do período anterior, a volta dos veteranos Diego Souza e Magno Alves, se juntando a novos valores como Gerson, Gustavo Scarpa e Marcos Júnior.[103] Já em 2022, o Fluminense sagrou-se campeão carioca e foi terceiro colocado na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro, com o seu centroavante Germán Cano sagrando-se artilheiro dessas três competições e marcando 44 gols nesse ano em que também brilharam nomes como Paulo Henrique Ganso, Jhon Arias, André e Matheus Martins, com o Tricolor tendo aproveitamento de 69,7% nos clássicos estaduais, o terceiro melhor de sua História.[104][105][106] Em 26 de maio de 2022 o Fluminense aplicou a maior goleada da história da Copa Sul-Americana até então, 10 a 1 contra o Oriente Petrolero em partida disputada na Bolívia.[107]

Até o final do ano de 2022 o time principal contava com um retrospecto histórico de 5 927 jogos, com 2 989 vitórias, 1.392 empates e 1 546 derrotas, tendo feito 11 236 gols e sofrido 7.133, com 58,26% de aproveitamento em jogos contra 606 adversários diferentes.[108][109] Até 2019, o Fluminense disputou um total de 417 partidas contra clubes, seleções ou combinados estrangeiros, com 221 vitórias, 95 empates, 101 derrotas, 844 gols pró e 526 gols contra,[110] tendo jogado em 51 países diferentes de todos os continentes, exceto a Oceania, e apresentando como maiores destaques em competições da Conmebol, os vice-campeonatos da Copa Libertadores da América em 2008 e da Copa Sul-Americana em 2009.[111]

Levantamento da revista Placar em 2017, apontou o Fluminense como o clube brasileiro com o segundo melhor aproveitamento contra times europeus, com 65,7% de aproveitamento nos 143 jogos disputados contra 108 times de 22 países, com 84 vitórias, sendo o quinto clube em número de partidas disputadas e o segundo em média de gols, 2,31 por partida até então.[112][113] Ao vencer o River Plate por 3 a 1 pela Copa Libertadores da América de 2021 no dia de seu aniversário de 120 anos, o Fluminense tornou-se o segundo clube brasileiro a vencer o Boca Juniors e o River Plate, os dois clubes mais populares e com mais títulos no futebol argentino em seus históricos estádios de La Bombonera e Monumental de Nuñez pela principal competição de futebol da América do Sul.[114][115][116][117]

O Fluminense e a Seleção Brasileira

Bola utilizada na primeira partida da Seleção Brasileira exposta no Fluminense
Placa para Rivellino no Estádio Manoel Schwartz

Foi o seu Estádio de Laranjeiras a primeira sede da seleção nacional, onde ela permaneceu invicta em 18 jogos disputados entre 1914 e 1932, campo na qual disputou a sua primeira partida, em 21 de julho de 1914, no aniversário de doze anos do Fluminense, e onde conquistou os seus dois primeiros títulos relevantes, as edições da Campeonato Sul-Americano de Seleções, atual Copa América, de 1919 e 1922, sendo o Fluminense o clube que mais cedeu técnicos e comissões técnicas a Seleção Brasileira, com oito técnicos e 10 comissões cedidas até os dias atuais.[carece de fontes?]

Em 28 de dezembro de 1916, pela iniciativa de Arnaldo Guinle, presidente do Fluminense e da Confederação Brasileira de Desportos, a confederação brasileira conseguiu o registro provisório de inscrição na FIFA, vindo a conseguir o definitivo sob a presidência de outro tricolor, Oswaldo Gomes, em 20 de maio de 1923.[118]

Também no primeiro título internacional relevante conquistado pela Seleção Brasileira no exterior, o Campeonato Pan-Americano de 1952 disputado no Chile, apenas dois anos após a traumática perda da Copa do Mundo de 1950, o Fluminense contribuiu com o seu técnico Zezé Moreira e com os jogadores Castilho, Pinheiro e Didi, titulares nas cinco partidas disputadas pela seleção canarinho, além de Bigode, no mesmo ano em que o Flu conquistaria a Copa Rio, tendo sido ainda representado por seus atletas em quatorze Copas do Mundo, fora os atletas e treinadores formados no Fluminense que serviram a Seleção após terem saído do Tricolor, entre os quais se destacam nomes como Telê Santana e Carlos Alberto Parreira, sem contar João Havelange, torcedor, ex-atleta e presidente de honra do Fluminense, que presidiria ainda a CBD e a FIFA.

O Fluminense é o quinto clube que mais jogadores cedeu à Seleção Brasileira de Futebol em Copas do Mundo, com trinta e uma convocações,[119] tendo tido um total de 92 jogadores apenas considerando-se os que atuaram em jogos oficiais da Seleção Brasileira principal, ou 97, considerando os que atuaram em jogos contra clubes, combinados ou seleções regionais, isso sem mencionar a destacada contribuição tricolor para as seleções olímpicas (23 jogadores cedidos) ou pan-americanas (25 jogadores cedidos), números estes que não incluem outros jogadores que tenham participado de amistosos, torneios preparatórios ou competições seletivas por essas seleções. Três deles foram eleitos por 250 jornalistas de todo o mundo reunidos durante a Copa do Mundo de 1998 para a Seleção de Futebol da América do Sul do Século XX: Carlos Alberto Torres, Didi e Roberto Rivellino.[92][93]

Projeto internacional

Camisa do FC ŠTK Fluminense 1914 Šamorín

O Fluminense, através de projeto lançado em 2015, adquiriu um clube de futebol da Eslováquia, o ŠTK Šamorín, para passar a ser representado também na Europa,[120] alterando o nome do clube eslovaco para FC ŠTK Fluminense Šamorín em 2017 e passando a usar uniformes inspirados nos do Fluminense.[121] O time usou a estrutura do Xbionic Sphere, apontado como um dos melhores centros de treinamento da Europa e utilizado por grandes clubes do continente, tendo uma área de cerca de 1 milhão de metros quadrados.[122]

Em 24 de janeiro de 2018, o clube alegou que não conseguiu investidores e anunciou o fim do projeto internacional,[123] e em 25 de junho de 2019 o ŠTK Šamorín anunciou que tiraria o Fluminense do nome do clube.[124]

Símbolos

Nome

Escudo na Loja do Fluminense

O nome Fluminense Football Club surgiu na reunião de fundação do clube, em 21 de julho de 1902. Apesar de a ideia inicial ter recaído sobre Rio Football Club, acabou prevalecendo Fluminense, derivado do latim flúmen, que significa "rio". O termo também é usado para se referir aos nativos do Estado do Rio de Janeiro (Flūmen Januarii, em latim), desde a Constituição brasileira de 1891.[125]

Escudo e cores

Evolução do escudo do Fluminense Football Club.
Atual bandeira tricolor

Com relação ao formato, o tipo de escudo do Fluminense segue o padrão suíço dos séculos XVIII e XIX, tendo Oscar Alfredo Cox estudado neste país no século XIX antes de voltar ao Brasil para introduzir o futebol de forma organizada no Rio de Janeiro, o que parece indicar de forma ainda mais segura, a origem da inspiração para a formação do escudo tricolor, que tem grafadas as iniciais do clube entrelaçadas em seu conteúdo.[126] O estilo das letras é gótico, tipo Old English, cuja origem remonta ao Norte dos Alpes, na região hoje com o nome de Alemanha, fronteira com a Suíça.[127] As três estrelas acima do escudo do Fluminense simbolizam os três tricampeonatos cariocas conquistados (1917/1918/1919, 1936/1937/1938 e 1983/1984/1985), não incluindo o conquistado no tetracampeonato (1906/1907/1908/1909).[128] Segundo o estatuto do clube, as cores oficiais são encarnado, branco e verde,[129] embora o primeiro normalmente seja referido como grená.[130]

No dia 3 de maio de 2020 o jornal espanhol Marca encerrou votação popular que elegeu o escudo do Fluminense o terceiro mais bonito do mundo entre clubes de futebol.[131] Já em 24 de maio de 2021 a revista inglesa FourFourTwo apontou o escudo entre os cem mais bonitos do mundo, em trigésimo oitavo lugar, numa lista com apenas outros três clubes brasileiros citados.[132]

Uniformes

Os uniformes da temporada 2022.

A camisa tricolor é muito marcante, tendo sido descrita pelo jornalista argentino Luis Paz, como "La camiseta más linda del mundo", em matéria para o jornal portenho Página/12 em 2015.[133] Já o site inglês Football Shirt Collective, comentou que o lançamento das camisas do Fluminense é um dos eventos mais aguardados pela página, por conta da original combinação de cores do clube, e que o terceiro uniforme de 2020-21, predominante verde, era candidato a ser o mais bonito do ano de 2020.[134]

Tendo a camisa tricolor como oficial desde a Assembleia Geral Extraordinária de 15 de julho de 1904, o Fluminense fez a sua estreia na vitória sobre o Rio Cricket por 7 a 1, em amistoso disputado em Niterói no dia 7 de maio de 1905.

Os atuais modelos um e dois, lançados oficialmente em 13 de maio de 2021, trazem um selo em homenagem aos 115 anos da conquista do Campeonato Carioca de 1906, o primeiro campeonato carioca disputado, conquistado pelo Fluminense.[135]

Já a camisa número três de 2020, predominantemente verde e com detalhes em laranja, contém um selo em homenagem aos 125 anos do futebol no Brasil embaixo, do lado direito frontal, atendendo a campanha da Umbro e foi lançada em 18 de setembro de 2020.[136]

Em 2021 o Fluminense ousou novamente em sua camisa número três, misturando o cinza da primeira camisa da história do clube com detalhes em grená, com o lançamento ocorrendo em 12 de outubro. A estampa que adorna a camisa é formada por figuras geométricas em cinza de diferentes tonalidades, que simulam uma aparência de camuflagem. O desenho partiu da premissa de que cada diamante simboliza um torcedor.[137]

Uniformes dos jogadores
  • Camisa com listras verticais em grená, branco e verde, calção e meias brancas;
  • Camisa branca, calção e meias grenás.
  • Camisa cinza, calção e meias cinzas.
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Primeiro
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Segundo
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Terceiro
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Quarto
Uniformes dos goleiros
  • Camisa preta, calção e meias pretas;
  • Camisa cinza, calção e meias cinzas;
  • Camisa azul, calção e meias azuis.
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
1
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
2
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
3
Uniformes de treino
  • Camisa verde, calção e meias verdes;
  • Camisa laranja, calção verde e meias laranjas;
  • Camisa grená, calção grená e meias brancas.
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Jogadores
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Goleiros
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
C. Técnica

Fornecedores e patrocinadores

O Fluminense manteve com um de seus antigos patrocinadores e com a sua anterior fornecedora de materiais esportivos, as mais duradouras relações do futebol brasileiro, período em que a Unimed, entre 1999 e 2014, aumentou o número de segurados de 238 000 para 1 200 000,[138] saltando no mesmo período de quarto lugar entre as seguradoras de saúde do Brasil, para o de maior seguradora deste ramo.[139][140]

Com a Adidas, o Fluminense manteve relacionamento entre 1996 e 2015, vendendo uma média de 300 000 camisas por ano, sendo nessa época o quarto clube que mais vendia camisas no Brasil.[141][142]

Em dezembro de 2019 o Tricolor assinou contrato de três anos com a atual fornecedora de material esportivo, a inglesa Umbro, com o contrato começando a vigorar no mês de lançamento dos novos uniformes, o que ocorreu em 6 de maio de 2020.[143][144]

Fornecedores de material esportivo
Período Fornecedor
1976–1980 Alemanha Adidas
Brasil Rainha
1981–1985 França Le Coq Sportif
1985–1994 Brasil Penalty
1994–1996 Inglaterra Reebok
1996–2015 Alemanha Adidas
2016–2017 Canadá Dryworld
2017–2019 Estados Unidos Under Armour
2020– Inglaterra Umbro
Patrocinadores
Período Patrocinador
1984 Suíça Mondaine
Brasil Banco Nacional
Estados Unidos Kodak
1985 Brasil Tavares Roupas
Brasil Sul América Seguros
1986 Estados Unidos Heart Line
1987 Brasil 1001 Turismo
1987–1994 Estados Unidos Coca-Cola
1995 Brasil Projeto Ame o Rio
1995–1996 Coreia do Sul Hyundai
Brasil SporTV
1997 Brasil NET
Brasil SporTV
1997–1998 Brasil SporTV
Portugal Oceânica Seguros
Brasil MTV Brasil[145]
1999 Inglaterra Sonrisal
Brasil MTV Brasil[146]
1999–2014 Brasil Unimed
2015–2017 Brasil Viton 44[147]
2015– Brasil Frescatto[148]
Brasil Voxx Suplementos
2016 China TCL
2017 Estados Unidos Universal Orlando Resort[149]
2018 Brasil Valle Express[150]
2021–2024 Grécia Betano
2024– Romênia Superbet[151]
Parcerias
Período Parceiros
2008 Brasil Estados Unidos Traffic[152]
2010 Alemanha Volkswagen Volksbus[153]
2010 Brasil IPHAN / IPPP[154]
2010 Brasil AmBev[155]
2011 Itália TIM[156]
Atualmente Brasil Bioleve[157]
Atualmente Brasil Ortobom
2012– Brasil Nutrilatina[158]
2013– Estados Unidos Gatorade[159][160]
2014– Alemanha Volkswagen Caminhões e Ônibus / MAN Latin America[161]
2014– Portugal Universidade de Coimbra[162]
2016– Brasil Projeto SOS Mata Atlântica
2017– Brasil 99Taxis
2021– Alemanha OneFootball[163]

Mascote

Homenagem da Cervejaria Brahma ao Fluminense, o Time de Guerreiros

O Tricolor sempre se caracterizou por possuir torcedores ilustres e famosos, presidentes, cantores e cantoras, artistas, personalidades ligadas a cúpula do futebol mundial e, desta forma, surgiu a ideia de um outro símbolo tricolor - O Cartola.[164]

Idealizado pelo grande caricaturista argentino Lorenzo Mollas, o Cartola surgiu elegante, de fraque e cartola com sua imponente piteira, passando a imagem da aristocracia tricolor. Por isso, o cartola simboliza os fundadores do clube: os aristocratas cariocas, que representavam a fidalguia e a nobreza de atitudes.[165]

Em sua versão infantil, o mascote tricolor era representado pelo personagem Cartolinha, que em 2013 vestiu a sua armadura e se transformou no Guerreirinho, para representar o espírito de superação dos jogadores do clube, traduzido em tantas conquistas emocionantes do Fluminense.[166]

No Campeonato Brasileiro de 2009, após uma grande sequência de resultados, com sete vitórias e quatro empates, que o tirou da zona do rebaixamento quando tinha 99% de chances matemáticas de cair, o Fluminense passou a ser chamado e cantado pela sua torcida como "Time de Guerreiros", fama consolidada no ano seguinte com a conquista do título do Campeonato Brasileiro.[167][168][169] A partir de 2016 o Fluminense passou a adotar o Guerreirinho como mascote único.[170][171]

Padroeiros

Imagem de Nª. Sra. da Glória no Fluminense
Imagem de São João Paulo II

A ligação do Fluminense, um clube laico conforme o seu estatuto, com símbolos religiosos entranhados na cultura brasileira é considerável, pois mesmo o Cristo Redentor, uma das imagens mais conhecidas do mundo e que ajuda a divulgar o Rio de Janeiro e o Brasil no exterior, teve no Estádio das Laranjeiras a sua missa de inauguração, fato ocorrido no dia 12 de outubro de 1931, com o clube, a exemplo de outros, seguindo a tradição de apontar santos padroeiros.[172][173]

São santos padroeiros do Fluminense:

Nossa Senhora da Glória

A festa da Assunção em homenagem à Nossa Senhora da Glória é comemorada dia 15 de agosto. É uma comemoração originária de Portugal, mais propriamente de Trás os Montes, sendo feriado nacional português, tendo a Santa imagem e placa exibidas próxima à entrada social do Fluminense".[174] No ano de 1872 foi inaugurada uma paróquia em sua homenagem no Largo do Machado, que fica no bairro de Laranjeiras, próxima à sede social do Fluminense.[175]

São João Paulo II[176]

A relação da torcida do Fluminense para com o Papa João Paulo II começou em 1980, quando o então pontífice - canonizado como santo em 2014 - visitou o Rio de Janeiro e recebeu uma camisa do clube das mãos de um garoto de 10 anos, passando a adotar essa música desde então, sendo ela um símbolo da conquista do Campeonato Carioca de 1980.[177]

Desde então, a Torcida Tricolor entoa a música A Bênção, João de Deus durante as partidas, sobretudo durante momentos difíceis nos jogos. Na final do Campeonato Carioca de 2005, o gol do título saiu aos 47 minutos do segundo tempo, enquanto a torcida cantava essa canção. Em 2010 acabaria sendo nomeado padroeiro do clube carioca, ao lado de Nossa Senhora da Glória.[177]

Talvez inspirado por esta relação, o Fluminense entregou em 2013 ao Papa Francisco uma camisa tricolor, quando ele aterrissou de helicóptero no Estádio das Laranjeiras, para participar de evento relacionado à Jornada Mundial da Juventude.[178]

Hinos

Jack Judge

O Fluminense possui um hino oficial e um popular. O primeiro hino teve a letra composta por Coelho Neto sobre a música de Jack Judge e Harry WilliamsIt's a Long Way to Tipperary — e foi cantado pela primeira vez na solenidade de inauguração da 3ª sede do clube, a 23 de julho de 1915.[179]

O hino oficial possui letra e música de Antônio Cardoso de Menezes Filho, tendo sido criado em 1916 para tomar o lugar do primeiro hino do clube, criado em 1915, e que estava sendo motivo de paródias.[180]

O hino popular do Fluminense Football Club, intitulado de Marcha Popular, foi composto na década de 1940 por Lamartine Babo, um dos mais importantes compositores populares do Brasil. A letra foi composta pelo maestro Lyrio Panicali. Sem dúvida, dos três, é o mais conhecido, e tem a particularidade de ser o único hino, dentre os de todos os grandes clubes brasileiros, em tom menor.[180]

Coelho Neto em selo postal
Gravação original da Marcha (Hino Popular)

A gravação original, histórica, rara e preciosa, foi feita na década de 1940 pelo Trio Melodia que era formado por três tricolores famosos: Paulo Tapajós, Nuno Roland e Albertinho Fortuna, destaques da Rádio Nacional em sua época. O acompanhamento é da orquestra do maestro Lyrio Panicali.[180]

Paulo Tapajós, figura das mais queridas do Flu em sua época, é benemérito do clube e foi vice-presidente social nas gestões de vários presidentes.

A remasterização desta gravação e transformação para o formato MP3, resgata a letra correta da marcha, alterada em diversas gravações posteriores, e recupera a terceira estrofe, relativa ao "branco", abandonada em muitas dessas outras gravações.

Lamartine Babo em 1956
Lyrio Panicali em 1961

O pó de arroz

"Pó de arroz" contra o Corinthians em 2019
Marcos Carneiro de Mendonça

O apelido de pó de arroz foi dado ao Fluminense em um clássico contra o America, válido pelo Campeonato Carioca e disputado em 13 de maio de 1914, em jogo que terminou empatado por 1 a 1.[181] Segundo a versão popular, o jogador tricolor Carlos Alberto, um dos jogadores do Flu dissidentes do America em 1914, para disfarçar sua condição de mestiço teria passado pó de arroz no rosto, o que gerou os gritos da torcida do America, que o conhecia e dele devia guardar algum rancor, pois tinha abandonado este clube, e quando jogava contra o Fluminense passou a chamar os tricolores de pó de arroz.[182] O dia da partida, 13 de maio, data comemorativa pela libertação dos escravos, deve ter contribuído para criar esta lenda.[69]

Segundo narra o livro O America na história da cidade:

"O apelido tinha endereço certo, pois Carlos Alberto, sendo mulato, para disfarçar a cor, costumava empoar-se. Enquanto estava em Campos Sales, tudo isso era considerado muito normal, mas... naquele dia, em represália, fora desfeiteado daquele modo."[183]

Segundo depoimento testemunhal do ex-jogador dos dois clubes e também dissidente do America em 1914, Marcos Carneiro de Mendonça, o tal produto teria sido algo para combater irritação da pele, talvez um produto pós barbear.[184] Já o Jornal do Brasil, em sua edição de 17 de janeiro de 1914, página 13, já publicava a propaganda de um produto para conservação do pó de arroz usado na pele para esconder manchas, cravos e espinhas e, possivelmente, pele irritada pós barbear. É evidente que era comum o uso naquela época e provavelmente não existia outra medicação mais adequada, considerando os recursos desta época.[185]

Com o tempo, o apelido foi assimilado pela torcida do Fluminense com lançamento de pó de arroz e talco na entrada do time em campo, fazendo uma das festas mais bonitas para a entrada de um clube, proporcionada por sua torcida.[186][187]

Maiores ídolos

Busto de Castilho no Fluminense

Os jornais O Globo e Extra convocaram trinta jornalistas de diversos órgãos de imprensa para escolherem os trinta maiores ídolos da História do Fluminense, divulgando o resultado em 11 de maio de 2020 nas edições impressa e digital. O Globo opinou que eleger o maior ídolo da história do Fluminense foi uma tarefa mais complicada do que se imaginava, pois além de os dois melhores colocados disputarem acirradamente para ver quem ocuparia a primeira posição no ranking, nas eleições de ídolos dos quatro grandes do futebol carioca o Tricolor foi o clube que teve a maior quantidade de nomes votados para o posto, atribuindo isso ao tamanho desta instituição.[188]

Castilho (1º) Fred (2º) Assis (3º) Rivellino (4º) Telê (5º) Romerito (6º) Waldo (7º) Conca (8º) Washington (anos 1980) (9º) Didi (10º) Carlos Alberto Torres (11º) Gérson (12º) Pinheiro (13º) Preguinho (14º) Gum (15º) Thiago Silva (16º) Branco (17º) Ézio (18º) Félix (19º) Renato Gaúcho (20º) Thiago Neves (21º) Deco (22º) Orlando Pingo de Ouro (23º) Paulo Cézar Caju (24º) Marcos de Mendonça (25º) Altair (26º) Ricardo Gomes (27º) Paulo Victor (28º) Diego Cavalieri (29º) Marcão (30º).

Reconhecimentos

Ver artigo principal: Taça Olímpica

Ainda na década de 1920, o Fluminense foi considerado entidade de utilidade pública federal pelo Decreto 5 044, de 28 de outubro de 1926, conforme publicado no Diário Oficial da União (DOU) de 10 de novembro de 1926.

Já no Século XXI, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou em 12 de maio de 2007 o Decreto Oficial que cria o Dia do Fluminense e dos Tricolores, que é comemorado no dia 21 de julho, data de aniversário do clube. No âmbito estadual o Dia do Fluminense é comemorado em 12 de novembro, de acordo com a Lei nº 5 094 de 27 de setembro de 2007,[189] data escolhida para coincidir com a data de aniversário de um dos ídolos tricolores, Assis.[190]

A torcida do Fluminense foi reconhecida como patrimônio imaterial da cidade do Rio de Janeiro pelo decreto nº 35 877 de 5 de julho de 2012, assim como o clássico Fla-Flu, pelo decreto nº 35 878, publicado na mesma data.[191]

Destaca-se, entre as glórias tricolores, a conquista da Taça Olímpica, honraria atribuída pelo Comitê Olímpico Internacional ao Fluminense em 1949, por ter sido o clube então um modelo de organização desportiva para todo o mundo. Somente o Fluminense e o Racing Club de France, como clubes polidesportivos, possuem esse título, o que os torna únicos no cenário esportivo mundial neste quesito, dividindo esta honraria com países, federações esportivas e comitês olímpicos, entre outras instituições de destaque no cenário desportivo mundial.[192]

Títulos

O Fluminense ostenta 62 títulos de campeão oficiais no futebol apenas de seu time principal, excluindo turnos e fases de campeonatos, sendo um título intercontinental, dois títulos continentais, seis títulos nacionais, três interestaduais e cinquenta estaduais, sendo os principais a Copa Rio de 1952 e a Copa Libertadores da América de 2023. Entre os seus títulos de vice-campeão não listados no quadro abaixo, os de maior destaque são os vice-campeonatos nas duas principais competições continentais, a Copa Libertadores da América de 2008 e a Copa Sul-Americana de 2009.

HONRARIAS
Competição Títulos Temporadas
Clube Clássico FIFA 1 2008 [193]
Taça Olímpica(1) 1 1949
Campeão Carioca do Século XX(2) 1 1906–2000
7.º Melhor Clube do Mundo 1 2023[194]
INTERCONTINENTAIS
Competição Títulos Temporadas
Copa Rio Internacional 1 1952[195][196]
CONTINENTAIS
Competição Títulos Temporadas
Copa Libertadores da América 1 2023
Recopa Sul-Americana 1 2024
NACIONAIS
Competição Títulos Temporadas
Campeonato Brasileiro 4 1970(3), 1984, 2010 e 2012
Copa do Brasil 1 2007
Campeonato Brasileiro - Série C 1 1999
INTERESTADUAIS
Competição Títulos Temporadas
Torneio Rio-São Paulo 2 1957 e 1960(4)
Primeira Liga 1 2016
ESTADUAIS
Competição Títulos Temporadas
Campeonato Carioca 33 1906, 1907(5), 1908, 1909, 1911, 1917, 1918, 1919, 1924 (AMEA), 1936 (LCF), 1937, 1938, 1940, 1941, 1946(6), 1951, 1959, 1964, 1969, 1971, 1973, 1975, 1976, 1980, 1983, 1984, 1985, 1995, 2002, 2005, 2012, 2022 e 2023
Copa Rio Estadual 1 1998
Torneio Início 9 1916, 1924, 1925, 1940, 1941, 1943, 1954, 1956 e 1965(8)
Torneio Aberto(11) 1 1935
Torneio Municipal(11) 2 1938 e 1948
Torneio Extra(11) 1 1941
Taça Guanabara Independente 3 1966, 1969 e 1971
TOTAL
Conquistas Títulos Categorias
Conquistas Oficiais 62 1 Intercontinental, 2 Continentais, 6 Nacionais, 3 Interestaduais e 50 Estaduais
O Fluminense ganhou o Troféu Teresa Herrera em 1977

(1) O Fluminense é o único clube de futebol no mundo a ter conquistado a Taça Olímpica e a única instituição brasileira a ter seu nome inscrito nela.
(2) Por ter sido o clube carioca com maior número de títulos estaduais no século passado.
(3) Título reconhecido em 2010 pela CBF, apesar de já ser listado pela antiga CBD como campeonato nacional em seus boletins oficiais entre 1971 e 1973.
(4) Em 1940 a competição foi interrompida com Fluminense e Flamengo na liderança, sem que a CBD oficializasse o título.
(5) Título compartilhado com o Botafogo.
(6) Esta edição da competição ficou conhecida como Supercampeonato Carioca.
(7) O Rio de Janeiro na época tinha o status de Distrito Federal, com status equivalente ao de estado.
(8) Em 1927, tendo conquistado o título no campo, o Fluminense pediu a sua anulação em virtude de ter infringido o regulamento, ao incluir em seus quadros, dois substitutos, em ofício enviado à AMEA.
(9) Como competição independente do Campeonato Carioca, apenas em 1966, 1969 e 1971.
(10) Primeiro Turno de 1970, Troféu Fadel Fadel (2º Turno de 1972), Taça Francisco Laport (2° turno de 1973), Taça Amadeu Rodrigues Sequeira (3° turno de 1976), Taça João Coelho Netto (1º Turno de 1980) e Troféu Luiz Penido (2º Turno de 2012).
(11) O Rio de Janeiro, na época, possuía status de Distrito Federal, equivalente ao de estado.

Estatísticas

O Fluminense é o clube Estado do Rio de Janeiro com mais presenças no G-4 do Campeonato Brasileiro, assim como no do Campeonato Carioca.

Réplica da Taça Olímpica de 1949

Campanhas de destaque

Fluminense Football Club 1906–2023
Torneio Campeão Vice-campeão Terceiro colocado Quarto colocado
Mundial de Clubes Não possui 1 (2023) Não possui Não possui
Copa Rio (internacional) 1 (1952) Não possui Não possui Não possui
Torneio Octogonal Rivadavia Corrêa Meyer Não possui Não possui Não possui 1 (1953)
Copa Libertadores da América 1 (2023) 1 (2008) Não possui Não possui
Copa Sul-Americana Não possui 1 (2009) 1 (2018) Não possui
Recopa Sul-Americana 1 (2024) Não possui Não possui Não possui
Campeonato Brasileiro 4 (1970, 1984, 2010, 2012) 1 (1937) 6 (1960, 1975, 1988, 2001, 2011, 2022) 6 (1966, 1976, 1991, 1995, 2002, 2007)
Copa do Brasil 1 (2007) 2 (1992, 2005) 3 (2006, 2015, 2022) Não possui
Campeonato Brasileiro – Série C 1 (1999) Não possui Não possui Não possui
Torneio dos Campeões (CBD) Não possui 1 (1920) Não possui Não possui
Primeira Liga do Brasil 1 (2016) Não possui Não possui Não possui
Torneio Rio-São Paulo 2 (1957, 1960)(1) 1 (1954) 2 (1952, 1963) 1 (2001)
Campeonato Carioca[197] 33 vezes 25 vezes 22 vezes 22 vezes
Torneio Extra 1 (1941) Não possui Não possui Não possui
Torneio Municipal 2 (1938, 1948) 3 (1943, 1945, 1946) Não possui 3 (1944, 1947, 1951)
Torneio Aberto 1 (1935) 1 (1936) Não possui Não possui
Torneio Relâmpago Não possui 2 (1943, 1946) Não possui 1 (1945)
Taça Guanabara (independente) 3 (1966, 1969, 1971) 1 (1970) 2 (1965, 1968) Não possui
Copa Rio (estadual) 1 (1998) 2 (1992, 1994) Não possui Não possui
Torneio Início 9 (1916, 1924, 1925, 1927, 1940, 1941, 1943, 1954, 1956, 1965)(2) 4 (1918, 1919, 1931, 1960) 6 (1926, 1938, 1942, 1953, 1957, 1963) 5 (1929, 1947, 1951, 1962, 1977)

(1) Em 1940 a competição foi interrompida com Fluminense e Flamengo na liderança, sem que a CBD oficializasse o título.
(2) Em 1927, tendo conquistado o título no campo, o Fluminense pediu a sua anulação em virtude de ter infringido o regulamento, ao incluir em seus quadros, dois substitutos, em ofício enviado à AMEA.

Participações

Clube isoladamente com mais participações no Campeonato Carioca,[198] o Fluminense é o oitavo clube com mais participações no Campeonato Brasileiro Série A.[199]

Participações em 2024
Taça do Torneio Início de 1916
Bastões de conquistas do Campeonato Carioca
Competição Temporadas Melhor campanha Estreia Última P Aumento R Baixa
Campeonato Carioca 119 Campeão (33 vezes) 1906 2024
Torneio Extra 4 Campeão (1941) 1934 1990
Torneio Municipal 9 Campeão (1938, 1948) 1938 1996
Torneio Aberto 3 Campeão (1935) 1935 1937(1)
Torneio Relâmpago 4 Vice-campeão (1943 e 1946) 1943 1946
Taça Guanabara (independente) 8 Campeão (1966, 1969, 1971) 1965 1980
Copa Rio (estadual) 6 Campeão (1998) 1991 1998
Torneio Início 48 Campeão (9 vezes)(2) 1916 1977
Torneio Rio-São Paulo 24 Campeão (1957, 1960)(3) 1933 2002
Primeira Liga 2 Campeão (2016) 2016 2017
Campeonato Brasileiro 59 Campeão (4 vezes) 1937 2024 1
Série B 1 19º colocado (1998) 1998 1
Série C 1 Campeão (1999) 1999 1
Copa do Brasil 28 Campeão (2007) 1992 2024
Copa dos Campeões 1 Quartas (2002) 2002
Torneio dos Campeões (CBF) 1 Quartas (1982) 1982
Torneio dos Campeões (CBD) 1 Vice-campeão (1920) 1920
Copa Libertadores da América 10 Campeão (2023) 1971 2024
Copa Sul-Americana 10 Vice-campeão (2009) 2003 2022
Copa Conmebol 3 9º colocado (1992) 1992 1996
Recopa Sul-Americana 1 Campeão (2024) 2024
Copa Rio (internacional) 1 Campeão (1952) 1952
Mundial de Clubes da FIFA 1 Vice-campeão (2023) 2023

(1) Em 1937 a competição foi encerrada antes de seu final por conta da pacificação do futebol carioca, antes dividido em duas ligas.
(2) Em 1927, tendo conquistado o título no campo, o Fluminense pediu a anulação em virtude de ter infringido o regulamento, ao incluir em seus quadros, dois substitutos, em ofício enviado à AMEA.
(3) Em 1940 a competição foi interrompida com Fluminense e Flamengo na liderança, sem que a CBD oficializasse o título.
Observação: O Fluminense disputou ainda uma outra competição estadual oficial, o Torneio Preparatório, que teve apenas uma inconclusa edição, em 1932, com o clube vindo a terminar em primeiro lugar de seu grupo.

Vista parcial da Sala de Troféus

Principais rankings históricos

Com uma pontuação próxima as do nono e do décimo-primeiro colocado na maioria dos principais rankings históricos de clubes brasileiros, esses três bem afastados da décima-segunda colocação, o Fluminense ocupa na maioria a décima colocação no geral, em um país onde 520 clubes já disputaram alguma divisão do Campeonato Brasileiro até 2021, a oitava colocação no Século XXI.

Ranking Posição Pontos
Ranking Histórico de clubes brasileiros da revista Placar - 2020 10º 271[200]
Ranking Histórico de clubes brasileiros do jornal Folha de S.Paulo - 2020 10º 663[201]
Ranking Histórico de clubes brasileiros do site Campeões do Futebol - 2020 11º 406
Ranking Histórico de clubes brasileiros do site Ranking de Clubes - 2020 650[202]
Ranking Histórico de clubes brasileiros do Século XXI do site Ranking de Clubes - 2020 155[203]
Ranking Histórico de pontuação do Campeonato Brasileiro de pontos corridos do site Campeões do Futebol - 2023 1181
Ranking Histórico de pontuação de clubes brasileiros da Copa Libertadores do site Futdados - 2021 10º 106[204]
Ranking Histórico de pontuação de clubes brasileiros da Copa Sul-Americana do site Transfermarkt - 2021 91[205]

Retrospecto em competições nacionais

Histórico de campanhas no Campeonato Brasileiro (1960-2019). O tom mais claro indica participações na divisão de elite a cada ano (atual Série A), e assim sucessivamente, com os outros tons representando as atuais séries B, C e D
Painel do Torneio Rio-São Paulo na Sala de Troféus do Fluminense

Em 57 participações no Campeonato Brasileiro de Futebol - Série A, principal competição nacional, a primeira em 1937 e até 2022, o Fluminense ostenta quatro títulos de campeão (1970, 1984, 2010, 2012), número de conquistas que apenas oito clubes detém, e com um título (2007) e dois vice-campeonatos na Copa do Brasil (1992, 2005), é um dois sete clubes com melhor performance por esse critério na segunda competição nacional em importância, sendo o clube que mais participou de campeonatos estaduais no Brasil.[206][207]

O Fluminense é o nono clube com mais partidas realizadas e o décimo com mais pontos conquistados e vitórias na História do Campeonato Brasileiro.[208]

As suas conquistas no Torneio Rio-São Paulo, em 1957, invicto, e em 1960, com apenas uma derrota, foram em sua fase histórica, no campeonato cujo crescimento redundaria depois nos campeonatos nacionais que se seguiram.[209] A Primeira Liga, competição oficial independente, foi organizada pelos clubes afiliados e sua oficialização era prevista na legislação brasileira.[210]

Primeiro campeão carioca (1906), primeiro campeão carioca de competição intercontinental (1952), primeiro campeão carioca do Torneio Rio-São Paulo (1957) e primeiro campeão carioca brasileiro, pois a competição de 1970 já era equiparada ao Campeonato Brasileiro pela CBD em sua época e assim foi comemorado, diferentemente da Taça Brasil,[211] também foi o primeiro clube carioca campeão da Primeira Liga (2016).

Fluminense Football Club 1906-2020
Competição Temporadas Títulos Pts J V E D GP GC SG
Brasil Campeonato Brasileiro 54 4 1.866 1.434 553 398 483 1.902 1.726 176
Série B 1 11 10 2 5 3 12 12 0
Série C 1 1 48 22 15 3 4 38 20 18
Copa do Brasil 25 1 275 153 79 39 35 276 168 108
Primeira Liga 2 1 14 9 4 2 3 13 12 1
Torneio Rio-São Paulo 24 3 283 213 79 46 88 374 374 0
Campeonato Carioca 117 33 4.328 2.250 1.322 454 474 4.869 2.560 2.309
Totais 224 42 6.825 4.091 2.054 947 1.090 7.484 4.872 2.612

Retrospecto em competições continentais

Washington se preparando para a final da Copa Libertadores 2008
Fluminense 4 a 1 Atlético Nacional pela Copa Sul-Americana de 2019

Em 22 competições oficiais da Conmebol disputadas até o ano de 2023, o Fluminense figurou 12 vezes entre os 7 primeiros colocados, ostentando como melhor resultado a conquista da Copa Libertadores da América de 2023, além de dois vice-campeonatos: na Copa Libertadores da América de 2008 e na Copa Sul-Americana de 2009. Na Copa Sul-Americana, teve como destaques um terceiro lugar (2018), seis quartas de finais (2005, 2012, 2013, 2017, 2019 e 2021), além de um sétimo lugar na Libertadores antes do formato atual (1971), já tendo jogado partidas contra clubes de todos os países da América do Sul e também do México, nessas disputas.[212]

Tendo terminado em dezessete ocasiões entre os quatro primeiros colocados do Campeonato Brasileiro, nem sempre esse foi um dos critérios de classificação para a mais importante competição da América do Sul, critério este que a partir da Copa Libertadores da América de 2017 passou a abranger os seis primeiros colocados. No ano de 2007 o Fluminense conseguiu classificação para a edição do ano seguinte por dois critérios diferentes: foi campeão da Copa do Brasil e quarto colocado no Campeonato Brasileiro.

A Conmebol divulgou em 21 de dezembro de 2016 a atualização de seu ranking de clubes sul americanos, e até então o Fluminense ostentava a vigésima sexta colocação no ranking geral, a nona entre os clubes brasileiros e a primeira entre os clubes cariocas.[213][206][207] Em 2 de fevereiro de 2021 a Conmebol divulgou o ranking de 2021 e o Fluminense apareceu como o trigésimo nono lugar, o décimo primeiro brasileiro e o segundo carioca, no ranking que cobre os últimos dez anos de atuações em competições sul-americanas.[214] Na Copa Libertadores da América, a principal competição do continente, o Fluminense é o segundo clube carioca com mais pontos ganhos e vitórias conquistadas, e na Copa Sul-Americana, o segundo clube brasileiro, em pontos e vitórias, atrás somente do São Paulo.[215][216][217]

Fluminense Football Club 1971-2024
Competição Temporadas MC Pts J V E D GP GC SG
Copa Libertadores 10 145 81 42 19 20 124 81 43
Copa Sul-Americana 10 102 60 28 18 14 88 55 33
Recopa Sul-Americana 1 3 2 1 - 1 2 1 1
Copa Conmebol 3 7 6 2 1 3 8 13 -5
Totais 24 257 149 73 38 38 222 150 72

MC Melhor colocação, Pts Pontos obtidos, NA Não aplicável, J Jogos, V Vitórias, E Empates, D Derrotas, GP Gols pró, Gc Gols contra e SG Saldo de Gols.

  • Nota 1: Atualizado pela última vez em 1 de março de 2024.
  • Nota 2: Contabilizado como vitória o empate por 3 a 3 contra o Vasco da Gama, por conta da situação irregular do atleta vascaíno Gersinho, decisão promulgada pela Conmebol em 31 de agosto de 1985, com o placar não tendo sofrido alteração.[218][219][220]

Maiores goleadas em jogos oficiais

[221]

Welfare, seis gols contra o Bangu em 1917
Col. Data Adversário Placar Campeonato
9 de setembro de 1906 Football & Athletic 11–0 Campeonato Carioca de 1906
5 de julho de 1908 Riachuelo Campeonato Carioca de 1908
21 de junho de 1936 Serrano 12–2 Torneio Aberto de 1936
9 de dezembro de 1917 Bangu 11–1 Campeonato Carioca de 1917
3 de abril de 1936 Leopoldina Railway Torneio Aberto de 1936
21 de setembro de 1946 Bangu Campeonato Carioca de 1946
23 de maio de 1937 Oceano Torneio Aberto de 1937
13 de junho de 1909 Haddock Lobo 10–0 Campeonato Carioca de 1909
27 de setembro de 1936 Portuguesa-RJ Campeonato Carioca de 1936
10º 26 de maio de 2022 Oriente Petrolero 10–1 Copa Sul-Americana de 2022
11º 23 de maio de 1909 Bangu 9–0 Campeonato Carioca de 1909
29 de setembro de 1935 Modesto Campeonato Carioca de 1935
20 de julho de 1941 São Cristóvão Campeonato Carioca de 1941
24 de abril de 1976 Goytacaz Campeonato Carioca de 1976
Ídolos do Fluminense homenageados pelo clube (1902-2002)

Recordes de jogadores e técnicos

Jogadores com mais partidas[222][223]
Jogador Jogos
Brasil Castilho 697
Brasil Pinheiro 603
Brasil Telê Santana 559
Brasil Altair 551
Brasil Escurinho 489
Brasil Rubens Galaxe 465
Brasil Denílson 433
Brasil Gum 414
Brasil Assis (zagueiro) 412
10º Brasil Waldo 403
Jogador Jogos
11º Brasil Marcão 397
12º Brasil Bigode 394
13º Brasil Clóvis 392
14º Brasil Fred 382
15º Brasil C. A. Pintinho 381
16º Brasil Lula 375
17º Brasil Paulo Vítor 360
18º Brasil Edinho 359
19º Brasil Oliveira 346
20º Brasil Cafuringa 337
Artilheiros[224][225]

Atualizado até 2 de julho de 2022.[226]

Jogador Gol marcado Gols Período(s)
Brasil Waldo 319 1954–1961
Brasil Fred 199 2009–2016 e 2020–
Brasil Orlando 184 1945–1954
Brasil Hércules 165 1935–1942
Brasil Telê 164 1951–1960
Inglaterra Welfare 161 1913–1924
Argentina Russo 149 1933–1944
Brasil Preguinho 128 1925–1938
Brasil Washington 124 1983–1989
Brasil Magno Alves 1998–2002 e 2015–2016
Jogador Gol marcado Gols Período(s)
11º Brasil Ézio 119 1991–1995
12º Brasil Jair Francisco 106 1956–1962
13º Brasil Zezé 102 1915–1928
Brasil Lula 1965–1974
15º Brasil Rodrigues Tatu 101 1945–1950
16º Brasil Simões 96 1944–1953
17º Brasil Didi 95 1949–1956
18º Brasil Flávio Minuano 93 1969–1971
19º Brasil Romeu 91 1941–1942
20º Brasil Alfredinho 86 1926–1937
Técnicos com o maior número de partidas

Atualizado até 5 de janeiro de 2023.[227][228][229]

Renato Gaúcho, campeão da Copa do Brasil de 2007
Técnico Jogos
Brasil Zezé Moreira 467
Brasil Abel Braga 352
Uruguai Ondino Vieira 300
Brasil Renato Gaúcho 202
Brasil Fernando Diniz 168
Brasil Tim 166
Brasil Nelsinho Rosa 156
Brasil Carlos Alberto Parreira 146
Brasil Sylvio Pirillo 138
10º Brasil Luís Vinhaes 137

Rivalidades

Maiores confrontos

Bustos de Assis e Washington, o "Casal 20", heróis em clássicos

Os maiores clássicos do Fluminense são o Fla-Flu, também conhecido como o Clássico das Multidões, o Clássico dos Gigantes e o Clássico Vovô, nessa ordem, embora as partidas disputadas contra o America e contra o Bangu também tenham apelo histórico, assim como os confrontos interestaduais contra os outros grandes clubes do Brasil, notadamente o clássico disputado contra o Corinthians.[230][231][232][233]

Segundo dados do arquivo do site Estatísticas do Fluminense,[234] as médias de públicos pagantes dos principais clássicos do Fluminense disputados no antigo Maracanã (entre 1950 e 2010) foram de 60 107 contra o Flamengo, de 43 735 contra o Vasco, de 34 359 contra o Botafogo, de 30 266 contra o Corinthians, de 25.127 contra o America e de 22 527 contra o Bangu, médias que acrescidas dos não pagantes, poderiam ser cerca de 20% maiores nesse período, dadas as questões das gratuidades então vigentes no Maracanã.[235]

Partidas históricas

Homenagem do Peñarol ao cinquentenário do Fluminense
Taça da Copa do Brasil de 2007

Desde 1902 disputando jogos importantes, e desde 1906 campeonatos relevantes, o Fluminense foi coparticipante de muitas decisões de títulos e jogos marcantes em competições do futebol brasileiro e internacional que ficaram registrados em sua História.

Em 5 de maio de 2020, após alguns dias de votação no site Globoesporte.com, os torcedores do Fluminense escolheram a partida Fluminense 3 a 0 Peñarol, válida pela Copa Rio de 1952, como a partida mais importante de sua História, com 29,02% dos votos. Os gols da partida que marcou a vitoriosa campanha invicta tricolor foram marcados por Marinho, duas vezes, e Orlando, perante mais de 63 000 torcedores.[244] O Peñarol era base da Seleção Uruguaia campeã mundial dois anos antes no mesmo Maracanã contra a Seleção Brasileira, na partida que ficou marcada como "Maracanazzo", o que tornou a vitória tricolor muito emblemática.[245]

O segundo e terceiro jogos mais votados, cuja soma com o primeiro deu 81,38% do total, foram Fluminense 3 a 2 Flamengo, válido pela decisão do Campeonato Carioca de 1995, com 26,82% dos votos, e Fluminense 3 a 1 sobre o São Paulo, pelas quartas de final da Copa Libertadores da América de 2008, com 25,54%.[246] Os outros seis jogos foram Corinthians 0 a 2 Fluminense, pelas semifinais do Campeonato Brasileiro de 1984 com 3,59%, Palmeiras 2 a 3 Fluminense, jogo que decidiu o Campeonato Brasileiro de 2012 com 3,02%, Fluminense 1 a 0 Guarani, jogo que decidiu o Campeonato Brasileiro de 2010 com 2,91%, Coritiba 1 a 1 Fluminense, partida em 2009 que confirmou uma das maiores reações para fugir do descenso para a Série B com 2,88%, Fluminense 1 a 0 Flamengo, decisão do Campeonato Carioca de 1983 com 1,99%, Fluminense 1 a 1 Atlético Mineiro, jogo que decidiu o Campeonato Brasileiro de 1970 com 0,99% e Figueirense 0 a 1 Fluminense, decisão da Copa do Brasil de 2007 com 0,45%, com outros jogos citados somando 2,79%.[246]

Em 9 de maio de 2020, com 24,14% dos votos, Fluminense 3 a 0 Peñarol foi escolhida a segunda maior partida da história dos clubes brasileiros.[247]

Já no dia 16 de junho de 2020, por ocasião do aniversário de setenta anos do Maracanã, o site Globoesporte.com publicou o resultado de uma enquete com mais de cinquenta mil eleitores, na qual a decisão do Campeonato Carioca de 1995 foi apontada como o maior jogo da História do Maracanã, obtendo 59,79% dos votos. Os dez jogos que concorreram, envolvendo clubes e seleções, foram os dez mais votados em eleição que envolveu setenta jornalistas esportivos.[248]

Estrutura

Estádio Manoel Schwartz (categorias de base e futebol feminino)

Ver artigo principal: Estádio Manoel Schwartz
Painel na Sala de Troféus do Fluminense, no ano da inauguração, em 1919
Estádio de Laranjeiras ampliado em 1922
Estádio de Laranjeiras atualmente, origem e onde se desenvolveu a Seleção Brasileira em seus primeiros anos
Vista contemporânea da Rua Pinheiro Machado, onde ficava a arquibancada demolida em 1961

O Estádio Manoel Schwartz é mais conhecido como Estádio (do bairro) de Laranjeiras, Estádio das Laranjeiras, ou também Estádio da Rua Álvaro Chaves, devido ao nome da rua onde se situa a sua entrada principal.

Foi o local onde o tricolor carioca mandou seus jogos durante décadas, porém, por motivos de segurança, em função da grande demanda de público em seus jogos, não o faz mais, jogando atualmente no Maracanã.

Laranjeiras, todavia, continua como sede oficial do clube e é o campo onde os seus time de futebol que não o principal, realizam os seus jogos.

Em 14 de agosto de 1904, foi realizado o primeiro jogo interestadual no Campo da Rua Guanabara, que ficava no mesmo local do Estádio de Laranjeiras, apenas com o gramado em posição diferente, contra o Paulistano.

Havia uma distinção entre conceitos de estruturas no início do século XX, de modo que o Campo da Rua Guanabara, com as suas arquibancadas de madeira, ainda não era considerado um estádio, sendo o Estádio de Laranjeiras o primeiro a ser totalmente construído de cimento na América Latina.

Já a primeira partida do Flu no Estádio de Laranjeiras, foi na vitória por 4 a 1 sobre o Vila Isabel em 13 de julho de 1919, pelo Returno do Campeonato Carioca, com os gols tricolores tendo sido marcados por Henry Welfare (3) e Machado.

O tradicional estádio foi palco de grandes conquistas do Tricolor, de muitas decisões de campeonatos, com o Flu tendo conquistado 18 títulos em seu estádio (incluindo 6 torneios início). Foi também a primeira casa da Seleção Brasileira, onde a canarinho ganhou os seus primeiros títulos oficiais relevantes e se tornou conhecida no mundo.

Inaugurado em 1919 com capacidade para 18 000 pessoas e tendo tido sua capacidade ampliada para 25 000 pessoas já a partir de 1922, em alguns jogos este estádio teve públicos estimados maiores que a sua capacidade, mas aparentemente o recorde de público pagante foi na partida Fluminense 3 a 1 Flamengo, em 14 de junho de 1925, quando 25 718 espectadores pagaram ingressos, embora nos dias de hoje se desconheça o público da partida do Fluminense contra o Sporting, realizada em 15 de julho de 1928, na disputa da Taça Vulcain, com o estádio lotado e mais 2 000 cadeiras sendo colocadas na pista de atletismo para comportar o público presente.

O Estádio das Laranjeiras recebeu iluminação artificial já em 21 de junho de 1928, tendo sido ela inaugurada na partida disputada entre a Seleção Carioca de Futebol e o Motherwell, da Escócia.[249]

Atualmente a sua capacidade é de 8 000 pessoas, após a demolição de parte de suas arquibancadas em 1961 e medidas para garantir a segurança e o conforto de eventuais assistentes, já que o estádio está desativado para jogos oficiais.

Por conta disso, o Fluminense não manda seus compromissos futebolísticos no seu estádio, por opção do clube, pois esse não teria mais condições de segurança e capacidade para receber eventos de grande porte, segundo algumas opiniões, sendo atualmente usado apenas para treinos, pequenos eventos comemorativos, projetos sociais e educativos, jogos do time de futebol feminino e das categorias de base, o que inclui a categoria de aspirantes, Sub-23.

O Fluminense disputou em Laranjeiras 862 partidas, com 540 vitórias, 164 empates e 158 derrotas, 2 176 gols pró e 1041 gols contra, até o último jogo oficial disputado, em 26 de fevereiro de 2003, no empate de 3 a 3 contra o Americano, pelo Campeonato Carioca.[15]

Estádio do Maracanã (concessão, time principal)

Maracanã em 2006, antes do fechamento para a grande reforma em 2010
Maracanã ao fim de jogo do Fluminense contra o São Paulo em 2018
Maracanã em Fluminense versus Corinthians em 2022
Ver artigo principal: Maracanã

O Estádio Jornalista Mário Filho, mais conhecido como Maracanã, se localiza na cidade do Rio de Janeiro e foi inaugurado em 16 de junho de 1950 com capacidade para receber 200 mil pessoas, tendo sido utilizado durante o transcorrer e palco da final da Copa do Mundo daquele ano, assim como seria da de 2014, dos Jogos Pan-Americanos de 2007, dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016, de edições da Copa América, além de outras competições internacionais entre seleções nacionais e partidas amistosas da Seleção Brasileira. Na sua partida de inauguração, entre as seleções carioca e paulista, o primeiro gol foi marcado pelo meia tricolor Didi.[250] Desde 2013, a capacidade do estádio é 78.838 torcedores.[251]

O Fluminense atualmente manda seus jogos no Maracanã, que mesmo não sendo de propriedade do clube, e sim do Governo do Estado do Rio de Janeiro, é a casa da Torcida Tricolor, tendo o Fluminense conquistado 37 títulos de campeão apenas considerando a categoria de profissionais, no grande e mítico estádio, além de outras tantas campanhas inesquecíveis disputadas nele, tais como a Copa Rio de 1952, os vice-campeonatos da Copa Libertadores da América e da Copa Sul-Americana, ou o desfile de craques da equipe conhecida como a Máquina Tricolor.

No dia 10 de julho de 2013, o Fluminense assinou contrato de 35 anos de uso do Maracanã com o consórcio administrador do estádio. Em 18 de março de 2019 o Governo do Estado do Rio de Janeiro cancelou o contrato de concessão do Maracanã e em 5 de abril de 2019 anunciou que consócio criado por Fluminense e Flamengo passaria a gerir o estádio por 180 dias, prorrogáveis por igual período, quando então seria realizada uma nova licitação, com o governo prorrogando ao final do prazo até 30 de abril de 2021 e outras vezes após isso, até os dias atuais.[252][253][254]

O Fluminense disputou no Maracanã 1 877 partidas, com 915 vitórias, 484 empates e 476 derrotas, 3 032 gols pró e 1 969 gols contra, até o fim do ano de 2022.[255]

Estádio do Engenhão (ocasional, time principal)

Ver artigo principal: Estádio do Engenhão
Vista externa do Engenhão

A partir de 8 de setembro de 2010, quando o Maracanã foi fechado para obras, até a sua reabertura definitiva após os grandes eventos internacionais que abrigou, o Fluminense realizou a maioria de seus jogos no então nomeado Estádio Olímpico João Havelange, conhecido popularmente como Estádio do Engenhão.

O Engenhão, construído e de propriedade da Prefeitura do Rio, arrendado posteriormente ao Botafogo, foi inaugurado em um Clássico Vovô, quando o Fluminense, que tinha o mando de campo, jogou contra o Botafogo em partida válida pelo Campeonato Brasileiro de 2007, com o jogador Alex Dias, do Flu, tendo sido o autor do primeiro gol, onde em 2010 o Tricolor foi campeão brasileiro - sendo este o primeiro título relevante conquistado por um clube carioca neste novo palco.

Neste estádio, o Flu conquistou além do Campeonato Brasileiro de de 2010, o Campeonato Carioca de 2012, considerando apenas os títulos mais importantes, disputando as suas partidas com mando de campo na conquista do Campeonato Brasileiro de 2012 e nele disputando três edições da Copa Libertadores da América, em 2011, 2012 e 2013, com 5 vitórias, 4 empates e 2 derrotas em 11 jogos da principal competição continental disputados no Engenhão.[256][257] Até o fim de 2022, o Fluminense disputou nele 123 jogos, com 60 vitórias, 35 empates e 28 derrotas, 191 gols a favor e 124 contra, sendo o quarto estádio no qual o Fluminense mais atuou, logo depois do Estádio São Januário.[258]

Estádios com mais jogos (time principal)

Pacaembu, estádio com mais jogos fora do RJ

Situação ao final da Temporada de 2022, acima de 50 jogos.[259]

Estádio Jogos
Maracanã 1877
Laranjeiras 862
São Januário 218
Engenhão 123
General Severiano 121
Raulino de Oliveira 116
Pacaembu 101
Estádio Jogos
Campos Sales 76
Moça Bonita 64
10º Mineirão 61
11º Fonte Nova 57
12º Morumbi 55
13º Figueira de Melo 53
14º Rua Bariri 50

CT Carlos José Castilho (time principal)

Ver artigo principal: CT Carlos José Castilho
Castilho, ídolo do clube
Pedro Antonio, principal empreendedor do CT

O Centro de Treinamento Carlos José Castilho,[260] até 30 de setembro de 2019 nomeado Centro de Treinamento Pedro Antônio Ribeiro da Silva, é o Centro de Treinamento do Fluminense, inaugurado em 21 de julho de 2016, data do aniversário de 114 anos do clube, com a equipe profissional do Fluminense começando a treinar no local em 11 de outubro de 2016.[261] Este Centro de Treinamento localizado na Barra da Tijuca, é utilizado para treinamentos e abriga toda estrutura do time profissional de futebol do Fluminense, com 39,3 mil metros quadrados de área e custo inicial de 10 milhões de dólares, obra financiada e conduzida por Pedro Antônio Ribeiro da Silva, vice-presidente de projetos especiais.[262][263]

Visando uma melhor preparação física e técnica para o futuro, o Centro de Treinamento do Fluminense tem três campos oficiais, área de suporte (lavanderia, garagem, depósito para materiais) e área do futebol (vestiários, departamento médico, fisioterapia, musculação, piscinas e recuperação dos atletas). Possui ou faz parte do projeto, área de hospedagem (hotel, estrutura administrativa do futebol, sala de imprensa, churrascaria e refeitório), conhecida por torre de cinco andares e ficará para ser concluída em um segundo momento, tendo sido apontado em sua inauguração como o mais moderno CT do Brasil.[262]

A necessidade de possuir um CT já estava na pauta do Fluminense desde os anos 1980, na gestão Silvio Kelly, mas nunca saiu efetivamente do papel. Em 1983, o clube inaugurou o atual CT das divisões de base, em Xerém, numa estrutura modestíssima, que na época dispunha apenas de um campo de treino e nada mais. Apesar disso, o time que sagrou-se campeão brasileiro em 1984 chegou a realizar alguns treinamentos no local. Em 1995 Xerém passou por melhorias, como a aquisição de novos equipamentos, e teve promessas de levar o departamento de futebol para lá, o que nunca aconteceu de fato, apesar de em 2006, na gestão Roberto Horcades, o clube voltar a prometer a transferência do departamento de futebol para Xerém, o que nunca foi concretizado.[264]

O CT começou a ser construído em meados de 2015 e ficou parcialmente pronto para as primeiras atividades do futebol profissional já em setembro de 2016, tendo tido a sua inauguração oficial em 21 de julho de 2016, no aniversário de 114 anos do Fluminense.[262] No dia 29 de outubro de 2016, Peter Siemsen definiu em reunião do conselho o nome do Centro de Treinamento, Pedro Antônio Ribeiro da Silva, em homenagem a um dos principais responsáveis pela obra do Centro de Treinamento.[265]

O CT do Fluminense foi o único Centro de Treinamento de clubes do Rio de Janeiro escolhido para receber seleções nacionais durante a realização da Copa América de 2019, tendo sido utilizado pelas seleções nacionais do Qatar, Peru, Uruguai e Argentina, em ordem cronológica, com a Seleção Peruana retornando ao CT para se preparar para a final da competição.[266][267][268][269][270][271]

Em 30 de setembro de 2019, o Conselho Deliberativo do clube deliberou a alteração do nome do Centro de Treinamento que passou a se chamar CT Carlos José Castilho, goleiro, ídolo do clube, recordista de partidas pelo Tricolor, tendo participado ainda de quatro copas do mundo como jogador do Fluminense. Além das grandes atuações, o jogador é lembrado como exemplo de dedicação por ter amputado um dos dedos de uma das mãos para não desfalcar o time tricolor por muito tempo.[272]

CT Vale das Laranjeiras (categorias de base)

Ver artigo principal: CT Vale das Laranjeiras
Alguns troféus da Base em destaque
Campeonatos brasileiros conquistados pela Base

Xerém, distrito da cidade de Duque de Caxias, é o local onde treinam as categorias de base do Fluminense, em um espaço de 130 000 metros quadrados, ao pé da Serra de Petrópolis. Em 21 de julho de 1981, dia do aniversário de 79 anos do Fluminense Football Club, foi assinada a escritura do terreno, com a abertura da área tendo ocorrido em 30 de abril de 1983, em 1985 a parte física ficou pronta, mas a inauguração oficial aconteceu apenas dez anos mais tarde, no dia 16 de dezembro de 1995, após os equipamentos serem instalados, com o nome oficial de Sylvio Kelly dos Santos, ex-presidente do Tricolor e seu idealizador, sendo até os dias atuais, o único CT de clube de futebol carioca específico para as categorias de base.[273][274][275]

Em 15 de junho de 2007, o Fluminense inaugurou o Hotel Telê Santana neste complexo. O Hotel Telê Santana tem 26 quartos, piscina, restaurante, bar, sala para preleções e extensa área verde em seu redor.[276]

Distribuídos no Centro de Treinamento Vale das Laranjeiras, também conhecido como CT de Xerém, estão 6 campos para treinos e 1 campo para jogos. O campo principal possui dimensões máximas oficiais (110x76 m) e normalmente é utilizado apenas em jogos oficiais das categorias de base. Este campo conta com uma arquibancada capaz de receber cerca de 2 000 torcedores. Os outros seis campos são utilizados para a realização dos treinamentos técnicos das diversas categorias, sendo um deles especialmente para o treinamento dos goleiros.[277]

Desde que a Confederação Brasileira de Futebol passou a organizar o Campeonato Brasileiro Sub-20 em 2015, ano no qual o Fluminense se sagrou campeão e o final da edição de 2019, o Tricolor é o maior pontuador da classificação histórica da competição, com 114 pontos conquistados até então.[278] Em 2020 conquistou o Campeonato Brasileiro Sub-17 na segunda edição da competição organizada pela CBF.[279]

O Flu orgulha-se do trabalho desenvolvido em Xerém não só pela conquista de importantes títulos nacionais e internacionais, difundindo pelo Brasil e peo mundo a tradição tricolor, mas, principalmente, pelo desenvolvimento da formação de atletas e cidadãos,[280][281] que incluem jogadores como Roger, Carlos Alberto, Roberto Brum, Arouca, Diego Souza, Thiago Silva, Jancarlos, Júnior César, Antônio Carlos, Rodolfo, Fernando Henrique, Toró, Marcelo, Lenny, Digão, Dalton, Tartá, Alan, Maicon, Wellington Nem, Fábio, Rafael, Marcos Júnior, Samuel, Kenedy e Gerson.[282]

Estádio Vale das Laranjeiras

Situado dentro do Centro de Treinamento Vale das Laranjeiras o estádio recebeu em 2022 homologação da CBF para receber partidas por competições nacionais, com a primeira partida após a homologação ocorrendo em 8 de agosto de 2022, empate de 1 a 1 entre Fluminense e Vasco, partida válida pelo Campeonato Brasileiro de Futebol Sub-17 de 2022.[283][284][285]

Torcedores

Torcida do Fluminense, no setor Norte do Maracanã. Partida entre Fluminense e Argentinos Juniors, pelas oitavas de final da Libertadores de 2023.

No Brasil

Maiores concentrações da Torcida Tricolor

Considerando a pesquisa com menor margem de erro (0,68%), o Fluminense teria algo entre 2.271.007 e 5.028.659 torcedores em 2014, concentrados nas classes A, B e C,[286] com a maior taxa de torcedores com nível superior entre os clubes do Brasil, tendo 22,3% de seus torcedores concluído o ensino superior,[287] concentrados principalmente nas capitais, onde chega a ser a oitava maior torcida brasileira, com 4,2% do total das populações dessas somadas.[288][289] Pesquisas de maiores torcidas de futebol brasileiras divulgadas, com no máximo 1,0% de margem de erro.

Pos. Instituto - ano - margem de erro Torcida (%) Torcida (numericamente)
11º Datascript - 2014 - 1,0% 1,8% 3 649 833[290]
11º Ibope - 2014 - 1,0% 1,8% 3 649 833[291]
11º Pluri - 2013 - 0,68% 1,8% 3 649 833[292]
14º Paraná - 2013 - 1,0% 1,6% 3 244 296[293]

Por regiões

Torcida contra o São Paulo em 2007

Como tem torcedores nos outros estados da Região Sudeste, mais concentrados no Estado do Espírito Santo e na Zona da Mata Mineira, limítrofes ao Estado do Rio de Janeiro, o Fluminense totaliza 2,4% dos torcedores da região mais rica do país, podendo pela margem de erro da pesquisa da Pluri (0,68%) chegar a 3,08% (2 621 156 torcedores em 2014),[294] tendo pelo menos 1% dos torcedores em todas as regiões do Brasil.[295]

Região Torcida (%)
Região Sudeste 2,4%
Região Norte 1,9%
Região Nordeste 1,6%
Região Centro Oeste 1,6%
Região Sul 1,0%

No Estado do Rio de Janeiro e no Espírito Santo

Torcida contra o Liverpool (URU) em 2017
Torcida contra o Atlético Nacional em 2019
População do Estado do Rio de Janeiro estimada em 2014: 16 460 000.[296]

Em onze pesquisas realizadas no Estado do Rio de Janeiro entre 1998 e 2013, a torcida do Fluminense foi apontada como a terceira maior em dez, tendo sido apontada uma vez como a quarta, com os percentuais das pesquisas da década de 2010, com margem de erro até 1%, variando entre 10,6% e 12,9%, posições parecidas com as apuradas no limítrofe Estado do Espírito Santo, onde o Fluminense aparece em várias pesquisas com percentuais próximos a 5,5% e 6%, geralmente como a terceira maior torcida local.

Considerando a pesquisa com menor margem de erro (0,68%), o Fluminense teria algo entre 1 632 832 e 1 856 688 torcedores no seu estado em 2014, com o máximo da pesquisa da Pluri praticamente encontrando o mínimo da margem de erro do Ibope (1,0%), 1 911 006, fazendo crer que o Fluminense tinha cerca de 1 900 000 torcedores apenas no Estado do Rio de Janeiro em 2014.

Pesquisas de maiores torcidas do Estado do Rio de Janeiro divulgadas na década de 2010, com no máximo 1,0% de margem de erro.

Pos. Instituto - ano - margem de erro Torcida (%) Torcida (numericamente)
Ibope - 2014 - 1,0% 12,9% 2 123 340[297]
Pluri - 2013 - 0,68% 10,6% 1 744 760[298]

Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro

Torcida contra o Fortaleza em 2019

População da Região Metropolitana do Rio de Janeiro estimada em 2014: 11 973 505.[299]

Entre 1948 e 1954 o Fluminense aparecia como a segunda maior torcida da cidade do Rio de Janeiro em todas as três pesquisas realizadas, com os percentuais variando em ordem cronológica entre 23,5% e 18%, tendo aparecido como a terceira apenas no ano de 1959 com 17%, mantendo a posição nas oito pesquisas posteriores realizadas entre 1968 e 2010, com 13,5% de participação nesse último ano pesquisado.

Em dez pesquisas realizadas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro entre 1975 e 2014, geograficamente mais abrangentes por não alcançarem somente o município, a torcida do Fluminense foi apontada como a terceira maior em todas, com os percentuais das pesquisas variando entre 11,7% e 18,2%.[300]

Considerando a pesquisa com menor margem de erro (1,0%), o Fluminense teria algo entre 1 532 608 e 1 772 078 torcedores em 2014 no Grande Rio.

Pesquisas de maiores torcidas da Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro divulgadas na década de 2010, com no máximo 1,0% de margem de erro.

Pos. Instituto - ano - margem de erro Torcida (%) Torcida (numericamente)
Ibope - 2014 - 1,0% 13,8% 1 652 343[300]

Nas redes sociais

Atualizado em 23 de janeiro de 2024.

Torcida contra o América Mineiro em 2021

O Fluminense é o 10º colocado entre os clubes brasileiros com mais seguidores no somatório das principais redes sociais, após a temporada de 2023.[301]

Rede social Seguidores
Facebook 1 861 261
Twitter 1 564 097
Instagram 2 300 000
Youtube 793 000
TikTok 2 200 000
Combinado 8 718 358

Sócios torcedores

Fila para eleição do presidente em 2016
Fila para eleição do presidente em 2019

O Fluminense era o 8º colocado entre os clubes brasileiros com mais sócios torcedores em 2019, não estando incluído no resultado as suas outras categorias de associação, tendo o clube importantes atividades sociais, culturais e de prática de outros esportes em sua grade de atuação.[302][303][304]

Em 31 de julho de 2020, ao atingir o número de 35 000 sócios torcedores adimplentes, o Fluminense divulgou listas da distribuição de seus sócios torcedores por estado da federação e dos municípios com mais associados, tendo sócios em todos os estados do Brasil. Além do Rio de Janeiro (26 037), os estados com maior número de sócios foram o Espírito Santo (1 403), Distrito Federal (1 276), São Paulo (976), Santa Catarina (681), Bahia (449), Maranhão (353) e Amazonas (254).[305]

Horas depois o clube divulgou as dez cidades com mais sócios torcedores, com os números atualizados, quatro delas fora do Estado do Rio de Janeiro, sendo elas Rio de Janeiro (15 901), Niterói (2.281), Brasília (DF) (1 284), São Gonçalo (1 012), Nova Iguaçu (685), Duque de Caxias (637), São Paulo (SP) (602), Petrópolis (517), Vitória (ES) (470) e Juiz de Fora (MG) (395).[306][307][308][309]

Posição Sócios torcedores cadastrados (19 de maio de 2019)
43 365
Posição Sócios torcedores adimplentes (28 de novembro de 2022)
64 000

Público nos estádios

Torcida contra o Cruzeiro em 2022

O Fluminense é o 11º colocado em presença de público na História do Campeonato Brasileiro, números que não consideram a presença de público não pagante, dadas as questões de gratuidades por lei vigentes no Rio de Janeiro desde a inauguração do Maracanã e que eventualmente poderiam lhe colocar melhor ranqueado.

Por três vezes o Fluminense foi o clube que mais levou público aos estádios no Campeonato Brasileiro, em 1970, 2000 e 2002, sendo um dos únicos dez clubes a ser listado como campeão de público na história dessa competição, um dos seis por pelo menos três vezes.[310]

A sua melhor média de público foi em 1976, com 43 541 pagantes por partida, a 8ª melhor média da história de público por clube no campeonato nacional.

Em 1970 levou 40.990 torcedores em média com o mando de campo, a sua segunda melhor, e antes do fechamento total ou parcial dos estádios brasileiros para o público após a Pandemia de COVID-19 a sua média foi de 20.209 pagantes no Campeonato Brasileiro de 2019.[311]

Torcida contra o Corinthians em 2022
Posição Ingressos vendidos (1971-2012)
11º 8 204 251 (média: 15 992)
Torcida contra o Ceará em 2022.

Levantamento feito em 2020 identificou o Fluminense como o 11º clube em média de público pagante considerados todos os campeonatos nacionais desde 1967 e também a Copa do Brasil, lembrando que a presença de público não pagante no Maracanã é considerável, dadas as questões históricas de gratuidades por força da lei e também não é mensurada nesse levantamento.[312]

Posição Ingressos vendidos (1967-2019)
11º 16 797 (média)

Considerando a presença de público pagante em campeonatos e copas nacionais e internacionais entre 2009 (segundo semestre) e 2018 (primeiro semestre), o Fluminense foi então o 86º colocado no mundo, 21º do continente americano, 9º entre os clubes brasileiros, 2º entre os clubes cariocas, e 8º brasileiro nas competições internacionais nesse período, segundo levantamento da Pluri Consultoria, lembrando que o Maracanã andou fechado para obras visando a realização da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos em boa parte desse período.[313][314][315]

Posição Ingressos vendidos (2009-2018)
5 568 869 (média: 16 331)

Maiores públicos exceto estaduais

Torcida na final da Copa Libertadores de 2008

Aonde não constam relacionados os públicos presentes e pagantes, a referência é apenas aos pagantes, acima de 80 000 presentes, todas as partidas disputadas no Maracanã.

  1. Fluminense 1–1 Corinthians, 146 043, Campeonato Brasileiro, 5 de dezembro de 1976.[nota 1]
  2. Fluminense 1–1 Atlético Mineiro, 132 000, T. R. G. Pedrosa, 20 de dezembro de 1970 (112.403 pagantes).[nota 2]
  3. Fluminense 0–0 Corinthians, 118 370, Campeonato Brasileiro, 20 de maio de 1984, Maracanã.[nota 3]
  4. Fluminense 3–0 Porto, 101 745, amistoso, 17 de junho de 1956 (94 616 pagantes).
  5. Fluminense 0–2 Internacional, 97 908, Campeonato Brasileiro, 7 de dezembro de 1975.
  6. Fluminense 0–0 Santos, 87 872, T. R. G. Pedrosa, 26 de outubro de 1969.
  7. Fluminense 1–0 Bayern de Munique, 87 000, amistoso, 10 de junho de 1975 (60 137 pagantes).[nota 4]
  8. Fluminense 3–1 LDU Quito, 86 027, Copa Libertadores da América, 2 de julho de 2008 (78 918 pagantes).[nota 5]
  9. Fluminense 3–1 Boca Juniors, 84 632, Copa Libertadores, 4 de junho de 2008 (78 856 pagantes).
  10. Fluminense 0–1 Bragantino, 80 449, Campeonato Brasileiro, 26 de maio de 1991 (74 781 pagantes).

Elenco atual

Última atualização: 9 de Abril de 2024.[318][319]

Elenco atual do Fluminense Football Clubb
N.º Pos. Nome N.º Pos. Nome N.º Pos. Nome
1 G Brasil Fábio Capitão³ 14 A Argentina Germán Cano 29 V Brasil Thiago Santos
2 LD Brasil Samuel Xavier 17 A Colômbia Jan Lucumí 30 V Brasil Felipe Melo Capitão
4 Z Brasil Marlon 18 A Brasil Lelê 31 M Brasil Calegari
5 V Brasil Alexsander 19 A Brasil Kauã Elias 32 A Brasil Isaac
6 LE Brasil Diogo Barbosa 20 M Brasil Renato Augusto 45 M Brasil Lima
7 V Brasil André Capitão² 21 M Colômbia Jhon Arias 46 LD Brasil Justen
8 V Brasil Martinelli 22 V Brasil Gabriel Pires 77 A Brasil Marquinhos
9 A Brasil John Kennedy 23 LD Brasil Guga 80 M Uruguai David Terans
10 M Brasil Ganso 25 Z Brasil Antônio Carlos 90 A Brasil Douglas Costa
11 A Brasil Keno 26 Z Brasil Manoel 98 G Brasil Vitor Eudes
12 LE Brasil Marcelo 27 G Brasil Felipe Alves
13 Z Brasil Felipe Andrade 28 M Brasil Arthur

Técnico: Brasil Fernando Diniz

Presidentes

Treinadores

Carlos Alberto Parreira com Franz Beckenbauer

O Fluminense é o clube que mais cedeu técnicos e comissões técnicas a Seleção Brasileira. Nomes de destaque na carreira como Abel Braga, Carlos Alberto Parreira, Carbone, Charlie Williams, Didi, Gentil Cardoso, Mário Travaglini, Muricy Ramalho, Nelsinho Rosa, Ondino Viera, Paulo Amaral, Renato Gaúcho, Sylvio Pirillo, Telê Santana, Zagallo e Zezé Moreira tem ligação histórica relevante com o clube.

Em abril de 2020 o site Globoesporte.com realizou uma votação online para escolher o melhor técnico da História do Fluminense oferecendo seis opções, e o resultado foi o seguinte:[320]

Técnico Percentual
Brasil Carlos Alberto Parreira 32,39%
Brasil Zezé Moreira 24,14%
Brasil Abel Braga 21,04%
Brasil Telê Santana 11,39%
Uruguai Ondino Vieira 5,82%
Brasil Renato Gaúcho 5,22%

Capitães

Abaixo está a lista de capitães da equipe desde 1992.