Francisco de Zurbarán – Wikipédia, a enciclopédia livre

Francisco de Zurbarán
Francisco de Zurbarán
Presumível Auto-retrato em S. Lucas como Pintor ante Cristo na Cruz
Nascimento 7 de novembro de 1598
Fuente de Cantos, Espanha
Morte 27 de agosto de 1664 (65 anos)
Madrid, Espanha
Movimento(s) Barroco
Patronos Filipe IV de Espanha
Diego Velázquez
Francisco de Zurbarán, Bodegon, Museu do Prado, Madrid.
Natureza-Morta com Limões, Laranjas e uma Rosa
Francisco de Zurbarán, Santa Apolónia

Francisco de Zurbarán (Fuente de Cantos, Badajoz, 7 de novembro de 1598Madrid, 27 de agosto de 1664) foi um genial pintor do Barroco espanhol. Tal como Pedro Díaz de Villanueva, Bartolomé Esteban Murillo, José de Ribera e Diego Velázquez, este artista transmite na sua obra, com sublimes técnica e temas, quase inalteráveis durante toda a sua vida, a notável influência do chamado El Siglo de Oro nas artes, não só em Espanha como em toda a Europa.[1]

Vida e obra[editar | editar código-fonte]

Filho de um comerciante, iniciou em 1614 a sua formação, sendo aluno do conhecido pintor Pedro Díaz de Villanueva e mantendo-se ali cerca de três anos. Jovem, com dezasseis anos, teve oportunidade de aplicar e desenvolver os seus excepcionais dotes para o desenho, no ateliê do pintor sevilhano.

Quando Zurbarán começou a sua formação, o panorama artístico em Espanha era muito fértil e criativo. Como tal, e incentivada pelas riquezas provenientes do continente americano que abundaram o país, Sevilha não foi excepção, sendo esta uma próspera e poderosa cidade tanto no comércio como nas artes, as quais, por apoio e mecenato dos clérigos e dos nobres, andavam de "vento em popa".

Assim que terminou a aprendizagem, regressou à sua cidade natal, onde, com dezanove anos, contraiu o seu primeiro matrimónio, com María Perez. Porém, esta faleceu alguns anos mais tarde e Zurbarán casou novamente em 1625, desta feita com Beatriz de Morales.

Mesmo não sendo muito conhecido, em 1626 recebeu uma encomenda de um convento sevilhano, de vinte e um quadros. O preço deste totalizou 380 ducados, sendo este uma soma demasiado baixa para tantos quadros. Porém, Zurbarán não cobrava o seu trabalho e sim a ínfima possibilidade de entrar para o restrito grupo de pintores que monopolizavam o circuíto artístico e cultural na cidade de Sevilha. Tal proeza conseguiu, mais tarde, quando as suas sublimes e excepcionais capacidades começaram a ser reconhecidas, tendo conseguido, surpreendentemente, conquistar artisticamente a impenetrável cidade que a corte espanhola abrigava, Madrid, onde entrou em contacto não só com o maior expoente da pintura espanhola como com a incontestável arte da restante Europa.

Faleceu em Madrid, finalmente reconhecido pela sua obra.

Obras[editar | editar código-fonte]

Os Doze Apóstolos (1633, série de doze pinturas), no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa

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Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Francisco de Zurbarán». Encyclopædia Britannica Online (em inglês). Consultado em 5 de outubro de 2020