Garatéa-L – Wikipédia, a enciclopédia livre

Garatéa-L
Descrição
Tipo Pesquisa em Astrobiologia[2]
Operador(es) Brasil Airvantis[3]
Website https://institutogaratea.com/
Duração da missão 6 meses (estimativa)[1]
Propriedades
Massa 7,2 kg
Missão
Data de lançamento 2025[4]
Veículo de lançamento PSLV-C11[1]
Destino Órbita Lunar
Portal Astronomia

Garatéa-L[nota 1] é uma sonda espacial planejada pela empresa brasileira Airvantis com o apoio de instituições como o INPE, o IMT, o ITA, o LNLS/CNPEM, a PUC-RS, a UFSC, a USP e a USRA.[5] Pretende ser a primeira missão brasileira no espaço profundo, assim como a primeira dirigida à Lua. Pretende-se que um nanossatélite seja posto em órbita por um lançador PSLV-C11 indiano no âmbito da missão Pathfinder, que tem a intenção de ser pioneira na exploração comercial do espaço profundo, através de uma parceria entre empresas privadas britânicas com a Agência Espacial Britânica e a ESA.[6][7]

Objetivos da missão[editar | editar código-fonte]

A sonda Garatéa-L pretende investigar as condições extremas do espaço para a vida, através da realização de testes que avaliarão os efeitos da exposição aos raios cósmicos de colônias bacterianas e tecido humano, contribuindo para a área de astrobiologia[8] e medicina espacial. Como a sonda será colocada em uma órbita altamente excêntrica, também se planeja que ela colete imagens multiespectrais da bacia de Aiken, no lado afastado da Lua[9]. Os responsáveis pela missão também desejam impulsionar o interesse dos estudantes brasileiros por carreiras relacionadas à ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, na sigla em inglês).

Preparação e custos[editar | editar código-fonte]

Os preparativos para a missão se dão tanto na parte técnica quanto na financeira. No aspecto técnico se conta com a experiência no desenvolvimento de nanossatélites por parte do INPE e do ITA. Circuitos preparados para evitar os problemas com a radiação são trabalhados pelo IMT, enquanto o payload será desenvolvido pelo grupo Zenith-USP da EESC (USP). E por sua vez, as outras instituições (LNLS/CNPEM, IQ-USP, IO-USP, UFSC, o Centro de Pesquisa em Microgravidade da PUC-RS e o USRA-EUA) são responsáveis pelos experimentos que serão levados à cabo para realizar a pesquisa astrobiológica e de medicina em microgravidade. Já a parte financeira se viabilizará mediante investimentos privados (patrocínio, royalties e eventuais patentes) e públicos (agências de fomento). O custo total estimado é de R$ 35 milhões.[5] Em 2023, o satélite se encontra em processo de qualificação pela Agência Espacial Brasileira.[10]

Garatéa-ISS[editar | editar código-fonte]

Para estimular o interesse dos alunos brasileiros em áreas de ciência e tecnologia, o Projeto Garatéa se juntou ao Student Spaceflight Experiments Program para enviar experimentos de estudantes à EEI. [11]

O primeiro experimento, chamado de Cimento Espacial, uma mistura de cimento com plástico reciclável para torná-lo mais habilitado para aplicação espacial, feito pelas escolas Dante Alighieri, EMEF Perimetral, Projeto Âncora, (São Paulo. Cotia)[12], voou à estação na missão SpaceX CRS-15 de 2018, durante a Expedição 56, sendo a primeira vez que experimentos brasileiros foram realizados na estação desde a Missão Centenário.[13]

O segundo experimento Capilaridade x Gravidade no processo de filtração feito por alunos do Ensino Médio do Instituto Federal de Santa Catarina, [14] enviado em 2019 na missão SpaceX CRS-18 durante a Expedição 60, [15] era um filtro que usava carbono ativado, baseado no "filtro de água baseado na moringa".[14]

O terceiro experimento, do Colégio Regina Coeli (MT), que investigou como a molécula de lactose se comporta no espaço, foi enviado na missão SpaceX CRS-21 para a Expedição 64, em 2020.[16]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

  1. Do tupi-guarani Garatéa (busca vida), sendo L referente à Lua.

Referências

  1. a b «Garatéa FAQ». Garatéa. Consultado em 29 de novembro de 2016. Arquivado do original em 1 de dezembro de 2016 
  2. «Brasil lançará missão à Lua até 2020 para estudar vida no espaço». Folha de São Paulo. Consultado em 29 de novembro de 2016 
  3. «Quem somos». Arquivado do original em 8 de abril de 2019 
  4. «Conheça a Garatéa-L, missão que pretende levar o Brasil à Lua em 2025». 10 de agosto de 2022. Consultado em 9 de outubro de 2022 
  5. a b «Missão Garatéa». Garatéa. Consultado em 30 de novembro de 2016 
  6. http://www.bbc.com/news/uk-england-cornwall-36774579
  7. «Cópia arquivada». Consultado em 29 de novembro de 2016. Cópia arquivada em 30 de novembro de 2016 
  8. «Astrobiologia - Home». livro.astrobiobrasil.org. Consultado em 30 de novembro de 2016 [ligação inativa]
  9. http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2016/11/29/grupo-anuncia-projeto-para-lancar-a-primeira-sonda-brasileira-a-orbita-da-lua/
  10. «Mensageiro Sideral: ITA construirá espaçonave para missão lunar com a Nasa». Folha de S.Paulo. 23 de julho de 2023. Consultado em 23 de julho de 2023 
  11. Garatéa-ISS
  12. Selected Experiments on SSEP Mission 12 to ISS
  13. Brasil estará de volta à Estação Espacial Internacional
  14. a b Filtro criado por estudantes de Santa Catarina vai ao espaço
  15. SSEP Mission 13 to the International Space Station (ISS)
  16. Isabella Almeida (11 de dezembro de 2020). «Brasileiros enviam projeto científico à Estação Espacial Internacional». Consultado em 12 de dezembro de 2020. Cópia arquivada em 12 de dezembro de 2020