Gipsita – Wikipédia, a enciclopédia livre

Gipsita
Classificação Strunz sulfatos
Cor incolor, branco a cinza, amarelo, vermelho, castanho
Fórmula química Ca[SO4] • 2H2O
Ocorrência raro
Propriedades cristalográficas
Sistema cristalino monoclínico
Grupo espacial = monoclínico-prismático 2/m[1]
Propriedades físicas
Densidade 2,32 g/cm3
Dureza 1,5-3,0 (Mohs)
Clivagem perfeita
Fratura concoide
Brilho ceroso
Risca branca
Outras fluorescência ausente

Gipsite (português europeu) ou gipsita (português brasileiro), também chamada pedra de gesso, gesso (do grego gypsos) ou sulfato de cálcio hidratado,[2] é um minério de cálcio cuja composição química corresponde à fórmula Ca(SO4) • 2H2O.

Características[editar | editar código-fonte]

Gipsita

O gipsito é, basicamente, composta por sulfato de cálcio hidratado. Apresenta geralmente coloração de branca a translúcida. Outras características são os aspectos micáceo, lamelar, o brilho nacarado, o tato untuoso (ou fibroso) e a dureza baixa (2,0). É o sulfato mais comum na crosta terrestre, ocorrendo em evaporitos ou na forma de camadas interestratificadas de folhelhos, calcário e argila, podendo também ser encontrado em meteoritos.

Marte[editar | editar código-fonte]

A presença de depósitos de gipsita em Marte detectada pela sonda Opportunity é tratada como uma evidência de que houve água corrente na superfície do planeta no passado.[3]

Propriedades[editar | editar código-fonte]

Através da calcinação, a gipsita perde sua água de cristalização, podendo, então, ser transformada em gesso quando mantém água cristalizada (CaSO4 + 1/2 H2O), ou sulfato de cálcio (anidrita) quando perde totalmente a água cristalizada.

Aplicações[editar | editar código-fonte]

É usada principalmente na fabricação de cimento, como também na fabricação de ácido sulfúrico, giz, vidros, esmaltes, gesso e na produção de cerveja. É usada também como molde para fundição; desidratante; aglutinante e corretivo de solo (fornecedor de cálcio e enxofre), além de possuir aplicação na metalurgia (na formação de escória, entre outras aplicações.)

Reservas e Produção[editar | editar código-fonte]

Reservas e produção globais[editar | editar código-fonte]

Produção mundial em 2019, em milhões de toneladas por ano
1.  Estados Unidos 21,2
2. Irã Irão 16,0
3.  China 15,5
4.  Turquia 10,0
5.  Tailândia 9,7
6. Omã Omã 9,1
7. Espanha 7,0
8.  Rússia 5,5
9.  México 5,4
10.  Japão 4,3
11.  Alemanha 3,3
11. Arábia Saudita 3,3
13.  Brasil 3,0
13.  Canadá 3,0
13.  França 3,0

Fonte: USGS.

Os Estados Unidos são os maiores produtores e consumidores mundiais de gipsito; enquanto a sua produção, em 2001, foi da ordem de 19 milhões de toneladas, a de outros países grandes produtores foi a metade, ou um terço.[carece de fontes?] Em termos mundiais, a indústria cimenteira é a maior consumidora, enquanto nos países desenvolvidos a indústria de gesso e seus derivados absorve a maior parte da gipsito produzida.

Reservas e produção brasileiras[editar | editar código-fonte]

As reservas e produção somente no Brasil somam cerca de 93%. Aproximadamente, 1,271 milhões de toneladas estão concentradas na Bahia (44%), Pará (31%) e Pernambuco (18%), ficando o restante distribuído, em ordem decrescente, entre o Maranhão, Ceará, Piauí, Tocantins e Amazonas. A porção das reservas que apresenta melhores condições de aproveitamento econômico está situada na Bacia do Araripe, região de divisa dos Estados do Piauí, Ceará e principalmente em Pernambuco, especificamente nos municípios de Ipubi, Trindade, Ouricuri e Araripina e ainda áreas exploradas em Exu e Bodocó. O aproveitamento das reservas do Pará tem, como fatores impeditivos, a grande distância dos centros consumidores e deficiências de infraestrutura.[carece de fontes?]

Fabricação sintética[editar | editar código-fonte]

A gipsito também pode ser fabricada de maneira artificial (sintetizada), através de um processo industrial no qual ocorre a precipitação a partir de carbonato de cálcio e ácido sulfúrico: .

Commons
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Referências

  1. «Webmineral - Gypsum»  (em inglês)
  2. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 851.
  3. «NASA Mars Rover Finds Mineral Vein Deposited by Water». NASA. Consultado em 12 de dezembro de 2011 

Ver também[editar | editar código-fonte]

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