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Guarda

Catedral - Sé da Guarda

Brasão de Guarda Bandeira de Guarda

Localização de Guarda
Mapa
Mapa de Guarda
Gentílico Guardense;
Egitaniense[1]
Área 712,1 km²
População 40 126 hab. (2021)
Densidade populacional 56,3  hab./km²
N.º de freguesias 43
Presidente da
câmara municipal
Sérgio Costa (Pela Guarda, 2021-2025)
Fundação do município
(ou foral)
1199
Região (NUTS II) Centro
Sub-região (NUTS III) Beiras e Serra da Estrela
Distrito Guarda
Província Beira Alta
Orago Nossa Senhora da Assunção
Feriado municipal 27 de Novembro (Foral)
Código postal 6300 e 6301
Sítio oficial www.mun-guarda.pt
Município de Portugal
A cidade da Guarda
A cidade da Guarda

Guarda é uma cidade portuguesa com 1 056 m de altitude máxima, sendo a mais alta cidade do país. Com 26 446 habitantes (2021) no seu perímetro urbano, é a capital do Distrito da Guarda, estando situada na região estatística do Centro e sub-região das Beiras e Serra da Estrela.

É sede do município da Guarda com 712,1 km² de área e 40 126 habitantes (censos de 2021), subdividido desde a reorganização administrativa de 2012/13 em 43 freguesias.[2] O município é limitado a nordeste pelo município de Pinhel, a leste por Almeida, a sudeste pelo Sabugal, a sul por Belmonte e pela Covilhã, a oeste por Manteigas e por Gouveia e a noroeste por Celorico da Beira. O seu distrito tem uma população residente de 173 831 habitantes. Está situada no último contraforte nordeste da Serra da Estrela.

Possui acessos rodoviários importantes, como a A25, que a liga a Aveiro e ao Porto, bem como à fronteira, dando ligação direta a Madrid; a A23, que liga a Guarda a Lisboa e ao Sul de Portugal, bem como o IP2, que liga a Guarda a Trás-os-Montes e Alto Douro, nomeadamente a Bragança.

A nível ferroviário, a cidade da Guarda possui a linha da Beira Baixa (reaberta após modernização em 2021) e a linha da Beira Alta (encerrada para obras de modernização com abertura prevista para o ano 2023), que se encontram completamente eletrificadas, permitindo a circulação de comboios regionais, nacionais e internacionais, constituindo "o principal eixo ferroviário para o transporte de passageiros e mercadorias para o centro da Europa", com ligação a Hendaye (França, via SalamancaValladolidBurgos).

O ar, historicamente reconhecido pela salubridade e pureza, foi distinguido pela Federação Europeia de Bioclimatismo em 2002, que atribuiu à Guarda o título de primeira "Cidade Bioclimática Ibérica". Além de ser uma cidade histórica e a mais alta de Portugal, a Guarda foi também pioneira na rádio local, sendo mesmo a Rádio Altitude considerada a primeira rádio local de Portugal. As suas origens prendem-se com a existência de um sanatório dedicado à cura da tuberculose.

A cidade da Guarda
A cidade da Guarda

Toda a região é marcada pelo granito, pelo clima contrastado de montanha e pelo seu ar puro e frio que permite a cura e manufatura de fumeiro e queijaria de altíssima qualidade. É também a partir desta região que vertem as linhas de água subsidiarias das maiores bacias hidrográficas que abastecem as três maiores cidades de Portugal: para a bacia do Tejo que abastece Lisboa, para a Bacia do Mondego que abastece Coimbra e para a bacia do Douro que abastece o Porto. Existe mesmo na localidade de Vale de Estrela (a 6 km da cidade da Guarda) um padrão que marca o ponto triplo onde as três bacias hidrográficas se encontram.

História[editar | editar código-fonte]

Nos primeiros séculos da romanização da Península Ibérica habitaram a região da Guarda os lusitanos e outros povos ibéricos pré-romanos, entre os quais os igeditanos, os lancienses opidanos e os transcudanos. Estes povos colaboraram para resistir à romanização durante dois séculos. Ao contrário dos latinizados, estes povos não consumiam vinho, preferindo cerveja de bolota. A sua arma de eleição pensa-se ter sido a falcata[3][4] — uma espada curva — que facilmente quebrava os gládios romanos devido à sua superioridade metalúrgica.

Os seus deuses pagãos diferiam também dos romanos, podem ainda hoje encontrar-se algumas inscrições religiosas lusitanas em santuários como o Cabeço das Fráguas.

Durante muito tempo os historiadores julgaram que a Cividade dos Igeditanos (Egitânia) se localizava na Guarda mas mais recentemente chegou-se à certeza que tal localização era em Idanha-a-Velha. Daqui que o gentílico de egitanienses se enraizou. No entanto, existe dúvida se a Guarda foi realmente Egitânia. Confinando com os terrenos dos igeditanos, a norte estavam os dos lancienses opidanos cuja capital, a Cividade Lância Opidana, foi referida a curta distância da atual localização da Guarda.

Esta teoria foi defendida acerrimamente pelo General João de Almeida (influente militar português, herói das campanhas de África, natural da Guarda), o que levou alguns críticos a menosprezá-la, no entanto, todas as pesquisas seguintes indicam a sua veracidade. Já o nome de Guarda terá sido uma derivação de um castro sobranceiro ao Rio Mondego, o Castro de Tintinolho.

Após o período romano seguiram-se períodos de ocupação por parte dos visigodos, mais tarde pelo reino das Astúrias e também pela civilização islâmica. Só após o processo da reconquista é atribuído o foral, reconfirmando definitivamente a importância da cidade e da região.

O rei D. Dinis e D. Isabel de Aragão estiveram na cidade mês e meio após casarem. O rei sancionou os «Costumes da Guarda» e viria a iniciar a preparação para uma guerra com Castela, no entanto a contenda foi resolvida com a assinatura do Tratado de Alcanizes.

Porta do Sol

«A cidade dos 5 Fs»[editar | editar código-fonte]

A explicação mais conhecida e consensual do significado do epíteto de «cidade dos 5 F's» diz que estes significam Forte, Farta, Fria, Fiel e Formosa.[5][6][7][8][9] A explicação destes efes tão adaptados posteriormente a outras cidades é simples:

  1. Forte: a torre do castelo, as muralhas e a posição geográfica demonstram a sua força;
  2. Farta: devido à riqueza do vale do Rio Mondego;
  3. Fria: a proximidade à Serra da Estrela e o facto de estar situada a uma grande altitude explicam este F;
  4. Fiel: porque Álvaro Gil Cabral, Alcaide-Mor do Castelo da Guarda e trisavô de Pedro Álvares Cabral, recusou entregar as chaves da cidade ao Rei João I de Castela durante a Crise dinástica de 1383–1385. Teve ainda fôlego para combater na Batalha de Aljubarrota e tomar assento nas Cortes de Coimbra de 1385, onde elegeu o Mestre de Avis como Rei D. João I de Portugal;
  5. Formosa: pela sua natural beleza.

Ainda relativamente ao «4.º F» da Cidade, é sintomática a gárgula voltada em direção a nascente (ao encontro de Espanha): um traseiro, em claro tom de desafio e desprezo. É comum ver turistas procurando essa gárgula específica, recentemente apelidada de "Fiel".

Guarda, o Berço da Língua Portuguesa[editar | editar código-fonte]

Foi por amor a uma bela mulher — pela qual muitos se apaixonaram — que haveria de se originar a Língua Portuguesa, hoje uma das mais faladas em todo o mundo.

E foi, na cidade da Guarda que se deu o acontecimento que marcou claramente o nascimento da Língua Portuguesa em 1189: aqui se escreveu o primeiro texto literário em Língua Portuguesa, da autoria do trovador galego Paio Soares de Taveirós para sua amada Maria Pais Ribeira ( também conhecia por Ribeirinha), intitulada de Cantiga da Ribeirinha.

A mesma Ribeirinha que acabaria por chamar a atenção do monarca D. Sancho I que também se inspirou a redigir-lhe reais trovas, e com quem haveria de manter uma notória relação extraconjugal, gerando numerosa descendência.

E assim, por amor a uma bela mulher — diziam-na "branca de pele, de fulvos cabelos, bonita, sedutora" — surge na Guarda a Língua Portuguesa, reflexo poderoso de paixões que os séculos não conseguiram apagar.

Orago[editar | editar código-fonte]

A Virgem da Assunção é a Padroeira da Guarda.

Não é por acaso que:

  • Por cima da entrada principal, ao centro, está a estátua da Virgem da Assunção, ladeada pelas torres sineiras com a heráldica de D. Pedro Vaz Gavião.
  • O altar-mor (da Sé Catedral), atribuído a João de Ruão e mandado fazer ca. 1553 pelo bispo D. Gregório de Castro, é composto por um retábulo com uma centena de figuras esculpidas (do Antigo e do Novo Testamento) em pedra de Ançã. Um dos painéis centrais é ocupado por uma estátua invocando Nossa Senhora da Assunção.
  • Segundo Adriano Vasco Rodrigues, é uma "“imagem em granito da Senhora da Assunção, padroeira da Guarda.”

(Fonte: ‘A Catedral da Guarda, motivo de orgulho!’, de Adriano Vasco Rodrigues, em GuardaViva Boletim Municipal, Nº 1, página 21)

  • “Fachada principal virada a oeste, sendo visível um primitivo remate em pena angular, sendo rasgada por portal em arco abatido, com cogulhos internos, que se entrelaçam, dando origem a uma nicho com mísula e baldaquino, onde se integra a imagem de Nossa Senhora da Assunção ; é ladeado por dois colunelos finos, assentes em bases altas com toros e escócias, surgindo, nos intercolúnios, mísulas ornadas por folhagem protegidas por baldaquinos; o colunelo exterior prolonga-se sobre o nicho da Virgem, em arco canopial, com cogulhos internos e externos, sendo flanqueado por dois possantes gigantes, constituídos por amplas bases, de onde saem feixes de colunas torsas, rematando em pináculos também torsos e com florão.”
  • “Na Estatística Paroquial, é referido que a paróquia da Sé, de Nossa Senhora da Assunção, era um priorado apresentado pelo bispo local.”

(Fonte: Sistema de Informação para o Património Arquitetónico)

  • "...no centro a Virgem da Assunção, padroeira da cidade da Guarda.”

(Fonte: MONOGRAFIA ARTÍSTICA DA GUARDA, Adriano Vasco Rodrigues, 2ª edição, 1977, página 98, 2º parágrafo)

  • Diocese da Guarda (Diœcesis Ægitaniensis) — Padroeiro: Nª Senhora da Assunção
  • "Num nicho central, vê-se a imagem de Nossa Senhora da Assunção, padroeira da Guarda."

(Fonte: Património & Turismo, Distrito da Guarda 1999 [(REGISTOS: Ministério da Justiça, Empresa Jornalística Nº 222 033, ICS (Titularidade) Nº 122 034] , página 46)

  • "Paróquia: Guarda; Orago: Nossa Senhora da Assunção"

(Fonte: CÚRIA DIOCESANA DA GUARDA — ANUÁRIO CATÓLICO)

Cronologia[editar | editar código-fonte]

  • 200 000 000 a.C. — Impacto de um meteoro a NE da atual cidade da Guarda, formando-se uma cratera complexa de 35 km de diâmetro.[10]
  • 139 a.C. — Viriato é assassinado, e o seu funeral teria ocorrido provavelmente no Cabeço das Fráguas nas proximidades da atual cidade da Guarda.
  • 1199 — Em 27 de novembro, fundação da cidade da Guarda – através de carta foral de D. Sancho I – com o propósito de servir de centro administrativo, de comércio e de defesa da fronteira da Beira contra os Reinos da Meseta do centro da Península Ibérica: primeiro, o Reino de Leão; depois, o Castela e finalmente, Espanha. Foi este propósito que deu origem ao nome de Cidade da Guarda.
  • 1202 — Criação da Diocese da Guarda, transferida de Idanha, a antiga e importante cidade romana da Egitânia, que foi largamente abandonada no tempo das invasões e lutas contra os mouros, já que a sua situação em plena fronteira e localização difícil de defender a expunham quer a mouros quer a cristãos. A cidade da Guarda foi fundada em posição muito mais fácil de defender, o que lhe permitiria tirar à Idanha a posição de centro principal da Beira Interior.
  • 1203 — D. Martinho Pais é Bispo da Guarda.
  • 1255 — Criação das Feiras de S. João.
  • 1281–1282 — D. Dinis realiza as Cortes da Guarda.
  • 1333 — Homens bons da Guarda solicitam a D. Afonso IV a redução das rendas.
  • 1379 — D. Fernando autoriza o Bispo D. Afonso Correia II a criar o Colégio para estudantes pobres.
  • 1384 — O alcaide-mor do castelo da Guarda Álvaro Gil Cabral (trisavô de Pedro Álvares Cabral) recusa-se a entregar as chaves da cidade a D. João I de Castela.
  • 1385 — D. João, o Mestre de Avis, aloja-se na cidade.
  • 1405 — D. João I ordena que os judeus usem uma estrela vermelha de seis pontas ao peito, estranhamente mais tarde vem recuar revogando essa mesma lei após abusos das autoridades.
  • 1435 — Nasce Frei Pedro da Guarda.
  • 1450 — Litígio entre o Bispo, a Câmara da Guarda e D. Afonso V, devido à entrada de vinho de fora da cidade.
  • 1459–1476 — O Bispo da Guarda explora ferrarias em Caría auxiliado por biscaínhos, especializados em fundições.
  • 1462 — D. Afonso V concede ao Bispo da Guarda o direito de explorar minas de chumbo, prata, ouro, estanho, cobre e outros metais.
  • 1465 — D. Afonso V realiza novas Cortes na Guarda.
  • 1475 — O príncipe D. João (futuro Rei D. João II) reúne Conselho na Guarda para reunir tropas que participarão na batalha de Toro.
  • 1476 — Em janeiro o príncipe parte da Guarda chegando a Ciudad Rodrigo no dia 24 desse mesmo mês.
  • 1492 — Expulsão dos judeus de Espanha. Aumenta exponencialmente a população judia da Guarda.
  • 1493 — Rui de Pina delineia o Tratado de Tordesilhas na Guarda e parte em embaixada para Castela. Deste episódio sobrou ainda nos dias de hoje a expressão que nos diz que «O Brasil nasceu na Guarda».
  • 1496 — É dada ordem para a conversão ou expulsão dos judeus, levando ao aparecimento dos chamados cristãos-novos e do cripto-judaísmo na região.
  • 1499 — O Papa autoriza o Bispo da Guarda a fundar três Mosteiros onde quiser.
  • 1500 — A 12 de maio dá-se o primeiro Sínodo Diocesano da Guarda.
  • 1519 — D. Manuel I concede isenções fiscais aos moradores da Guarda.
  • 1530 — A 5 de outubro o Rei D. João III nomeia D. Fernando como Duque da Guarda.
  • 1540 — Concluídas as obras da Catedral da Guarda, tal como hoje se conhece.
  • 1541 — O Inquisidor Cardeal D. Henrique, autoriza o Reitor da Universidade de Coimbra a fazer inquisição no Bispado da Guarda, a sul do Tejo.
  • 1543 — Iniciam-se as perseguições da inquisição na Guarda.
  • 1580 — O Bispo da Guarda D. João de Portugal torna-se partidário da independência e opositor da dominância filipina, vindo mais tarde a combater em Alcântara ao lado do D. António o Prior do Crato, vindo a morrer no cárcere em 1592 às ordens de Filipe II de Espanha.
  • 1582 — É adotado o calendário gregoriano na diocese Egitaniense.
  • 1582 — Pedro Telésio é mestre de música na Sé da Guarda.
  • 1597 — Início dos trabalhos das novas Constituições do bispado da Guarda.
  • 1614–1615 e 1617 — Guerra entre bandos na Guarda.
  • 1655 — Intensificada a exploração de Estanho nas minas da Guarda.
  • 1670 — Matias de Sousa Vilas Lobo ensina música na Guarda.
  • 1674 — Sínodo diocesano para regulamentar os dízimos. Este irá produzir levantamentos populares em Idanha-a-Nova.
  • 1697 — Ano de fome em toda a região da Guarda.
  • 1704 — Encontram-se na Guarda, D. Pedro II e o Arquiduque Carlos d'Áustria, envolvidos na guerra de sucessão de Espanha.
  • 1727 — A 19 de junho morre, com 103 anos, a Madre Mariana de S. Miguel no Convento de Sta. Clara. A 26 de junho, pelas 14h, a cidade sofre uma trovoada com pedras de dimensões nunca vistas, dois raios caem na Catedral causando danos no interior.
  • 1730 — O Bispo da Guarda, D. João de Mendonça, funda em Castelo Branco o Recolhimento de Santa Maria Madalena
  • 1730 a 1735 — Intensifica-se a perseguição aos judeus, aumentam as marcas cruciformes na judiaria da Guarda.
  • 1733 — Morre António de Sequeira e Albuquerque com 103 anos, fora Cónego da Sé durante 86 anos.
  • 1744 — A 6 de julho o Rei D. João V pede ao Bispo da Guarda que lhe sejam remetidos os rendimentos do Cabido.
  • 1749 — Grande cheia no Mondego inunda a povoação de Porto da Carne e terrenos marginais.
  • 1753 — A 23 de agosto o Rei D. José proíbe o Bispo da Guarda de dar ordens aos oficiais de justiça seculares, ou de os ameaçar de excomunhão.
  • 1755 — Sente-se o terramoto de Lisboa na Região, que causa graves danos em Pinhel.
  • 1757 — A 6 de dezembro o Rei D. José adverte o Bispo da Guarda quanto às punições destinadas a eclesiásticos que colaboram com o contrabando, escondendo-os nas igrejas.
  • 1762 — Estado de Guerra na região, ataques dos Espanhóis a Castelo Rodrigo e Almeida. O Rei D. José pede ao Bispo da Guarda para prevenir os eclesiásticos que as suas casas poderiam ser requisitadas para albergar militares.
  • 1773 — A 16 de fevereiro o Marquês de Pombal manda abolir finalmente os atestados de limpeza de sangue e queimar os cadastros de cristãos-novos.
  • 1774 — A 12 de abril o Papa Clemente XIV separa o território do Arcediago de Seia do Bispado de Coimbra e integra-o na Guarda.
  • 1801 — O Marquês de Alorna derruba parte da muralha da Guarda para construir o Forte Velho, a 3 km da cidade.
  • 1808 — As tropas francesas comandadas por Loisin entram na cidade da Guarda.
  • 1810 — A Cidade sofre a 3ª invasão francesa.
  • 1811 — A 16 de Abril as tropas francesas veem se obrigadas a abandonar a cidade devido à batalha de Fuentes de Oñoro que viriam a perder em 5 de Maio.
  • 1812 — A 16 de maio o Estado fornece sementes de milho pela população para reparar os prejuízos da Guerra com os franceses.
  • 1829 — Em janeiro regista-se uma "intensa vaga de frio que faz congelar os ovos e a aguardente". (Para que isto ocorra são necessárias temperaturas inferiores a -23 °C).
  • 1833 — O Bispo absolutista D. José Pacheco e Sousa abandona a cidade que só voltará a ter bispo em 1858.
  • 1835 — Novo derrube de secções da muralha para construção do cemitério.
  • 1839 — Destruição da porta da Covilhã e da torre das freiras.
  • 1855 — Criação do Liceu da Guarda.
  • 1866 — O Governador Civil Sande e Castro intervém para que se crie o Montepio Egitaniense.
  • 1868 — Criado aquele que se pensa ser o 1º jornal da Guarda: «O Egitaniense».
  • 1871 — Nasce Carolina Beatriz Ângelo.
  • 1876 — Fundação da Companhia dos Bombeiros Voluntários da Guarda.
  • 1881 — É extinta a Diocese de Pinhel e incorporada na diocese da Guarda.
  • 1882 — A 4 de agosto D. Luís I e D. Maria Pia são recebidos solenemente na Guarda por ocasião da Inauguração da linha da Beira Alta entre a Guarda e Vilar Formoso, junto da fronteira com Espanha.
  • 1883 — Nasce Ladislau Patrício.
  • 1885 — Morre a última freira do convento de Sta. Clara, que é posteriormente entregue à Misericórdia para a instalação de um hospital. Inicia-se dos trabalhos de ligação com a Linha da Beira Baixa.
  • 1887 — O Governador Civil D. João de Alarcão intercede e consegue a criação do Asilo de mendicidade Distrital.
  • 1889 — Criação do Asilo da Infância desvalida.
  • 1894 — Conferência de S. Vicente Paulo (Intervenção do Bispo D. Tomaz G. de Almeida)
  • 1895 — Integração da Guarda na 5ª Brigada através dos corpos de Infantaria nº 12, 21 e 23. Construção do Mercado fechado com arte em ferro.
  • 1896 — Eletrificação da Guarda, sendo concessionário Francisco de Pinto Balsemão.
  • 1897 — Criação da Escola Normal (Magistério Primário).
  • 1899 — Começam obras de restauro da catedral (Arq. Rosendo Carvalheira e Mestre Valentim).
  • 1901 — A 30 de dezembro a Sé Catedral é decretada monumento nacional.
  • 1902 — Câmara da Guarda gasta 387 000$00 no abastecimento de água para a freguesia de Vela.
  • 1904 — Fundada a Caixa Económica da Guarda, por João Caetano Salvado.
  • 1907 — A 18 de maio chegam à Guarda D. Carlos I e D. Amélia para inaugurar o Sanatório Sousa Martins.
  • 1910 — Implantação da República, saudada com grande entusiasmo pela população da cidade.
  • 1911 — Durante um baile no Regimento de Infantaria n.º 12 o soalho abate provocando vários feridos com fraturas, especialmente entre as senhoras.
  • 1921 — A Câmara Municipal tem direito a imprimir moeda (cédulas camarárias).
  • 1922 — O ex-aluno do Liceu da Guarda, Sacadura Cabral, inicia a 1ª travessia do Atlântico Sul.
  • 1926 — Início da Ditadura militar.
  • 1929 — A 26 de fevereiro falece Augusto Gil.
  • 1931 — Sai o último nº (938) do jornal O Combate, foi seu diretor o poeta José Augusto de Castro.
  • 1934 — Morre no Tarrafal o General Adalberto Gastão de Sousa Dias, heroico defensor da Democracia. É transportado para a Guarda e depositado sem honras fúnebres num jazigo do cemitério municipal.
  • 1937 — O Jornal democrático "Distrito da Guarda" é encerrado pela censura.
  • 1940 — Chegam à Guarda refugiados da Segunda Guerra Mundial, começam a sentir-se o racionamento de alimentos.
  • 1941 — Ciclone derruba milhares de árvores no Distrito.
  • 1942 — Inaugurado o Hotel Turismo.
  • 1944 — Dia da Liberdade.
  • 1946 — Reabre a escola do magistério primário.
  • 1948 — Fundação da Rádio Altitude no Sanatório da Guarda.
  • 1951 — A 11 de novembro falece Salvador do Nascimento, a cidade presta honras fúnebres.
  • 1956 — Entra em funcionamento a Escola Comercial e Industrial da Guarda.
  • 1963 — As Indústrias Lusitanas Renault instalam-se na Guarda.
  • 1967 — Morre Ladislau Patrício.
  • 1974 — O Regimento de Infantaria adere desde a primeira hora ao MFA.
  • 1976 — Acordos da Guarda — entre Portugal e Espanha.
  • 1977 — Celebra-se na Guarda o "Dia das Comunidades Lusíadas" com a presença do Pres. da República General Ramalho Eanes e Membros do Governo.
  • 1978 — Criada na Guarda a Associação de Amizade Portugal-Israel.
  • 1979 — Geminação da cidade com Safed.
  • 1983 — Criação da Escola Superior de Saúde da Guarda — Nasce o Instituto Politécnico da Guarda.
  • 1988 — Em março — Presidência aberta sendo presidente Dr. Mário Soares.
  • 1995 — Abílio Curto abandona a Presidência da Câmara Municipal, cargo que exercia desde 1976.
  • 1999 — Celebração do VIII centenário do Foral Sanchino, com a presença do Presidente Jorge Sampaio. É criado o Centro de Estudos Ibérico.
  • 2000 — Fundação do Jornal O Interior.
  • 2001 — D. José Saraiva Martins ascende a Cardeal.
  • 2010 — O histórico Hotel Turismo é encerrado. A Câmara Municipal da Guarda acorda vender o edifício ao Turismo de Portugal.
  • 2010 — Encerramento da Delphi, à data uma das maiores empregadoras da região.
  • 2011 — O último Governador do Distrito, Santinho Pacheco é exonerado pelo Primeiro Ministro Pedro Passos Coelho.
  • 2013 — A coligação PSD/CDS ganha a autarquia da Guarda
  • 2014 — A cidade é, novamente, palco das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, com a Presença do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
  • 2021 — Sérgio Costa vence as eleições autárquicas, como independente. Torna-se o primeiro Presidente da Camâra independente.

População[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes * [11]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 2021
33 006 36 280 40 205 41 910 44 010 41 909 43 314 47 862 51 468 48 994 39 741 40 360 38 765 43 822 42 541 40 117
Número de habitantes por Grupo Etário ** [12] [13]
1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 2021
0-14 Anos 14 181 14 816 14 177 14 678 15 799 15 617 14 233 11 105 9 028 7 282 6 809 5 833 4 486
15-24 Anos 7 901 8 128 7 563 8 253 8 851 9 814 8 399 6 195 7 219 5 789 6 126 4 409 4 156
25-64 Anos 17 016 18 267 17 316 17 659 20 060 21 836 22 076 17 455 18 155 18 846 22 721 23 426 21 341
= ou > 65 Anos 2 172 2 337 2 462 2 972 3 114 3 902 4 286 4 490 5 958 6 585 8 166 8 873 10 134
  • Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.
    • De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente.)

Lendas[editar | editar código-fonte]

Segundo uma lenda, no tempo da Reconquista, havia uma jovem Ana apaixonada por Alfonso III das Astúrias que seguiu o rei, vestida de soldado. Depois duma batalha, o rei descobriu o segredo de Ana e emocionado, mandou construir um castelo para Ana viver, tornando-se a guardiã daquelas terras.

Geografia[editar | editar código-fonte]

A Guarda é sobranceira ao Vale do Mondego, insere-se no último contraforte Norte da Serra da Estrela é a cidade mais alta de Portugal, quanto à altitude da área urbana do município, com altitude máxima de 1 056 m.

Fruto desta altitude é também o curioso facto de esta região pertencer a três bacias hidrográficas — Mondego, Douro e Tejo, contribuindo desta forma para os recursos hídricos das regiões de Lisboa, Porto e Coimbra. O ponto de confluência das três bacias localiza-se na povoação de Vale de Estrela nas imediações da Guarda.

Clima[editar | editar código-fonte]

O clima na cidade da Guarda é temperado, com influência mediterrânica, visto que no verão há uma curta estação seca. O mês mais quente é julho, com temperatura média de 19,7 °C, e o mês mais frio é janeiro, com média de 4 °C. O mês mais chuvoso é dezembro, com pluviosidade média de 150,6 mm, e o mês mais seco é agosto, com média de escassos 10,4 mm. A temperatura média anual é de 11,1 °C e a pluviosidade média anual é de 914,2 mm. É considerada uma das cidades mais frias de Portugal, experimentando algumas vezes por ano precipitações de neve.

As temperaturas inferiores a -10 °C ocorrem com alguma frequência, havendo inclusivamente registos históricos datados de janeiro de 1829 que parecem indicar temperaturas inferiores a -20 °C (ver secção cronologia).

Dados climatológicos para Guarda (1981-2010)
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 15,2 17,6 23,0 24,5 30,8 33,7 38,3 34,6 36,0 27,0 21,3 17,1 38,3
Temperatura máxima média (°C) 6,8 8,6 11,4 12,4 16,4 21,2 25,1 25,0 21,1 15,0 10,0 7,8 15,1
Temperatura média (°C) 4,0 5,5 7,7 8,4 12,3 16,2 19,7 19,5 16,3 11,4 7,5 5,3 11,15
Temperatura mínima média (°C) 1,2 2,3 3,7 4,6 7,7 11,3 14,0 13,9 11,9 8,3 5,0 2,9 7,2
Temperatura mínima recorde (°C) −10,8 −6,2 −8,8 −4,5 −1,8 1,2 4,4 4,9 1,8 −0,6 −7,5 −6,7 −10,8
Precipitação (mm) 104,8 71,2 59,4 86,7 86,3 33,9 18,2 10,4 58,2 107,4 127,1 150,6 914,2
Dias com neve 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Fonte: Instituto Português do Mar e da Atmosfera (1981–2010)[14](Records: 1971-2010) 26 de fevereiro de 2013
Fonte 2: Climate Zone (Dias de neve - média 2010 a 2014) [15] 26 de fevereiro de 2013

Organização administrativa[editar | editar código-fonte]

Até 2013, a cidade da Guarda era oficialmente constituída pelas freguesias urbanas da , São Vicente e São Miguel, entretanto unidas numa só (Freguesia da Guarda).

Freguesias[editar | editar código-fonte]

Freguesias do município da Guarda

Desde a reorganização administrativa de 2012/2013,[2] o município da Guarda está dividido em 43 freguesias:

Até 1 de janeiro de 2002, fazia também parte do município a freguesia do Vale de Amoreira, a qual entretanto foi transferida para o vizinho município de Manteigas.

Cidades geminadas[editar | editar código-fonte]

A cidade da Guarda está geminada com cinco cidades:[16]

Política[editar | editar código-fonte]

Eleições autárquicas [17][editar | editar código-fonte]

Data % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V Participação
PS CDS-PP PPD/PSD APU/CDU PCTP/ MRPP AD PPM PRD BE PSD-CDS MPT IND CH
1976 33,56 3 31,22 2 21,66 2 4,89 - 1,81 -
64,22 / 100,00
1979 54,28 4 AD AD 3,00 - 1,77 - 37,17 3 AD
79,52 / 100,00
1982 57,34 5 4,15 - 1,26 - 32,81 2
72,30 / 100,00
1985 52,44 4 31,75 3 3,53 - 0,75 - 7,52 -
68,10 / 100,00
1989 52,81 4 6,47 - 33,43 3 2,67 - 0,63 -
67,12 / 100,00
1993 52,34 4 5,30 - 34,49 3 3,25 -
67,95 / 100,00
1997 56,29 4 4,08 - 32,12 3 2,98 -
65,26 / 100,00
2001 47,65 4 2,97 - 42,46 3 1,98 - 0,82 -
68,26 / 100,00
2005 52,51 4 4,55 - 33,84 3 1,78 - 0,59 - 1,99 -
70,40 / 100,00
2009 55,79 5 5,15 - 28,33 2 2,68 - 0,70 - 2,89 -
62,72 / 100,00
2013 30,39 2 PSD CDS 3,89 - 2,42 - 3,66 - 51,43 5
59,47 / 100,00
2017 23,35 2 5,59 - 61,20 5 2,11 - CDS 3,04 - CDS
60,86 / 100,00
2021 17,98 1 2,69 - 33,68 3 1,31 - 1,60 - 36,22 3 2,69 -
63,19 / 100,00

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Data %
CDS PS PSD PCP UDP AD APU/

CDU

FRS PRD PSN B.E. PAN PSD
CDS
L CH IL
1976 32,13 30,32 18,64 3,55 1,23
1979 AD 36,73 APU 0,82 49,51 5,49
1980 FRS 0,78 51,23 4,82 35,15
1983 18,78 46,20 23,27 0,34 4,84
1985 16,46 30,28 27,44 0,82 5,15 13,00
1987 5,44 29,41 53,28 CDU 0,25 3,15 2,12
1991 5,42 36,29 48,61 2,39 0,81 1,80
1995 10,49 52,62 30,69 0,41 2,12 0,35
1999 10,35 47,71 33,22 3,44 1,45
2002 9,86 39,83 42,50 2,35 1,79
2005 6,89 51,79 27,27 3,00 4,71
2009 11,48 36,44 30,78 3,55 10,99
2011 13,34 28,59 41,35 3,89 4,68 0,81
2015 PSD 33,83 CDS 4,11 10,23 1,51 41,73 0,63
2019 4,76 36,14 32,12 2,93 10,77 2,25 0,70 1,52 0,81
2022[18] 2,10 45,61 31,00 1,59 3,93 0,72 0,69 8,72 2,52

Património arquitetónico e arqueológico[editar | editar código-fonte]

A cidade tem vários monumentos arquitetónicos, na sua maioria situados no centro histórico:

Sé da Guarda e estátua de D. Sancho I

No centro histórico da Guarda encontram-se vários edifícios com marcas mágico-religiosas: um estudo de novembro de 2006, editado pela Sociedade Pólis Guarda e pela autarquia local, identifica 48 marcas cruciformes em edifícios da zona da Judiaria.

Património natural[editar | editar código-fonte]

Centro da cidade da Guarda com um nevão

Encontram-se classificadas como árvores de interesse nacional:

Mais património natural da região:

  • Cão da Serra da Estrela — sem dúvida um dos mais interessantes canídeos de Portugal;
  • Teixos da Serra da Estrela;
  • Lobo Ibérico — as últimas alcateias livres a sul do Douro situam-se nesta região;
  • Vale Glaciar de Manteigas;
  • Orografia granítica, com afloramentos frequentes e por vezes com dimensões monumentais;
  • Carvalhais de Carvalho Negral;
  • Soutos e Castinçais;
  • Possível cratera de 35 km de diâmetro;[10]
  • Linha de festo tago-duriense que define as vertentes das bacias hidrográficas do Tejo e do Douro, na freguesia de Panoias de Cima .[19]

O município encontra-se parcialmente inserido no Parque Natural da Serra da Estrela

Associações recreativas e desportivas[editar | editar código-fonte]

Durante muitos anos, o principal clube desportivo da cidade, com notório ecletismo, foi a Associação Desportiva da Guarda.

Foi criado o clube Guarda Desportiva Futebol Clube, que se dedicou apenas ao futebol.

Outros clubes que se têm destacado neste desporto são o Mileu-Guarda Sport Clube e o NDS (Núcleo Desportivo e Social), este sobretudo nas camadas jovens. Clubes que se têm destacado fora do âmbito do futebol são o Clube de Montanhismo da Guarda, e o Centro de Desporto e Cultura do Pinheiro no atletismo.

A cidade tem ainda diversas associações culturais e recreativas, dentre as quais, a Associação de Desenvolvimento Carapito S. Salvador.

Existe ainda o Grupo Desportivo e Recreativo das Lameirinhas (GDRL) que se destaca no âmbito do futsal, no escalão nacional de seniores, possuindo também uma equipa B e escalões de iniciação. O clube tem também escalões juvenis de basquetebol feminino.

Infraestruturas e acessibilidades[editar | editar código-fonte]

O município é servido por uma boa rede viária:

Ferrovias[editar | editar código-fonte]

Na Guarda passam ainda as seguintes linhas ferroviárias:

Após o abandono do projeto do TGV português devido à crise económica mundial, o governo português anunciou em 2011 a requalificação da linha da beira alta para bitola europeia de forma a permitir a circulação de mercadorias em velocidade alta a partir dos portos do norte de Portugal para o centro da Europa.

Plataforma logística e outras[editar | editar código-fonte]

No município existe a PLIE — Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial, uma área infraestruturada de raiz com cerca de 100 hectares, de cariz logístico-industrial onde a atividade de armazenagem e produção tem condições ótimas do ponto de vista da distribuição Ibérica, não só pela confluência das várias vias rodoviárias e ferroviárias, mas também pela posição intermédia entre Lisboa-Madrid e Aveiro-Madrid, sendo de todas as passagens fronteiriças aquela que proporciona o menor e mais rápido trajeto em direção ao centro da Europa.

No município existe a barragem do Caldeirão, importante infraestrutura para o abastecimento de água e produção de energia. A barragem foi também feita com o intuito de ser um pólo de atração turística.

Economia[editar | editar código-fonte]

Antes do 25 de Abril, a grande maioria da população do município habitava em aldeias e vivia da agricultura de subsistência. Com a democracia, começou a haver uma deslocalização dos meios rurais para a cidade e as pessoas começaram a trabalhar no sector dos serviços e da indústria. Houve grandes fábricas, como a Renault e a Gartêxtil, ambas já desaparecidas.

Os 14 municípios do distrito da Guarda possuirão um total de 15 521 empresas, das quais 4 189 estarão sediadas no município da Guarda.[20]

Atualmente (2010), a crise paira na indústria desta cidade gerando milhares de desempregados: a principal empregadora a Delphi, fechou em 31 de dezembro de 2010, despedindo os últimos 321 trabalhadores (chegou a ter cerca de 3 000 trabalhadores). No entanto existem outras empresas do mesmo sector que poderão absorver alguns desses trabalhadores. Outros exemplos de empresas relevantes são a GELGURTE, Coficab, Dura Automotive, SODECIA metalurgia entre outras.

A boa situação geográfica do município e as boas acessibilidades fazem da Guarda um excelente local para o armazenamento e transporte de mercadorias de Portugal para o resto da Europa (e vice-versa), nesse sentido entidades privadas em conjunto com a Câmara Municipal criaram a Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) que é uma plataforma transfronteiriça que procura dinamizar a economia regional e a captação de fluxos e investimentos industriais.

Turismo e gastronomia[editar | editar código-fonte]

O turismo é também uma aposta da Guarda. Os principais pontos turísticos da cidade são:

Atualmente, o município tem vários hotéis que aproveitam a proximidade com a Serra da Estrela, com as Aldeias Históricas e com a região do vinícola do Douro que posicionam a Guarda como base ideal para a descoberta desses destinos. A gastronomia do município é muito diversificada, com destaque para o Caldo de Grão, o Bacalhau à Conde da Guarda, Bacalhau à Lagareiro, o Cabrito Assado, as Morcelas da Guarda e o Arroz Doce.

Política[editar | editar código-fonte]

Presidentes da Câmara após o 25 de Abril:

Guardenses ilustres[editar | editar código-fonte]

O município da Guarda foi o berço de várias personalidades, entre as quais:

Filhos adotivos da Guarda[editar | editar código-fonte]

A Guarda, ao longo dos tempos, foi acolhendo individualidades que, pela sua relevância e ligação à Cidade, perduram na alma Guardense.

Educação[editar | editar código-fonte]

Na Guarda, existem vários estabelecimentos de ensino:

Ensino superior

  • IPG (Instituto Politécnico da Guarda) (público)
  • Instituto Superior de Administração, Comunicação e Empresas (privado)

Ensino secundário

  • Escola Secundária c/ 3º CEB da Sé
  • Escola Secundária Afonso de Albuquerque

Ensino privado

  • Ensiguarda
  • Instituto de S. Miguel
  • Colégio da Cerdeira
  • Conservatório de Música de S. José da Guarda

A cidade da Guarda tem um total de 21 escolas.

Gentílico[editar | editar código-fonte]

Alguns autores acham que o gentílico da Guarda não é guardense, mas egitaniense. A palavra deriva de Egitânia, o nome latino de Idanha, e tem a ver com o facto de a diocese da Idanha (atualmente a pequena aldeia de Idanha-a-Velha, município de Idanha-a-Nova), ter sido transferido para a Guarda.

Referências

  1. «guardense/egitaniense». Instituto Camões. Consultado em 8 de Agosto de 2013 
  2. a b Diário da República, Reorganização administrativa do território das freguesias, Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro, Anexo I.
  3. Yumpu.com. «EN TORNO AL ORIGEN Y PROCEDENCIA DE LA FALCATA ...». yumpu.com (em espanhol). Consultado em 18 de fevereiro de 2023 
  4. PromakosHM (8 de abril de 2020). «La falcata ¿mito romántico o realidad? - Archivos de la Historia». Archivos de la Historia | Tu página de divulgación (em espanhol). Consultado em 18 de fevereiro de 2023 
  5. http://www.gov-civ-guarda.pt/distrito/guarda.asp
  6. http://www.mun-guarda.pt/index.asp?idEdicao=51&id=720&idSeccao=625&Action=noticia
  7. http://www.pad.pt/volta2009/info/mensagens/camaras/Mensagem%20Camara%20da%20Guarda.pdf
  8. http://www.descubraportugal.com.pt/edicoes/tdp/registo.asp?idcat=14&id=868&tipo=a&o=t
  9. http://www.esecd.ipg.pt/candidatos_viver_guarda.asp
  10. a b «Guarda Circular Structure». Universidade de Harvard. Consultado em 7 de Setembro de 2013 
  11. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  12. INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros
  13. INE - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0011166&contexto=bd&selTab=tab2
  14. «Normais Climatológicas - 1981-2010 (provisórias) - Guarda». Consultado em 26 de fevereiro de 2013 
  15. «Guarda weather history». Climate Zone. Consultado em 26 de fevereiro de 2013 
  16. http://www.anmp.pt/anmp/pro/mun1/gem101l0.php?cod_ent=M6300
  17. «Concelho de Guarda : Autárquicas Resultados 2021 : Dossier : Grupo Marktest - Grupo Marktest - Estudos de Mercado, Audiências, Marketing Research, Media». www.marktest.com. Consultado em 18 de dezembro de 2021 
  18. «Eleições Legislativas 2022 - Guarda». legislativas2022.mai.gov.pt. Consultado em 10 de dezembro de 2023 
  19. António Saraiva (2009). Guarda Vista do Céu. [S.l.]: Argumentum 
  20. http://www.infoempresas.com.pt/Distrito_GUARDA.html

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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