Hambúrguer – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Se procura a cidade alemã de mesmo nome, veja Hamburgo. Se procura a equipe de futebol desta cidade, veja Hamburgo SV.
Hambúrguer
Hambúrguer
Um sanduíche de hambúrguer com os ingredientes típicos: pão, carne, e vegetais.
Categoria prato principal
País Alemanha
Região Hamburgo
Variações frango, suino e vegetariano
Receitas: Hambúrguer   Multimédia: Hambúrguer

O hambúrguer (do inglês hamburger), também conhecido como hamburgo, hamburguesa ou sanduíche de carne, é um preparado de carne temperada (principalmente de carne bovina, ocasionalmente de frango moído, carne suína moída ou com misturas de carnes) e moldada em formato circular.[1]

É geralmente servida como sanduíche: é este, por extensão, o seu significado mais comum. Pode ser acompanhado por condimentos e outros ingredientes também colocados dentro do pão, como cebola, alface, picles, tomate, maionese, ketchup, mostarda, queijo, bacon, salame, salada de repolho e diversos tipos de molho.

A história do hambúrguer[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: História do hambúrguer

O hambúrguer, apesar de associado aos Estados Unidos, chegou a esse país pelas mãos de imigrantes alemães vindos dos arredores de Hamburgo. Hoje, o hambúrguer é um ícone da culinária americana. Em 1836, no restaurante Del Monico's, em Nova Iorque, o hambúrguer ganhou, pela primeira vez, estatuto de iguaria e passou a constar no cardápio – entre duas fatias de pão, já em formato de sanduíche.

O hambúrguer no Brasil[editar | editar código-fonte]

A introdução do hambúrguer nos costumes do brasileiro deve-se ao jogador de tênis estadunidense-brasileiro Robert Falkenburg, campeão do torneio de Wimbledon em 1948 e 1949, que abriu, em 1952, no Rio de Janeiro, a primeira lanchonete em estilo americano da cidade: o Bob's. Junto com o hambúrguer, a lanchonete também foi responsável pela introdução local de duas outras típicas iguarias da culinária dos Estados Unidos: o milk shake e o sundae. A lanchonete passou a fazer parte da crônica social do Rio de Janeiro e do Brasil, sendo frequentada por celebridades da época, como o compositor Villa-Lobos, o músico de jazz Booker Pittman e o apresentador e humorista Jô Soares, entre muitos outros.[2]

O hambúrguer no mundo[editar | editar código-fonte]

O sanduíche que nasceu no lombo de um cavalo popularizou-se bastante, tendo caído no gosto das mais diversas culturas. Países com culturas diferentes têm adotado o hábito do hambúrguer com adaptações para os costumes locais. Na Índia, por exemplo, utiliza-se carne de carneiro no lugar da bovina. Nas regiões onde a religião muçulmana é predominante, uma rede de lanchonetes projeta suas lojas com salões separados para mulheres solteiras e famílias, cada um com caixas para pagamento e pedido para que não haja encontros não permitidos pelos costumes. E, quatro vezes por dia, as lojas cessam as atividades para dar lugar ao momento da prece obrigatória, a salá.

Há, também, variações no tipo e qualidade de carne utilizados: hambúrguer de picanha, de fraldinha, de frango, de peru, de peixe, de soja, entre outros.

O hambúrguer na cultura popular[editar | editar código-fonte]

Wimpy, ou Dudu, um dos amigos do Popeye, numa tira de quadrinhos de 1931; ele tinha uma fome incessante por hambúrgueres.

Durante o período entre-guerras, o hambúrguer era muito famoso, inclusive na cultura popular. Um exemplo disso era o frequente aparecimento de hambúrgueres no quadrinho Popeye de E. C. Segar, cujo protagonista era o marinheiro Popeye, que comia espinafre para sustentar sua força sobre-humana; sua primeira aparição, contudo, foi como personagem coadjuvante em 17 de janeiro de 1929, ao lado de outros personagens, incluindo J. Wellington Wimpy (muitas vezes abreviado para apenas "Wimpy" e conhecido no Brasil como Dudu), um guloso educado que era apaixonado por hambúrgueres.

Sua frase marcante, "Pagarei com prazer amanhã por um hambúrguer hoje!" (em inglês: I'll gladly pay you tomorrow for a hamburger today) tornou-se famosa. Durante o auge de sua popularidade nos anos 1930, Dudu passou uma imagem de que os hambúrgueres eram saudáveis para a juventude da época, e sua fama resultou na criação de uma cadeia de restaurantes fast food chamada Wimpy a sua homenagem, que vendia hambúrgueres por dez centavos.[3]

Logo, muitos outros personagens de ficção ficaram associados ao hambúrguer, como Ronald McDonald, um palhaço desenhado por Willard Scott que surgiu pela primeira vez na televisão americana em 1963,[4] tornando-se famoso. Na década de 1960, o hambúrguer era citado em quadrinhos underground como o Zap Comix#2, do desenhista Robert Crumb, no qual havia um personagem chamado "Hamburger Hi-Jinx". No final dessa década, a arte pop utilizou o hambúrguer como elemento artístico, em trabalhos de Andy Warhol (Dual Hamburger), Claes Oldenburg (Floor Burger), Mel Ramos (Vinaburger, 1965), e mais recentemente, David LaChapelle (Death by Hamburger, 2002).

A nave estelar conhecida como Millennium Falcon, projetada por George Lucas para o Star Wars, foi baseada num formato de hambúrguer.[5] Outras mídias também fazem ou fizeram frequentes aparições ou citações de hambúrgueres, como o jogo BurgerTime, de 1982.

Ver também[editar | editar código-fonte]

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Referências

  1. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 881.
  2. Veja, ed. 318. "Especial - Histórias cariocas[ligação inativa]". Acessado em 21 de novembro, 2010.
  3. Smith, Andrew F. (2006). Encyclopedia of junk food and fast food (1ª ed.). Greenwood Press. ISBN 0313335273.
  4. (em inglês) "Big Burger Business: McDonald's and Burger King Arquivado em 19 de setembro de 2012, no Wayback Machine.". Heavyweights. Food Network. Acessado em 21 de novembro, 2010.
  5. (em inglês) "Star Wars: Databank: Millennium Falcon (Behind the Scenes)". starwars.com. Acesso: 21 de novembro, 2010.
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