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Henrique de Castro
Nascimento 18 de janeiro de 1851
Angra do Heroísmo
Morte 28 de maio de 1923 (72 anos)
Ilha de São Miguel
Cidadania Portugal, Reino de Portugal
Ocupação mercador, político

Henrique de Castro (Angra do Heroísmo, 18 de Janeiro de 1851 — no mar entre São Miguel e Terceira, 28 de Maio de 1923) foi um grande comerciante e político açoriano, líder local do Partido Progressista, que foi governador civil substituto do Distrito de Angra do Heroísmo (18 a 31 de Maio de 1891). Era agente consular dos Estados Unidos da América e vice-cônsul da Áustria e Inglaterra em Angra do Heroísmo[1].

Biografia[editar | editar código-fonte]

Henrique de Castro era membro de uma das mais importantes famílias mercantis angrenses. Foi educado na Inglaterra e fixou-se na Terceira, onde foi um destacado capitalista e homem de negócios, com interesses no comércio, navegação e indústria. Foi proprietário da principal fábrica de produção de álcool de batata-doce da ilha Terceira. Foi sogro do político jorgense José Pereira da Cunha da Silveira e Sousa Júnior[2]

A fábrica de álcool de Henrique de Castro, em Vale de Linhares, São Bento de Angra, denominada Fábrica Angrense de Destilação, era no seu tempo a melhor, pois utilizava a mais moderna tecnologia, tendo poucos anos depois da sua abertura absorvido a unidade pertencente a Frederico Augusto de Vasconcelos, dando origem à primeira grande unidade de álcool no Distrito de Angra do Heroísmo. Em 1882, um ano depois da abertura da unidade de Henrique de Castro, o álcool surgia já entre as três principais exportações da ilha Terceira, juntamente com o gado bovino e os cereais.[2].

A associação a Frederico de Vasconcelos, efectivada a aprtir de 1886, permitiu grandes investimentos e o aparecimento de um conjunto de pequenas indústrias que moldariam a economia da ilha durante a maior parte do século XX.

Foi agente consular dos Estados Unidos da América e vice-cônsul da Áustria e Inglaterra na Terceira. Na política, Henrique de Castro era membro destacado do Partido Progressista, que liderou no distrito de Angra do Heroísmo. Essa ligação partidária levou a que exercesse o cargo de governador civil substituto, em 1891, e interino em 1893. Foi também procurador e membro da comissão executiva da Junta Geral do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo, logo em 1898, na primeira eleição do regime de autonomia administrativa.

Notas

  • Alfredo Luís Campos, Memória da Visita Régia à Ilha Terceira, Imprensa Municipal, Angra do Heroísmo, 1903.
  • Nobiliário da Ilha Terceira, vol. I, p. 353 (2.ª edição). Liv. Fernando Machado, Porto.
  • José Guilherme Reis Leite, Política e Administração nos Açores, 1890-1910. O Primeiro Movimento Autonomista, p. 334. Ponta Delgada, Jornal de Cultura, 1995.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]