Hermínio Bello de Carvalho – Wikipédia, a enciclopédia livre

Hermínio Bello de Carvalho
Hermínio Bello de Carvalho
Hermínio Bello de Carvalho
Nascimento 28 de março de 1935 (89 anos)
Rio de Janeiro, Brasil
Movimento literário Música Popular Brasileira

Hermínio Bello de Carvalho (Rio de Janeiro, 28 de março de 1935) é um compositor, poeta e produtor musical brasileiro,[1] além de ativista Cultural na linha de valorização da nacionalidade de Mário de Andrade e Heitor Villa-Lobos. Foi um dos responsáveis pelo sucesso de Clementina de Jesus, reunindo-a com o violonista Turíbio Santos e fazendo-a estrela do musical "Rosa de Ouro". O musical estreou em 1965 e contava com a grande dama do teatro de revista, Aracy Cortes, além de outros veteranos e iniciantes que constituíram o núcleo posterior de resistência do samba, de Paulinho da Viola e Elton Medeiros a Nelson Sargento e Jair do Cavaquinho. Poeta, lançou os livros "Chove azul em teus cabelos", "Ária e percussão" e "Poemas do amor maldito". Atuou também como jornalista e cronista na Revista da Música Popular, nO Pasquim, na Leitura.

Hermínio tem parceiros ilustres como Cartola e Carlos Cachaça ("Alvorada no Morro"), Pixinguinha ("Fala Baixinho", "Isso é que é viver", "Isso não se faz"), Paulinho da Viola ("Sei lá Mangueira", "Timoneiro"), Baden Powell ("Valha-me Deus"), Dona Ivone Lara ("Mas quem disse que eu te esqueço"), Sueli Costa ("Cobras e Lagartos"), Martinho da Vila ("Retrós e Linhas"), Zé Ketti ("Cicatriz"), João de Aquino ("Patuá"), Vital Lima ("Judiarias, "Pastores da Noite").

Além disso, letrou músicas de alguns compositores brasileiros após a morte dos compositores, como é o caso de "Noites Cariocas" e "Doce de Côco" (Jacob do Bandolim), "Estrado do Sertão" (João Pernambuco) e "Senhora Rainha" (Villa-Lobos). Com Maurício Tapajós escreveu a ópera popular "João, amor e Maria" e entre outros o clássico "Mudando de Conversa", gravado por Dóris Monteiro.

Na área da produção, à frente da Funarte nos anos 70/80, criou e implantou projetos como o Projeto Pixinguinha (que percorre o país com espetáculos a preços populares), Lúcio Rangel de monografias (que impulsionaria a desértica bibliografia da MPB), Almirante de edição de discos alternativos, Ary Barroso, voltado para a divulgação da música nacional no exterior e muitos outros. Atuante no mercado de discos, Hermínio assinou clássicos atemporais como Gente da Antiga, reunindo Pixinguinha, Clementina de Jesus e João da Baiana; Fala Mangueira com Cartola, Nelson Cavaquinho, Carlos Cachaça, Odete Amaral, Clementina de Jesus, Valzinho: Um Doce Veneno, com Zezé Gonzaga e Quinteto Radamés Gnattali, só com músicas do violonista e compositor Valzinho, e outros títulos de Clementina e Pixinguinha, Isaura Garcia, Marlene e Dalva de Oliveira. Dois outros shows que levam sua assinatura foram transformados em disco e marcaram época. O encontro de Elizeth Cardoso (de quem produziria a maioria dos discos), Jacob do Bandolim e o bossanovista Zimbo Trio no Teatro João Caetano em 1968.

Na comemoração aos seus 60 anos, em 1995, foi homenageado com shows e a exposição Isso é que é viver – Homenagem aos 60 anos de Hermínio Bello de Carvalho, do Museu da Imagem e do Som no Rio, em que autografou seu livro Umas e outros. Ainda em 1995 foram lançados o livro Sessão passatempo pela Relume-Dumara, RJ, em que conta historias sobre personalidades da musica popular e dois CDs Alaíde Costa canta Hermínio Bello de Carvalho, com canções remasterizados do LP de 1982 e composições novas como a inédita O sabiá e o vento (com Vicente Barreto), e a coletânea de sua obra na série Mestres da MPB, da Warner, em que participam interpretes como Dalva de Oliveira, Maria Bethânia, Elizeth Cardoso e Gal Costa. Em 1997 idealizou o Centro de Memória da Mangueira, para a Secretaria de Estado de Educação e Cultura do Rio de Janeiro.

Referências

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