Hermann Emil Fischer – Wikipédia, a enciclopédia livre

Hermann Emil Fischer Medalha Nobel
Hermann Emil Fischer
Nascimento 9 de outubro de 1852
Euskirchen
Reino da Prússia
Morte 15 de julho de 1919 (66 anos)
Berlim
Sepultamento Cemitério Wannsee
Cidadania Império Alemão
Cônjuge Agnes Gerlach
Alma mater Universidade de Bonn, Universidade de Estrasburgo (1892-1919)
Ocupação bioquímico, químico, professor universitário
Prêmios Medalha Davy (1890), Medalha Cothenius (1898), Nobel de Química (1902), Medalha Helmholtz (1909), Medalha Baly (1909)
Empregador(a) Universidade de Munique, Universidade de Würzburgo, Universidade Humboldt de Berlim, Universidade de Erlangen-Nuremberga, Universidade de Estrasburgo
Orientador(a)(es/s) Adolf von Baeyer
Orientado(a)(s) Alfred Stock, Otto Paul Hermann Diels, Otto Ruff, Walter Abraham Jacobs, Ludwig Knorr, Oskar Piloty, Julius Tafel
Instituições Universidade de Munique (1875-81), Universidade de Erlangen-Nuremberga (1881-88), Universidade de Würzburgo (1888-92), Universidade Humboldt de Berlim
Campo(s) química orgânica

Hermann Emil Fischer (Euskirchen, 9 de outubro de 1852Berlim, 15 de julho de 1919) foi um químico alemão que recebeu o Nobel de Química de 1902. Também descobriu a esterificação de Fischer. Desenvolveu a projeção de Fischer, uma forma simbólica de desenho dos átomos de carbono assimétricos.

É considerado o pai da química orgânica.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Primeiros anos[editar | editar código-fonte]

Fischer nasceu em Euskirchen, perto de Colônia. Filho de um homem de negócios, depois de graduar-se em ciências naturais trabalhou com seu pai na empresa da família, até concluir que não era adequado para este tipo de trabalho. Em seguida estudou na Universidade de Bonn em 1871, mas mudou para a Universidade de Estrasburgo em 1872.[1] Obteve um doutorado em 1874, orientado por Adolf von Baeyer,[1] com um estudo sobre fenolftaleína, e foi nomeado para um cargo na universidade.

Carreira acadêmica[editar | editar código-fonte]

Em 1875 Adolf von Baeyer foi convidado para suceder Justus von Liebig na Universidade de Munique e Fischer o acompanhou para se tornar seu assistente em química orgânica.

Em 1878, Fischer qualificou-se como professor em Munique, onde foi nomeado Professor Associado de Química Analítica em 1879. No mesmo ano foi-lhe oferecida uma Cátedra de Química em Aachen.

Em 1881 foi nomeado professor de Química na Universidade de Erlangen e em 1883 foi convidado pelo Badische Anilin-und Soda-Fabrik para dirigir seu laboratório científico. Fischer, no entanto, cujo pai já tinha feito dele financeiramente independente, preferiu o trabalho acadêmico.[2]

Em 1885 ele foi convidado para se tornar professor de Química na Universidade de Würzburg e aqui permaneceu até 1892, quando ele foi convidado para suceder A. W. Hofmann na Cadeira de Química da Universidade de Berlim. Aqui ele permaneceu até sua morte em 1919 por intoxicação crônica fenilidrazina.[3][4]

Trabalho de pesquisa[editar | editar código-fonte]

Em 1875, Fischer descobriu a fenilidrazina enquanto trabalhava em Estrasburgo com von Baeyer (Este composto iria desempenhar um papel fundamental na investigação posterior de Fischer em açúcares).[5] Enquanto estava em Munique, continuou sua obra nas hidrazinas e, trabalhando lá com seu primo Otto Fischer, que o havia seguido até Munique, ele e Otto trabalharam em uma nova teoria da constituição dos corantes derivados de trifenilmetano, provando isso pelo trabalho experimental a ser corrigido.

Em Erlangen, Fischer estudou os princípios ativos do chá, café e cacau, ou seja, a cafeína e teobromina, e estabeleceu a constituição de uma série de compostos neste campo, eventualmente, os sintetizando.

Sepultado no Friedhof Wannsee, Lindenstraße.

Referências

  1. a b Eduard, Farber (1970–80). "Fischer, Emil Hermann". Dictionary of Scientific Biography 5. Nova Iorque: Charles Scribner's Sons. pp. 1–5. ISBN 0684101149.
  2. United States. Patent Office. Annual Report of the Commissioner of Patents. U.S. Government Printing Office, 1899. pp. 31.
  3. K. James, Laylin. Nobel Laureates in Chemistry, 1901-1992. Chemical Heritage Foundation, 1993. pp. 8. ISBN 0841226903
  4. Conner, Susan. Science's Most Wanted. Potomac Books, Inc., 2002. ISBN 161234223X
  5. Fischer, E. (1875) "Ueber aromatische Hydrazinverbindungen" (On aromatic hydrazine compounds), Berichte der deutschen chemischen Gesellschaft, 8: 589-594.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


Precedido por
Jacobus Henricus van 't Hoff
Nobel de Química
1902
Sucedido por
Svante Arrhenius