Heteropatriarcado – Wikipédia, a enciclopédia livre

O heteropatriarcado ou cis-heteropatriarcado (de cis[generidade], hetero[ssexualidade] e patriarcado) é um sistema sociopolítico no qual a heterossexualidade masculina cisgênero tem supremacia sobre as demais formas de identidade de género e sobre as outras orientações sexuais. É um termo que enfatiza que a discriminação exercida tanto sobre as mulheres como sobre as pessoas LGBT e tem o mesmo princípio social machista.[1][2][3][4][5][6][7][8]

Desde a visão feminista, o termo patriarcado faz alusão ao pai como o detentor do poder dentro da hierarquia familiar e, portanto, à subordinação das mulheres ao poder dos homens. Com o aparecimento da teoria queer entre os anos 1980 e 1990 e o questionamento da heterossexualidade compulsória e do binarismo de género, esta dominação não somente se descreve em termos de sexo ou de género (o predomínio do homem sobre a mulher, ou o masculino sobre o feminino), mas, também, em termos de orientação sexual (a heteronormatividade, ou o heterossexual acima de outras orientações sexuais e a cisnormatividade ou o cisgénero sobre o transgénero).[1][3][9][10][11][12][13]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b (em castelhano) ¿Ruptura o Continuidad? : Reflexiones en torno al Heteropatriarcado a partir de los relatos de un grupo de jóvenes infractores/as de ley. Universidad de Chile. 2014.
  2. (em castelhano) La reproducción del enmarcado heteropatriarcal desde la praxis política lesbofeminista frente al amor y las relaciones erótico-afectivas no monogámicas.[ligação inativa] Universidad Santo Tomás de Aquino. 2015.
  3. a b (em inglês) Unpacking Hetero-Patriarchy: Tracing the Conflation of Sex, Gender & Sexual Orientation to Its Origins. Yale Journal of Law & the Humanities. 1996.
  4. (em castelhano) De la cama a la calle: perspectivas teóricas lésbico-feministas (PDF) (em Spanish). [S.l.]: Brecha Lésbica. 2006. 83 páginas. ISBN 978-958-9307-61-8 
  5. (em castelhano) La persistencia del heteropatriarcado. Naturalización, materialización y sedimentación en Bourdieu, Butler y Laclau. I Congreso Latinoamericano de Teoría Social. 2015.
  6. «Lumagorri «Se trata de cuestionar y dinamitar el cisheteropatriarcado como sistema que perpetua el capitalismo» – Alternatiba» (em espanhol). Consultado em 14 de junho de 2020 
  7. «Hxrstory, Cisheteropatriarchy, and the Remaking of America: A New Curriculum Emerges in California». albertmohler.com (em inglês). Consultado em 14 de junho de 2020 
  8. «Dejar de ser heteropatriarcal | Tribuna Feminista» (em espanhol). 22 de dezembro de 2017. Consultado em 14 de junho de 2020 
  9. Jeffreys, Sheila (1993). The Lesbian Heresy: A Feminist Perspective on the Lesbian Sexual Revolution (em inglês). [S.l.]: Spinifex Press. 208 páginas. ISBN 1 875559 17 5 
  10. Mattos, Amana Rocha; Cidade, Maria Luiza Rovaris (16 de julho de 2016). «Para pensar a cisheteronormatividade na psicologia: lições tomadas do transfeminismo». Revista Periódicus. 1 (5): 132–153. ISSN 2358-0844. doi:10.9771/peri.v1i5.17181 
  11. «O que é cis-heteronormatividade e por que ela pode trazer infelicidade». Folha de Dourados – Notícias de Dourados-MS e região. Consultado em 14 de junho de 2020 
  12. Drehmer, Luciana Balestrin Redivo; Falcão, Carolina Neumann de Barros; Drehmer, Luciana Balestrin Redivo; Falcão, Carolina Neumann de Barros (2019). «Para Além da Concepção Binária Cis-heternormativa: a Psicanálise Interrogada pelas Diversidades Sexuais e de Gênero». Psicologia: Ciência e Profissão. 39 (SPE3). ISSN 1414-9893. doi:10.1590/1982-3703003228536 
  13. «Your heteronormative, cisnormative behaviors explained». The Daily Dot (em inglês). 3 de dezembro de 2018. Consultado em 14 de junho de 2020