Hungria durante a Segunda Guerra Mundial – Wikipédia, a enciclopédia livre

A Hungria lutou ao lado das Forças do Eixo durante a Segunda Guerra Mundial.[1] Desde a Grande Depressão, a Hungria aumentou suas relações comerciais com o Reino da Itália e Alemanha. Já no final da década de 1930, o Reino da Hungria experimentou uma guinada nacionalista e passou a se beneficiar de sua relação com o Eixo. Com ajuda da Alemanha, o país conseguiu negociar assentamentos em disputas territoriais com a Republica da Tchecoslováquia, República Eslovaca e Reino da Romênia. Em 1941, pressionada pela Alemanha, a Hungria se uniu oficialmente ao Eixo. Na guerra, a Hungria lutou ao lado dos nazistas nas invasões da Iugoslávia e da URSS.

Miklós Horthy e Adolf Hitler em 1938.

Em plena batalha com os soviéticos, o governo húngaro começou a negociar um armistício com a Inglaterra para se resguardar em relação à derrota iminente. Hitler descobriu essa traição e em março de 1944 ordenou a ocupação do território húngaro. Quando as forças soviéticas começaram a ameaçar a Hungria, um armistício entre os dois países foi assinado pelo regente Miklós Horthy. Imediatamente após isso o filho de Horthy foi sequestrado pelos alemães e o governante foi obrigado a desfazer o acordo. O regente foi posteriormente deposto e em seu lugar foi colocado o líder fascista Ferenc Szálasi, amigável aos interesses alemães. Em 1945, soviéticos e romenos invadiram completamente a Hungria e derrotaram os soldados alemães e húngaros que lá estavam. Após a rendição, as conquistas territoriais foram revogadas e o país voltou a ter suas fronteiras de acordo como eram em 1938.

Aproximamente 300 mil militares e 600 mil civis húngaros – dentre eles, 450 mil judeus[2] e 28 mil ciganos – morreram durante a Segunda Guerra Mundial. Muitas cidades também foram severamente danificadas, com destaque para a destruição da capital Budapeste. Durante os anos iniciais da guerra a maioria dos judeus foram protegidos da deportação para campos de extermínio, no entanto foram sujeitos a uma série de leis antissemitas que impunham limites na participação na vida pública e na economia da Hungria.[3] A situação ficaria pior após a Operação Margarethe,[nota 1] pois com os nazistas no controle judeus e ciganos começaram a ser deportados para Auschwitz.

Notas

  1. Nome dado à ocupação nazista da Hungria em março de 1944.

Referências

  1. Hungary: The Unwilling Satellite Arquivado em 16 de fevereiro de 2007, no Wayback Machine. John F. Montgomery, Hungary: The Unwilling Satellite. Devin-Adair Company, New York, 1947. Republicação: Simon Publications, 2002. Em inglês.
  2. Dawidowicz, Lucy. The War Against the Jews, Bantam, 1986, p. 403; Randolph Braham, A Magyarországi Holokauszt Földrajzi Enciklopediája (The Geographic Encyclopedia of the Holocaust in Hungary), Park Publishing, 2006, Vol 1, p. 91. Em inglês.
  3. Pogany, Istvan, Righting Wrongs in Eastern Europe, Manchester University Press, 1997, pp.26-39, 80-94. Em inglês.

Ver também[editar | editar código-fonte]

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